sexta-feira, 11 de abril de 2025

Shen Yun

A principal companhia de dança clássica chinesa do mundo , Shen Yun, está trazendo à vida uma cultura perdida por meio de uma bela arte.
O que é o Shen Yun, exatamente? É mais do que uma simples apresentação — é um renascimento da beleza e da bondade da China antes do comunismo. Com histórias e lendas, figurinos e cenários vibrantes, música original e algumas surpresas divertidas — é uma experiência que encantará seus sentidos, inspirará seu coração e fará você se sentir incrível.

Estamos sediados em Nova York e nossos artistas vêm do mundo todo. 

Esta apresentação significa muito para nós e nos dedicamos ao máximo. Mal podemos esperar para compartilhá-la com vocês.

Algumas coisas sobre nós que você talvez não perceba:
O Shen Yun tem sede em Nova York . Não somos da China. Também não podemos nos apresentar lá. Aliás, não se vê uma apresentação como essa na China.
Produzimos um programa totalmente novo todos os anos
Nossas peças de teatro contam com tecnologia patenteada
Apresentamos dança clássica chinesa em sua forma mais pura
Nossa orquestra é a primeira no mundo a combinar instrumentos clássicos chineses e ocidentais como membros permanentes
Muitos artistas do Shen Yun escaparam da perseguição constante na China.
Como nos tornamos a principal companhia de dança clássica chinesa do mundo?
Começos humildes
Em 2006, um pequeno grupo de artistas chineses de elite se reuniu em Nova York com a missão de reviver a cultura tradicional chinesa e compartilhá-la com o mundo. Eles criaram o Shen Yun. Como forma de arte, escolheram a dança clássica chinesa, tão expressiva que fala uma linguagem universal. Fundaram a Academia Fei Tian de Artes e o Colégio Fei Tian para treinar as gerações futuras e trouxeram coreógrafos e compositores internos.

É aqui, nas colinas ondulantes de Nova York, que o renascimento da cultura chinesa começou.

Contra todas as probabilidades
Muitos artistas do Shen Yun escaparam da perseguição na China, perpetrada por um regime totalitário em guerra com tradições passadas, religião e sua própria história. Entre esses artistas, encontram-se alguns dos melhores dançarinos de formação clássica e músicos premiados do mundo. O que eles construíram com o Shen Yun é considerado pelos críticos como inovador, primorosamente belo e uma demonstração de excelência.
Algumas pessoas podem se perguntar se a história que retratamos no palco é realmente verdadeira. Mas o que retratamos no palco é exatamente o que aconteceu comigo.
— O dançarino do Shen Yun Jiheng Zhao, sobre uma narrativa de dança dos praticantes do Falun Dafa na China hoje.
Desafios que enfrentamos
Mesmo com a atenção internacional que recebemos, o Partido Comunista Chinês não ficou parado. Além de tentar manchar nossa reputação, suas embaixadas e consulados tentaram pressionar teatros ao redor do mundo a cancelar nossos espetáculos, ordenaram que VIPs não comparecessem e tentaram nos impedir de diversas outras maneiras. No fim das contas, o que eles fazem geralmente se resume a propaganda gratuita. Mais sobre a interferência do PCC
Crescimento
Todos os anos, estreamos uma produção inédita e a apresentamos para milhões de pessoas ao redor do mundo. O Shen Yun está nos principais teatros do mundo, desde o Lincoln Center de Nova York e o Kennedy Center de Washington até o Burgtheatre de Viena e a Ópera de Tóquio. Também temos a Orquestra Sinfônica do Shen Yun, que se apresenta anualmente no Carnegie Hall e realiza sua própria turnê, e recentemente lançamos nossa nova plataforma de streaming sob demanda, o Shen Yun Zuo Pin , que oferece aos fãs acesso a conteúdo em vídeo exclusivo.
Hoje, uma sensação global

Ao deixar a apresentação, o público faz seus comentários, e muitos se pegam procurando palavras para descrever sua experiência. É possível ouvir de tudo, desde um alfabeto inteiro de superlativos até "simplesmente indescritível". Dizem que é algo que você precisa ver para crer.

http://media1.shenyun.com/video/2021/SY_Intro%202021_EN_720.mp4


https://www.shenyunperformingarts.org/what-is-shen-yun

quarta-feira, 9 de abril de 2025

Sondagens (ou palermices) no país da manipulação de massas

Pedro Almeida Vieira|

Quando se afirma que uma sondagem foi feita com "rigor científico", geralmente associada a uma reduzida margem de erro, espera-se, no mínimo, que esse rigor não se dissolva ao primeiro olhar sobre a ficha técnica. Mas o que o Público, a RTP e a Antena 1 aceitaram publicar por estes dias — com chancela 'científica' da Universidade Católica, via CESOP — não é uma sondagem: é uma palermice mascarada de estatística.

E pior: é uma palermice perigosa, porque serve para manipular a opinião pública sob o verniz da respeitabilidade académica. Com a bênção silenciosa da ERC, essa entidade reguladora que há muito perdeu a utilidade e hoje apenas funciona como um armazém de pareceres burocráticos, incapaz de defender os cidadãos contra a intoxicação informativa.

Comecemos pelo número mais escandaloso: a taxa de resposta desta suposta sondagem (que, como todas as outras nunca são validadas externamente) foi de 29%. Isto significa, de forma crua, que sete em cada dez pessoas recusaram participar na sondagem. Foram contactadas 4.177 pessoas, mas só 1.206 aceitaram responder. E, ainda assim, esses 1.206 são tratados como se representassem fielmente os mais de nove milhões de eleitores portugueses. Há aqui dois problemas gravíssimos que deviam invalidar qualquer pretensão de fiabilidade desta sondagem:

1. Auto-selecção dos inquiridos: quem responde não é uma amostra aleatória pura, mas sim quem quis responder. Esse grupo tende a ser mais politizado, mais disponível e, muitas vezes, mais alinhado com os meios de comunicação que encomendam a sondagem. Há uma diferença enorme entre uma amostra aleatória de 1.206 pessoas com alta taxa de resposta e uma amostra de 1.206 extraída de um universo onde 71% recusaram participar. A Universidade Católica sabe isso; os directores dos órgãos de comunicação social talvez -mas todos participam na farsa que alimentará notícias, comentários e entrevistas até à próxima fraude.

2. Distância entre método e realidade eleitoral: por mais que os 'produtores' destas 'sondagens' se defendam com "ponderações estatísticas", o facto é que não se pode corrigir um viés de auto-selecção se não se conhece sequer o perfil dos que não responderam. A ilusão de representatividade criada pelas chamadas ponderações é apenas isso: uma ilusão. Ou, se quisermos ser mais justos, um embuste.

Que uma universidade alimente este tipo de práticas já seria, por si só, um motivo de vergonha académica. Que meios de comunicação social com responsabilidades públicas, como a RTP, aceitem difundir os resultados como se fossem uma fotografia fiável do país — isso, sim, é escandaloso. E que a ERC assista e abençoe esta prática de manipulação de massas num regime democrático é uma prova da sua absoluta inutilidade e de uma indigência que mina a democracia. A ERC, que devia zelar pela integridade da informação difundida, transforma-se, com a sua cumplicidade, numa aliada objectiva da pura desinformação.

Aliás, esta não é uma falha isolada. Há muito que os chamados estudos de opinião servem mais para formar percepções do que para retratar realidades. O objectivo não é saber em quem os portugueses tencionam votar, mas sim condicionar o voto dos indecisos com o argumento da viabilidade e da "preferência nacional", construídas em cima de amostras frágeis e enviesadas.

Não basta publicar a margem de erro (aqui 2,8%, como se isso tivesse algum valor real com 71% de não respondentes). A verdadeira margem de erro é outra: a do bom senso que se perdeu.

Estamos perante um caso claro de abuso da credibilidade académica e jornalística para alimentar um ritual estatístico vazio. E, assim, quando o ritual substitui o rigor, a ciência cede o lugar à propaganda.

Se ainda há quem leve estas 'sondagens' a sério, só pode ser porque prefere viver numa realidade fabricada a aceitar a verdade nua: a maioria dos portugueses recusa participar nestes exercícios porque já percebe, por instinto, que são uma fraude. E essa é, por ironia, a única sondagem verdadeiramente representativa: a cada vez menor taxa de respostas em sondagens.

Há-de surgir o dia em que ninguém atenderá um telefone de uma empresa de sondagens – mas, lamentavelmente, serão sempre apresentados 'resultados' com rigor. Nem que se invente. Há gente para tudo, sobretudo quando a numeracia em Portugal ainda é pior do que a literacia.