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quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

Semanário de Bordo da Nau Catrineta comandada pelo Dr. Costa no caminho para o socialismo

O caminho para o socialismo

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. O SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA.

Winston Churchill

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Os exemplos negativos concretos em Portugal (veja-se o artigo anexo) são tantos e tão variados que não consigo dar nota positiva ao nível de inteligência dos que aplaudem entusiásticamente o percurso que estamos a percorrer – a menos que seja para lucro próprio!

Mas isso exige terem um conceito de honestidade diferente do meu.

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Semanário de Bordo da Nau Catrineta comandada pelo Dr. Costa no caminho para o socialismo

impertinencias.blogspot.com


Continuação das Crónicas: «da anunciada avaria irreparável da geringonça», «da avaria que a geringonça está a infligir ao País» e «da asfixia da sociedade civil pela Passarola de Costa». Outras edições do Semanário de Bordo.

Tardou, mas não faltou. Depois de várias semanas com os casos, mais de polícia do que de justiça, a saltarem no lume dos mídia (os coitados dos jornalistas amigos viram-se impotentes para filtrar a escandaleira), finalmente, deu à luz a «cabala», modalidade socialista das teorias da conspiração. Desta vez sob a forma de «dilúvio acusatório», na versão pós-moderna costista.

Não perderemos pela demora. O PS vai certamente adoptar as devidas medidas e incrementar a nomeação das pessoas certas no aparelho judicial e em todo o lado, incluindo as entidades de regulação, como já vem fazendo.

É claro que mesmo as pessoas certas no lugar certo não podem resolver tudo e o Dr. Costa não deve distrair-se e confirmar por SMS um telefonema ao governador do BdP sobre a Dr.ª Isabel dos Santos, que diz não ter acontecido. Nem podia ter dito ao mesmo governador, que não era um governador amigo, como no passado o Dr. Constâncio e no presente o Dr. Centeno, que ele tinha um «preconceito» em relação a nomear militantes do PS.

Ter as pessoas certas no lugar certo

Um exemplo prático de como é importante ter as pessoas certas no lugar certo, além do caso do ex-governador do BdeP que está a embaraçar o Dr. Costa, é o Tribunal de Contas que uma vez mais avalia criticamente as medidas do governo, neste caso na resposta à pandemia, a que, diz, falta "rigor", "transparência" e “escrutínio”.

Take Another Plan. São os melhores a ficar em terra e a deixar ficar em terra

Como condição para autorizar as “ajudas” à TAP a Comissão Europeia obrigou o governo accionista a libertar alguns slots (faixas horárias para aterrar e levantar) para a easyJet. Agora a TAP queixou-se que depois disso a easyJet utilizou mais mangas em proporção do número de voos. Qual a razão? A ANA explicou que isso acontece porque os aviões da TAP ficam duas vezes e meia mais tempo em terra do que os da easyJet que não segue o modelo da TAP de «deitar dinheiro para a sanita».

A TAP não deixa apenas em terra os seus aviões, deixa também em terra os seus passageiros e atrasa o pagamento de 122 milhões de reembolsos devidos pelos voos cancelados, prática que levou a autoridade americana dos transportes a aplicar uma coima de 550 mil euros.

Portugueses no topo da Óropa

Graças ao Estado sucial ocupado pelos novos situacionistas, que sucedeu ao Estado Novo ocupado pelos velhos situacionistas, o Portugal dos Pequeninos está à cabeça da Óropa em matéria de emigração: 20% da população residente. A diferença entre o Estado sucial e o Estado Novo é que no primeiro emigrava-se principalmente para França, Luxemburgo e Alemanha e no segundo a preferência está a voltar-se para o norte da Óropa.

Boa Nova. Um governo que não consegue planear a 6 meses faz plano para 30 anos

O Dr. Pedro Nuno, o apparatchik enfatuado que faria tremer as perninhas dos banqueiros alemães e torrou mais de 3 mil milhões do dinheiro dos contribuintes para nacionalizar uma TAP que agora pretende privatizar, apresentou um plano ferroviário para os próximos 30 anos.

Computadores para a escolas, um case study do socialismo em acção
Em retrospectiva, em Abril de 2020 foi anunciada a compra de 1.200.000 computadores, só autorizada em Julho. Em Janeiro do ano passado, tinham sido entregues 100 mil. Em Março do ano passado foi anunciado pela terceira ou quarta vez a aquisição de mais 350 mil. O Tribunal de Contas concluiu em Julho seguinte no seu relatório que 60% dos computadores anunciados só estariam disponíveis no próximo ano lectivo 2021-2022. Em Agosto deste ano, mais de dois anos depois, uma auditoria do TdC constatou que não foram distribuídos 350 mil computadores e que foram pagos 1,3 milhões de euros por acesso não utilizado à internet. A semana passada, o jornal Público noticiou que ainda há 200 mil portáteis pagos pelo PRR encaixotados nas escolas.

Um governo que não consegue planear a 6 meses, nem distribuir computadores, quer promover o hidrogénio verde
Em 2019, o Dr. Galamba, outro apparatchik enfatuado que foi um peão de brega do socratismo, na qualidade de SE da Energia «abraçou o hidrogénio como bandeira de uma matriz energética limpa». Decorridos três anos e uma investigação judicial encalhada algures numa repartição, «os projetos de hidrogénio verde estão a multiplicar-se como cogumelos. Mas são ainda pouquíssimos os que já saíram do papel.» Não saíram nem sairão do papel enquanto a tecnologia do hidrogénio verde não estiver tecnologicamente madura, maturação que só por milagre acontecerá num país em que a investigação e a ciência aplicada são uma treta e a indústria de alta tecnologia é uma ficção.
Finalmente foi encontrada uma serventia para o ministro da Ecoanomia
Serventia que foi fazer de comité de recepção à dúzia de jovens patetas radicais do Movimento Fim ao Fóssil – Ocupa! que exigia a sua demissão. Pela boca de um deles, o grupo declarou à SIC Notícias que estava contra o plano do ministro e perguntado pela jornalista o que não concordava nesse plano confessou que não o conhecia.
Vantagens de não sair do papel: (1) contas certas e (2) pode ser anunciado várias vezes
Do pacote “Energia para Avançar” de 1,4 mil milhões de apoio às empresas, mais de metade «ainda não saiu do papel» dois meses depois de ter sido anunciado com pompa e circunstância.

«Torrar dinheiro em coisas que não valem pevide»
A boutade em título aplicada por João Serrenho da CIN ao Banco de Fomento poderia ser aplicada com a mesma propriedade à Portugal Ventures, a sociedade de capital de risco do Estado sucial, que assinou um acordo de intenções com o PhD Ricardo Mourinho, o empresário que recebeu 300 mil euros de rendas adiantadas de um «pavilhão transfronteiriço» em Caminha que também não saiu do papel.
De volta ao velho normal
Lembram-se dos défices gémeos (da balança comercial e do orçamento) que assolaram o Estado sucial durante a maior parte dos anos desde a demolição do Estado Novo? Com as medidas do resgate pela troika, o défice melhorou e a balança comercial quase se equilibrou no final do governo PSD-CDS. Desde então tem vindo a deteriorar-se, como se vê no gráfico seguinte.



É o caminho para aumentar o défice externo, isto é o défice conjunto das balanças correntes de capital, que em Setembro atingiu 2,2 mil milhões contra 1,0 mil milhões no mesmo mês do ano passado. Lembram-se o que aconteceu da última vez nos idos de 2008-2011 e do que se seguiu?

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quarta-feira, 9 de março de 2022

Conferências no Museu do Prado, Madrid, Espanha

«Da pintura ao mito: uma viagem de ida e volta».

Ministrado por Alejandro Vergara. Museu do Prado


quarta-feira, 10 de Março de 2021

«Pintura mitológica: experimentação e liberdade artística».

Ministrado por Miguel Falomir. Museu do Prado


quarta-feira, 17 de março de 2021

«Questões mitológicas e erotismo nas coleções artísticas de Madrid no século XVII».

Ministrado por David García Cueto. Museu do Prado


quarta-feira, 24 de março de 2021

A mitologia como linguagem.

Ministrado por Jaime Siles. Universidade de Valência


quarta-feira, 21 de abril de 2021

"Danae e a chuva de ouro".

Ministrado por Marta Sanz. Escritor


quarta-feira, 19 de maio de 2021


chaves

Palestras no auditório para facilitar a visita autônoma do público à exposição. Quarta-feira às 11:00 e 17:00. De 3 de março a 30 de junho. Atividade gratuita para visitantes com entrada no Museu.

Mais informações em www.museodelprado.es

sábado, 13 de fevereiro de 2021

Goya: The Dreams, the Visions, the Nightmares

Em mais de 100 desenhos e gravuras no Metropolitan Museum o Art, o brilhante artista espanhol navega pela turbulência da política e olha nas profundezas de seu coração.

Grande parte de nossa cultura está presa a uma camisa de força de nossa própria moda: em um moralismo monótono e uniforme, mais ocupado em dizer a coisa certa do que em dizer algo bem. Acredito que esteja enraizado no medo de nossas próprias profundezas e do que teríamos de admitir sobre nós mesmos se realmente arriscássemos olhar para dentro. E se você deixar sua imaginação vaguear? E se você apenas desenhasse ou escrevesse sem medo de errar? E se você descobrisse que é um grande artista, mas você mesmo não é tão perfeito?

“Aí vem o bicho-papão”, uma gravura de “Caprichos” do artista, uma série de gravuras satíricas e fantásticas publicadas em 1799.

“Aí vem o bicho-papão”, uma gravura do artista “Caprichos”, uma série de gravuras satíricas e fantásticas publicadas em 1799. Crédito … Francisco de Goya y Lucientes e Museu Metropolitano de Arte


“Goya's Graphic Imagination”, que estreia esta semana no Metropolitan Museum o Art, oferece uma tónica vital de um artista com (aos nossos olhos) todos os compromissos políticos certos: horrorizado com a violência, revoltado com privilégios imerecidos, defendendo a liberdade e o conhecimento e direitos para todos. Esses compromissos, porém, não valiam nada por si próprios - nada sem o livre jogo de seu inconsciente, cujas sombras lançavam todos os seus princípios liberais em dúvida. Goya deixou que essas dúvidas assumissem qualquer forma em desenhos e séries de gravuras, sobretudo os irónicos “Caprichos” e os ferozes “Desastres da Guerra”. Aqui, na privacidade do estúdio, uma fé iluminista no progresso humano caiu na incerteza, no terror e na perplexidade.

Francisco Goya (1746-1828) serviu como um artista oficial para a coroa espanhola e pintou a realeza Bourbon dentro das convenções da época. Sua carreira madura, porém, coincidiu com os anos mais sangrentos da história do país: a Guerra Peninsular (1807-14), colocando as forças de ocupação de Napoleão contra os exércitos de três países e bandos de guerrilheiros. A Espanha recuperaria sua independência, mas sob um tirano caprichoso que presidiu uma campanha de censura e prisões. Goya deixaria a corte, cobriria as paredes de sua casa de campo com as atormentadas Pinturas Negras (agora no Prado de Madrid) e morreria no exílio. Os “Desastres” - seu show de horror de 82 gravuras da ocupação napoleónica, a maior arte anti-guerra já feita - permaneceu sem publicação por mais três décadas.

Embora chegue com um catálogo considerável, “Goya's Graphic Imagination” é uma exposição voltada para iniciantes. Eu faria um show maior, com toda a série de “Caprichos” e “Desastres”. (O Met possui conjuntos completos de cada série impressa.) No entanto, no que se refere às introduções, esta é a base de Gibraltar. O curador do Met, Mark McDonald, dividiu os desenhos e impressões de Goya em uma exibição criteriosa de 100 folhas ímpares, suspensas com bastante ar. Mais importante, ele não trouxe da ala de pintura os retractos da aristocracia espanhola de Goya. As pinturas são diurnas de Goya. Aqui chegamos à província da noite.

Transformamos Goya em um arquétipo útil: o liberal que fala a verdade em uma Espanha autocrática, defensor da razão, artista do Iluminismo. Na verdade, ele era essas coisas. Ainda assim, Goya viu, e retractou com visão incomparável, que o erro ou o mal nunca podem ser purificados inteiramente, nem de sua sociedade, nem de sua alma. Um mundo de justiça perfeita sempre será uma miragem. Tiranos, idiotas, vigaristas, teóricos da conspiração: eles sempre estarão connosco. E bem no fundo das câmaras de nossos corações - intocado por nosso cepticismo racional, nossa fé em nossa própria justiça - permanece uma escuridão ineliminável.

Goya nasceu nas províncias e, durante anos após sua chegada a Madrid, mal conseguiu sobreviver. Aos 29, ele conseguiu um emprego diário desenhando cartuns para a fábrica de tapeçaria do rei - mas, simultaneamente, para o crescente mercado de impressão de Madrid, ele fez águas-fortes após as vigorosas pinturas de Diego Velázquez um século antes. Goya copiou os cavaleiros e do artista mais velho foliões bêbados , mas seus olhos já estavam voltados para o estranho, o teimoso, o desconcertante. Sua impressão de um anão da corte, um bobo do rei Filipe IV, retém a humanidade e a simpatia da de Velázquez pintura original . Mas olhe para as fendas densas e escuras do fundo. Você tem uma amostra do artista que redireccionaria o naturalismo de seu predecessor para o reino dos sonhos.

Errar é humano. Na virada do século, Goya publicou “Los Caprichos” (ou “Os Caprichos”), uma suíte de estampas satíricas e fantásticas cujos tons de cinza aveludados e assombrados evidenciam seu domínio de uma nova técnica: a impressão em aquatinta . Seu humor irónico vem quase sempre com um tom sinistro, aumentado por títulos fora de forma que os tornam ainda mais enigmáticos. Veja as crianças chorando e o bicho-papão que sua mãe permite que as assuste. Rue, a desgraça de dois camponeses, oprimidos por feras ingratas. (Os burros são a nobreza? O clero? Burros reais?) Enquanto suas pinturas suaves lisonjeavam os condes e as duquesas de Madrid, em seus cadernos e gravuras ele representava a Espanha como um ninho de loucura.

O mais famoso dos “Caprichos” retracta um homem afundado em sua mesa. Ele está exausto, ao ponto de perder a consciência, e está sendo perseguido por um gato preto, um lince e morcegos e corujas enrugados. Escrito na mesa está um slogan iluminista do horário nobre: ​​Quando a razão vai, a superstição prospera. Esta mostra, porém, também tem o primeiro desenho de Goya para esta obra-chave, emprestada pelo Prado - e aqui você pode ver, flutuando sobre o homem adormecido, o rosto inconfundível do próprio artista. (A essa altura, ele tinha ficado surdo, resultado de alguma doença não diagnosticada que quase o matou.) Até o grande liberal não tem razão. Seu conhecimento e seus preconceitos não podem ser separados tão facilmente. E para criar uma obra de arte duradoura, você terá que enfrentar os monstros.

Por volta de 1800, com os “Caprichos” atrás de si, Goya começou a desenhar as crueldades da Inquisição, que os liberais espanhóis estavam lutando para abolir. Os desenhos acabaram enchendo quase um álbum inteiro. Eles retractam judeus, protestantes, cientistas, livres-pensadores, mulheres solteiras e, neste caso, um estrangeiro - de costas para nós, mas destacado em tinta mais escura contra os marrons lavados do tribunal. O acusado (que, sugere o título, não fala espanhol) usa duas vestes da vergonha: a coroza , ou chapéu cónico, e o sanbenito , babador com a inscrição de seus supostos crimes. Prisioneiros, vítimas de tortura, os insanos: as gravuras e desenhos de Goya repetidamente simpatizam com sua situação e expõem aqueles que ocultam sua corrupção na justiça. Cuidado com o sono da razão; cuidado, também, os mercadores da moralidade.

Francisco Goya & rsquo; s & ldquo; Gigante sentado & rdquo; (c. 1814-18). A exposição & ldquo; Goya & rsquo; s Graphic Imagination & rdquo; no Metropolitan Museum of Art, inclui mais de 100 das gravuras e desenhos do artista.

“Gigante Sentado” de Francisco Goya (c. 1814-18). A exposição “Goya's Graphic Imagination”, no Metropolitan Museum o Art, inclui mais de 100 gravuras e desenhos do artista. Crédito … Francisco de Goya y Lucientes e o Museu Metropolitano de Arte

Goya não era revolucionário. Ele permaneceu um pintor da corte quando Napoleão plantou seu irmão no trono espanhol em 1808. Mas seu coração estava com a resistência, e nos “Desastres”, gravados em particular, ele deu vista a uma maré interminável de carnificina. O show do Met inclui uma dúzia dessas folhas totalmente exaustivas, incluindo esta: um rebelde espanhol, caído e com os olhos vendados, enfrenta uma morte indistinta como seu camarada no chão. (Observe os três canos de rifle na borda direita, destacados do céu severamente gravado.) Ao contrário de seu heróico “ O Terceiro de Maio ”, seu mural de uma execução em Madrid, os “Desastres” não têm mártires. Os mortos são esfarrapados, desonrados, mutilados, famintos. A alma é algo esquecido, e ficamos apenas com o corpo em dor.

O autorretrato de Goya (c. 1796). Alguns anos antes, ele sobreviveu a uma doença grave não diagnosticada que o deixou quase completamente surdo.

O auto-retracto de Goya (c. 1796). Alguns anos antes, ele sobreviveu a uma doença grave não diagnosticada que o deixou quase completamente surdo. Crédito … Francisco de Goya y Lucientes e o Museu Metropolitano de Arte


Agora, “The Disasters o War” são apresentados como imagens de sofrimento universal, ainda terrivelmente relevantes. Mas Goya estava preparando uma guerra particular, travada contra seu país pelo exército mais poderoso da Europa. Ele ainda estava trabalhando na série quando o reaccionário Fernando VII voltou ao trono e restabeleceu a monarquia absoluta e a supremacia da igreja. Nesta alegoria, a figura radiante da Verdade se dirige a uma cova rasa. Nas sombras, um bispo e dois monges se apressam para enterrá-la. Para alimentar uma guerra, você precisa de uma dieta de mentiras.

Chega o ano de 1814 e Napoleão abdica . Por fim, a guerra acabou. Goya se volta para um assunto apenas superficialmente mais leve: as touradas. Ele desenhou matadores triunfantes e feras atacando, mas o maior desta série “Tauromaquia” é o pior de se ver e retracta uma verdadeira catástrofe de um touro pulando nas arquibancadas.

& ldquo; Um bobo da corte, El Primo, & rdquo; Impressão de Goya da pintura do século 17 de Vel & aacute; zquez de um bobo da corte. O estilo sugere como Goya redirecionaria o naturalismo de Vel & aacute; zquez & rsquo; rsquo; para o reino dos sonhos.

“A Court Jester, El Primo”, gravura de Goya da pintura de Velázquez do século 17 de um bobo da corte. O estilo sugere como Goya redirecionaria o naturalismo de Velázquez para o reino dos sonhos. Crédito ... Francisco de Goya y Lucientes e o Museu Metropolitano de Arte


(Goya pode ter testemunhado isso.) Espectadores aglomeram o desenho inicial, mas quando ele o grava, Goya deixou três quartos da imagem em branco, para destacar a pilha de cadáveres. O touro feriu um político: outro empalamento. Difícil não ver essas touradas funcionarem como uma coda para os “Desastres”, uma alegoria de um país cheio de medo.

Ele ficou cada vez mais indignado com a repressão e censura da Restauração Bourbon, mesmo enquanto recebia seu salário para pintar um rei que odiava. Naqueles anos sombrios, Goya começou - embora nunca tenha terminado - uma série enigmática agora conhecida como "Los Disparates" ou "The Follies". Maiores do que os “Caprichos” e “Desastres”, mais sombrios, mais assustadores, essas impressões de desordem e confusão parecem pesadelos semicientes. (Ele também terminou o incrível "Gigante Sentado", sua estranheza acentuada pelo fundo cinza modulado que ele produziu por meio de água-tinta.) Esses cinco homens em fantasias de pássaro, batendo as asas como loucos para permanecer no ar, são ícones do progresso humano ou das ilusões humanas: Quem pode dizer qual, e se eles forem iguais?

Por fim, ele não aguenta mais. Em 1824, a pretexto de tratamentos de saúde, Goya consegue permissão para deixar a Espanha. Exilado em Bordeaux, ele desenhou em seu último álbum um artista de rua, sentado de cabeça para baixo em uma mesa frágil. Linhas dispersas de giz de cera preto evocam o leve chute de suas pernas. Alguém observa em uma sombra desenhada às pressas. O título de uma palavra, “Telégrafo”, é um incómodo, mas sugere que Goya, aos 78 anos, não desistiu de coisas melhores no futuro. Somos acrobatas , subindo de nível por meio de treinamento e prática. Realizamos grandes coisas. Estamos sempre prestes a cair.


Imaginação gráfica de Goya

Até 2 de Maio no Metropolitan Museum o Art, 1000 Fifth Avenue, Manhattan. 212-535-7710; metmuseum.org ; ingressos antecipados necessários.

Jason Farago, crítico geral do Times, escreve sobre arte e cultura nos Estados Unidos e no exterior. Em 2017, recebeu o Prémio Rabkin inaugural de crítica de arte. @ jsf

Uma versão deste artigo aparece na imprensa em 12 de Fevereiro, 2021 , Secção C , página 1 da edição de New York com a manchete: Visitar os sonhos e pesadelos de Goya