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sexta-feira, 10 de março de 2023

‘Sites do Governo estão vulneráveis a ciberataques’

A notícia:



Há 12 sites de organismos do Governo inseguros que deixam plataformas e utilizadores expostos a ataques informáticos. O problema reside na falta de certificado SSL, que expirou ou foi contratado a entidades não certificadas. Gabinete do secretário de Estado da Modernização Administrativa, Mário Campolargo, admite situação e garante que o problema está a ser resolvido, mas nega vulnerabilidade. Deco dá conselhos para evitar correr riscos.


Comentário Pessoal:

Mas alguém com conhecimentos ‘aceitáveis’ de informática pensa que são só 12 os ‘websites’ da função pública expostos a ataques de ‘hackers’ qualificados?!

Devem ter-se enganado…eventualmente queriam dizer 120…

quarta-feira, 8 de março de 2023

Bateria inovadora de CO2 consegue armazenar energia solar e eólica

Adriana Santos – Outubro/2022

E se o dióxido de carbono, um dos grandes vilões do século XXI, puder ser usado para apoiar a transição energética, ajudando a que se consiga atingir a neutralidade carbónica?

A Energy Dome, uma empresa italiana, tem vindo a desenvolver uma bateria de CO2 que utiliza o composto químico para guardar energia.

Bateria de CO2 da Energy Dome

Bateria de CO2 da Energy Dome© AWAY magazine
A bateria de CO2 é um sistema de armazenamento de energia de longa duração, criado com
o objectivo de ser uma solução flexível para garantir que as energias verdes são mais estáveis.
Como funciona esta bateria? Em primeiro lugar, é importante sublinhar que não é um
elemento pequeno, como as baterias dos telemóveis ou dos veículos. Esta proposta da Energy
Dome é de grande escala e é apoiada por uma instalação composta por vários elementos,
como uma cúpula e recipientes para armazenar o dióxido de carbono.

Bateria inovadora de CO2 consegue armazenar energia solar e eólica© Fornecido por Away
O dióxido de carbono circula dentro desta construção, passando do estado gasoso para o
líquido quando está a retirar energia da rede e do estado líquido para o gasoso quando está a
injectar na rede. Quando não está a ser usada, a energia fica armazenada no CO2 em estado
líquido.
Uma das grandes vantagens desta tecnologia, refere a empresa italiana, é que todos os
elementos para a sua construção estão disponíveis no mercado, o que permite uma
implantação rápida da bateria.
Além disso, o CO2, pelas suas características, é um fluído que armazena energia sem ter um
custo muito elevado e que passa do estado gasoso para o líquido sob pressão à temperatura
ambiente, sem haver necessidade de serem atingidas temperaturas extremas.

Bateria inovadora de CO2 consegue armazenar energia solar e eólica© Fornecido por Away
De acordo com a Energy Dome, a instalação não provoca danos no local onde é instalada e
garante uma grande eficiência energética.
A primeira bateria de CO2 da Energy Dome foi inaugurada na Sardenha, em Itália, em
Junho deste ano e marcou o início da fase de comercialização do produto.
Bateria de CO2 vai ser testada em ambiente real com energias renováveis
No final de Setembro, a Energy Dome e a Ørsted, empresa de energia verde, anunciaram um
memorando de entendimento para estudar a instalação de uma bateria de CO2 com
capacidade de armazenamento de 20 MW/200 MWh num dos parques de renováveis da
Ørsted. O projecto prevê a possibilidade de a tecnologia ser usada em outras localizações.
O projecto tem como objectivo ajudar a mitigar as oscilações de fornecimento de energia,
inerente às renováveis, e garantir estabilidade na rede.
A construção da primeira bateria de CO2 num parque de energia renovável da Ørsted
deverá começar na segunda metade de 2024 e apesar de não ter sido divulgada a localização
certa, já se sabe que será na Europa.


(Imagens: Energy Dome)

quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

Mosteiro de São Vicente de Fora

1 – Coração e Vísceras dos Reis debaixo do chão

A partir do reinado de D. Pedro II, institucionalizou-se a prática de embalsamamento dos corpos dos monarcas, que visava preservar o corpo após a morte e implicava o retirar dos órgãos internos. Por uma questão de respeito aos monarcas falecidos, evitava-se o descarte dos órgãos. Em vez disso, o coração e as vísceras de alguns reis e consortes da dinastia de Bragança foram guardados em vasos de porcelana chinesa e enterrados no chão da Capela dos Meninos de Palhavã, onde ainda hoje se encontram. As análises realizadas aos intestinos de D. João VI, revelaram que o rei morreu envenenado por arsénico.

@Mosteiro de São Vicente de Fora

2 – Santo António estudou no Mosteiro de São Vicente de Fora

Antes de ser monge franciscano, Santo António de Lisboa foi um Cónego Regrante de Santo Agostinho, ordem monástica que habitou o Mosteiro de São Vicente de Fora. Nascido em frente à Sé de Lisboa, onde iniciou os seus estudos, Fernando de Bulhões, futuro Santo António, foi para São Vicente de Fora para se dedicar a uma vida de oração. Contudo, a proximidade da família e dos amigos levaram a que o Santo fosse para Coimbra, para ter menos distrações. Hoje, no Mosteiro, encontra-se a Capela de Santo António que está a marcar o lugar onde se pensa ter sido a sua cela.

@Mosteiro de São Vicente de Fora

3 – Erros históricos no painel de azulejos da Conquista de Lisboa aos Mouros

A sala da Portaria do Mosteiro ostenta uma magnífica coleção de azulejos da autoria do mestre Manuel dos Santos. O painel mais impressionante e detalhado retrata a conquista da cidade de Lisboa aos Mouros por D. Afonso Henriques no ano de 1147. No entanto, Manuel dos Santos, que fez os azulejos no século XVIII, desconhecia como era a realidade no tempo do primeiro rei de Portugal e acabou por cometer uma série de erros: pintou a Sé de Lisboa, quando ela ainda não existia, e galeões a transportar cruzados. Para além de tudo, D. Afonso Henriques surge trajado como cavaleiro da Época Moderna, segurando um escudo com o brasão de armas de Portugal…antes deste existir. No tempo de D. Afonso Henriques, o símbolo de Portugal não era ainda o escudo, mas sim uma cruz azul sobre fundo branco.

@Mosteiro de São Vicente de Fora

4 – Túmulos descobertos por debaixo do chão da Sacristia

O soalho da Sacristia do Mosteiro é extremamente frágil, isto porque assenta sobre um antigo cemitério medieval.Foram descobertos túmulos antropomórficos esculpidos em pedra e virados a nascente, conforme a tradição. Pensa-se que terão pertencido aos cruzados que auxiliaram D. Afonso Henriques na conquista da cidade de Lisboa aos mouros.

@Mosteiro de São Vicente de Fora

5 – Uma protecção muito especial contra terramotos

O Mosteiro de São Vicente de Fora não sofreu muitos danos com o terramoto de 1755. O teto da Sacristia foi das poucas coisas que ruiu, na sequência da queda de uma cúpula no cimo da igreja. Por esta sala ter sido das poucas partes afetadas, quando foi re-decorada recebeu uma pintura muito especial. Trata-se da pintura “A Virgem com o Menino e os Santos” da autoria de André Gonçalves. O santo em maior destaque que se encontra a oferecer uma coroa à Virgem, é São Francisco de Borja, o santo que em Portugal é o protetor contra terremotos. Foi pintado propositadamente para proteger a Sacristia contra catástrofes futuras.

@Mosteiro de São Vicente de Fora

6 – O Liceu Gil Vicente foi fundado no Mosteiro

Depois da extinção das ordens religiosas em 1834, o Mosteiro, já sem monges, teve vários usos, desde serviços administrativos até arquivos municipais. Em 1915 foi aqui fundado o primeiro liceu da República portuguesa: o Liceu Central de Gil Vicente, um dos mais prestigiados de Lisboa, que só iria abandonar o Mosteiro em 1949, quando mudou de instalações.

@Mosteiro de São Vicente de Fora

7 – A maior coleção de azulejos barrocos do país

O Mosteiro de São Vicente de Fora alberga a maior coleção de azulejos barrocos de Portugal e a segunda maior do mundo.São azulejos in situ, isto é, no seu local original, e correspondem às várias fases da azulejaria barroca portuguesa, desde o século XVII ao século XIX. O primeiro inventário foi feito em 1912 e contava com 120 mil azulejos, estimando-se que já cerca de 20 mil se teriam perdido ao longo dos tempos. Hoje desconhece-se o seu número exacto, mas estima-se que sejam mais de 100 mil.

@Mosteiro de São Vicente de Fora

8 – O lugar original das Fábulas de La Fontaine

Entre os muitos azulejos do Mosteiro, destaca-se a coleção permanente das Fábulas de La Fontaine: trata-se de 38 painéis de azulejos, cada um contendo uma fábula do autor francês do século XVIII. Muitos visitantes questionam sobre a proveniência dos painéis expostos. A verdade é que os claustros dos Mosteiro de São Vicente de Fora já foram fechados no passado. A revestir a parede interior encontravam-se os painéis com as fábulas de La Fontaine. São 38 painéis pois os claustros contam com 40 arcos, sendo que dois estavam abertos para circulação das pessoas, e os outros 38 estavam então fechados e revestidos no interior com estes painéis.

@Mosteiro de São Vicente de Fora

9 – D. Maria I e D. Pedro IV não estão no Panteão Real dos Bragança

O Mosteiro de São Vicente de Fora alberga o Panteão Real dos Bragança, última dinastia reinante em Portugal. Desde o fundador da dinastia, D. João IV, ao último rei de Portugal, D. Manuel II, passando por várias consortes, infantas e infantes, os únicos monarcas desta dinastia que não se encontram aqui sepultados são D. Maria I, que se encontra na Basílica da Estrela, mandada erguer por ela mesma, e D. Pedro IV, cujos restos mortais repousam em São Paulo, no Brasil.

@Mosteiro de São Vicente de Fora

10 – De fora das muralhas de Lisboa

O nome completo do mosteiro, Mosteiro de São Vicente de Fora, suscita sempre curiosidade. Porquê “de Fora”? Esta expressão remete-nos para a fundação do próprio mosteiro, há 873 anos atrás. Após conquistar a cidade de Lisboa aos mouros no ano de 1147, D. Afonso Henriques mandou erguer este mosteiro para cumprir a promessa que havia feito antes da tomada da cidade. A escolha do lugar para a construção da igreja e mosteiro recaiu sobre onde havia sido montado o acampamento de cruzados germânicos que auxiliaram o primeiro rei de Portugal. Por ficar do lado de fora das muralhas da cidade, o mosteiro recebeu a expressão “de Fora” no seu nome, que perdurou até aos nossos dias.

terça-feira, 13 de dezembro de 2022

UMA PORCA MISERIA

Três túneis em Lisboa encerrados por prevenção devido ao mau tempo

A madrugada de quinta-feira ficou marcada por fortes chuvadas que provocaram inundações por toda a Grande Lisboa

Três túneis rodoviários na Avenida João XXI, Campo Grande e Entrecampos, em Lisboa, foram encerrados no sábado à noite por prevenção por causa do mau tempo, revelou este sábado à agência Lusa a directora do Serviço Municipal de Protecção Civil.

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‘Todos os anos’ acontece o mesmo… ou pior…várias vezes, e a culpa é das ‘adversas condições atmosféricas’ que assolam Lisboa!

NÃO é dos arquitectos que desenharam os túneis

NÃO é dos engenheiros que dirigiram as obras

NÃO é dos políticos que aceitaram a obra feita

E muito menos dos ‘trabalhadores’, porque só obedecem a ordens

Vivi três anos em Inglaterra onde – ‘como se sabe’ – quase nunca chove. Ah ah ah.

NUNCA vi túneis fechados, nem passeios aos altos e baixos.

A SORTE que os Ingleses têm!

PORCA MISERIA

segunda-feira, 15 de agosto de 2022

Mais uma inexplicável vulnerabilidade estratégica do Ocidente Alargado

Taiwan domina a oferta mundial de chips de alta tecnologia – não é de admirar que os EUA estejam muito preocupados…

Existem peculiaridades nesta curta visita de Nancy Pelosi à Ilha Formosa assim designada pelos navegadores portugueses – que chegaram ao Sudeste Asiático em 1513 e estabeleceram na ilha, em 1600, um entreposto comercial, em pleno período dos Filipes. Hoje, a ilha é conhecida como Taiwan.

De facto, esta ilha tem sido praticamente em todos os aspectos independente da China. Os primeiros chineses que nela se instalaram fizeram-no apenas no século XIV, povoando tão só o seu litoral sul. As populações indígenas que lá viviam viram-se acantonadas no século XVII, por acção de mais gente Han vinda da China. Desde finais do século XIX, quando foi colonizada pelo Japão, que não é, de facto território chinês, muito embora tenha sido amparo dos nacionalistas, comandados por Chiang Kai-Shek aquando da sua fuga da China, da qual era Presidente, no seguimento da revolução comunista liderada por Mao Tse Tung, que acabou por o afastar do poder, no final dos anos quarenta do século XX. Mais tarde, na ilha que nunca aceitou a liderança de Pequim, Chiang Kai-Shek conduziu Taiwan, como Presidente entre 1950 até 1975. Em boa verdade, a China continental, tanto a imperial como a republicana, nunca foi a entidade soberana de Taiwan, limitando-se a colonizá-la com camponeses. Mas quer sê-lo. Lá chegaram primeiro os Espanhóis e depois os Holandeses, em 1641, um ano depois da nossa Restauração. Em 1661 a China regressou à Formosa, reiniciando um processo lento de colonização agrícola e comercial. Historicamente o domínio do Império do Meio sobre a Formosa foi sol de pouca dura: em 1895, a colónia de camponeses Han foi cedida ao Japão, depois da sangrenta Guerra Sino-Japonesa. E em 1949, foram os nacionalistas provenientes de Pequim quem a declarou como sua, depois da barbárie da Segunda Guerra Mundial e do abandono/expulsão de Tóquio e da Grande Esfera de Co-Prosperidade Leste Asiática. Um curto mas extenso império marítimo japonês que o Imperador Hiroito logrou impor numa enorme região que ia de Sri Lanka à Birmânia, a Singapura, a Macau, às Filipinas, a Hong-Kong, à Manchúria, a Nanking, à Indonésia e a Timor. Chegou finalmente Chiang Kai-Shek. Então sim, passou a haver e há governo em Taipé, a capital.

Mas falemos do presente. Da polémica e curta visita a Taiwan de Pelosi, é forçoso dar o devido relevo a uma reunião muito especial. Uma reunião cuidadosamente preparada e à qual não foi dado, com intencionalidade propositada, o destaque necessário. Tratou-se de uma discreta reunião de Nancy Pelosi com Mark Lui, presidente da Taiwan Semiconductor Manufacturing Corporation, mundialmente conhecida por TSMC. O que teve água no bico, como iremos ver.

A TSMC sedia só e mais nada a maior e mais avançada fábrica de chips semicondutores do mundo, cuja sede e principais operações se localizam no Hsinchu Science Park, Taiwan. Curiosamente, a TSMC é a primeira fábrica a produzir os tão essenciais chips de 5 e 7 nanómetros, com várias aplicações digitais conhecidas de que é exemplo o microprocessador Apple A14. Diga-se em abono da verdade que estamos em presença do maior fabricante de chips do mundo.

De facto, não terá sido por mero acaso que esta viagem da Presidente da Câmara dos Representantes dos EUA e terceira figura da hierarquia do Estado norte-americano – caso desapareçam o Presidente e a Vice-Presidente fica ela com o cargo – acabou por coincidir com os esforços dos Estados Unidos para persuadir a TSMC (da qual os EUA e todo o ocidente são fortissimamente dependentes) a construir um centro de produção em solo americano e a solicitar que seja interrompida a exportação de chips mais evoluídos destinados a empresas da China (designadamente os chips mais avançados da produtora de ponta, a Intel).

Não? Sim. O próprio Congresso dos EUA, contrariamente ao que é habitual, aprovou recentemente o “CHIPS and Science Act ”, que prevê subsidiar em US$ 52 biliões o fabrico de chips em território americano, apenas com uma condição importante: as empresas subsidiadas devem comprometer-se a não exportar semicondutores da última geração para empresas chinesas. A intenção foi clara e Nancy Pelosi levou a Carta a Garcia.

O apoio norte-americano a Taiwan que inicialmente se terá fundamentado na oposição às teorias geopolíticas do Heartland de que são exemplo os escritos de Halford Mackinder (no seu terceiro modelo, escrito em 1943 e

apresentado com a devida pompa e circunstância na London School o Economics, onde ele era professor e da qual tinha sido um dos Fundadores). Tratou-se de um modelo que referia tão simplesmente que “quem dominar o Heartland dominará, the Island World e, daí, dominará o mundo”. Descodificando: para Mackinder o Heartland era o enorme continente Eurásia rodeado de tudo o resto (que ele apelidou de the Island World), de algum modo cartografando uma nova complexidade de uma interdependência global num novo quadro geopolítico, cuja compreensão tinha como essencial para o Reino Unido manter um Império Britânico em descalabro. Não teve sucesso.

Assim, e por oposição às teorias baseadas no poder continental, centrífugas por natureza, os EUA professaram desde sempre, apenas com exceção do período em que foi seguida a Doutrina Monroe do isolacionismo anti-europeu, essencialmente as teorias geopolíticas de Nicholas Spykman, um professor em Yale que, curiosamente morreu no mesmo ano de 1943, teorias essas que advogavam, não o controlo de continentes, mas antes um bloqueio às potências do Heartland através do domínio de um cordão contínuo de ilhas e países ribeirinhos a que na nomenclatura geopolítica se atribui a designação de “Rimland” (o rebordo). Aí houve algum sucesso. Esta postura esteve sempre na origem das intervenções norte-americanas na Ásia e mesmo na Europa, com destaque para a Coreia o Vietnam, o Reino Unido, o Hawaii, Guam, o Japão, e a Indonésia. O controlo do mundo dependeria, nesta nova perspetiva, dos bloqueios marítimos e não do domínio dos continentes. Taiwan, desde 1949, e da criação da República Popular da China, tornou-se chave.

Contudo, nos últimos anos, a autonomia de Taiwan tornou-se em algo mais, num verdadeiro interesse vital para os EUA, não apenas em virtude da prossecução das teorias geopolíticas de contenção das potências ditas continentais, mas também e sobretudo porque é nesta ilha que se produz a maioria dos semicondutores, dos quais a nossa sociedade hoje e cada vez mais digitalizada tanto depende. Os semicondutores – comummente designados por chips, são hoje parte integrante de praticamente todos os atos das nossas vidas quotidianas. Do uso dos mais pequenos eletrodomésticos, passando pelos nossos automóveis, computadores, sistemas bancários, bitcoins, sistemas de acesso às redes de dados, ou seja praticamente tudo que nos permite viver a vida a que estamos habituados e de que não queremos, de forma alguma, abdicar.

Além disso estão na base da tecnologia que permite produzir as mais letais, mais precisas, mais modernas e mais inteligentes e sofisticadas armas militares. Caças de interceção das da 5ª e da 6ª geração de que é exemplo o projeto “New Geneation Air Defense” (NGAD), novos carros de

combate, munições inteligentes, domínio aeroespacial, redes de satélites com capacidade para rastrear armas hipersónicas e muitas outras novidades tecnológicas, apenas passíveis de produzir tendo acesso sem restrições aos mais avançados chips. A Internet 5G e mesmo os novos projetos 6G permitirão que uma gama multifacetada de dispositivos, se e quando lograrem ligar-se entre si, assentes em sistemas de baixíssima latência (aquilo que muitos autores vêm designando por “the Internet of Things”, a Internet das Coisas).

E não é que a coisa resulta? No domínio estritamente militar tal tem vindo a provocar uma verdadeira revolução, uma nova geração de sensores e armas completamente ligadas em rede e com capacidade de resposta muitas vezes autónoma e baseada em sistemas dotados de inteligência artificial.

O problema é que as decisões de décadas atrás estão agora a provocar efeitos nefastos.

Nem tudo que a globalização e a consequente deslocalização de tecnologias de ponta para locais onde abundava a mão-de-obra barata foram vistas como, e foram mesmo, vantagens. No curto prazo proporcionaram às empresas de ponta do Ocidente vultuosos lucros e a nós consumidores o acesso a bens tecnológicos a preços muito competitivos. No médio e longo prazo e porque o desenvolvimento económico nem sempre significa o caminho mais seguro para sociedades livres, tolerantes e democráticas, acabou por nos criar vulnerabilidades estratégicas que deveriam ter sido previstas por quem teve a responsabilidade de nos liderar nesses momentos em que se pensou que a globalização era o remédio para todos os problemas do mundo, incluindo a erradicação das ditaduras! No curto prazo, sim, mas nada de mais errado nos longo e médio prazos.

Infelizmente foi, e os decisores só agora, demasiado tarde, se encontram a tentar corrigir o erro. O neoliberalismo económico falou mais alto e de momento trata-se sobretudo de mitigar os problemas que poderiam e deveriam ter sido previstos e consequentemente evitados.

As empresas de investigação e desenvolvimento de chips dos EUA, de que torno a destacar a Intel, só muito tarde se aperceberam da terrível dependência das cadeias de abastecimento asiáticas para a produção deles, incluindo os mais avançados. Sem querer pecar por reducionismo economicista, mas para ser mais preciso: Taiwan, sozinha, representa 63% da produção de mundial de chips, e a TSMC cerca de 53%. Já se percebeu e citando o Relatório do Governo dos 100 dias de Joe Biden que “Os Estados Unidos são fortemente dependentes de uma única

empresa – TSMC – para produzir seus chips de ponta”. O facto de que apenas a TSMC e a Samsung da Coreia do Sul serem as entidades capazes de fabricar os semicondutores mais avançados, argumentou o Presidente norte-americano, “coloca em risco a capacidade de suprir as necessidades atuais e futuras de segurança nacional e toda a infraestrutura crítica dos EUA”.

Ao que parece a política de uma só China até agora não contestada por Washington poderá ter os dias contados! A simples ideia da China se reunificar com Taiwan, no curto prazo, põe a administração norte-americana com os cabelos em pé. Muito embora no Comunicado de Xangai de 1971 e na Lei de Relações de Taiwan de 1979 os Estados Unidos da América tenham reconhecido a existência de uma só China, de momento, parece que para os EUA e mesmo para o mundo Ocidental seja inconcebível e inaceitável que a TSMC possa cair em mãos chinesas – pelo menos enquanto não forem construídas alternativas a esta tão absurda quão incompreensível vulnerabilidade estratégica.

As potenciais consequências? Neste momento arriscamo-nos a ter de correr atrás do prejuízo. O mundo Ocidental andou em verdadeira roda livre, vendo apenas as vantagens imediatas da globalização, acreditando de forma algo “naive” que os mercados se auto-regulavam com base na lei da oferta e da procura e que o desenvolvimento económico seria a panaceia para as autocracias e que abriria, por si só, o caminho à democracia e aos ideais da liberdade no mundo. Nada de mais errado! Apenas comparável à estranha dependência energética de muitos países da Europa Ocidental no que diz respeito ao gás e ao petróleo russos. Também aqui poderemos estar a engordar um potencial inimigo, por ora apenas designado como “desafio” no novo Conceito Estratégico da NATO, acordado há menos de um mês em Madrid.

É tempo de ver mais longe, de pensar nas vantagens e desvantagens de médio e longo prazo e deixar de pensar exclusivamente no lucro fácil e nas vantagens políticas imediatistas. Lessons should be learned. O mundo Ocidental necessita, hoje, de verdadeiros líderes capazes de explicar aos seus concidadãos que por vezes há que tomar decisões impopulares para acautelar o futuro das novas gerações e não lhes criar vulnerabilidades castradoras da sua liberdade de ação.

Muito embora segundo Nancy Pelosi - conhecida defensora dos ideais democráticos e campeã da defesa dos Direitos Humanos, cuja Declaração Universal foi desenhada, na ONU, pelo State Department e por Eleanor Roosevelt e o seu amante francês - a delegação do Congresso dos EUA tenha ido a Taiwan para tornar claro que Washington não abrirá mão do seu compromisso em apoiar esta Ilha de pouco mais de vinte milhões de

habitantes. Bem como o esforço em preservar a democracia e os ideais da liberdade da ilha-Estado e em todo mundo permanece inabalável. A verdade é que no Extremo Oriente estamos por enquanto, sobretudo, perante uma guerra de caráter tecnológico.

Por esse motivo, os EUA têm tentado trazer a TSMC para o seu território no sentido de colmatar esta vulnerabilidade, incrementando a sua capacidade de produção doméstica de chips. O controlo desta empresa crucial alcandorou Taiwan a um patamar de importância estratégica sem precedentes. E provavelmente aumentará as tensões existentes entre os EUA e a China no que toca ao status quo desta ilha nossa aliada.

Para já, porque as capacidades de defesa da Ilha Formosa, que com os seus vinte e três milhões de habitantes é tão-somente a décima oitava economia mundial no que toca ao poder real de compra e a oitava na Ásia, não são negligenciáveis. Além de que o apoio dos EUA estaria imediatamente disponível, dada a firme garantia de segurança disponibilizada desde sempre por Washington a Taipé, esperando por isso que os exercícios de demonstração de capacidades da China terminem domingo, dia 7 de agosto e não passem daí.

Assim seja.

Opinião de

Isidro de Morais Pereira

Major-general

quinta-feira, 4 de agosto de 2022

Recomendação ao Governo para que incentive a reconversão de moinhos e azenhas para produção de electricidade e valorização do património cultural

Lendo assim de “raspão” parece uma boa ideia, mas depois pensando um pouco, chego á conclusão que os deputados estão a “gozar”, com a população portuguesa e o aproveitamento eólico e hídrico. O Dia Nacional dos Moinhos, assinala-se a 7 de Abril. Existem passeios para visita de 23 moinhos, em Portugal, muito bonitos e aproveitados!!!

Quantos moinhos existem em Portugal? Quantas azenhas existem em Portugal? Quantos e quantas estão por aproveitar, seja para aquilo que for?  Com as notícias a esclarecer-nos sobre a falta de água, será que ninguém disse aos deputados onde se construíram as azenhas? será que o relator é algum… que teve conhecimento das Azenhas do Mar, em Colares, Sintra? e entusiasmou-se, de animo leve obviamente. Será que ninguém disse ao relator que os moinhos existentes estão na esmagadora maioria aproveitados e os restantes são ruinas, que para se restaurarem custam um dinheirão, cujo retorno, com excepção do cultural, não existe?! Ou… será que tem em vista algum negócio de transformadores de energia, e de aproveitamento - de moinhos e azenhas - próprio e querem que o Estado assim paga?

23 moinhos de Portugal para uma experiência inesquecível

moinho da Camila…

“Publicação: Diário da República n.º 150/2022, Série I de 2022-08-04, páginas 3 - 3

Emissor: Assembleia da República

Data de Publicação: 2022-08-04

Recomenda ao Governo que incentive a reconversão de moinhos e azenhas para produção de electricidade e valorização do património cultural

TEXTO

Resolução da Assembleia da República n.º 49/2022

Sumário: Recomenda ao Governo que incentive a reconversão de moinhos e azenhas para produção de electricidade e valorização do património cultural.

Recomenda ao Governo que incentive a reconversão de moinhos e azenhas para produção de electricidade e valorização do património cultural

A Assembleia da República resolve, nos termos do n.º 5 do artigo 166.º da Constituição, recomendar ao Governo que:

1 - Crie incentivos à concretização de projectos-piloto de recuperação de moinhos e azenhas em várias regiões, com objectivos de divulgação e demonstração, que combinem produção hidroeléctrica e valorização patrimonial.

2 - Simplifique o regime de licenciamento para facilitar a implementação de novos projectos.

Aprovada em 21 de Julho de 2022.

O Presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva.

quarta-feira, 29 de junho de 2022

11 ferramentas de teste de penetração que os profissionais usam.

Ferramentas automatizadas e de código aberto podem ajudá-lo a realizar testes de penetração de aplicativos da Web, rede e banco de dados.

Por JM Porup e Josh Fruhlinger

13 DE DEZEMBRO DE 2021

Um testador de penetração, às vezes chamado de hacker ético, é um profissional de segurança que lança ataques simulados contra a rede ou sistemas de um cliente para buscar vulnerabilidades. Seu objectivo é demonstrar onde e como um invasor mal-intencionado pode explorar a rede de destino, o que permite que seus clientes mitiguem quaisquer pontos fracos antes que ocorra um ataque real.

Para uma visão aprofundada do que o teste de penetração envolve, você vai querer ler nosso explicador sobre o assunto . Neste artigo, vamos examinar um aspecto específico do negócio do pen tester: as ferramentas que eles usam para derrotar as defesas de seus clientes. Como você pode esperar, essas são basicamente as mesmas ferramentas e técnicas empregadas por hackers mal-intencionados.

Nos velhos tempos, hackear era difícil e exigia muita manipulação manual. Hoje, porém, um conjunto completo de ferramentas de teste automatizadas transforma hackers em ciborgues, humanos aprimorados por computador que podem testar muito mais do que nunca. Afinal, por que usar um cavalo e uma charrete para atravessar o país quando você pode voar em um avião a jacto? Aqui estão as ferramentas supersónicas que tornam o trabalho de um testador de caneta moderno mais rápido, melhor e mais inteligente.

Principais ferramentas de teste de penetração

    1. Kali Linux
    2. nmap
    3. Metasploit
    4. Wireshark
    5. John the Ripper
    6. Hashcat
    7. Hydra
    8. Burp Suite
    9. Zed Attack Proxy
    10. sqlmap
    11. aircrack-ng

Kali Linux
Se você não estiver usando
o Kali Linux como seu sistema operacional básico de pentesting, ou você tem conhecimento de ponta e um caso de uso especializado ou está fazendo isso errado. Anteriormente conhecido como BackTrack Linux e mantido pelo pessoal da Offensive Security (OffSec, o mesmo pessoal que executa a certificação OSCP), o Kali é optimizado em todos os sentidos para uso ofensivo como testador de penetração.

Embora você possa executar o Kali em seu próprio hardware, é muito mais comum ver testadores de caneta usando máquinas virtuais Kali no OS X ou Windows.

O Kali é fornecido com a maioria das ferramentas mencionadas aqui e é o sistema operacional de pentesting padrão para a maioria dos casos de uso. Esteja avisado, no entanto - Kali é optimizado para ataque, não defesa, e é facilmente explorado por sua vez. Não mantenha seus arquivos secretos extras super-duper em sua Kali VM.

nmap
O avô dos scanners de portas, o nmap – abreviação de mapeador de rede – é uma ferramenta de teste de caneta testada e comprovada que poucos podem viver sem. Quais portas estão abertas? O que está sendo executado nessas portas? Esta é uma informação indispensável para o pen tester durante a fase de reconhecimento, e o nmap geralmente é a melhor ferramenta para o trabalho.

Apesar da histeria ocasional de um executivo não técnico de nível C de que algum desconhecido está escaneando a empresa, o nmap por si só é completamente legal de usar e é semelhante a bater na porta da frente de todos na vizinhança para ver se alguém é o lar.

Muitas organizações legítimas, como agências de seguros, cartógrafos da Internet como Shodan e Censys, e pontuadores de risco como BitSight verificam regularmente toda a faixa IPv4 com software especializado de varredura de portas (geralmente concorrentes nmap masscan ou zmap) para mapear a postura de segurança pública de empresas grandes e pequeno. Dito isto, os invasores que querem dizer malícia também verificam as portas, então é algo para registrar para referência futura.

Metasploit
Por que explorar quando você pode metasploit? Este meta-software apropriadamente nomeado é como uma besta: mire em seu alvo, escolha sua façanha, selecione uma carga útil e dispare. Indispensável para a maioria dos pen testers, o
Metasploit automatiza grandes quantidades de esforços anteriormente tediosos e é realmente "a estrutura de teste de penetração mais usada do mundo", como seu site anuncia. Um projeto de código aberto com suporte comercial do Rapid7, o Metasploit é obrigatório para os defensores protegerem seus sistemas contra invasores.

Wireshark
Wireshark doo doo doo doo doo doo... agora que hackeamos seu cérebro para cantarolar essa melodia (veja como foi fácil esse envolvimento?), este analisador de protocolo de rede será mais memorável.
O Wireshark é a ferramenta onipresente para entender o tráfego que passa pela sua rede. Embora comumente usado para detalhar seus problemas diários de conexão TCP/IP, o Wireshark oferece suporte à análise de centenas de protocolos, incluindo análise em tempo real e suporte à descriptografia para muitos desses protocolos. Se você é novo no teste de caneta, o Wireshark é uma ferramenta obrigatória.

John the Ripper
Ao contrário do homônimo do software,
John the Ripper  não mata pessoas em série na Londres vitoriana, mas, em vez disso, quebra a criptografia tão rápido quanto sua GPU pode ir. Este cracker de senha é de código aberto e destina-se à quebra de senha offline. John pode usar uma lista de palavras de senhas prováveis ​​e alterá-las para substituir “a” por “@” e “s” por “5” e assim por diante, ou pode rodar infinitamente com hardware muscular até que uma senha seja encontrada. Considerando que a grande maioria das pessoas usa senhas curtas e de pouca complexidade, John frequentemente consegue quebrar a criptografia.

[Leitura relacionada:  Como hackers quebram senhas e por que você não pode pará-los ]

Hashcat
O autoproclamado "utilitário de recuperação de senha mais rápido e avançado do mundo" pode não ser modesto, mas o pessoal do
hashcat certamente sabe o seu valor. Hashcat dá a John, o Estripador, uma corrida pelo seu dinheiro. É a ferramenta de teste de caneta para quebrar hashes, e o hashcat suporta muitos tipos de ataques de força bruta de adivinhação de senha, incluindo ataques de dicionário e máscara.

O teste de caneta geralmente envolve a exfiltração de senhas com hash, e explorar essas credenciais significa liberar um programa como o hashcat off-line na esperança de adivinhar ou forçar pelo menos algumas dessas senhas.

Hashcat funciona melhor em uma GPU moderna (desculpe, usuários de Kali VM). O hashcat legado ainda suporta quebra de hash na CPU, mas avisa os usuários que é significativamente mais lento do que aproveitar o poder de processamento da sua placa gráfica.

O companheiro de Hydra
John, o Estripador, Hydra, entra em ação quando você precisa decifrar uma senha online, como um login SSH ou FTP, IMAP, IRC, RDP e muito mais. Aponte Hydra para o serviço que você deseja quebrar, passe uma lista de palavras, se quiser, e puxe o gatilho. Ferramentas como Hydra são um lembrete de por que tentativas de senha de limitação de taxa e desconexão de usuários após algumas tentativas de login podem ser atenuações defensivas bem-sucedidas contra invasores.

Burp Suite
Nenhuma discussão sobre ferramentas de pentesting está completa sem mencionar o scanner de vulnerabilidades da web Burp Suite, que, ao contrário de outras ferramentas mencionadas até agora, não é gratuito nem gratuito, mas uma ferramenta cara usada pelos profissionais. Embora exista uma edição da comunidade Burp Suite, falta muito da funcionalidade, e a edição corporativa do Burp Suite custa US $ 3.999 por ano (esse preço psicológico não faz parecer muito mais barato, pessoal).

Há uma razão pela qual eles podem se safar com esse tipo de preço sangrento, no entanto. O Burp Suite é um scanner de vulnerabilidades da web incrivelmente eficaz. Aponte-o para a propriedade da Web que você deseja testar e acione quando estiver pronto. O concorrente do Burp, Nessus, oferece um produto igualmente eficaz (e com preço semelhante).

Zed Attack Proxy
Aqueles sem dinheiro para pagar por uma cópia do Burp Suite acharão o Zed Attack Proxy (ZAP) da OWASP quase tão eficaz, e é um software gratuito e gratuito. Como o nome sugere, o ZAP fica entre o seu navegador e o site que você está testando e permite que você intercepte (também conhecido como homem no meio) o tráfego para inspecionar e modificar. Ele carece de muitos dos sinos e assobios do Burp, mas sua licença de código aberto torna mais fácil e barato a implantação em escala, e é uma ótima ferramenta para iniciantes para aprender o quão vulnerável o tráfego da web realmente é. O concorrente ZAP Nikto oferece uma ferramenta de código aberto semelhante.

sqlmap
Alguém disse
injeção de SQL ? Olá, sqlmap. Essa ferramenta de injeção de SQL incrivelmente eficaz é de código aberto e "automatiza o processo de detecção e exploração de falhas de injeção de SQL e controle de servidores de banco de dados", assim como seu site diz. Sqlmap suporta todos os alvos usuais, incluindo MySQL, Oracle, PostgreSQL, Microsoft SQL Server, Microsoft Access, IBM DB2, SQLite, Firebird, Sybase, SAP MaxDB, Informix, HSQLDB e H2. Os veteranos costumavam ter que criar sua injeção de SQL com uma agulha quente no disco rígido. Hoje em dia, o sqlmap vai tirar o trabalho vesgo do seu show de teste de caneta.

aircrack-ng
Quão seguro é o Wi-Fi do seu cliente (ou o Wi-Fi doméstico)? Descubra com aircrack-ng. Esta ferramenta de auditoria de segurança wifi é gratuita, mas as
Pringles podem ser adquiridas por conta própria. (Ouvimos que o mercado darknet em 7-11 pode lhe dar um no mínimo.) Crackear o Wi-Fi hoje é muitas vezes possível devido à má configuração, senhas ruins ou protocolos de criptografia desatualizados. Aircrack-ng é a escolha certa para muitos - com ou sem uma cantenna Pringles.

Tipos de ferramentas de teste de penetração

Algumas das ferramentas que discutimos aqui são canivetes suíços virtuais que podem ajudá-lo a realizar vários tipos diferentes de testes de caneta, enquanto outros são mais especializados. Veremos as categorias em que nossas ferramentas escolhidas se enquadram e também mostraremos algumas das melhores ferramentas de penetração disponíveis para download.

Ferramentas de teste de penetração de rede. O hacker estereotipado passa seus dias invadindo redes onde não pertence e, portanto, um pen tester precisa de ferramentas que possam ajudá-lo a obter acesso à infraestrutura de rede de seus alvos. Das nossas principais opções, Kali Linux, nmap, Metasploit, Wireshark, John the Ripper e Burp Suite se enquadram nessa categoria. Outras ferramentas populares de teste de caneta de rede incluem o programa de manipulação de pacotes Scapy; w3af, uma estrutura de ataque e auditoria; e os scanners de vulnerabilidade Nessus, Netsparker e Acunetix. 

Ferramentas de teste de penetração de aplicativos da Web. Os aplicativos voltados para a Web são uma das principais superfícies de ataque que qualquer organização precisa proteger, portanto, um pen tester vai querer concentrar uma boa quantidade de energia lá para realmente avaliar a segurança de seu alvo. Nmap, Metasploit, Wireshark, Jon the Ripper, Burp Suite, ZAP, sqlmap, w3af, Nessus, Netsparker e Acunetix podem ajudar nessa tarefa, assim como o BeEF, uma ferramenta focada em navegadores da web; scanners de vulnerabilidade de aplicativos da web Wapiti, Arachni, Vega e Ratproxy; diresearch, uma ferramenta de linha de comando projetada para diretórios e arquivos de força bruta em servidores da web; e Sn1per, uma estrutura de teste de caneta "tudo em um".

Ferramentas de teste de penetração de banco de dados. Se o objetivo de um hacker é exfiltrar dados valiosos, essas joias da coroa geralmente estão escondidas em um banco de dados em algum lugar, por isso é importante que um testador de canetas tenha ferramentas para abrir as fechaduras. nmap e sqlmap são ferramentas importantes para este propósito. Assim como o SQL Recon, um scanner ativo e passivo que visa especificamente e tenta identificar todos os Microsoft SQL Server em uma rede, e o BSQL Hacker, uma ferramenta automatizada de injeção de SQL.

Ferramentas automatizadas de teste de penetração. Encontrar manualmente todas as vulnerabilidades possíveis em um sistema de destino pode levar anos. Muitas ferramentas de teste de caneta possuem recursos de automação integrados para acelerar o processo. Metasploit, John the Ripper, Hydra, Sn1per e BSQL Hacker se destacam nesse aspecto.

Ferramentas de teste de penetração de código aberto. O teste de caneta tem suas raízes em um mundo de hackers que está profundamente investido no movimento de código aberto. Todas as nossas principais opções de ferramentas além do Burp Suite são de código aberto, assim como Scapy, BeEF, w3af, Wapiti, Arachni, Vega, Ratproxy e Sn1per.

segunda-feira, 13 de junho de 2022

Estudo conclui que novos PHEV “mentem” (ainda) mais que os antigos.

Estudo alemão conclui que os veículos equipados com mecânicas híbridas plug-in consomem três vezes mais do que anunciam. Os novos são piores que os antigos e os piores mesmo são os carros de serviço.

Já aqui chamámos a atenção para o facto de os modelos equipados com mecânicas híbridas plug-in (PHEV) anunciarem consumos impossíveis de atingir. Um estudo alemão realizado pelo Fraunhofer Institute for System and Innovation Research (ISI), de Karlsruhe, confirmou isto mesmo, concluindo que, em condições reais de utilização, consomem três vezes mais do que anunciam. Mas este desvio em relação à realidade pode ser ainda maior, em determinadas ocasiões.

Os especialistas no ISI analisaram os dados de 9000 veículos espalhados um pouco por toda a Europa, tanto de viaturas particulares conduzidas pelos seus donos, como carros de serviço, atribuídos a certos funcionários das empresas como parte das suas regalias, em virtude do cargo que desempenham. Isto levou um dos coordenadores do estudo, Patrick Plötz, a concluir que os PHEV conduzidos pelos seus proprietários, que declaram oficialmente consumos entre 1,6 e 1,7 litros/100 km segundo o método europeu WLTP, na realidade gastam em média entre 4,0 e 4,4 litros/100 km. Isto significa que os consumos declarados pelos fabricantes e medidos em laboratório, sobre um banco de rolos, têm um desvio em relação à realidade entre 250% e 259%.

Mas esta situação dos PHEV particulares é apenas a “menos má”, uma vez que nos dados relativos aos modelos similares propriedade de empresas, em que os condutores tradicionalmente não têm de suportar (total ou parcialmente) os custos do combustível, os elementos recolhidos pelo ISI são ainda mais prejudiciais em relação aos PHEV, afastando-os dos consumos anunciados. Afirma Plötz que os PHEV de serviço registam em condições reais entre 7,6 e 8,4 litros/100 km, o que representa um desvio em relação ao declarado entre 475% e 494%. Ou seja, consumos praticamente cinco vezes mais elevados, porque recarregam a bateria menos frequentemente ou, a avaliar pelos valores encontrados, raramente. E a tecnologia que suporta os PHEV vê a sua eficiência depender da recarga regular e diária da bateria.

Mais surpreendente foi o facto de o ISI ter concluído que os PHEV novos estão ainda mais longe dos valores declarados do que os antigos. Comparando os modelos mais recentes, homologados segundo o protocolo WLTP, mais recente e rigoroso, o ISI constatou que os consumos anunciados estão ainda mais longe da realidade do que acontece com os antigos PHEV, cujos valores de consumo e emissões eram certificados de acordo com o ultrapassado sistema NEDC, substituído em 2017 por o legislador considerar que estava muito longe da realidade. Mais grave do que isso é que o co-autor do estudo Georg Bieker, com base nos dados recolhidos, verificou que o desvio entre o valor anunciado e o consumo real é cada vez maior e tende a aumentar entre 0,1 e 0,2 litros por ano.

De acordo com Bieker, o ISI provou que os utilizadores de PHEV particulares utilizam os seus PHEV em modo eléctrico entre 45% e 49% da distância percorrida anualmente. Como os dados anteriores já tinham antecipado, os utilizadores de modelos PHEV de serviço são bastante menos dados a ligarem o veículo a um ponto de carga. Daí que apenas percorram entre 11% e 15% em modo eléctrico, valores baixos e compatíveis com uma utilização exclusiva em modo híbrido, uma vez que mesmo que não se recarregue a bateria, a energia gerada durante as desacelerações e travagens é suficiente para assegurar uma pequena percentagem de utilização em modo eléctrico.

Estudo efectuado pelos alemães do ISI demonstra que a maioria dos PHEV não recarrega a bateria com a frequência que deveria, para poupar a carteira e o ambiente. Os modelos mais recentes são piores e os carros de serviço também

Para tentar evitar esta situação em que parece que os construtores estão a mentir aos seus clientes, sendo que os fabricantes não são responsáveis pela má utilização da tecnologia, o ISI e o Conselho Internacional de Transporte Limpo (International Council on Clean Transportation – ICCT) avançam com algumas propostas para evitar que os países ofereçam ajudas financeiras aos PHEV que não contribuem para a redução do consumo e emissões. ISI e ICCT defendem que “os incentivos fiscais à aquisição e nos impostos deverão estar associados à demonstração de uma percentagem de utilização em modo eléctrico de 80%, ou a um consumo de combustíveis fósseis inferior a 2 litros/100 km”, com ambos os valores a necessitarem de confirmação em condições reais de utilização, o que é fácil de acontecer uma vez que todos os veículos novos vendidos depois de Janeiro de 2021 estão equipados com um dispositivo que regista todos os consumos, recargas, distâncias percorridas e modos de utilização.

Os modelos com mecânicas PHEV são mais complexos e caros de produzir. Usufruem de vantagens fiscais graças aos menores consumos e emissões que podem conseguir, caso sejam recarregados diariamente, o que nem sempre acontece, como prova o estudo do ISI

Este estudo do ISI é apenas mais um que expõe o facto de os modelos PHEV não assegurarem as vantagens ambientais que justificam os benefícios fiscais que lhes são concedidos pelos diferentes países. Tanto mais que, na maioria dos casos, nem sequer são utilizados motores térmicos concebidos propositadamente para serem eficientes (segundo o ciclo Miller ou Atkinson) mas apenas motores normais de combustão, já utilizados noutras versões sem assistência eléctrica.

Bruxelas pretende anunciar um novo protocolo em 2025, com o lançamento da norma Euro 7, que deverá prever a utilização dos dados recolhidos pelo on-board fuel consumption meter (OBFCM), que regista tudo o que se passa a bordo dos carros fabricados desde 2021.

https://observador.pt/2022/06/11/estudo-conclui-que-novos-phev-mentem-ainda-mais-que-os-antigos/

quinta-feira, 25 de novembro de 2021

Eléctricos. São ou não os veículos mais amigos do ambiente? Para já, não!

A Volvo chegou à conclusão que produzir um eléctrico gera 70% mais emissões do que produzir um carro a combustão, ainda que a longo prazo os VE possam ser mais ecológicos.

O debate não é novo e muitos estudos já vieram classificar a premissa como mito, mas coloquemos novamente a questão: a pegada de carbono de um carro eléctrico é ou não maior que a de um carro a diesel ou a gasolina?

Recentemente, a fabricante de automóveis sueca Volvo Cars divulgou um estudo, levado a cabo pelo centro de sustentabilidade da própria marca, que dá conta que o processo de produção do seu novo modelo 100% eléctrico, o C40 Recharge, gera 70% mais de emissões do que a produção do modelo semelhante com motor a combustão interna, o XC40.

O estudo que teve em consideração toda a pegada de carbono ao longo do ciclo de vida de cada modelo, incluindo a extracção das matérias-primas, processos de produção, abastecimento e, ainda, a condução ao longo de 200 mil quilómetros, antes do abate do veículo, retira uma conclusão muito clara: produzir um veículo eléctrico (VE) é significativamente mais poluente do que produzir um veículo a combustão.

Contudo, a marca sueca deixa uma ressalva: é possível chegar a um ponto de equilíbrio na pegada carbónica de um veículo eléctrico ao longo do ciclo de vida do veículo. Tudo depende da forma como é produzida a electricidade que é usada tanto no processo de fabricação do carro, bem como nos carregamentos da bateria.

Para esse efeito, a Volvo aponta três cenários: um com base no fornecimento médio de electricidade à escala global; outro fundamentado nas estatísticas da UE28 em termos de produção de energia, que considera o mix de fontes tradicionais a combustíveis fósseis e de renováveis; e, ainda, um outro alicerçado num panorama utópico em que toda a produção de electricidade seria gerada a partir de fontes 100% renováveis.

Partindo do primeiro cenário, um Volvo C40 Recharge necessitará de percorrer exactamente 109 918 quilómetros para se tornar menos poluente que um XC40. O que na realidade se traduz, praticamente, em cumprir metade da vida útil do veículo, sendo que, uma vez terminada essa mesma vida útil, o C40 terá produzido, de uma forma geral, apenas menos 15% de emissões que o XC40.

Já utilizando o mix energético patente na União Europeia, o Volvo C40 reduz em dobro as emissões para 30%, sendo que o ponto de equilíbrio é atingido mais cedo, aos 77 248 quilómetros.

No caso da electricidade ser produzida por fontes totalmente limpas, a pegada de carbono deste VE passa a metade da do modelo com motor de combustão, fixando o ponto de equilíbrio aos 48 280 quilómetros.

Embora admitindo que os carros eléctricos não são, até ao momento da saída da linha de montagem, menos poluentes do que os veículos a combustão, a Volvo salienta que podem efectivamente tornar-se mais ecológicos a longo prazo. Assim, a pegada de carbono pode ser realmente atenuada, de forma a conseguirem rivalizar com os veículos a combustão, desde que se caminhe cada vez mais para uma realidade energética mais verde.

Baterias pesam Em declarações ao i, o Automóvel Club de Portugal (ACP) explica que o factor determinante para que a produção de um eléctrico gere mais emissões está relacionado com o facto de os processos de extracção do lítio e consequente produção das baterias com esta matéria-prima, uma vez que toda essa cadeia depende ainda maioritariamente de electricidade gerada a partir dos combustíveis fósseis.

Analisando apenas a fase de fabricação de um VE, só as baterias são responsáveis por quase um terço da totalidade das emissões.

A posição assumida neste estudo pela Volvo Cars – marca que, note-se, no âmbito da Conferência do Clima COP26, assumiu o compromisso de tornar-se uma empresa de impacto ambiental neutro até 2040, assinando a Declaração de Glasgow para as Zero Emissões de automóveis – surpreendeu o ACP: “Parece-nos um pouco ambígua. Mas não é a primeira marca a fazê-lo”.

A Toyota, que se autoproclama “líder comprovado na electrificação”, também tinha levantado a mesma questão sobre a pegada carbónica dos veículos eléctricos o ano passado.

Na altura o CEO da Toyota, Akio Toyoda, defendeu que os VE iriam fazer aumentar as emissões de carbono no Japão. “Quanto mais veículos eléctricos construímos, pior são os níveis de dióxido de carbono”, declarou.

E a verdade é que a problemática levantada tanto pela marca sueca como pela japonesa pode ser transposta a todos os fabricantes de carros eléctricos, “atendendo a que a tecnologia é muito semelhante entre as marcas que produzem VE”, esclarece o ACP. “É efectivamente um problema com que se depara toda a produção de carros eléctricos”, frisa.

Questionado se, ao saber que, no caso concreto deste modelo da Volvo, a pegada carbónica só é atenuada ao final de metade da vida útil do carro, não poderá o consumidor indagar se o carro eléctrico é efectivamente mais amigo do ambiente, o ACP defende que este pode e deve.

E mais: “O consumidor deve comprar o que realmente necessita e não de acordo com uma moda ou tendência. A escolha da viatura deve ter em conta os quilómetros a efectuar, a possibilidade de carregar o veículo eléctrico em condições mais vantajosas, o tempo previsto para a sua utilização, entre outras variáveis”, acrescenta.

Ainda assim, apesar do nível elevado das emissões durante o seu processo de produção, os eléctricos continuam a ser uma solução mais amiga do ambiente em algumas circunstâncias.

Um VE é mais amigo do ambiente em utilização urbana. Por exemplo, na distribuição de bens e serviços onde as rotas estão definidas e as viaturas tem efectivamente uma utilização diária e intensiva, como no caso dos TVDE (Transporte Individual e Remunerado de Passageiros em Veículos Descaracterizados a partir de Plataforma Electrónica) ou plataformas de carsharing” aponta o clube português.


JOANA MOURÃO CARVALHO

quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Relógio

Ref. 1972 Rolex Submariner 5513  Preço regular $17.500

Ref. 1972 Rolex Submariner  5513

Não há nada melhor do que um Rolex Submariner lindamente envelhecido.


A HISTÓRIA COMPLETA

Introduzido no catálogo da Rolex em 1962, o ref. O 5513 Submariner permaneceu em produção contínua até 1989, o que o torna um dos Submariners mais reconhecidos aos olhos dos colecionadores vintage, bem como uma das referências mais antigas da Rolex na história da marca. Esta referência em particular é freqüentemente duplicada ou tomada como inspiração para outros relógios de mergulho; a ref. O 5513 Submariner é tão icônico que seu formato básico e design do mostrador se tornaram necessários para o gênero de relógios de mergulho como um todo. Produzido inicialmente com mostrador brilhante ou "dourado", o ref. O 5513 mudou para um acabamento de mostrador fosco no final dos anos 1960, por volta de 1966. Durante os anos de mostrador fosco é quando o modelo realmente decolou e se tornou o que é hoje, tornando esta iteração ainda mais icônica.

O Submariner ref. 5513 que temos aqui está marcando muitas caixas para nós. O mostrador preto fosco é muito limpo, com pátina suficiente nos marcadores de horas e ponteiros para dar um toque de apelo vintage no pulso. Em termos de detalhes vintage, nenhum sinaliza tão bem quanto uma moldura fantasma  desbotada em um Submariner. Especialmente em um mostrador fosco, tons de cinza desbotados na inserção da moldura realmente levam um Submariner para o próximo nível. Nosso relógio está completo com um rebite Oyster Rolex USA que tem o peso certo para ser perfeitamente confortável no pulso. Um novo cristal de substituição TrueDome foi instalado no relógio, destacando o excelente estado e a pátina no mostrador.

hodinkee.com

Relógios, que gosto

Referência do cronógrafo "digital" do co-piloto Breitling dos anos 1950 765 AVI

$ 17.90


1980s Patek Philippe Calatrava Ref. 3919 Comercializado por Tiffany & Co.

$ 13.000


Década de 1970 Heuer Autavia 'Viceroy' Ref. 1163V

$ 4.900


Tanque Cartier 'Jumbo' Automatique dos anos 1970

$ 17.500

Alimentar 9 bilhões de pessoas significará ré-imaginar o mundo comestível

É provável que haja mais insectos no menu.

Já tarde, muito tarde Cutty Sark e hadoque frito num bar com vista para o mar em Portland, Maine, Steve Train está fazendo o que tantos homens-lagosta fazem na costa: contando histórias. O Sr. Train é homem-lagosta há 45 anos; ele saiu pela primeira vez quando tinha 11 anos.

Uma história é sobre ouriços-do-mar. Durante anos, quando ele e outros homens-lagosta encontraram ouriços-do-mar nas suas armadilhas para lagostas, eles os esmagaram sob os pés: os ouriços-do-mar eram um estorvo. Isso foi antes de os compradores japoneses perceberem que o ouriço das águas frias do Maine produzia algumas das melhores unidades do planeta. Descobriu-se que havia valor em algo há muito esquecido…

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As fazendas verticais estão cultivando cada vez mais vegetais nas áreas urbanas.

Eles não precisam de solo ou luz solar

O melhor manjericão do mundo é cultivado numa pequena vila na costa da Ligúria, a oeste de Génova. Colhido no auge da maturação, após o número certo de dias de sol e noites temperadas, o delicado manjericão é perfeito no pesto, pelo qual a Ligúria é merecidamente famosa.

Infelizmente, muito mais pessoas usam manjericão fresco do que vivem a uma curta distância de Génova. E mesmo na costa da Ligúria, a natureza nem sempre oferece um clima perfeito. Mas uma boa aproximação - crocante e reconhecidamente apimentado com as notas de anis certas, talvez não muito vibrante o suficiente para fazer um chef genovês dar cambalhotas, mas melhor do que o material mole em saquinhos de plástico vendidos em supermercados - pode ser encontrada em alguns contêineres na parte de trás de um estacionamento no norte do Brooklyn, na mesma quadra de uma sinagoga e na esquina de um posto de gasolina…


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Micróbios estão sendo usados ​​cada vez mais para fazer comida deliciosa

Um novo reino de "fermentação de precisão" acena

A fétida salinidade do presunto, a dureza cansativa da mandíbula da bresaola e a oleosidade pálida do lardo, que é gordura sólida curada, todos têm seus leques - senão, normalmente, entre aqueles que se ocupam de manter as artérias limpas. Mas a carne mais curada do mundo vem do nordeste da Tailândia. Arroz, carne de porco, alho, sal e ervas são colocados num invólucro e deixados em temperatura ambiente por alguns dias. Quando cozido, esse naem tem uma pigginess robusta. Mas é melhor comê-lo cru, com pimenta e alho.

Sua acidez que limpa os seios da face, um equilíbrio perfeito com os outros sabores fortes, é cortesia de bactérias que produzem ácido lático. É uma estratégia desenvolvida pela bactéria para evitar o crescimento de outros micróbios menos tolerantes a ácidos; ao nobilitar a competição, eles obtêm mais alimentos para si próprios - e deixam o resto em segurança para o consumo humano. Essas bactérias também atuam em ogi nigerianos , kimchi coreanos e numa série de outros alimentos, incluindo o pão de massa azeda....

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A carne não requer mais o abate de animais.

Você pode cultivá-lo em um laboratório

O princípio geral do jantar num restaurante é este: se você olhar para a cozinha e ver pelo menos um chef empunhando uma pinça, prepare-se para uma carteira notavelmente mais leve. Isso não é porque a pinça vai colocar algo particularmente caro no seu prato (apesar dos flocos ocasionais de folha de ouro), mas porque elas significam que você está comendo num restaurante tão dedicado a cada detalhe de sua experiência gastronómica que vale a pena as pessoas pairarem sobre seu prato distribuindo cuidadosamente pequenas pétalas de flores insípidas ou ramos de folhagem. Eles significam luxo e custos de luxo.

Na cozinha de teste bem equipada da Upside Foods, num parque comercial comum em Berkeley, Califórnia, Morgan Reese usa uma pinça longa para colocar duas lascas de cogumelo esfarrapadas e uma única alcaparra ao lado de um pedaço de frango refogado do tamanho de uma amêndoa. Frango simples pode não parecer um luxo de ouro em flocos. Mas, como Uma Valeti, ceo da Upside , observou enquanto Reese trabalhava, há apenas “talvez mais de mil pessoas que já experimentaram [este tipo de frango] no mundo”…

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As vacas não são mais essenciais para carne e leite

Você pode fazer tudo com plantas


Almocei em El Segundo, uma pequena cidade costeira no condado de Los Angeles, cerca de 130 km a oeste de onde os irmãos McDonald abriram sua primeira lanchonete em 1948. Hambúrgueres estão no cardápio hoje. Eles vêm três numa bandeja, brilhando em seus pãezinhos de brioche, cheios de alface, tomate, queijo e um molho cremoso de laranja que tem gosto de ketchup amaciado com maionese. Ao lado deles estão outros grandes sucessos dos cardápios de fast-food americano: salsichas aninhadas em longos pães de cachorro-quente com pimentões salteados e cebolas; hambúrgueres de salsicha em muffins ingleses planos; Pedaços de carne branca fritos que parecem e têm gosto de nuggets de frango.

Nada na mesa contém produtos de origem animal. Os brioches são veganos; o que parece ser carne é feito de proteína de ervilha. Tudo estava, como costuma ser o fast-food americano, delicioso depois da primeira mordida e arrependido na terceira. Embora os nuggets fossem ligeiramente mais macios do que frango, o hambúrguer carecia de funk mineral de carne e a salsicha carecia da gordura reveladora de porco, todos estavam muito longe dos saborosos discos congelados de grãos compactados e temperos, cilindros de feijão dessecado e "tendas" de mulchy que já foram os únicos hambúrgueres sem carne, salsichas e substitutos de frango do mercado….

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A nova dieta do Antropoceno. A tecnologia pode ajudar a fornecer comida deliciosa, mais limpa e ecológica

Se os consumidores querem é outra questão, diz Jon Fasman

Diz-me que tipo de comida você come, e eu direi que tipo de homem você é ”, escreveu Jean Anthelme Brillat-Savarin, uma advogada e especialista em epicure francesa, no início do século XIX. O epigrama abre “A Fisiologia do Gosto”, um daqueles trabalhos deliciosamente dilatórios e observacionais em que sua idade se destacou.

A comida que a maioria das pessoas come - especialmente nos países ricos, mas cada vez mais nos de renda baixa e média também - revela que eles são habitantes de uma economia altamente globalizada, espectacularmente rica em escolhas. Dê uma olhada nas prateleiras de um supermercado do mundo rico e você encontrará salmão da Noruega, camarão do Vietnam, manga da Índia, morangos da Turquia, carnes curadas da Itália e queijos da França. A carne, um luxo para a maioria das pessoas ao longo de grande parte da história, está disponível em tal abundância acessível que, no mundo rico, a maioria dos que não a comem regularmente se esquece dela por uma questão de escolha, não por necessidade. Grande parte é misturada com aditivos químicos que reduzem a deterioração, aumentam o sabor ou atendem a alguma outra necessidade por parte do produtor….

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quinta-feira, 26 de agosto de 2021

Comboio pode ligar Lisboa e Sevilha em três horas e meia por 100 milhões.

 

Associação espanhola diz que basta electrificar 200 quilómetros de via férrea na Extremadura para pôr Sevilha a três horas e meia de Lisboa. Basta aproveitar as infra-estruturas já existentes.

Não é preciso mais alta velocidade, nem milhares de milhões de euros de investimento, nem décadas de obras, para conseguir que o comboio ligue Lisboa a Sevilha em três horas e meia.

A Associação Cívica Cidade de Badajoz debruçou-se sobre os projectos ferroviários em curso nos dois lados da fronteira e diz que basta electrifi car e melhorar ligeiramente o traçado da velha linha que liga Mérida a Los Rosales (Sevilha) para que Portugal e a Extremadura fiquem muito mais próximos da Andaluzia.

A abordagem é pragmática e resulta da constatação de que a linha Évora –Badajoz, em construção, vai ter velocidades próximas dos 300km/h e que, no curto prazo, o troço Pinhal Novo-Évora será modernizado para velocidades de 200km/h. Isso permitirá que de Lisboa até Badajoz o comboio passe a demorar apenas 1h35 e para Mérida 1h55.

De Mérida para sul é que a situação é mais complicada. Um velho caminho-de-ferro corre durante 204 quilómetros desde aquela cidade até Los Rosales, nos arredores de Sevilha, em via única, com velocidades que por vezes não passam dos 60km/h e com um troço 􀃆final bastante sinuoso para atravessar a Sierra Norte de Sevilla.

Mas a Associação Cívica Cidade de Badajoz sublinha que entre Mérida e Guadalcanal o traçado é feito em planície, com longas rectas, pelo que é fácil, com a electrificação, dotá-lo para patamares de 150/160 km/h. De Guadalcanal até Los Rosales, dizem que “intervenções simples podem aumentar a velocidade acima dos 100km/h”. Uma velocidade baixa que seria depois compensada por uma solução que é um verdadeiro ovo de Colombo: daí até Sevilha a velha linha é paralela à secção final da linha de alta velocidade Madrid-Sevilha, pelo que bastaria instalar um intercambiador (que permite adaptar os rodados do comboio a uma bitola diferente) para que os 34 quilómetros finais fossem percorridos a 250km/h na linha do Ave (Alta Velocidade).

Contas feitas, este estudo que resulta de uma iniciativa cidadã, diz que é possível pôr Lisboa a duas horas de Mérida, duas horas e meia de Zafra e três horas e meia de Sevilha.

Tudo isto, aproveitando os investimentos em curso e já programados, bastando acrescentar-lhe a electrificação e melhoria do troço que liga Mérida a Sevilha. O documento diz que “a electrificação de um quilómetro de via férrea custa em média 500 mil euros, pelo que o custo estimado de electrificar Mérida–Los Rosales seria de 102 milhões de euros, mais 10 milhões para instalar o intercambiador.

“O Estado espanhol teria de investir menos de 0,01% do seu orçamento anual [456 mil milhões de euros em 2021] durante um período de dois a três anos para revolucionar o transporte ferroviário no Sudoeste e ligar

três regiões com uma população de mais de 19 milhões de pessoas e que recebem um total de 60 milhões de turistas por ano”, diz o estudo. E sublinha que este é um custo adicional mínimo (face ao que já está em curso ou programado), tendo em conta os benefícios que traz. E esses benefícios estendem-se para todo o Sul de Espanha, muito além da simples ligação Lisboa–Sevilha.

Com um único transbordo, Lisboa ficaria a menos de quatro horas de Córdova, cinco horas de Granada e de Jerez de la Frontera e a cinco horas e 50 minutos de Granada. O documento releva que entre Lisboa e Sevilha e entre Lisboa e Málaga há quase 60 voos semanais e que “uma boa relação ferroviária tornaria possível dispensá-los em grande medida”. E recorda o óbvio: “Uma ligação ferroviária é muito mais amiga do ambiente, conveniente e útil para uma maior proporção da população e do território.”

Contactado pelo PÚBLICO, Alejandro Vargas, da Associação Cívica Cidade de Badajoz, diz que já enviou o estudo preliminar para o Adif (Administrador de Infra-estruturas Ferroviárias espanhol) e para o Governo português, mas que ainda não obteve resposta.

Este activista reconhece que esta proposta não está alinhada com aquilo que tem sido a política espanhola para a ferrovia, assente sobretudo na alta velocidade em detrimento da rede convencional. “Espanha tem-se centrado em conectar Madrid com as principais cidades em alta velocidade, mas é suposto que comecem agora a ligar outras zonas e a dar mais atenção à ferrovia convencional. Não estamos a pedir uma obra faraónica, mas sim uma intervenção bastante simples com uma enorme relação custo-benefício”, conclui.

Carlos Cipriano - Publico

A proposta espanhola para ligar Lisboa a Sevilha






segunda-feira, 16 de agosto de 2021

Nova travessia sobre o Douro ou o ensoleiramento geral?

    Ouvindo a discussão entre os dois candidatos - no Observador – o Eduardo Vítor Rodrigues (PS) e José Cancela Moura (PSD/CDS-PP/PPM), fiquei surpreendido, pela “necessidade” de mais uma travessia.

    Os argumentos a favor de construções são por norma sempre aceitáveis e benignos, desde que haja dinheiro e não se seja responsabilizado civil e criminalmente pela adjudicação e construção.


    Lamentavelmente já não existe a Ponte das Barcas (1369-   ) e a das 33 barcaças (1806-1829), nem a Ponte Pênsil  / Ponte D. Maria II (1842 e demolida em 1887)

    O Porto liga a Gaia por seis ( 6) pontes. Elas distam entre si, em linha recta 5 km.:


A saber, as pontes são as seguintes:

    1. Ponte Maria Pia (1878)

    2. Ponte D. Luís I (1886)

    3. Ponte da Arrábida (1963) Assisti á sua inauguração, pela mão do meu pai. (Que era um homem das “pontes”)

    4. Ponte de São João (1991)

    5. Ponte do Freixo (1995)

    6. Ponte do Infante D. Henrique (2003)

    As pontes do Porto em Números:

      Ponte Pênsil: 170 metros de comprimento | 8 metros de largura | 10 metros do nível do rio | 4 colunas com 18 metros de altura

      Ponte Maria Pia: 354 metros de comprimento | 61 metros do nível do rio

      Ponte D. Luís: tabuleiro superior – 395 metros de comprimento | tabuleiro inferior – 174 metros de comprimento | arco – 172 metros

      Ponte da Arrábida: 500 metros de comprimento | 70 metros do nível do rio | 242 mil contos

      Ponte de São João: 1140 metros de comprimento | 2 vãos de 125 metros | 1 vão de 250 metros

      Ponte do Freixo: 8 vãos | 8 faixas de rodagem

      Ponte do Infante D. Henrique: 371 metros de comprimento | 20 metros de largura | 4 faixas de rodagem | arco de 280 metros.

    Proposta:

      Perante estas perspectivas, de mais uma ponte, seguindo o ideal de 1991-2003; e quem sabe se o ideal não seriam duas, ou mesmo três…proponho que se faça um ensoleiramento geral, no Rio Douro.

      O ensoleiramento geral, é um elemento estrutural de betão que constitui uma base ou fundação contínua, destinada a evitar assentamentos, é uma laje de grande superfície e espessura reduzida.

      As vantagens são de apenas se necessitar de uns pinturas, sobre a laje ou eventualmente uns triefs ou new jerseys, para dar mais alguma segurança.

      Para transito automóvel e ferroviário (além do já existente) e outros quaisquer assuntos, posteriormente pode-se construir uns tuneis, eventualmente também uns seis, mas se for necessário fazem-se mais uns quantos.

      Os tuneis seriam idênticos ao Eurotúnel que por baixo do mar liga França a Inglaterra. No caso português as vantagens são o comprimento que é menor e já tem o ensoleiramento por cima.

      As pontes do Porto – Hey Porto

      Eurotúnel – Wikipédia, a enciclopédia livre




      referência:

      http://portoby.livrarialello.pt/

      https://www.engenhariacivil.com/



    quinta-feira, 29 de julho de 2021

    Taça pitagórica - Pythagorean cup

    Seção transversal de uma Taça pitagórica - https://pt.abcdef.wiki/wiki/Pythagorean_cup


    Um copo pitagórico parece-se com um copo normal, exceto pelo fato de que a tigela tem uma coluna central, dando-lhe a forma de uma bandeja Bundt . A coluna central da tigela é posicionada diretamente sobre a haste do copo e sobre um orifício na parte inferior da haste. Um pequeno tubo aberto corre deste buraco quase até o topo da coluna central, onde há uma câmara aberta. A câmara é conectada por um segundo tubo ao fundo da coluna central, onde um orifício na coluna expõe o tubo (ao conteúdo) à tigela do copo. Quando o copo está cheio, o líquido sobe pelo segundo tubo até a câmara no topo da coluna central, seguindo o princípio de vasos comunicantes de Pascal . Desde que o nível do líquido não ultrapasse o nível da câmara, o copo funciona normalmente. Se o nível aumentar ainda mais, no entanto, o líquido vazará pela câmara para o primeiro tubo e para fora do fundo. A gravidade então cria um sifão através da coluna central, fazendo com que todo o conteúdo do copo seja esvaziado pelo orifício na parte inferior da haste. A maioria dos banheiros modernos opera com o mesmo princípio: quando o nível da água na tigela aumenta o suficiente, um sifão é criado, esvaziando a tigela.


    O copo de Pitágoras é uma demonstração clássica de hidrodinâmica baseada no princípio do sifão. Este instrumento parece apenas uma taça comum, mas quando enchemos a taça todo o líquido se esvai.

    Perceba que dentro da taça há um tubo que inicia na parte baixa do reservatório e sobe, para então fazer uma curva e descer até o pé da taça. O copo pode ser usado normalmente, desde que o líquido não alcance a curva do tubo, momento no qual o copo esvazia pelo tubo.

    O funcionamento do instrumento é bastante simples. Enquanto enchemos o copo, o líquido vai se acumulando e subindo tanto no reservatório quanto no tubo, pelo princípio de Pascal dos vasos comunicantes. Quando o líquido atinge a curva do tubo, a ação da gravidade sobre o líquido faz com que este seja expelido pelo orifício no fundo do copo.

    Este mesmo princípio é utilizado ainda hoje em vasos sanitários e pias, para impedir a passagem de cheiro, e muitos outros equipamentos. Entender funcionamento do sifão é extremamente importante para dominar as tecnologias de hidráulica e transporte de líquidos.


    Sobre o funcionamento do sifão

    Para entender o funcionamento de um sifão é importante estudar um pouco sobre hidrodinâmica, mais especificamente o princípio (ou teorema) de Bernoulli. Este princípio descreve o comportamento de um fluido em movimento e pode ser deduzido a partir da conservação de duas grandezas: massa e energia.

    Considerando um fluido incompressível e sem atrito, o seu movimento é descrito pela equação de Bernoulli, dada por: \frac{v^{2}}{2}+\frac{P_{atm}}{\rho}+gh=C , onde v é a velocidade de escoamento do fluido, P é a pressão atmosférica, \rho é a densidade do fluido, g é a aceleração da gravidade, h é a altura da coluna de líquido e C uma constante. O primeiro termo da equação se refere à energia cinética, o segundo à pressão e o terceiro à energia podencial gravitacional.

    Aplicando esta equação para um sifão podemos considerar uma linha de fluxo que parte da superfície do reservatório e vai até o orifício no final do sifão. Para esta linha de fluxo, o valor C é constante e podemos igualar as equações nos diversos pontos de interesse e obter os valores de velocidade para o escoamento, assim como observar os limites para os quais o escoamento acontece.

      Brincando com as equações e considerando a aproximação de que o reservatório seja muito grande, obtemos os seguintes resultados interessantes:

      • v=\sqrt{2gh_{f}} demonstra que a velocidade de escoamento depende apenas da aceleração da gravidade e da diferença de altura entre o nível do reservatório e a saída do tubo do sifão.

      • v_{max}=\sqrt{2\left ( \frac{P_{atm}}{\rho}-gh_{t} \right )} mostra que a velocidade máxima de escoamento depende da pressão atmosférica, da densidade do líquido, da aceleração da gravidade e da diferença de altura entre o nível do reservatório e o ponto mais alto do tubo do sifão.

      • A profundidade da entrada do tubo do sifão não faz diferença para os resultados da dinâmica. É claro que isso só se aplica no caso ideal em que estamos tratando, mas é uma boa aproximação para o que acontece na realidade.

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