Mostrar mensagens com a etiqueta Notícias e Politica. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Notícias e Politica. Mostrar todas as mensagens

sábado, 16 de março de 2024

Há 50 anos.

 Há 50 anos, tropas do Regimento de Infantaria 5 saíam das Caldas da Rainha e marchavam sobre Lisboa. A tentativa de golpe de Estado falharia por insuficiente preparação, mas terá servido, pelo menos, para aglutinar os oficiais dos três ramos das FA à volta da ação que viria a acontecer 40 dias depois.

quarta-feira, 13 de março de 2024

Partido a partido, os nomes de todos os deputados eleitos para a Assembleia da República. 13-03-2024


Conheça os deputados eleitos, partido a partido: 79 pela AD; 77 pelo PS; 48 pelo Chega; oito pela IL; cinco do BE; quatro pela CDU ; e outros quatro pelo Livre. O PAN mantém-se só com Inês Sousa Real.

Os resultados conhecidos até agora deixam Portugal com um Parlamento em que os dois principais partidos estão separados somente por dois deputados: a AD conseguiu eleger 79, o PS elegeu 77. O Chega mantém-se como a terceira força política do país, mas com uma bancada muito mais reforçada, seguido, ainda que muito ao longe, pela Iniciativa Liberal.

Seguem-se o Bloco de Esquerda e a CDU, com cinco e quatro deputados eleitos, respetivamente. O Livre, a sétima força política portuguesa, deixa de ser um partido de um só deputado, ao contrário do PAN, que não conseguiu conquistar o ambicionado grupo parlamentar e se manterá apenas com Inês Sousa Real.

Estão já eleitos 226 dos 230 deputados que se vão sentar na Assembleia da República na próxima legislatura, faltando apenas conhecer quem são os quatro que representam a emigração. Eis os nomes de cada um deles:

Aliança Democrática (AD) — 79 deputados

Aveiro (7)

  1. Emídio Ferreira dos Santos Sousa
  2. Silvério Rodrigues Regalado
  3. Ângela Maria Bento Rodrigues Nunes Saraiva de Almeida
  4. Salvador Malheiro Ferreira da Silva
  5. Almiro Miguel Santos Rodrigues Moreira
  6. Maria Paula da Graça Cardoso
  7. Paulo César Lima Cavaleiro

Beja (1)

  1. Gonçalo Nuno Raio Valente e Henrique

Braga (8)

  1. Hugo Alexandre Lopes Soares
  2. Ricardo José Machado Pereira da Silva Araújo
  3. Maria Clara Gonçalves Marques Mendes
  4. Jorge Paulo da Silva Oliveira
  5. Emídio Guerreiro
  6. Ana Cristina Rodrigues dos Santos Araújo
  7. Carlos Eduardo Vasconcelos Fernandes Ribeiro dos Reis
  8. Carlos Manuel de Brito Cação

Bragança (2)

  1. Hernâni Dinis Venâncio Dias
  2. Nuno Jorge Rodrigues Gonçalves

Castelo Branco (1)

  1. Liliana Domingues Reis Ferreira

Coimbra (3)

  1. Rita Fragoso de Rhodes Alarcão Júdice de Abreu e Mota
  2. Maurício Teixeira Marques
  3. Martim Arnaut Syder

Évora (1)

  1. Sónia Cristina Silva dos Ramos

Faro (3)

  1. Miguel Martinez de Castro Pinto Luz
  2. Cristóvão Duarte Nunes Guerreiro Norte
  3. Ofélia Isabel Andrés da Conceição Ramos

Guarda (1)

  1. Dulcineia Catarina Moura de Sousa Coito

Leiria (5)

  1. Telmo Henrique Correia Daniel Faria
  2. Hugo Patrício Martinho de Oliveira
  3. Sofia Isabel Carreira
  4. João Paulo Antunes dos Santos
  5. Ricardo António Beato de Carvalho

Lisboa (14)

  1. Luís Filipe Montenegro Cardoso de Morais Esteves
  2. Joaquim José Miranda Sarmento
  3. Ana Paula Mecheiro de Almeida Martins Silvestre Correia
  4. Paulo de Faria Lince Núncio
  5. João Mário Mc Millan da Cunha Vale e Azevedo
  6. Sandra Cristina de Sequeiros Pereira
  7. Bruno Miguel Pedrosa Ventura
  8. Manuel Alexandre Mateus Homem Cristo
  9. Margarida Maria de Moura Alves da Silva de Almeida Saavedra
  10. Alexandre Damasceno da Silva Poço
  11. Gonçalo Oliveira Lage
  12. Eva Luna Brás Pinho
  13. Marco Henriques Claudino
  14. Luís Pedro Alves Caetano Newton Parreira

Porto (14)

  1. José Miguel Ribeiro de Castro Guimarães
  2. João Nuno Lacerda Teixeira de Melo
  3. Maria Germana de Sousa Rocha
  4. Óscar João Atanázio Afonso
  5. Alberto Amaro Guedes Machado
  6. Andreia Carina Machado da Silva Neto
  7. António Pedro Roque da Visitação Oliveira
  8. Francisco Sérgio Covelinhas Lopes
  9. Olga Cristina Rodrigues da Veiga Freire
  10. Hugo Miguel de Sousa Carneiro
  11. Alberto Jorge Torres da Silva Fonseca
  12. Ana Gabriela Oliveira Cabilhas
  13. Pedro Miguel Neves de Sousa
  14. Francisco José de Sousa Vieira

Santarém (3)

  1. Eduardo Manuel Drummond de Oliveira e Sousa
  2. João Manuel Moura Rodrigues
  3. Isaura Maria Elias Crisóstomo Bernardino Morais

Setúbal (4)

  1. Maria Teresa da Silva Morais
  2. Paulo Jorge Simões Ribeiro
  3. Bruno Jorge Viegas Vitorino
  4. Sónia dos Reis

Viana do Castelo (2)

  1. José Pedro Correia de Aguiar Branco
  2. Maria Emília e Sousa Cerqueira

Vila Real (2)

  1. Amílcar Rodrigues Alves Castro de Almeida
  2. António Alberto Pires Aguiar Machado

Viseu (3)

  1. António Egrejas Leitão Amaro
  2. Pedro Filipe dos Santos Alves
  3. Inês Carmelo Rosa Calado Lopes Domingos

Madeira (3)

  1. Pedro Emanuel Abreu Coelho
  2. Paula Cristina Baptista Margarido
  3. Paulo Alexandre de Sousa Neves

Açores (2)

  1. Paulo Alexandre Luís Botelho Moniz
  2. Francisco José Duarte Pimentel

Partido Socialista (PS) — 77 deputados

Aveiro (5)

  1. Pedro Nuno de Oliveira Santos
  2. Cláudia Maria Cruz Santos
  3. Carlos Filipe de Andrade Neto Brandão
  4. Hugo Daniel Matos Oliveira
  5. Susana Alexandra Lopes Correia

Beja (1)

  1. Nelson Domingos Brito

Braga (6)

  1. José Luís Pereira Carneiro
  2. Palmira Maciel Fernandes da Costa
  3. Pedro Miguel Pereira de Sousa
  4. Ricardo Jorge Castro Ribeiro da Costa
  5. Irene Manuela Ferreira da Costa
  6. Gilberto António Sousa dos Anjos

Bragança (1)

  1. Isabel Cristina Fernandes Rodrigues Ferreira

Castelo Branco (2)

  1. Nuno Jorge Cardona Fazenda de Almeida
  2. Patrícia Alexandra da Silva Bento Caixinha

Coimbra (4)

  1. Ana Maria Pereira Abrunhosa Trigueiros de Aragão
  2. Pedro Artur Barreirinhas Sales Guedes Coimbra
  3. Ricardo Manuel Garrido Lino
  4. Raquel Fátima Cardoso Ferreira

Évora (1)

  1. Luís Carlos Piteira Dias

Faro (3)

  1. Jamila Bárbara Madeira e Madeira
  2. Jorge Manuel do Nascimento Botelho
  3. Luís Miguel da Graça Nunes

Guarda (1)

  1. Ana Manuel Jerónimo Lopes Correia Mendes Godinho

Leiria (3)

  1. Eurico Jorge Nogueira Leite Brilhante Dias
  2. Ana Sofia Pedroso Lopes Antunes
  3. Walter Manuel Cavaleiro Chicharro

Lisboa (15)

  1. Mariana Guimarães Vieira da Silva
  2. Marcos da Cunha e Lorena Perestrello de Vasconcellos
  3. Fernando Medina Maciel Almeida Correia
  4. Marta Alexandra Fartura Braga Temido de Almeida Simões
  5. Pedro Filipe Mota Delgado Simões Alves
  6. Sérgio Paulo de Mendes Sousa Pinto
  7. Edite Fátima Santos Marreiros Estrela
  8. Miguel Filipe Pardal Cabrita
  9. Pedro Manuel Amaro Martins Vaz
  10. Ana Paula Mata Bernardo
  11. Carlos João Pereira
  12. Isabel de Lima Mayer Alves Moreira
  13. Ricardo Jorge Monteiro Lima
  14. Cristina Maria da Fonseca Santos Bacelar Begonha
  15. André Filipe dos Santos Matos Rijo

Portalegre (1)

  1. Ricardo Miguel Furtado Pinheiro

Porto (13)

  1. Francisco José Pereira de Assis Miranda
  2. Maria do Rosário Gamboa Lopes de Carvalho
  3. Manuel Francisco Pizarro de Sampaio e Castro
  4. João Veloso da Silva Torres
  5. Patrícia Monte Pinto Ribeiro Faro
  6. João Paulo Moreira Correia
  7. Maria Isabel Solnado Porto Oneto
  8. Tiago Barbosa Ribeiro
  9. Joana Fernanda Ferreira de Lima
  10. Eduardo Nuno Rodrigues e Pinheiro
  11. José Carlos Ribeiro Barbosa
  12. Isabel Sofia Alves de Andrade
  13. Carlos Alberto Silva Braz

Santarém (3)

  1. Alexandra Ludomila Ribeiro Fernandes Leitão
  2. Hugo Miguel Carvalheiro dos Santos Costa
  3. Mara Lúcia Lagriminha Coelho

Setúbal (7)

  1. Ana Catarina Veiga dos Santos Mendonça Mendes
  2. Miguel de Oliveira Pires da Costa de Matos
  3. António Manuel Veiga dos Santos Mendonça Mendes
  4. Eurídice Maria de Sousa Pereira
  5. André Alexandre Pinotes Batista
  6. João Paulo de Loureiro Rebelo
  7. Clarisse Maria Gaudino Veredas Campos

Viana do Castelo (2)

  1. Marina Sola Gonçalves
  2. José Maria da Cunha Costa

Vila Real (2)

  1. Fátima Liliana Fontes Correia Pinto
  2. Carlos Manuel Gomes Matos da Silva

Viseu (3)

  1. Elza Maria Henriques Deus Pais
  2. José Rui Alves Duarte da Cruz
  3. João Nuno Ferreira Gonçalves de Azevedo

Madeira (2)

  1. Paulo Alexandre Nascimento Cafôfo
  2. José Miguel Mafra Iglésias

Açores (2)

  1. Francisco Miguel Vital Gomes do Vale César
  2. Sérgio Humberto Rocha de Ávila

Chega — 48 deputados

Aveiro (3)

  1. Jorge Manuel de Valsassina Galveias Rodrigues
  2. Maria José Gomes de Aguiar
  3. Armando Carlos da Silva Grave

Beja (1)

  1. Diva Nélia Capela de Jesus Ribeiro

Braga (4)

  1. António Filipe Dias Melo Peixoto
  2. Rodrigo Santos Alves Taxa
  3. Vanessa Cláudia Nogueira da Rosa Barata
  4. Carlos Alberto Barbosa Vieira Pinto

Castelo Branco (1)

  1. João Filipe Dias Ribeiro

Coimbra (2)

  1. António José Cerejo Pinto Pereira
  2. Eliseu da Costa Neves

Évora (1)

  1. Rui Celestino dos Santos Cristina

Faro (3)

  1. Pedro Miguel Soares Pinto
  2. João Paulo da Silva Graça
  3. Sandra Margarida de Melo Pereira Ribeiro

Guarda (1)

  1. Carlos Nuno Gomes e Simões de Melo

Leiria (2)

  1. Gabriel Sérgio Mithá Ribeiro
  2. Luís Paulo Pereira Fernandes

Lisboa (9)

  1. André Claro Amaral Ventura
  2. Rui Paulo Duque de Sousa
  3. Marta Sofia Martins da Silva Trindade
  4. Pedro Manuel de Andrade Pessanha Fernandes
  5. Ricardo Dias Pinto Blaufuks
  6. Felicidade Maria da Silva Santos Vital de Alcântara
  7. Bruno Miguel de Oliveira Nunes
  8. Madalena Simões Cordeiro
  9. José Manuel Pombinho Barreira Soares

Portalegre (1)

  1. Henrique José Praia da Rocha de Freitas

Porto (7)

  1. Rui Pedro da Silva Afonso
  2. Diogo Velez Mouta Pacheco de Amorim
  3. Maria Cristina Pacheco Rodrigues
  4. José António Ribeiro Carvalho
  5. Marcus Vinicius Teixeira Soares dos Santos
  6. Sónia Cristina de Sousa Monteiro
  7. Raúl Gabriel Palha de Bessa Melo

Santarém (3)

  1. Pedro Saraiva Gonçalves dos Santos Frazão
  2. Pedro Alexandre Arrabaça da Silva Oliveira Correia
  3. Luísa Maria Lobo da Costa Macedo

Setúbal (4)

  1. Rita Maria Cid Matias
  2. Patrícia Alexandra Martins de Carvalho
  3. Nuno Miguel da Costa Gabriel
  4. Daniel Madeira Caetano Teixeira

Viana do Castelo (1)

  1. Eduardo Alexandre Ribeiro Gonçalves Teixeira

Viseu (2)

  1. João José Rodrigues Tilly
  2. Bernardo Cappelle Homem Caldeira Pessanha

Vila Real (1)

  1. Maria Manuela Pereira Tender

Madeira (1)

  1. Francisco Manuel de Freitas Gomes

Açores (1)

  1. Miguel António Taveira Franco Sousa Arruda

Iniciativa Liberal (IL) — 8 deputados

Aveiro (1)

  1. Mário Filipe Amorim Faria de Oliveira Lopes

Braga (1)

  1. Rui Nuno de Oliveira Garcia da Rocha

Lisboa (3)

  1. Bernardo Alves Martinho Amaral Blanco
  2. Mariana de Lemos Quintão Correia Leitão
  3. Rodrigo Miguel Dias Saraiva

Porto (2)

  1. Carlos Manuel Guimarães Oliveira Pinto
  2. Ana Patrícia Costa Gilvaz

Setúbal (1)

  1. Joana Rita Madaleno Cordeiro

Bloco de Esquerda (BE) — 5 deputados

Lisboa (2)

  1. Mariana Rodrigues Mortágua
  2. Fabian Filipe Figueiredo

Porto (2)

  1. Marisa Isabel dos Santos Matias
  2. José Borges de Araújo de Moura Soeiro

Setúbal (1)

  1. Joana Rodrigues Mortágua

CDU — 4 deputados

Lisboa (2)

  1. Paulo Alexandre Cantigas Raimundo
  2. António Filipe Gaião Rodrigues

Porto (1)

  1. Manuel Alfredo da Rocha Maia

Setúbal (1)

  1. Paula Alexandra Sobral Guerreiro Santos Barbosa

Livre — 4 deputados

Lisboa (2)

  1. Rui Miguel Marcelino Tavares Pereira
  2. Isabel Rendeiro Marques Mendes Lopes

Porto (1)

  1. Eduardo Jorge Costa Pinto

Setúbal (1)

  1. Paulo Jorge Velez Muacho

PAN — 1 deputada

Lisboa (1)

  1. Paula Inês Alves de Sousa Real....................
https://observador.pt/2024/03/11/partido-a-partido-os-nomes-de-todos-os-deputados-eleitos-para-a-assembleia-da-republica/

PCP perde mais de 100 mil votos no Alentejo entre eleições de 1976 e 2024.

O PCP perdeu mais de 100 mil votos no Alentejo comparando as primeiras eleições para a Assembleia da República, em 1976, quando conquistou nove mandatos na região, e as legislativas deste domingo, em que ficou sem deputados no território.

Um ano antes, em 25 de abril de 1975, nas eleições para a Assembleia Constituinte, as primeiras eleições livres realizadas em Portugal, o Alentejo elegeu um total de 15 deputados.

Na altura, o PS conquistou nove (três por cada círculo eleitoral, Beja, Évora e Portalegre) e o PCP seis (três por Beja, dois por Évora e um por Portalegre).

Já nas eleições de 1976, as primeiras para a Assembleia da República, deu-se uma 'troca' e foi o PCP a ultrapassar o PS em número de deputados no Alentejo, de acordo com o mapa oficial da Comissão Nacional de Eleições (CNE), publicado em Diário da República.

Dos 16 deputados na região, os comunistas ficaram, então, com nove (quatro por Beja e outros tantos por Évora, além de um por Portalegre), enquanto o PS alcançou sete (três por Portalegre, dois por Évora e mais dois por Beja).

Nesse ato eleitoral, o PCP arrecadou 52 839 votos por Beja (43,99%), 52 291 por Évora (43,15%), 21 135 por Portalegre (22%), pelo que no global do Alentejo conseguiu 126 265 votos.

Nas legislativas deste domingo, a CDU (PCP-PEV) obteve 11 570 votos por Beja (15,03%), 9 771 por Évora (10,93%) e 3 604 por Portalegre (5,94%), o que totaliza 24 945 votos no Alentejo, de acordo com os dados provisórios divulgados pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI).

O Alentejo elegeu um total de oito deputados: três para o PS e o mesmo número para o Chega, 'estreante' em mandatos na região (um por cada círculo), e os restantes dois para a Aliança Democrática (AD, coligação que junta PSD, CDS-PP e PPM), um por Beja e o outro por Évora.

A CDU perdeu, assim, o único deputado que ainda mantinha no Alentejo, antigo bastião comunista, ao não conseguir reeleger João Dias por Beja (em Évora perdeu o deputado nas eleições de 2022 e em Portalegre deixou de ter parlamentares no sufrágio de 1991).

Esta situação acontece pela primeira vez aos comunistas desde o 25 de Abril de 1974, mais precisamente desde as eleições constituintes realizadas no ano seguinte.

Em comparação, entre 1976 e 2024, o PCP perdeu 101 320 votos no conjunto dos três círculos eleitorais alentejanos, dos quais 42 520 em Évora, 41 269 em Beja e 17 531 em Portalegre.

Nas legislativas de 1976, de acordo com os dados da CNE, o total dos três círculos do Alentejo contabilizou 390 925 eleitores inscritos, tendo a taxa de votação rondado entre os 83,81% de Beja e 88,43% de Portalegre.

Já no ato eleitoral deste domingo, segundo a SGMAI, o Alentejo contou com 342 608 eleitores inscritos e a votação variou entre 65,15% em Portalegre e 67,01% em Évora.

O PS venceu nos três círculos alentejanos, tendo o Chega sido a segunda força política mais votada em Beja e em Portalegre, enquanto em Évora foi a AD.

No país, a AD conseguiu 79 deputados na AR, nas eleições legislativas de domingo, contra 77 do PS (28,66%), seguindo-se o Chega com 48 deputados eleitos (18,06%).

A IL, com oito lugares, o BE, com cinco, e o PAN, com um, mantiveram o número de deputados. O Livre passou de um para quatro eleitos enquanto a CDU perdeu dois lugares e ficou com quatro deputados.

Estão ainda por apurar os quatro lugares da emigração na Assembleia da República, que o PS ganhou em 2022, com três mandatos.


https://www.cmjornal.pt/mais-cm/especiais/legislativas-2024/detalhe/pcp-perde-mais-de-100-mil-votos-no-alentejo-entre-eleicoes-de-1976-e-2024?ref=DET_RelacionadasInText

A pausa dos EUA no financiamento da Agência de Ajuda da ONU para os Palestinos pode se tornar permanente .

 As autoridades norte-americanas estão a preparar-se para uma pausa no financiamento da principal agência da ONU para os palestinianos, que se tornará permanente devido à oposição no Congresso, embora a administração Biden insista que o trabalho humanitário do grupo de ajuda é indispensável.

Marwan Issa é visto entre prisioneiros libertados em troca de Gilad Shalit. (foto de arquivo da BBC)


Os Estados Unidos, juntamente com mais de uma dúzia de países, suspenderam o seu financiamento à Agência das Nações Unidas de Assistência e Obras para os Refugiados da Palestina no Médio Oriente (UNRWA) em Janeiro, depois de Israel ter acusado 12 dos 13.000 funcionários da agência em Gaza de participarem na ataque mortal do Hamas em 7 de outubro.

A ONU lançou uma investigação sobre as alegações e a UNRWA despediu alguns funcionários depois de Israel ter fornecido à agência informações sobre as alegações.

Os Estados Unidos - que são o maior doador da UNRWA, fornecendo entre 300 e 400 milhões de dólares anualmente - disseram que querem ver os resultados desse inquérito e as medidas correctivas tomadas antes de considerarem a retomada do financiamento.

Mesmo que a pausa seja levantada, apenas cerca de 300 mil dólares – o que resta dos fundos já apropriados – seriam libertados para a UNRWA. Qualquer coisa além disso exigiria a aprovação do Congresso.

A oposição bipartidária no Congresso ao financiamento da UNRWA torna improvável que os Estados Unidos retomem as doações regulares num futuro próximo, apesar de países como a Suécia e o Canadá terem afirmado que irão reiniciar as suas contribuições.

Um projeto de lei de financiamento suplementar no Congresso dos EUA que inclui ajuda militar a Israel e à Ucrânia e é apoiado pela administração Biden, contém uma disposição que impediria a UNRWA de receber fundos se se tornar lei.

Autoridades dos EUA dizem reconhecer “o papel crítico” que a UNRWA desempenha na distribuição de ajuda dentro do enclave densamente povoado que esteve à beira da fome devido ao ataque de Israel nos últimos cinco meses.

“Temos que planejar o fato de que o Congresso poderá tornar essa pausa permanente”, disse o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, aos repórteres na terça-feira.

Washington tem procurado trabalhar com parceiros humanitários no terreno, como a UNICEF e o Programa Alimentar Mundial (PAM), para continuar a prestar ajuda.

Mas as autoridades estão cientes de que a UNRWA é difícil de substituir.

"Existem outras organizações que estão agora a fornecer alguma distribuição de ajuda dentro de Gaza, mas esse é principalmente o papel que a UNRWA está equipada para desempenhar e que mais ninguém está devido ao seu trabalho de longa data e às suas redes de distribuição e à sua história dentro de Gaza. ", disse Miller.

'UNRWA é uma frente'

Alguns senadores democratas, incluindo o senador Chris Van Hollen, juntamente com alguns membros progressistas da Câmara, opuseram-se a uma proibição indefinida do financiamento à UNRWA.

Mas qualquer novo financiamento necessitaria do apoio de pelo menos alguns republicanos, que detêm a maioria na Câmara dos Representantes. Muitos expressaram a sua oposição à UNRWA.

“A UNRWA é uma fachada, pura e simplesmente”, disse o legislador republicano Brian Mast, presidente do Subcomité de Assuntos Externos da Câmara sobre Supervisão e Responsabilidade, num comunicado.

"Ele se disfarça como uma organização de ajuda humanitária enquanto constrói a infra-estrutura para apoiar o Hamas... Está literalmente canalizando dinheiro dos impostos americanos para o terrorismo", disse Mast.

A UNRWA foi criada em 1949 por uma resolução da Assembleia Geral da ONU, após a guerra que se seguiu à fundação de Israel, quando 700 mil palestinianos fugiram ou foram expulsos das suas casas.

Hoje, emprega directamente 30 mil palestinianos, servindo as necessidades cívicas e humanitárias de 5,9 milhões de descendentes desses refugiados, na Faixa de Gaza, na Cisjordânia e em vastos campos nos países árabes vizinhos.

Em Gaza, a UNRWA gere as escolas do enclave, as suas clínicas de cuidados de saúde primários e outros serviços sociais, e distribui ajuda humanitária.

William Deere, diretor do Escritório de Representação da UNRWA em Washington, disse à Reuters que o apoio dos EUA representa um terço do orçamento da UNRWA.

“Isso vai ser muito difícil de superar”, disse ele. "Por favor, lembrem-se que a UNRWA é mais do que Gaza. É saúde, educação e serviços sociais. É Jerusalém Oriental, Cisjordânia, Jordânia, Síria, Líbano."

Combatentes do Hamas, que administra Gaza, mataram 1.200 pessoas no ataque de 7 de outubro e fizeram 253 reféns, segundo registros israelenses, um ataque que desencadeou uma das guerras mais sangrentas do conflito israelo-palestiniano que já dura décadas.

A campanha militar de retaliação de Israel no enclave densamente povoado matou mais de 31 mil palestinianos, segundo as autoridades de Gaza, enquanto as infra-estruturas foram destruídas e centenas de milhares estão agora à beira da fome.

O exército israelense e o Hamas estão tentando determinar se Marwan Issa, vice-chefe das Brigadas Al-Qassam, o braço militar do movimento palestino, foi realmente morto num ataque aéreo no centro da Faixa de Gaza na noite de sábado.

O Canal 12 de Israel disse: “Três dias após o ataque invulgarmente forte no campo de refugiados de Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza, Israel ainda não sabe ao certo se Issa foi morto”.

O Hamas, que ainda não comentou o relatório, enfrenta dificuldades para comunicar e verificar qualquer informação, face à destruição massiva causada pelo ataque.

Issa é a figura mais importante a ser alvo desde o início da guerra. Ele é considerado o número 3 na lista de procurados do Hamas por Israel, depois de Muhammad al-Deif, comandante das Brigadas al-Qassam, e Yahya al-Sanwar, líder do Hamas em Gaza. Saleh Al-Arouri, o quarto da lista, foi assassinado por Israel no Líbano em janeiro.

Marwan Abdel Karim Issa nasceu em 1965 no campo de refugiados de Bureij, em Gaza. Ele cresceu no campo e recebeu sua educação nas escolas da UNRWA, antes de receber sua educação universitária na Universidade Islâmica. Ele era um atleta ilustre e se destacava jogando basquete no clube de serviços do acampamento.

Issa pertenceu à Irmandade Muçulmana na sua juventude, pouco antes do anúncio da fundação do movimento Hamas, ao qual mais tarde aderiu.

Ele foi preso pelas forças israelenses em 1987 e libertado em 1993. Continuou a sofrer a perseguição israelense, até ser preso em 1997 pelos serviços de segurança palestinos. Ele foi libertado com a erupção da segunda Intifada Al-Aqsa no final de 2000.

Ele se envolveu no movimento Hamas e nas Brigadas Al-Qassam, até se tornar uma figura militar proeminente. Posteriormente, foi nomeado comandante da Brigada da Região Centro antes de se tornar membro do Conselho Militar e depois secretário do conselho, até atingir o cargo atual, vice-comandante das Brigadas Al-Qassam, após o assassinato de Ahmed Al-Jaabari em 2012.

Issa sobreviveu a inúmeras tentativas de assassinato e lutava contra o câncer há muitos anos. 

A sua saúde deteriorou-se e foram feitas tentativas persistentes antes da guerra de 7 de Outubro para o tirar da Faixa de Gaza, a fim de receber tratamento.

https://english.aawsat.com/features/4908691-who-marwan-issa-%E2%80%98shadow-man%E2%80%99-al-qassam-brigade%E2%80%99s-no-2