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domingo, 14 de maio de 2023

Veículos Eléctricos: Hesitação do Consumidor.

Uma pesquisa é apenas uma pesquisa, e os números sobre as intenções de compra podem mudar de mês para mês, mas a JD Power tem alguns dados interessantes sobre a demanda por veículos elétricos (EVs):

Nem tudo é sol na estrada para o futuro EV. Embora a tendência de longo prazo na participação no mercado de VEs tenha crescido significativamente de 2,6% de todas as vendas de veículos novos em fevereiro de 2020 para 8,5% em fevereiro de 2023, as vendas atingiram um aumento de velocidade em março, com a participação de mercado mensal caindo para 7,3%. Embora seja de se esperar alguma volatilidade mês a mês, uma análise mais detalhada das barreiras à adoção de VEs mostra que muitos compradores de veículos novos estão se tornando mais inflexíveis sobre sua decisão de não considerar um VE em sua próxima compra.

De acordo com novos dados. . . esse aumento constante na porcentagem de consumidores que dizem que é “muito improvável” considerar um EV para a próxima compra de veículo reflete preocupações persistentes sobre infraestrutura de carregamento e preços de veículos.

A partir do relatório deste mês [de maio], 21% dos compradores de veículos novos dizem que é “muito improvável” considerar um EV, acima dos 18,9% em fevereiro e 17,8% em janeiro. Enquanto isso, a porcentagem de compradores de automóveis que dizem que são “muito prováveis” de considerar um EV é de 26,9% e tem se mantido estável nos últimos três meses…

https://www.nationalreview.com/corner/electric-vehicles-consumer-hesitation/?utm_source=recirc-desktop&utm_medium=homepage&utm_campaign=right-rail&utm_content=corner&utm_term=second

sexta-feira, 24 de março de 2023

O que é compostagem e como fazer?

Fazer compostagem doméstica reduz gases do efeito estufa, lixo orgânico e faz bem para saúde

1. Como se faz a compostagem?

2. Quais são as 3 fases da compostagem?

2.1. 1ª) Fase mesofílica

2.2. 2ª) Fase termofílica

2.3. 3ª) Fase da maturação

3. História da compostagem

4. O que é uma composteira?

5. Minhocas na compostagem

6. Composteira automática

7. Factores que influenciam na geração e na qualidade do composto

7.1. Organismos

7.2. Temperatura

7.3. Umidade

7.4. Aeração

8. Cuidados

9. Para que serve a compostagem

10. Chorume

Compostagem é o processo biológico de valorização da matéria orgânica, seja ela de origem urbana, doméstica, industrial, agrícola ou florestal, e pode ser considerada como um tipo de reciclagem do lixo orgânico. Trata-se de um processo natural em que os micro-organismos, como fungos e bactérias, são responsáveis pela degradação de certos tipos de resíduos, transformando-a em húmus, um material muito rico em nutrientes e fértil.

A prática feita em casa ainda faz bem para a saúde. De acordo com um estudo, o contacto com uma bactéria presente no húmus pode ser usado como antidepressivo e diminui alergias, dores e náuseas.

A compostagem ajuda na redução das sobras de alimentos, tornando-se uma solução fácil para reciclar os resíduos gerados em nossa residência. Confira o vídeo acima, do Canal do Portal eCycle do YouTube, para entender, de forma bem resumida, o que é compostagem. Se curtir, inscreva-se no canal! Confira abaixo mais detalhes de como ela ocorre e como realizá-la.

Como se faz a compostagem?

A compostagem do lixo acontece em fases, sendo elas muito distintas umas das outras.

Quais são as 3 fases da compostagem?

1ª) Fase mesofílica

Nessa fase da compostagem, os fungos e as bactérias mesófilas (activas a temperaturas próximas da temperatura ambiente) começam a se proliferar na matéria orgânica aglomerada na composteira, fazendo a decomposição do lixo orgânico. Primeiro são metabolizadas as moléculas mais simples. Nessa fase, as temperaturas são moderadas (cerca de 40°C) e dura em torno de 15 dias.

2ª) Fase termofílica

É a fase mais longa, podendo se estender por até dois meses, dependendo das características do material que está sendo compostado. Nessa fase, entram em cena os fungos e as bactérias denominados de termófilos, que são capazes de sobreviver a temperaturas entre 65°C e 70°C, à influência da maior disponibilidade de oxigénio – promovida pelo revolvimento da pilha inicial. A degradação das moléculas mais complexas e a alta temperatura ajudam na eliminação de agentes patógenos.

3ª) Fase da maturação

É a última fase do processo de compostagem, podendo durar até dois meses. Nessa fase, há a diminuição da actividade microbiana, da temperatura (até se aproximar da temperatura ambiente) e da acidez. É um período de estabilização que produz um composto maturado. A maturidade do composto ocorre quando a decomposição microbiológica se completa e a matéria orgânica é transformada em húmus, livre de toxicidade, metais pesados e patógenos.

O húmus é um material estável, rico em nutrientes e minerais, que pode ser utilizado em hortas, jardins e para fins agrícolas, como adubo orgânico, devolvendo à terra os nutrientes de que necessita e evitando o uso de fertilizantes sintéticos.

História da compostagem

A compostagem orgânica não é uma prática nova, mas está ganhando popularidade ao passo que há uma tendência maior de preocupação com a sustentabilidade. Há muito tempo agricultores já utilizavam o método de reciclagem do lixo doméstico para obtenção de adubo orgânico.

No oriente médio, principalmente na China, a compostagem vem sendo aplicada há séculos. Já no ocidente, ficou conhecida em 1920, a partir dos primeiros experimentos de Sir Albert Howard. O Inglês Howard era considerado um dos propulsores da compostagem doméstica na província Indiana de Indore, onde tentou efectuar o processo com resíduos de uma só natureza e concluiu que era necessário misturar diversos tipos.

Também na Europa, a técnica era usada durante os séculos XVIII e XIX pelos agricultores que transportavam os seus produtos para as cidades em crescimento e, em troca, regressavam às suas terras com os resíduos sólidos urbanos das cidades para utilizá-los como corretivos orgânicos gerados do solo. Assim, os resíduos eram quase que completamente reciclados por meio da compostagem e da agricultura.

Com a expansão das áreas urbanas e o aumento populacional e do consumo, houve mudanças na qualidade dos resíduos sólidos, que acabaram tornando-se cada vez mais inadequados para o processo de compostagem de lixo. Logo, a técnica perdeu popularidade.

Entretanto, nos dias de hoje, com a pressão para a utilização de métodos direccionados para a preservação do meio ambiente, há um novo interesse em compostagem de restos de comida em casa como uma solução para a redução do volume de lixo que é encaminhado para aterros e lixões todos os dias.

Esse hábito ainda pode fornecer uma opção saudável de adubo orgânico para plantas e hortas. Com isso, cada vez mais pessoas querem colocar a mão na massa e fazer a sua própria compostagem, mas muitas não sabem por onde começar.

O que é uma composteira?

A composteira nada mais é do que o lugar (ou a estrutura) próprio para o depósito e a compostagem do material orgânico, onde o lixo orgânico será transformado em húmus.

A composteira pode assumir diversos formatos e tamanhos – isso depende do volume de matéria orgânica que é produzida e também do espaço livre disponível para sua alocação, mas todas têm a mesma finalidade.

As composteiras podem ser instaladas em casas ou apartamentos e possuir tamanhos e preços variados. Para além disso, o processo também pode ser realizado directamente no solo.

Minhocas na compostagem

Uma forma de acelerar a compostagem orgânica é por meio do uso de minhocas californianas (espécie Eisenia foetida mais indicada para o processo). Isso porque as minhocas digerem a matéria orgânica, facilitando o trabalho dos micro-organismos.

Esse tipo de compostagem recebe o nome de vermicompostagem ou compostagem com minhocas. Para saber mais sobre esse tema, dê uma olhada na matéria: “Vermicompostagem: conheça as vantagens dessa técnica que reduz o lixo orgânico“. Para conhecer mais de perto as minhocas dê uma olhada na matéria: “Minhoca: importância ambiental na natureza e em casa“.

Composteira automática

A compostagem também pode ser feita por meio da composteira automática, que envolve maior praticidade, pois a decomposição é mais rápida e, ao em vez de minhocas, utiliza-se poderosos micro-organismos patenteados (dentre eles, o Acidulo TM), capazes de se multiplicarem em altas temperaturas, salinidade e acidez, saiba mais sobre esse tema lendo a matéria “Composteiras automáticas trazem agilidade e eficiência no reaproveitamento de resíduos domésticos“. Com isso, é possível inserir alimentos ácidos, carne, ossos, espinhas de peixe, frutos do mar, ao contrário da compostagem com minhocas, ou vermicompostagem.

Nessa última, também não se recomenda a deposição em excesso de gorduras e lacticínios, pois retardam a decomposição. Também existem resíduos que não vão para nenhum dos tipos de composteira, porém devemos destinar correctamente. Para saber mais a respeito, dê uma olhada na matéria: “O que pode colocar na composteira?“.

Ao identificar o melhor tipo de processo (compostagem ou vermicompostagem) e de composteira para a casa, família e orçamento, muitas pessoas ainda têm uma dúvida: se a composteira caseira é higiénica. Essa dúvida é recorrente devido a existência de chorume e pela necessidade de lidar com restos de alimentos que podem exalar mau odor e atrair animais.

O fato de haver minhocas nas composteiras também assusta. Mas esse receio não tem muito fundamento como mostra a matéria “Entrevista: composteira caseira é higiénica” com Cesar Danna, do site de soluções para resíduos orgânicos Minhocasa.

Factores que influenciam na geração e na qualidade do composto

São muitos os factores que podem influenciar na quantidade e qualidade dos compostos gerados durante esse processo, os principais são os seguintes:

Organismos

A transformação da matéria orgânica bruta para húmus é um processo, basicamente, microbiológico, operado principalmente por fungos e bactérias, que, durante as fases da compostagem, alternam espécies de micro-organismos envolvidos. Também há a colaboração da macro e mesofauna, como minhocas, formigas, besouros e ácaros, durante o processo de decomposição;

Temperatura

Um dos factores de grande importância no processo de compostagem. Esse processo de decomposição da matéria orgânica por micro-organismos se relaciona directamente à temperatura, por meio de micro-organismos que produzem o calor, pela metabolização da matéria orgânica, estando a temperatura relacionada a vários factores, como materiais ricos em proteínas, baixa relação carbono/nitrogénio, umidade e outros.

Materiais moídos e peneirados, com granulometria mais fina e maior homogeneidade, originam uma melhor distribuição de temperatura e menor perda de calor. Veja mais detalhes na matéria “Condições básicas para manutenção da composteira: temperatura e umidade“.

Umidade

A presença de água é fundamental para o bom desenvolvimento do processo, pois a umidade garante a actividade microbiológica, isso se deve porque, entre outros factores, a estrutura dos micro-organismos consiste de aproximadamente 90% de água e, na produção de novas células, a água precisa ser obtida do meio, ou seja, neste caso, da massa de compostagem.

Porém, a escassez ou o excesso do líquido pode desacelerar a compostagem – se houver excesso, é necessário acrescentar matéria seca, como serragem, ou folhas secas.

A faixa de umidade óptima recomendada para se obter um máximo de decomposição está próxima de 50%, devendo haver uma maior atenção ao teor de umidade durante a fase inicial, pois esta precisa de uma adequação do suprimento de água para promoção do crescimento dos organismos biológicos envolvidos no processo e para que as reacções bioquímicas ocorram no tempo certo, durante o processo de compostagem. Saiba mais detalhes na matéria “Umidade dentro da composteira: factor muito importante“.

Aeração

No processo de compostagem, é possível dizer que a aeração é o factor mais importante a ser considerado, isso porque o arejamento evita a formação de maus odores e a presença de insectos, como as moscas de frutas, por exemplo, o que é importante tanto para o processo como para o meio ambiente.

Também deve-se levar em conta que, quanto mais húmida está a massa orgânica, mais deficiente será sua oxigenação. É recomendado que o primeiro revolvimento seja feito em duas ou três semanas após o início do processo, pois esse é o período em que se exige a maior aeração possível. Em seguida, o segundo revolvimento deve ser feito aproximadamente três semanas após o primeiro, e dez semanas após o inicio de processo de compostagem deve ser feito o terceiro revolvimento para uma incorporação final de oxigénio.

Uma massa orgânica com uma dose apropriada de nitrogénio e carbono ajuda no crescimento e na actividade das colónias de micro-organismos envolvidos no processo de decomposição, possibilitando a produção do composto em menos tempo.

Sabendo que os micro-organismos absorvem o carbono e o nitrogénio numa proporção de 30 partes de carbono para uma parte de nitrogénio, ou seja, uma razão de 30/1, essa é a proporção ideal para o material orgânico depositado na composteira, mas também são recomendados valores entre 26/1 e 35/1, como sendo as relações C/N mais propícias para uma rápida e eficiente compostagem.

Cuidados

Resíduos com relação C/N baixa (C/N<26/1) são pobres em carbono e perdem nitrogénio na forma amoniacal durante o processo de compostagem. Nesse caso, recomenda-se juntar restos vegetais celulósicos, como serragem de madeira, sabugo e palha de milho e talos e cachos de banana, ricos em carbono, para elevar a relação a um valor próximo do ideal.

No caso contrário, ou seja, quando a matéria-prima possui relação C/N alta (C/N>35/1), o processo de compostagem torna-se mais demorado e o produto final apresentará baixos teores de matéria orgânica. Para corrigir esse erro, deve-se acrescentar materiais ricos em nitrogénio, como folhas de árvores, gramíneas e e legumes frescos.

Além do que até aqui mencionado, outros cuidados recomendados estão relacionados ao local onde a composteira estará alocada: o preparo prévio do material orgânico, a quantidade de material a ser compostado e as dimensões das leiras (quando a compostagem é feita em leiras, pilhas de resíduos em linha).

Você também deve tomar cuidado com quais materiais orgânicos colocar na sua composteira, como, por exemplo, no caso da vermicompostagem, onde há restrições a alguns tipos de alimentos já mencionados, como excesso de frutas cítricas, cebola ou alho, pois alteram o pH do composto.

Para que serve a compostagem

Segundo dados do IPEA, Instituto de Pesquisa Económica Aplicada, o material orgânico corresponde a cerca de 52% do volume total de resíduos produzidos no Brasil e tudo isso vai parar em aterros sanitários, onde são depositados com os demais e não recebem nenhum tipo de tratamento específico.

A compostagem traz muitas vantagens para o meio ambiente e para a saúde pública, seja aplicada no ambiente urbano (domésticos ou industriais) ou rural. A maior vantagem que pode ser citada da compostagem é que, no processo de decomposição, ocorre somente a formação de dióxido de carbono ou gás carbónico (CO2), água (H2O) e biomassa (húmus).

Por se tratar de um processo de fermentação que ocorre na presença de oxigénio (aeróbico), permite que não ocorra a formação de gás metano (CH4), gerado nos aterros por ocasião da decomposição destes resíduos, que é altamente nocivo ao meio ambiente e muito mais agressivo, pois é um gás de efeito estufa cerca de 21 vezes mais potente que o gás carbónico.

Ao reciclarmos o lixo destinado aos aterros por meio da compostagem, haverá, por consequência, uma economia nos custos de transporte e de uso do próprio aterro, ocasionando o aumento de sua vida útil (veja sobre o uso da compostagem em grandes cidades).

Chorume

Além de tudo que percorremos até aqui, a compostagem promove a valorização de um insumo natural e ambientalmente seguro, adubo orgânico, actuante sobre a reciclagem dos nutrientes do solo e no reaproveitamento agrícola da matéria orgânica, assim evitando o uso de fertilizantes inorgânicos, formados por compostos químicos não naturais, cujos mais comuns levam em sua composição substâncias como nitrogénio, fosfatos, potássio, magnésio ou enxofre (veja mais informações na matéria “O que são fertilizantes?”).

Os efeitos desses compostos, sobretudo os fertilizantes nitrogenados, se apresentam igualmente nocivos ao desequilíbrio do efeito estufa. Também é possível mencionar os riscos que esses fertilizantes podem trazer devido à presença de metais pesados em sua composição.

O chorume produzido no processo da compostagem com minhocas pode ser utilizado como adubo líquido (na proporção de dez partes de água para uma de chorume) e como pesticida (na proporção de meia parte de chorume e meia de água borrifada nas plantas).

Se suas dúvidas sobre compostagem foram solucionadas com essa matéria e você está querendo praticar a sua em casa, você pode comprar uma composteira doméstica em nossa loja. Encontre o melhor tipo para sua casa e sua família. Você também pode conferir como fazer uma composteira em casa na matéria: “Aprenda como fazer uma composteira doméstica com minhocas“.

Curta o vídeo (em inglês) sobre como é o processo de compostagem.

https://www.ecycle.com.br/compostagem/

quinta-feira, 9 de março de 2023

Galamba contratou um especialista de 23 anos (e da JS)

As más línguas dizem que foi uma aquisição intima, mas vale o que vale.Será que acompanhou Galamba no novo cargo?


Luís Lopes foi o candidato socialista em Sernancelhe, mas perdeu. Foi nomeado para exercer funções no gabinete secretário de Estado Adjunto e da Energia oito dias depois das autárquicas.

O secretário de Estado Adjunto e da Energia, João Galamba, nomeou para técnico especialista do seu gabinete o jovem Luís Lopes, de 23 anos, com efeito a partir de 4 de Outubro. A nomeação ainda não consta do site em que o Governo divulga as nomeações, mas foi publicada em Diário da República dia 12.

Mas quem é Luís Lopes? O currículo no decreto de nomeação é vago: é "gestor" (é licenciado e mestre em Gestão e, tendo iniciado o curso em 2016 presume-se que tenha terminado o percurso académico em 2021),"tendo prestado serviços em empresas portuguesas e no Parlamento Europeu" (PE). Não especifica que serviços, que empresas, ou por quanto tempo. O recém-formado terá um salário de 2.201 euros.

Mas Luís Lopes é também militante da JS de Viseu, onde nasceu, embora a família tenha ligações a Trancoso. Uma fonte política local explica assim a sua candidatura autárquica a Sernancelhe: "O PS pura e simplesmente não tinha candidato nem a Tabuaço, nem a Sernancelhe, teve de se ir à procura." Em Tabuaço, avançou Carlos Portugal, em Sernancelhe, Luís Lopes - que é enteado de Carlos Portugal, Ex-enfermeiro director do Centro Hospitalar Tondela-Viseu e ligado ao PS distrital. Em Sernancelhe, o PSD bateu o recorde nacional do partido, com 81,89% dos votos, e Luís Lopes obteve 9,3%.


Empresas não, escritório sim
A SÁBADO questionou o gabinete de João Galamba sobre como chegou ao conhecimento de Luís Lopes e das suas competências e pediu a clarificação do currículo do nomeado (em que empresas trabalhou, em que cargos e em que períodos). A resposta destaca o "percurso académico exímio" do nomeado, tendo-se licenciado com 16 valores e mestrado com 17. Mas não há referência às empresas invocadas no CV, apenas a que, paralelamente à tese, "exerceu funções de business developer numa sociedade de advogados", sem indicar qual.
No Parlamento Europeu "exerceu funções" (não é especificado que funções ou com que vínculo profissional, se estágio ou outro), "principalmente nos comités Economic and Monetary Affairs e Regional Development. Nestes comités teve oportunidade de participar ativamente em relatórios como o da União Bancária e o Fundo para uma Transição Justa, o qual se reveste de grande importância para a área de intervenção deste membro do Governo." Sobre como chegou o governante ao conhecimento de Luís Lopes, não houve resposta.

Questionado, o próprio Luís Lopes respondeu apenas: "Relativamente ao meu CV, relembro que ao abrigo do DL n.º 11/2012, de 20 de janeiro, no artigo 11, o ponto 1 diz ‘os membros dos gabinetes são livremente designados e exonerados por despacho do membro do governo respetivo’." Cita ainda o artigo 12 para notar que do despacho de designação consta "obrigatoriamente a identificação do designado, nota curricular", mas nada concretiza do seu currículo, como "gestor", ou no PE. "Resta-me dizer que não tenho nada para acrescentar em relação ao despacho."

No governo, mas também no Ministério do Ambiente e Ação Climática, há outros casos de especialistas precoces. No mesmo gabinete, já houve outras nomeações de sub-30. Ana Afonso de Matos (ex-vereadora sem pelouro, pelo PS, em Almada) foi contratada em 2019 com 24 anos, Rui Ferreira de Almeida (da JS Oeiras) com 26. E o ministro do Ambiente, Matos Fernandes, nomeou o técnico especialista Gonçalo Santos (presidiu à Associação de Estudantes da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa) aos 21 anos.

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    Louvor 40/2023, de 13 de Janeiro

    • Corpo emitente: Ambiente e Ação Climática - Gabinete do Secretário de Estado do Ambiente e da Energia

    • Fonte: Diário da República n.º 10/2023, Série II de 2023-01-13

    • Data: 2023-01-13

    • Parte: C

    • Documento na página oficial do DRE

    • Sumário

      Louva Luís Miguel Rodrigues Lopes, técnico especialista do Gabinete

      https://www.sabado.pt/

      Maria Henrique Espada 

      25 de novembro de 2021

      quarta-feira, 8 de março de 2023

      Bateria inovadora de CO2 consegue armazenar energia solar e eólica

      Adriana Santos – Outubro/2022

      E se o dióxido de carbono, um dos grandes vilões do século XXI, puder ser usado para apoiar a transição energética, ajudando a que se consiga atingir a neutralidade carbónica?

      A Energy Dome, uma empresa italiana, tem vindo a desenvolver uma bateria de CO2 que utiliza o composto químico para guardar energia.

      Bateria de CO2 da Energy Dome

      Bateria de CO2 da Energy Dome© AWAY magazine
      A bateria de CO2 é um sistema de armazenamento de energia de longa duração, criado com
      o objectivo de ser uma solução flexível para garantir que as energias verdes são mais estáveis.
      Como funciona esta bateria? Em primeiro lugar, é importante sublinhar que não é um
      elemento pequeno, como as baterias dos telemóveis ou dos veículos. Esta proposta da Energy
      Dome é de grande escala e é apoiada por uma instalação composta por vários elementos,
      como uma cúpula e recipientes para armazenar o dióxido de carbono.

      Bateria inovadora de CO2 consegue armazenar energia solar e eólica© Fornecido por Away
      O dióxido de carbono circula dentro desta construção, passando do estado gasoso para o
      líquido quando está a retirar energia da rede e do estado líquido para o gasoso quando está a
      injectar na rede. Quando não está a ser usada, a energia fica armazenada no CO2 em estado
      líquido.
      Uma das grandes vantagens desta tecnologia, refere a empresa italiana, é que todos os
      elementos para a sua construção estão disponíveis no mercado, o que permite uma
      implantação rápida da bateria.
      Além disso, o CO2, pelas suas características, é um fluído que armazena energia sem ter um
      custo muito elevado e que passa do estado gasoso para o líquido sob pressão à temperatura
      ambiente, sem haver necessidade de serem atingidas temperaturas extremas.

      Bateria inovadora de CO2 consegue armazenar energia solar e eólica© Fornecido por Away
      De acordo com a Energy Dome, a instalação não provoca danos no local onde é instalada e
      garante uma grande eficiência energética.
      A primeira bateria de CO2 da Energy Dome foi inaugurada na Sardenha, em Itália, em
      Junho deste ano e marcou o início da fase de comercialização do produto.
      Bateria de CO2 vai ser testada em ambiente real com energias renováveis
      No final de Setembro, a Energy Dome e a Ørsted, empresa de energia verde, anunciaram um
      memorando de entendimento para estudar a instalação de uma bateria de CO2 com
      capacidade de armazenamento de 20 MW/200 MWh num dos parques de renováveis da
      Ørsted. O projecto prevê a possibilidade de a tecnologia ser usada em outras localizações.
      O projecto tem como objectivo ajudar a mitigar as oscilações de fornecimento de energia,
      inerente às renováveis, e garantir estabilidade na rede.
      A construção da primeira bateria de CO2 num parque de energia renovável da Ørsted
      deverá começar na segunda metade de 2024 e apesar de não ter sido divulgada a localização
      certa, já se sabe que será na Europa.


      (Imagens: Energy Dome)

      sábado, 18 de fevereiro de 2023

      Dúvida: o ar dentro de casa é menos perigoso do que o ar lá fora?

      Passamos muitas horas dentro de portas e estamos especialmente vulneráveis ao ar interior, alerta investigador do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge.

      A Organização das Nações Unidas (ONU) tem alertado regularmente sobre o perigo do ar poluído para a saúde humana. Um relatório de 2022 mostrava que 99% da população humana respirava ar exterior cujos parâmetros estavam abaixo dos exigidos pela ONU para os poluentes atmosféricos, sujeitando as pessoas a vários problemas de saúde.

      Por outro lado, a mesma organização alerta também para o ar poluído do interior das casas e dos edifícios que se estima ter morto 3,2 milhões de pessoas anualmente, segundo dados de 2020, incluindo 237.000 crianças com menos de cinco anos.
      Perante estes dados, qual é o ar mais perigoso para respirar: o ar interior ou o ar exterior? No contexto português, embora tudo dependa das condições específicas de cada lugar onde se vive, é preciso ter em conta onde passamos a maioria do tempo. E, regra geral, estamos muito tempo dentro de espaços fechados.

      “Por princípio, o ar interior pode ser mais perigoso do que o ar exterior. E essa mentalidade não existe nas pessoas”, explica ao PÚBLICO João Paulo Teixeira, investigador na área da toxicologia do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge e professor da Universidade do Porto.

      Estamos em espaços fechados entre oito a 11 horas por dia. As concentrações de poluentes até podem ser mais baixas [do que as que existem no ar exterior], mas o tempo de permanência é tanto que o impacto pode ser maior.”

      Certamente esta regra não é generalizável para todos os casos. Alguém dentro de uma casa sem lareira numa aldeia tenderá a respirar um ar de maior qualidade do que um transeunte de uma cidade que caminhe por uma rua cheia de carros. Mas entre o tempo que diariamente se passa dentro de quatro paredes e as possíveis fontes de poluição que podem existir dentro de casa – incluindo o dióxido de carbono (CO2) que exalamos a cada respiração – torna-se fundamental estar-se atento ao ar interior para evitar que ele fique poluído.

      O conselho relativamente ao ar interior é a ventilação da casa, é crucial”, sublinha João Paulo Teixeira, referindo-se ao gesto simples de abrir as janelas e deixar o ar circular e ser renovado. “Temos condições climáticas para fazermos coisas destas”, acrescenta, já que Portugal tem um clima ameno.

      Fontes de poluição

      Existem várias fontes específicas de poluição do ar interior. Parte dessas fontes deve-se à actividade das pessoas. O uso de certas substâncias que libertam cheiros, como as tintas e as colas no contexto escolar, são uma das fontes de poluição. “Tudo o que tem cheiro são compostos orgânicos voláteis que por princípio fazem mal à saúde, principalmente ao sistema nervoso central”, aponta João Paulo Teixeira.

      Por outro lado, há várias fontes de material particulado que também é produzido por nós. Este material é composto por partículas finas de diferentes tamanhos e composições que quando inspiramos atingem os nossos pulmões. Quanto mais finas essas partículas forem, mais probabilidade têm de atravessarem os alvéolos pulmonares e alcançarem a corrente sanguínea, podendo depois atingir vários órgãos humanos.

      Se estiver no meu gabinete a imprimir folhas, as impressoras libertam partículas”, exemplifica o investigador. Os cigarros convencionais também são uma enorme fonte de material particulado. O fumo do cigarro não se dissipa dentro de casa. Mas o mais recente tabaco aquecido, apesar de não haver combustão de material, também lança material particulado para o ambiente.

      Uma grande concentração de pessoas numa sala sem ventilação é outra razão para estar alerta, mas desta vez devido ao aumento de concentração de CO2. “O CO2 provoca cansaço, diminui a concentração e, se não houver arejamento, vai acumular”, explica João Paulo Teixeira.

      O ar exterior é também uma fonte de poluição do ar interior. “Se alguém viver numa avenida poluída de Lisboa, não aconselharia a abrir a janela”, refere o investigador. Pela mesma razão, é necessário ter cuidado com a localização dos ares condicionados, principalmente no contexto industrial. “Se a toma do ar do ar condicionado estiver junto à saída de ar da actividade industrial, estamos a insuflar ar contaminado para o interior.”

      A nível mundial, uma das maiores preocupações relativamente à qualidade do ar interior é a queima de combustível para cozinhar. Em muitos países de África e da Ásia utilizam-se combustíveis fósseis como a madeira, o carvão e os restos agrícolas. Há, a nível mundial, 2,4 mil milhões de pessoas nesta situação, segundo a ONU.

      João Paulo Teixeira afirma que Portugal não se depara com aquele problema. Mas aponta para outro caso que tem algumas semelhanças: as lareiras. “As pessoas não deviam usar lareira. Por mais vedadas que estejam, as emissões de partículas são uma enormidade”, afirma. “Isso é terrível a nível da questão cardiorrespiratória. As alergias, as asmas, é fundamentalmente o principal resultado da menor qualidade do ar.”

      Populações vulneráveis

      Há quatro populações que estão mais vulneráveis à poluição do ar interior: os idosos, as crianças, as grávidas e as pessoas que sofrem de patologias de foro respiratório. “São quatro grupos onde se devia tomar algum tipo de precaução relativamente aos espaços interiores que usam”, refere João Paulo Teixeira.

      As pessoas que vivem em lares da terceira idade estão muito tempo dentro de casa – quase 24 horas – e é muito importante a qualidade do ar interior”, explica o especialista. Já as crianças têm um sistema imunitário menos desenvolvido, estão a crescer e a taxa de ventilação é muito maior. Estas características tornam-nas mais vulneráveis. Além disso, “passam muito tempo nas salas de aulas”, afirma.

      Mas o problema é de todos, alerta o especialista: “É um tema que se deve insistir porque a sociedade cada vez está a viver mais dentro de portas.”

      Nicolau Ferreira

      Publico


      sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

      Área Metropolitana de Lisboa: a machadada final?

      A decisão agora tomada vem acentuar desigualdades em Mafra, Loures, Odivelas, Amadora, Sintra e Vila Franca do Xira que continuarão, falaciosamente, a fazer parte de uma “pseudorregião rica”.


      A Comissão Europeia aprovou a criação de duas novas NUTS[1] de nível II em Portugal: Península de Setúbal e Oeste e Vale do Tejo.

      No caso da primeira, que integra os concelhos a sul do Tejo da actual Área Metropolitana de Lisboa (AML), tal significa que esta região deixará de estar inserida na referida AML no âmbito do acesso aos fundos comunitários, passando a dispor de um programa regional próprio.

      Acontece que esta nova realidade foi imposta de forma totalmente arbitrária pelo Governo e sem auscultação dos autarcas, quer na AML, quer na Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP).

      Além disso, a mesma coloca em causa os superiores interesses das populações da zona norte da AML, mais uma vez prejudicadas nos seus legítimos anseios de desenvolvimento socioeconómico.

      Os municípios da AML não são todos iguais. Pese embora esta região esteja, globalmente e do ponto de vista estatístico, em linha com a média da União Europeia (UE), a verdade é que esta concentra em si um conjunto de assimetrias socioeconómicas, verificando-se que existem municípios onde os rendimentos são muito abaixo da média da União.

      Ainda que se apoie a correcção de injustiças na Península de Setúbal, a decisão agora tomada vem acentuar desigualdades em Mafra, Loures, Odivelas, Amadora, Sintra e Vila Franca do Xira, que continuarão, falaciosamente, a fazer parte de uma “pseudorregião rica”.

      Esta discriminação verifica-se tanto ao nível dos municípios, como também dos agentes económicos e das instituições, os quais terão acesso a percentagens de financiamento muito mais baixas, além do que o volume total de verbas comunitárias disponíveis é significativamente inferior. Num cenário de competitividade fortemente penalizada, não será de estranhar uma eventual deslocalização de famílias e de empresas para territórios vizinhos, onde os apoios da UE e do próprio Governo são manifestamente superiores.

      Em nome do princípio da coesão, só podemos exigir que problemas idênticos mereçam soluções idênticas, apelando-se à reabertura urgente do processo de reorganização das unidades territoriais na zona norte da Grande Lisboa. Não nos calaremos na defesa das nossas populações, sob pena de continuarmos sem meios para afirmar projectos e territórios.

      A manter-se este cenário, será ainda caso para perguntar: qual será então o papel da AML, enquanto entidade intermunicipal capaz de agregar valor à região e de se constituir como fórum de coordenação de políticas públicas à escala intermunicipal?

      Hélder Sousa Silva

      Presidente da Câmara Municipal de Mafra e Vice-Presidente do Conselho Metropolitano de Lisboa

      [1] Acrónimo de “Nomenclatura das Unidades Territoriais para Fins Estatísticos”, sistema hierárquico de divisão do território em regiões

      terça-feira, 13 de dezembro de 2022

      UMA PORCA MISERIA

      Três túneis em Lisboa encerrados por prevenção devido ao mau tempo

      A madrugada de quinta-feira ficou marcada por fortes chuvadas que provocaram inundações por toda a Grande Lisboa

      Três túneis rodoviários na Avenida João XXI, Campo Grande e Entrecampos, em Lisboa, foram encerrados no sábado à noite por prevenção por causa do mau tempo, revelou este sábado à agência Lusa a directora do Serviço Municipal de Protecção Civil.

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      ‘Todos os anos’ acontece o mesmo… ou pior…várias vezes, e a culpa é das ‘adversas condições atmosféricas’ que assolam Lisboa!

      NÃO é dos arquitectos que desenharam os túneis

      NÃO é dos engenheiros que dirigiram as obras

      NÃO é dos políticos que aceitaram a obra feita

      E muito menos dos ‘trabalhadores’, porque só obedecem a ordens

      Vivi três anos em Inglaterra onde – ‘como se sabe’ – quase nunca chove. Ah ah ah.

      NUNCA vi túneis fechados, nem passeios aos altos e baixos.

      A SORTE que os Ingleses têm!

      PORCA MISERIA

      terça-feira, 15 de novembro de 2022

      O mundo visto da cadeira.


      É SÓ CLICAR E VER O MUNDO!!!

      > Velence.         https://www.youtube.com/watch?v=ka-ZgwCXKho

      > Róma:           https://www.youtube.com/watch?v=DEJx0CYrDHk

      > Firenze:         https://www.youtube.com/watch?v=ACplPj5CC-k

      > Budapest:    https://www.youtube.com/watch?v=dZYpHr1wDmY

      > Berlin:           https://www.youtube.com/watch?v=hVfBQNENS9s

      > Prága:          https://www.youtube.com/watch?v=idg6vW3vXtE

      > Bécs:          https://www.youtube.com/watch?v=MRI8ffYKA8c

      > Salzburg:     https://www.youtube.com/watch?v=owI1QBHhbS0

      > Varsó:         https://www.youtube.com/watch?v=esJ_l1b_Ni0

      > Moszkva:     https://www.youtube.com/watch?v=pnN2BNrSrXY

      > St.Pétervár:  https://www.youtube.com/watch?v=N3ISUUO0CSo

      > Tokió:          https://www.youtube.com/watch?v=cS-hFKC_RKI

      > Hongkong:   https://www.youtube.com/watch?v=72__Mdioty8

      > New York:    https://www.youtube.com/watch?v=MtCMtC50gwY

      > Washington:   https://www.youtube.com/watch?v=7dilTLvbHxc

      > Chicago:         https://www.youtube.com/watch?v=QSwvg9Rv2EI

      > San Francisco:  https://www.youtube.com/watch?v=Oo6iAxf4si0

      > Los Angeles:    https://www.youtube.com/watch?v=bTvr_2v-0HI

      > Las Vegas:      https://www.youtube.com/watch?v=gasI6cyjkvM

      > Miami:             https://www.youtube.com/watch?v=58iT2L4VQj4

      > Orlando:          https://www.youtube.com/watch?v=LfCsOwMc3hk

      > Dubai:             https://www.youtube.com/watch?v=nPOO1Coe2DI

      > London:           https://www.youtube.com/watch?v=45ETZ1xvHS0

      > Dublin:            https://www.youtube.com/watch?v=LcKnx7I97yk

      > Páris:             https://www.youtube.com/watch?v=AQ6GmpMu5L8

      > Amszterdam:  https://www.youtube.com/watch?v=ey_L_VzPwEI

      > Koppenhága:  https://www.youtube.com/watch?v=yHZlNfWuA7g

      > Vancouver:     https://www.youtube.com/watch?v=a4d5CbK0b3A

      > Toronto:          https://www.youtube.com/watch?v=7uY0Ab5HlZ0

      > Montreal:        https://www.youtube.com/watch?v=poe2cLKw9ko

      > Ottawa:           https://www.youtube.com/watch?v=DtW0VqNkM9U

      > Quebec:          https://www.youtube.com/watch?v=XXhmblzSAeU

      > Sao Paulo:       https://www.youtube.com/watch?v=mXk5-2u0kw0

      > Rio de Janeiro:  https://www.youtube.com/watch?v=ieWNzZPfZzk

      > Sydney:             https://www.youtube.com/watch?v=OrIDTJH2ZZM

      > Melbourne:         https://www.youtube.com/watch?v=RLOsQViPLhw

      > Brisbane:           https://www.youtube.com/watch?v=0Mv48ZM7gu4

      > Perth:               https://www.youtube.com/watch?v=KtRsk4Bjs9s

      > Adelaide:        https://www.youtube.com/watch?v=kf3_U0MLs

      > Cape Town:  https://www.youtube.com/watch?v=srP7RFVdjWc

      > Mexico City:  https://www.youtube.com/watch?v=GUMXv0VEtoc

      quinta-feira, 10 de novembro de 2022

      Tem alergia a flores? Temos uma boa novidade: conheças algumas flores não alérgicas

      Alergia ao pólen de algumas flores é um mal que incomoda muita gente mas estas espécies florais podem ser a solução certa.

      Por Sandra M. Pinto

      Cravos
      Favorecem a prevenção de alergias, sendo que o que os torna seguros para os alérgicos é o fato de não possuírem pólen em abundância.

      Girassóis
      Alegres, brilhantes e encantadores, os girassóis são hipoalergênicos pois possuem pólen pegajoso. Essas flores exuberantes têm o poder de iluminar o ambiente e são uma excelente escolha

      Orquídeas
      São flores ornamentais e tropicais que impressionam. Existem diversos tipos de orquídeas, e muitas delas são perfeitas para pessoas alérgicas, pois também têm baixo teor de pólen. Variedades como Paphiopedilum, Phalaenopsis e Dendrobium são consideradas as melhores para pessoas que têm sensibilidade a cheiros.

      Lírios Asiáticos
      Os lírios asiáticos são uma incrível alternativa para pessoas alérgicas.

      Hortênsias
      Tradicionais, são muito usadas no paisagismo, pois não causam alergias respiratórias. São uma escolha popular devido à sua versatilidade e resistência. Hortênsias têm pólen pegajoso, ou seja, o pólen não se espalha no ar e não causa reações alérgicas.

      Rosas
      Variedades com aromas mais suaves são mais favoráveis ​​para evitar as alergias. O pólen de uma rosa é muito grande. Ou seja, é improvável que ele seja transportado pelo ar, e é por isso que as rosas não costumam causar alergias.

      Tulipa
      São uma opção adequada para dar para pessoas que têm alergia. Têm uma baixa quantidade de pólen.

      https://foreveryoung.sapo.p

      Quanto carvão há nos Estados Unidos?

      A quantidade de carvão que existe nos Estados Unidos é difícil de estimar porque está enterrada no subsolo. Em 1975, o US Geological Survey (USGS) publicou a avaliação nacional mais abrangente dos recursos de carvão dos EUA, que indicava que, em 1º de janeiro de 1974, os recursos de carvão nos Estados Unidos totalizavam 4 trilhões de toneladas curtas. Embora o USGS tenha realizado avaliações regionais mais recentes dos recursos de carvão dos EUA, uma nova avaliação em nível nacional dos recursos de carvão dos EUA não foi realizada.

      A US Energy Information Administration (EIA) publica três medidas de quanto carvão resta nos Estados Unidos. As medidas são baseadas em vários graus de certeza geológica e na viabilidade econômica da mineração do carvão.

      As estimativas da EIA para a quantidade de reservas de carvão em 1º de janeiro de 2022, por tipo de reserva são:

        • A Base de Reserva Demonstrada (DRB) é a soma do carvão nas categorias de recursos medidos e indicados de confiabilidade. O DRB representa 100% do carvão in loco que poderia ser extraído comercialmente em um determinado momento. A EIA estima o DRB em cerca de 471 bilhões de toneladas curtas, das quais cerca de 69% é carvão lavrável subterrâneo.

        • As reservas recuperáveis ​​estimadas incluem apenas o carvão que pode ser extraído com a tecnologia de mineração atual, após considerar as restrições de acessibilidade e os fatores de recuperação. A EIA estima as reservas recuperáveis ​​de carvão dos EUA em cerca de 251 bilhões de toneladas curtas, das quais cerca de 58% são carvão lavrável subterrâneo.

        • As reservas recuperáveis ​​nas minas produtoras são a quantidade de reservas recuperáveis ​​que as empresas de mineração de carvão relatam à EIA para suas minas de carvão nos EUA que produziram mais de 25.000 toneladas curtas de carvão em um ano. A EIA estima essas reservas em cerca de 12 bilhões de toneladas curtas de reservas recuperáveis, das quais 53% são carvão lavrável de superfície.

            Com base na produção de carvão dos EUA em 2021, de cerca de 0,577 bilhão de toneladas curtas, as reservas recuperáveis ​​de carvão durariam cerca de 435 anos, e as reservas recuperáveis ​​nas minas produtoras durariam cerca de 21 anos. O número real de anos que essas reservas durarão depende das mudanças nas estimativas de produção e reservas.

            EIA.ORG

            Qual é a quantidade de reservas mundiais de carvão?

            Em 31 de Dezembro de 2021, as estimativas do total mundial de reservas comprovadas de carvão eram de cerca de 1,161 bilhão de toneladas curtas (ou cerca de 1,16 trilhão de toneladas curtas), e cinco países tinham cerca de 75% das reservas provadas de carvão do mundo.

            • Os cinco principais países e sua participação percentual nas reservas mundiais comprovadas de carvão em 31/12/2021 foram:
            • Estados Unidos 22%
            • Rússia 15%
            • Austrália 14%
            • China 14%
            • Índia 11%

            Última actualização: 19 de Outubro de 2022 com os dados mais recentes disponíveis no momento da actualização. EIA.GOV

            Carvão explicado

            Carvão leva milhões de anos para se formar

            O carvão é uma rocha sedimentar preta ou acastanhada combustível com uma grande quantidade de carbono e hidrocarbonetos. O carvão é classificado como uma fonte de energia não renovável porque leva milhões de anos para se formar. O carvão contém a energia armazenada por plantas que viveram centenas de milhões de anos atrás em florestas pantanosas.

            Camadas de terra e rocha cobriram as plantas ao longo de milhões de anos. A pressão e o calor resultantes transformaram as plantas na substância que chamamos de carvão.



            Tipos de carvão

            O carvão é classificado em quatro tipos principais, ou categorias: antracito, betuminoso, subbetuminoso e linhita. A classificação depende dos tipos e quantidades de carbono que o carvão contém e da quantidade de energia térmica que o carvão pode produzir. A classificação de um depósito de carvão é determinada pela quantidade de pressão e calor que atuou nas usinas ao longo do tempo.

            O antracito contém 86% a 97% de carbono e geralmente tem o maior poder calorífico de todos os tipos de carvão. O antracito representou menos de 1% do carvão extraído nos Estados Unidos em 2021. Todas as minas de antracito nos Estados Unidos estão no nordeste da Pensilvânia. Nos Estados Unidos, o antracito é usado principalmente pela indústria metalúrgica.

            O carvão betuminoso contém 45%–86% de carbono. O carvão betuminoso nos Estados Unidos tem entre 100 milhões e 300 milhões de anos. O carvão betuminoso é o tipo mais abundante de carvão encontrado nos Estados Unidos e representou cerca de 45% da produção total de carvão dos EUA em 2021. O carvão betuminoso é usado para gerar eletricidade e é um importante combustível e matéria-prima para fazer carvão de coque ou uso na indústria de ferro e aço. O carvão betuminoso foi produzido em pelo menos 16 estados em 2021, mas cinco estados responderam por cerca de 78% do total da produção betuminosa: West Virginia (30%), Pensilvânia (16%), Illinois (14%), Kentucky (10%), e Indiana (7%).

            O carvão subbetuminoso normalmente contém 35% a 45% de carbono e tem um poder calorífico inferior ao carvão betuminoso. A maior parte do carvão subbetuminoso nos Estados Unidos tem pelo menos 100 milhões de anos. Cerca de 46% da produção total de carvão dos EUA em 2021 foi sub-betuminosa e cerca de 88% foi produzida em Wyoming e 8% em Montana. O restante foi produzido no Alasca, Colorado e Novo México.

            Lignite contém 25%-35% de carbono e tem o menor teor de energia de todas as categorias de carvão. Os depósitos de carvão de linhita tendem a ser relativamente jovens e não foram submetidos a calor ou pressão extremos. A linhita é quebradiça e possui alto teor de umidade, o que contribui para seu baixo poder calorífico. A lignite representou 8% da produção total de carvão dos EUA em 2021. Cerca de 56% foi extraído em Dakota do Norte e cerca de 36% foi extraído no Texas. Os outros 8% foram produzidos em Louisiana, Mississippi e Montana. Lignite é usado principalmente para gerar eletricidade. Uma instalação em Dakota do Norte também converte linhita em gás natural sintético que é enviado em gasodutos para consumidores no leste dos Estados Unidos.

            Última atualização: 19 de outubro de 2022 com os dados mais recentes disponíveis no momento da atualização.

            https://www.eia.gov/energyexplained/coal/

            quinta-feira, 20 de outubro de 2022

            Restrições de fornecimento podem frear lançamentos de veículos eléctricos.

            “Será impossível que muitas metas de veículos eléctricos sejam alcançadas” no caminho actual, diz o director de pesquisa da Wood Mackenzie, Gavin Montgomery.

            JASON DEIGN 25 DE JULHO DE 2019

            Os investimentos em projectos de mineração para apoiar os principais materiais para baterias podem chegar tarde demais para atender à crescente demanda, diz uma nova pesquisa, alimentando temores de uma crise de materiais de bateria.

            As restrições da cadeia de suprimentos podem começar a afectar em meados da década de 2020, de acordo com o mais recente  Global Battery Raw Materials Long-Term Outlook da Wood Mackenzie .

            Parte do motivo é que os preços de muitos materiais importantes caíram nos últimos meses, tirando o incentivo para as mineradoras investirem em novos projectos.

            Os preços spot do carbonato de lítio, por exemplo, caíram quase US$ 7.000 por tonelada desde Junho de 2018, ou cerca de 40%.

            E o preço do cobalto, que vem principalmente da problemática República Democrática do Congo (RDC), caiu “mais com uma queda do que com um declínio constante” no primeiro semestre de 2019, disse Gavin Montgomery, director de pesquisa de matérias-primas para baterias. na WoodMac.

            Os baixos preços do cobalto podem adiar alguns projectos de minas e provavelmente resultarão na redução da produção artesanal da RDC, disse Montgomery. O preço mais forte necessário para incentivar novos projectos pode demorar algum tempo, já que o sector está enfrentando um excesso de oferta de intermediários de cobalto que pode durar pelo menos até 2024.

            As baterias continuam a ficar maiores e, portanto, exigem mais materiais. É possível que uma potencial escassez futura possa ser evitada com novas tecnologias de bateria que usam menos metais em risco. Caso contrário, as metas em vigor em muitos países para expandir os veículos eléctricos e reduzir os motores de combustão interna podem estar ameaçadas, disse Montgomery.

            As vendas totais de veículos eléctricos para passageiros, incluindo veículos eléctricos híbridos, aumentaram mais de 24% no ano passado, diz WoodMac. A empresa de pesquisa de mercado espera que os veículos eléctricos representem 7% de todas as vendas de carros de passeio em todo o mundo até 2025, subindo para 14% até 2030 e 38% até 2040.

            A pesquisa da WoodMac reforça preocupações de longa data sobre como o sector de mineração lidará com a demanda sem precedentes por materiais de bateria, alguns dos quais tiveram uso limitado até agora.

            Uma análise recente de John Petersen, director não executivo da empresa de mineração de manganês Giyani Metals, apontou o cobalto, em particular, como estando em risco porque a China controla a maior parte do fornecimento que vai para as baterias.

            “Em algum ponto da segunda metade da próxima década, não haverá uma cadeia de fornecimento de cobalto confiável para nenhuma empresa não chinesa que fabrique baterias para transporte e aplicações estacionárias”, previu Petersen.

            Simplesmente muita demanda?

            Além das preocupações com a oferta de curto prazo, que está amplamente relacionada à taxa em que novas minas podem entrar em operação, alguns especialistas expressam preocupação de que o crescimento maciço na demanda de baterias possa superar as reservas disponíveis comercialmente.

            No mês passado, por exemplo, um grupo de cientistas no Reino Unido liderado pelo chefe de ciências da terra do Museu de História Natural, professor Richard Herrington, alertou que atingir a meta de EV de 2050 do país exigiria uma quantidade de metais muito além do escopo da mineração global de hoje. operações.

            “Nós precisaríamos produzir pouco menos de duas vezes a actual produção mundial anual total de cobalto, quase toda a produção mundial de neodímio, três quartos da produção mundial de lítio e pelo menos metade da produção mundial de cobre”, disseram os pesquisadores .

            Outras fontes descartaram tais preocupações, no entanto, e chamaram a análise de enganosa.

            “O que muitos estudos e previsões não levam em conta é o uso de tecnologia e processos inovadores que estarão em vigor bem antes de 2050”, disse Jayson Dong, director de políticas da Associação Europeia de Eletromobilidade.

            As reservas existentes e potenciais de metais “serão capazes de atender a demanda”, afirmou. No entanto, ele pediu investimento e regulamentação para apoiar a reciclagem de baterias e aplicações de segunda vida.

            Logan Goldie-Scot, chefe de armazenamento de energia da Bloomberg New Energy Finance, disse que a análise do Museu de História Natural “é bastante enganosa porque está olhando para uma meta de demanda futura de longo prazo e não assumindo nenhuma mudança na oferta”.

            Não é assim que qualquer indústria de recursos já evoluiu, disse ele. “Há uma enorme quantidade de investimento e expansão acontecendo para lítio, níquel [e] cobalto no momento”, comentou ele.

            A estimativa de oferta de lítio sem risco da Bloomberg New Energy Finance “é suficiente para suprir confortavelmente a demanda global de baterias até meados da década de 2020, pelo menos”, disse Goldie-Scot.

            “Além disso, você não tende a ver novos anúncios de fornecimento daqui a alguns anos, e é por isso que você não consegue prever qual mina fornecerá lítio em 2035.”

            https://www.greentechmedia.com/articles/read/supply-constraints-could-put-the-brake-on-electric-vehicle-rollouts#gs.sgwzez

            quarta-feira, 19 de outubro de 2022

            UM PAÍS ESTAGNADO E DEPRIMENTE – É O ‘SÚCIALISMO’

            É pelos exemplos concretos que eu avalio a qualidade do governo (e do regime).

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            Dois idosos, cansados, a subir um dos lances de escadas da estação do Chiado por avaria das escadas rolantes. O retracto perfeito de um país estagnado. Deprimente.


            Escadas rolantes avariadas há anos dificultam mobilidade no metro de Lisboa

            A estação Baixa-Chiado é a mais profunda da rede do Metropolitano de Lisboa, uma das mais movimentadas e onde escadas rolantes estão avariadas. Mas, já há data para a retoma de serviço (dizem que lá para o fim do mês…).

            Nas 56 estações do metro há 234 escadas rolantes, sendo que 28 estão actualmente fora de serviço.

            15% DOS ELEVADORES ESTÃO FORA DE SERVIÇO

            O metro prevê que todas as estações tenham plena acessibilidade até 2025

            Ah ah ah

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            Oh, Costa – nomeia outros para a administração…não arranjas melhores? Menos ‘medíocres’?

            PORCA MISERIA

            sábado, 15 de outubro de 2022

            Não era só o gás barato: a teia que a Gazprom teceu na Alemanha

            Consórcio de jornalistas Correctiv mostrou como a empresa russa de gás montou um sistema de influência na Alemanha, muito para além da figura mais emblemática, o antigo chanceler Gerhard Schröder.

            A razão óbvia para o modo como a Alemanha se tornou dependente do gás russo – 50% de todo o gás importado vinha da Rússia – é o seu preço mais barato. Mas esta está longe de ser a única razão. O consórcio de jornalistas Correctiv publicou uma investigação sobre o lobby da Gazprom na Alemanha e o sistema que o torna diferente dos outros lobbies – um sistema, uma rede de poder.

            O director do consórcio, Justus von Daniels, esteve esta quinta-feira na Comissão Especial sobre Ingerência Estrangeira em Todos os Processos Democráticos na União Europeia no Parlamento a explicar o que se sabe sobre este lobby, que assenta não em pagamentos por participações em conferências ou algo semelhante, mas sim “na criação de uma rede de poder em que há expectativa de benefícios, informação privilegiada, de ajuda para se conseguir manter no poder, há uma proximidade que deixa as pessoas amarradas”, descreve.

            Se todos vêem o antigo chanceler Gerhard Schröder como a face do lobby do gás russo na Alemanha, o jornalista diz que o antigo chanceler não conseguiria ter tido tanta influência sozinho, e que além dele, a Gazprom tinha influência sobre uma série de pessoas “que davam um apoio constante” à ideia de aumentar a quantidade de gás russo importado, um “envolvimento profundo” de políticos e empresas além de Schröder.

            Outro ponto interessante é que o apoio não foi uma questão partidária: tanto tinham envolvimento com o lobby da Gazprom o antigo chefe da CSU (União Social Cristã, o partido-gémeo da CDU na Baviera) Edmund Stoiber, como Sigmar Gabriel, do Partido Social Democrata (SPD), que foi ministro da Economia.

            A investigação seguiu informação que já era pública, sobre casos individuais, e encontrou dados novos. O que pretendeu, explicou Justus von Daniels na comissão do PE, foi ver o “sistema”. Na investigação publicada, o consórcio identificou dois “centros” do lobby, em dois estados federados, Saxónia e Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental (este na costa do mar Báltico), ambos pontos estratégicos como pontos de entrada para gasodutos.

            A investigação começou a deparar-se com nomes de associações muito semelhantes: o Fórum Germano-russo para Matérias-Primas, a Conferência Germano-russa para Matérias-Primas, A Parceria Germano-Russa para Matérias-Primas, etc. “Não é coincidência e a confusão é desejável. Na verdade, as mesmas pessoas e políticos encontravam-se repetidamente, os discursos e a mensagem eram os mesmos: a cooperação em termos de recursos naturais com a Rússia tem de aumentar.”

            Depois da invasão da Ucrânia pela Rússia a 24 de Fevereiro de 2022, estas fundações deixaram de existir. Algumas apagaram sites ou listas de membros. Mas ainda há imagens na Internet de alguns encontros destes fóruns, por exemplo em São Petersburgo ou Düsseldorf. Durante o dia, conta a investigação do Correctiv, os participantes discutiam a importância da cooperação russo-alemã, e as noites eram ocupadas com entretenimento em locais de luxo, como castelos ou hotéis de cinco estrelas. A esmagadora maioria dos participantes, nota ainda o consórcio, eram homens. Isso vale tanto para os encontros (em Düsseldorf em 2016, por exemplo, falaram mais de 70 homens e estiveram presentes menos de dez mulheres) como para os membros da rede.

            O antigo ministro da Economia Sigmar Gabriel era um dos participantes regulares, assim como o chefe do governo do estado federado da Saxónia, Michael Kretschmer. Sigmar Gabriel era ministro em 2015, quando foi aprovado um acordo que deixou a empresa de armazenamento de gás Peissen, no estado de Schleswig-Holstein, parcialmente nas mãos da Gazprom (algo que aconteceu sem qualquer debate público, notou Justus von Daniels)​. A VNG é outra empresa repetidamente mencionada na investigação do Correctiv – a empresa da Saxónia teve de ser entretanto resgatada com dinheiros públicos (a quantia não foi revelada) pela sua enorme dependência do gás russo. No seu conselho de supervisão estava um antigo agente da Stasi (os serviços secretos da Ex-RDA), que tinha ainda um cargo no Nord Stream 2, e que está hoje na lista de pessoas sujeitas a sanções dos Estados Unidos.

            O facto de poder comprar o gás russo barato era um bónus para a VNG e para a região – os benefícios económicos para os seus estados federados é uma das razões que levaram responsáveis dos governos regionais a promover negócios com a Rússia. Mas o Correctiv aponta ainda outra razão de Kretschmer: “o seu partido também beneficiou”: a VNG patrocinou eventos da CDU, com contributos de várias centenas de euros por ano, e grupos de trabalho da CDU encontravam-se por vezes em locais da VNG para eventos.

            Não é surpresa que Gabriel ou Kretschmer fossem figuras que defendessem o levantamento de sanções à Rússia após a anexação da Crimeia de 2014. Mas o lobby apostava ainda em figuras de menor relevo, que aparecem repetidamente nestas reuniões, e algumas delas mudam depois de papel, como Heino Wiese,​ antigo deputado do SPD, aliado de Schröder: passou por uma agência de relações públicas e de seguida foi nomeado cônsul honorário da Rússia em Hanôver.

            A chefe de Governo de Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental, Manuela Schwesig, distanciou-se agora da Rússia. Mas em 2018 recebia, no Ministério dos Negócios Estrangeiros em Berlim, num evento patrocinado pelo Fórum Germano-Russo, um prémio, com a presença dos ministros dos Negócios Estrangeiros alemão, Heiko Maas, e russo, Serguei Lavrov. A importância para a Rússia deste estado é lembrada pelo Correctiv pelo modo como o então vice-ministro da Indústria e comércio de Moscovo, Segevich Osamakov, se referiu a ele: “um posto avançado” na Europa.

            Esta investigação, afirmou Justus von Daniels, é apenas o começo – os jornalistas do Correctiv continuam a trabalhar nela e a acrescentar novos dados sobre “as várias estruturas camufladas em que políticos quer da CDU quer do SPD” estavam envolvidos.

            https://www.publico.pt/2022/10/14/mundo/noticia/nao-so-gas-barato-teia-gazprom-teceu-alemanha-2023927