segunda-feira, 29 de novembro de 2021

O QUE ACONTECE SE TOMARMOS ÁGUA COM MEL DE ESTÔMAGO VAZIO?


    A maioria de nós conhece os benefícios do mel e suas aplicações tanto no âmbito da beleza quanto na gastronomia. O mel é um alimento muito saudável, cheio de benefícios e de múltiplas propriedades que melhoram significativamente a nossa saúde e previnem muitas doenças. No entanto, seus efeitos podem ser mais poderosos quando o combinamos com água e começamos a consumi-lo com maior frequência.

    Vários estudos demonstraram que o mel dissolvido na água tem muitos benefícios para a saúde, e essa pode ser uma excelente forma de consumi-lo mais vezes ao dia. Para que você conheça os efeitos desse produto no corpo quando ingerido, a seguir iremos informar os importantes benefícios de consumir água com mel com o estômago vazio.

    Pode ajudar a perder peso

    O mel é um alimento que proporciona sensação de saciedade e ajuda a controlar os problemas de ansiedade pela comida. Diluir uma colher de mel na água poderia ajudar a perder peso, pois além de fazer com que nos sintamos mais saciados, também controla o mecanismo do cérebro que causa o desejo de ingerir açúcar.

    É boa para combater a artrite

    artrite

    Um estudo realizado pela Universidade de Copenhagen demonstrou que os pacientes que consumiram água com mel sentiram um alívio de suas dores em questão de minutos. Por esta razão, se recomenda o consumo de água com mel para prevenir e combater as dores provocadas pela artrite.

    Ajuda a reduzir os níveis de colesterol

    Em outro estudo, foi determinado que os pacientes com colesterol alto podem chegar a diminuir seus níveis em até 10% dentro de duas horas após ingerir água com mel. Graças a esse benefício, ela poderia ajudar a resolver problemas de circulação e doenças cardiovasculares. Para obter este benefício os pacientes devem consumir duas colheres de mel (50g) combinadas com 2 copos de água.

    Fortalece o sistema imunológico

    O mel é um alimento com propriedades antibióticas e antibacterianas que ajudam a manter longe os vírus e bactérias causadores de infecções, gripes e constipações. A água com mel em jejum é um excelente remédio para aumentar as defesas e prevenir uma grande quantidade de doenças.

    Reduz a fadiga

    mel

    O consumo de água com mel ajuda a combater a fadiga e seus sintomas em questão de uma semana. O mel diluído em água oferece vitalidade ao corpo, incrementa a atividade cerebral e nos mantêm mais ativos.

    Aumenta as energias

    A água com mel também pode ter poderosos efeitos energizantes que conseguem melhorar o rendimento físico. Ainda que hoje em dia existam muitas bebidas energéticas no mercado, é certo que elas podem ter componentes danosos para o corpo que, a longo prazo, podem afetar à saúde. Uma boa opção é consumir água com mel com o estômago vazio, pois é uma fonte de energia natural que também inclui outros nutrientes importantes para o organismo.

    Outros benefícios de beber água com mel de estômago vazio

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    • É um excelente remédio para colocar fim ao “intestino preguiçoso”

    • É uma grande alternativa para lutar contra problemas, como a bronquite, a asma e outras doenças respiratórias

    • Ajuda a eliminar as toxinas que se acumulam no organismo

    • Limpa o trato digestivo e combate os parasitas

    • É um aliado da limpeza do organismo, graças às suaspropriedades antibacterianas e antivirais

    • Melhora a função do intestino e destrói os micro-organismos

      • Modo de preparação

        A única coisa que você deve fazer é diluir uma colher de mel orgânico num copo de água morna e bebê-lo em jejum. Esta mistura tem um sabor muito agradável que também lhe vai ajudar a aliviar o stress e outros problemas emocionais.

        Para levar em conta…

        Esta mistura deve ser consumida todas as manhãs com o estômago vazio, com a finalidade de prevenir doenças e obter ao máximo os seus benefícios. A água em jejum é muito boa para o estômago e o mel oferece um extra de nutrição que inclusive irá beneficiar a saúde da pele. Caso você queira facilitar o trabalho dos rins consumindo este mesmo remédio natural, o ideal é fazê-lo logo antes de dormir, para que possa atuar no organismo durante toda a noite.

        O consumo frequente de água morna com mel em jejum pode ajudar a prevenir o envelhecimento precoce e o dano celular, já que favorece tanto a pele quanto os órgãos.

        http://trovisca.pt/noticias.aspx?action=all&id=350&tit=O%20QUE%20ACONTECE%20SE%20TOMAMOS%20%C3%81GUA%20COM%20MEL%20DE%20EST%C3%94MAGO%20VAZIO%3F&fbclid=IwAR1265EyDgiCMW82MryQzYMHTG76EZgcUlJ1nV7lDb83rR0dd63J3JOUUYY

      sexta-feira, 26 de novembro de 2021

      Porque não emigram os socialistas?

      Por Pedro Caetano.

      Diabo

      Fernando Medina – um dos “notáveis” socialistas que nunca geriu nada que tivesse que dar lucro e cuja insistência, em Lisboa, na nomeação por cunha socialista em vez de na contratação por mérito, contribuiu para arruinar Portugal – depois de perder as eleições em Lisboa, voltou a ocupar na AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo) o emprego assegurado para a vida que já lá tinha antes.

      Vivemos mesmo numa democracia ocidental plena, quando nem votando contra socialistas nos podemos ver livres deles, que continuam apegados ao Estado? Alguns dos outros inúmeros socialistas derrotados na CML já se estão a mover também para outras câmaras circundantes do PS ou lugares no Governo. 

      Perante isto interrogamo-nos, por exemplo, se para o cargo de Medina (tal como para os novos cargos dos outros socialistas derrotados em Lisboa) foi feito algum esforço pelo governo do PS para encontrar profissionais, incluindo economistas internacionais, mais qualificados em investimento e comércio externo, entre milhões de portugueses do sector privado nacional ou entre o mais de um milhão de portugueses emigrados desde que Sócrates arruinou Portugal e que Costa e Pedro Nuno Santos continuaram o seu “trabalho”?

      Foi feita pelo governo alguma tentativa de aproveitamento da enorme diáspora lusitana que conhece e pratica “in loco” o comércio internacional para melhorar os recursos humanos, logo a competência e resultados de uma agência nacional para atrair investimento externo?

      Que experiência profissional relevante tem Medina para regressar para a AICEP automaticamente, como se o tempo não tivesse passado? Teria possibilidade de voltar à AICEP se houvesse concurso internacional para a sua posição? Teriam tantos outros socialistas cargos no Estado com concursos geridos por recursos humanos a sério, que procurassem talentos e mérito para nos fazer subir na Europa?

      No entanto, Medina e tantos outros têm lugar garantido no Estado. Como milhares de outros socialistas, Medina sempre foi um socialista bem-comportado, sempre a olhar para o lado do que interessava, a elogiar fanaticamente chefes como Sócrates, fizessem eles o que fizessem contra Portugal, até isso ser tão óbvio que teve que de se desdizer.

      Há milhares de socialistas, muitos deles impreparados e não qualificados para os cargos, a quem se dão empregos por serem subservientes e acéfalos militantes do PS. Nunca têm de enviar currículos, nem procurar emprego a sério nos privados onde tenham de apresentar resultados. Nunca têm de considerar emigrar, como a maioria dos cidadãos no activo é obrigada a pensar ou fazer.

      Inquisição Politicamente Correta.

      Possivelmente num sábado, dia 1 de Junho do longínquo ano de 1968 (logo a seguir ao terrível Maio), o Pai deste vosso amigo chegou a casa. Entregou uma revista a cores: “Esta revista começou hoje. Diz aqui que é para os jovens dos sete aos setenta e sete. Como tens sete, é para ti”. Era o primeiro número publicado em Portugal do semanário “TINTIN”.

      O autor destas linhas foi um leitor fiel da revista até ao ano de 1977/78. Nessa altura, havia já muito que as aventuras tinham sido substituídas por histórias esotéricas, tipo “New Age”, totalmente com personalidades divergentes dos primeiros heróis. Nomeadamente, em 1975, com o lançamento do anti-herói “Corto Maltese”. Obviamente, não o mais indicado para o público infanto-juvenil. O que terá sido uma das razões da falência da revista. 

      Esta evocação, algo nostálgica, vem a propósito duma situação verdadeiramente alucinada: a censura efectuada, entre outros, aos livros do “Tintin”, do “Asterix” e do “Lucky Luke”. Expoentes da BD francófona. Exactamente, na “Nova França”, ou seja, no Quebeque.

      E a ideia da “proibição” partiu duma escola católica. Deve estar na linha dos que, nos anos 60 e até 1975, diziam que o Comunismo era o “Reino de Deus na terra”. Que falavam num” Cristo guerrilheiro”. Como o grupo satélite do PCP, em 1975, denominado “Cristãos para o Socialismo” (“Cristões para o Socialismo”, dizíamos depreciativamente).

      Essa escola de católicos, tipo “São Che Guevara”, obteve a passividade do primeiro-ministro liberal. O menino da “esquerda caviar”, Justin Trudeau, declarou que “pessoalmente” não concordava com a queima de livros. De resto, “funciona a autonomia escolar”, diz o menino rico liberal. “Laissez faire, laissez passer” – ou seja, deixa andar. 

      A censura digna dos comissários da Revolução Cultural Chinesa não consiste em retirar as obras da circulação. Tratou-se de destruir, queimar, os álbuns. Porquê? Resumidamente, esses autores contêm figuras tipificadas, ridicularizam os índios e até os esquimós” (!). São” sexistas”, “racistas” e “eurocêntricos”. Como uma vez disse ao autor destas letras um “intelectual” portuense: o Tintin é paternalista. É o branco que salva os não europeus (álbum “Carvão no Porão”, o primeiro que vem à ideia). O que, pelos vistos, é mau!

      O livro de texto “Asterix e os Índios”, pelos vistos, é perigoso. Apresenta uma jovem índia, de minissaia, apaixonada pelo “Obelix”. O que dá uma ideia de “facilidade” das mulheres indígenas. Pelo menos, segundo uma Suzy Kies, da “Comissão de Revisão”. Outra história que foi proibida foi a da “Pocahontas”. Declara a referida porta-voz que a “Pocahontas é muito sexual e sensual” (que carga erótica!), o que para as mulheres nativas é perigoso! O que está na linha do inteligente comentário da deputada Isabel Moreira. Ou seja, o medo que as mulheres têm da perigosidade física da Direita em Portugal.

      Relembrando o historial da revista, chegamos à conclusão que muitos dos heróis que foram aparecendo, à luz desse inteligente critério, teriam tido as histórias censuradas. Dos publicados até 1974/75, quase todos.

      Um dos heróis quase iniciais, foi o “Bernard Prince” (lê-se à francesa), o ex-agente da Interpol que corre o mundo no seu barco alternadamente cargueiro e iate, acompanhado por um marinheiro zaragateiro e beberrão. Tem como grumete um adolescente indiano, de quem é tutor. As aventuras na América Latina e na Polinésia mostram tipos “nativos” muito caraterísticos. Figuras típicas de masculinidade, “paternalismo” em relação ao Terceiro Mundo, eurocentrismo.  CENSURA!

      Mais à frente, apareceu “Corentin”, adolescente bretão, louro, de olhos azuis que, no início do século XVIII, parte à sua conta para a Índia. Mostra os indianos, hindus e principalmente muçulmanos, com caraterísticas muito vincadas. Ou seja, desenha-os como eles eram. Mais um colonialista, portanto. 

      É aceite na corte dum rajá. Estando em inícios de década de 70, numa das aventuras enfrenta o que seria um agente russo (dos czares). Que em tempos de Guerra Fria, era uma referência à expansão soviética (Russo=Soviético=Comunista). Colonialista, com laivos de anticomunismo primário, portanto. CORTA!

      https://jornaldiabo.com/destaque/inquisicao-politicamente-correta/

      • Leia este artigo na íntegra na edição em papel desta semana já nas bancas •

      quinta-feira, 25 de novembro de 2021

      Já é tarde para tirar lições da pandemia

      Miguel Poiares Maduro

      política@expresso.impresa.pt


      No início da pandemia, escrevi sobre como a impreparação (global, não apenas portuguesa)

      revelava um problema de fundo nas nossas estruturas de Governo:

      a dificuldade de incorporar riscos futuros nas decisões políticas do presente. Na verdade, a pandemia tinha sido prevista por muitos: de Bill Gates aos Presidentes norte-americanos, são conhecidas declarações anteriores que anunciavam que o maior risco para a humanidade era uma pandemia, e, no entanto, pouco se tinha feito para nos prepararmos para esse risco.

      Isso deve-se, em boa medida, à dificuldade política de adoptar decisões que impõem custos hoje em função de riscos hipotéticos que a generalidade da população não sente como reais naquele momento. É o conhecido enviesamento de curto prazo de que sofre a política. Ainda agora, na COP26, assistimos ao mesmo. As previsões científicas são claras quanto às futuras consequências catastróficas resultantes das alterações climáticas em curso, mas isso não tem correspondência na acção política possível neste momento.

      Os custos sentidos no imediato têm mais força política que a elevada probabilidade desses eventos futuros.

      Acresce que, como ensina a ciência do comportamento, os humanos sofrem de um enviesamento optimista.

      Tendemos a subestimar a probabilidade de eventos negativos nos afetarem. Esse enviesamento estende-se às nossas instituições políticas. Quantas vezes, ao longo desta crise, os responsáveis políticos nos disseram, ou deram a entender, que já não teríamos retrocessos. Em 15 de julho de 2020 o primeiro-ministro dizia o seguinte: “Há uma coisa que sabemos: não podemos voltar a repetir o confinamento que tivemos de impor durante o período do estado de emergência e nas semanas seguintes, porque a sociedade, as famílias e as pessoas não suportarão passar de novo pelo mesmo.” Todos recordamos os estados de emergência e confinamentos que viemos a ter depois dessas declarações. Sendo humano sofrer deste enviesamento otimista, as nossas instituições deveriam estar desenhadas para o prevenir ou, pelo menos, limitar. Isto é relevante para a pandemia como para muitas outras políticas.

      Por último, a pandemia deveria ser um curso intensivo sobre a importância dos dados, informação e método para ter boas políticas públicas. Uma das razões por que não conseguimos prever evoluções nem antecipar soluções é porque ou não temos dados, ou não os temos sabido usar, ou não os sabemos comunicar. Ainda hoje parecemos ouvir mais especulações do que conhecimento sobre tantos aspetos da pandemia. A ciência não oferece certezas, mas probabilidades. Só que estas têm de ser comunicadas com clareza.

      Se não temos bons dados, não teremos boas políticas. Se os tivermos, mas não os comunicarmos bem, não teremos a adesão dos cidadãos a essas políticas.

      A pandemia exigia instituições diferentes das que temos. O sucesso da task force da vacinação foi um oásis que demonstrou, por exemplo, o que uma cultura de decisão assente nos dados e método nos pode oferecer. O insucesso do resto expõe as fragilidades das nossas instituições. É verdade que mudar essas instituições enquanto se combate a pandemia não é fácil. É como tentar arranjar um avião em pleno voo. Gostaria de acreditar que, sobrevivendo ao voo, seremos pelo menos capazes de reparar o avião uma vez no solo.

      Os vikings podem ter devido o seu sucesso aos seus acampamentos.

      De acordo com um novo estudo, os vikings podem dever o seu sucesso a algo inesperado para muitos: os seus acampamentos.

      Durante muitos anos, arqueólogos e historiadores forneceram uma visão cada vez mais informada do mundo dinâmico dos vikings, destruindo os clichés de um povo louco e caprichoso preocupado com barbas e derramamento de sangue.

      Uma abordagem particular para compreender a actividade viking tem sido estudar os acampamentos que montaram ao longo das costas e rios da Europa Ocidental, permitindo-lhes substituir os seus navios por uma posição fixa em terra sempre que o frio, fadiga, fome ou outras condições os forçassem.

      Frequentemente chamados de “acampamentos de Inverno” ou longphuirt, mais de 100 desses locais foram testemunhados em todo o arquipélago atlântico e no continente europeu durante o século IX.

      Mais recentemente, potenciais acampamentos viking também foram identificados perto de Zutphen, na Holanda, bem como no Vale Coquet, na Nortúmbria.

      Mas onde estes acampamentos costumam ser considerados pelas suas funções estratégicas mais amplas, muito menos tempo foi gasto no seu planeamento e operação.

      Um novo estudo, a juntar essas diferentes evidências, revela agora uma imagem muito mais intrincada da logística do acampamento, desafiando as noções de vikings simplesmente à espera do inverno e a pilhar.


      Paraísos seguros

      Dois acampamentos viking nunca seriam iguais e poderiam durar de apenas algumas horas a muitos meses ou até mesmo anos.

      Estabelecidos em ambientes hostis, muitos usaram ilhas, pântanos e outras posições naturalmente defendidas em seu benefício. Outros ocuparam estruturas anteriores feitas pelo homem: por exemplo, o palácio carolíngio em Nijmegen foi confiscado por vikings em 880, apenas para que os seus novos ocupantes o incendiassem no ano seguinte.

      Onde necessário, os vikings também teriam construído as suas próprias muralhas, como visto em Repton, onde a igreja da abadia de St. Wystan parece ter sido incorporada a uma nova muralha.

      Mas a proteção contra ataques teria sido apenas metade da batalha, já que a segurança contínua de qualquer stock local de alimentos, gado e não-combatentes teria sido tão importante para a sustentabilidade de qualquer acampamento.


      Local para comer

      Como qualquer força armada, os grupos viking precisavam de fontes estáveis e confiáveis de comida e água para manter os seus acampamentos viáveis. Sob o espectro crescente da fome e da desnutrição, diversificaram os seus métodos de obtenção de provisões, tanto quanto possível.

      Além da caça, pesca e recolha de alimentos ao redor dos acampamentos, existem evidências de que eles próprios faziam plantações e cuidavam do gado.

      De forma menos inesperada, os vikings também obtinham o seu alimento através da violência — ou da ameaça de violência. Os acampados fora de Paris em 885-886, por exemplo, foram vistos a levar colheitas e rebanhos, enquanto outros recebiam grandes quantidades de farinha, gado, vinho e sidra como parte do pagamento de tributos regionais.

      De volta ao acampamento, esse alimento precisaria de ser preparado para consumo e armazenamento.

      Pedras de quern — usadas para transformar grãos em farinha — foram recuperadas de bases viking em Inglaterra e na Irlanda, e um acampamento em Péran, na Bretanha, produziu vários caldeirões de ferro e outros recipientes para cozinhar.

      Registos escritos também descrevem vikings a fazer banquetes com carne e vinho dentro dos limites dos seus acampamentos.


      Comércio

      Além das noções básicas de proteção e alimentação, os vikings tinham uma ampla gama de atividades em campos, com abrigos, estábulos e oficinas; navios a serem consertados; e armas, ornamentos e outros bens a serem fabricados. Para apoiar esses esforços contínuos, um fluxo constante de recursos — incluindo madeira, pedra e metais (preciosos) — teria que chegar aos campos.

      Locais como estes podem não ter ficado completamente fora dos limites para estranhos e podem até ter fornecido oportunidades valiosas de comércio. Os Anais de São Bertin do século IX, por exemplo, descrevem como os vikings procuravam “manter um mercado” numa ilha no rio Loire (hoje França).

      Pouco depois, os Anais de Fulda também mencionam soldados francos a pôr os pés dentro de um acampamento viking no rio Mosa (hoje Holanda) — não para lutar, mas para negociar. Vestígios físicos desse comércio — incluindo moedas, barras de prata e pesos comerciais — foram encontrados em sítios arqueológicos como Torksey e Woodstown.

      Além de oferecer aos vikings mais uma forma de obter os seus suprimentos, ocasiões como essa podem ter permitido que bens anteriormente roubados ou extorquidos voltassem a circular.

      Ao todo, os acampamentos viking não estavam de forma alguma dormentes ou desorganizados, e também serviam como postos de comando, arsenais, tesouros, celeiros, prisões, oficinas, mercados, portos e casas.

      Hospedando comunidades diversas e dinâmicas de dezenas, centenas, ou às vezes até milhares de pessoas, alguns forneceram suporte a grupos viking regionais muito além do período de um único inverno.

      Manter acampamentos como esses em funcionamento não seria uma façanha pequena, contando com níveis de planeamento e disciplina não comummente associados à atividade viking. Como resultado, o sucesso dos acampamentos fornece uma visão chave sobre um fenómeno viking mais amplo que não era nem arbitrário nem sem objetivo quando atingiu o continente europeu.

      (dr) Christian Cooijmans

      ZAP // The Conversation

      Eléctricos. São ou não os veículos mais amigos do ambiente? Para já, não!

      A Volvo chegou à conclusão que produzir um eléctrico gera 70% mais emissões do que produzir um carro a combustão, ainda que a longo prazo os VE possam ser mais ecológicos.

      O debate não é novo e muitos estudos já vieram classificar a premissa como mito, mas coloquemos novamente a questão: a pegada de carbono de um carro eléctrico é ou não maior que a de um carro a diesel ou a gasolina?

      Recentemente, a fabricante de automóveis sueca Volvo Cars divulgou um estudo, levado a cabo pelo centro de sustentabilidade da própria marca, que dá conta que o processo de produção do seu novo modelo 100% eléctrico, o C40 Recharge, gera 70% mais de emissões do que a produção do modelo semelhante com motor a combustão interna, o XC40.

      O estudo que teve em consideração toda a pegada de carbono ao longo do ciclo de vida de cada modelo, incluindo a extracção das matérias-primas, processos de produção, abastecimento e, ainda, a condução ao longo de 200 mil quilómetros, antes do abate do veículo, retira uma conclusão muito clara: produzir um veículo eléctrico (VE) é significativamente mais poluente do que produzir um veículo a combustão.

      Contudo, a marca sueca deixa uma ressalva: é possível chegar a um ponto de equilíbrio na pegada carbónica de um veículo eléctrico ao longo do ciclo de vida do veículo. Tudo depende da forma como é produzida a electricidade que é usada tanto no processo de fabricação do carro, bem como nos carregamentos da bateria.

      Para esse efeito, a Volvo aponta três cenários: um com base no fornecimento médio de electricidade à escala global; outro fundamentado nas estatísticas da UE28 em termos de produção de energia, que considera o mix de fontes tradicionais a combustíveis fósseis e de renováveis; e, ainda, um outro alicerçado num panorama utópico em que toda a produção de electricidade seria gerada a partir de fontes 100% renováveis.

      Partindo do primeiro cenário, um Volvo C40 Recharge necessitará de percorrer exactamente 109 918 quilómetros para se tornar menos poluente que um XC40. O que na realidade se traduz, praticamente, em cumprir metade da vida útil do veículo, sendo que, uma vez terminada essa mesma vida útil, o C40 terá produzido, de uma forma geral, apenas menos 15% de emissões que o XC40.

      Já utilizando o mix energético patente na União Europeia, o Volvo C40 reduz em dobro as emissões para 30%, sendo que o ponto de equilíbrio é atingido mais cedo, aos 77 248 quilómetros.

      No caso da electricidade ser produzida por fontes totalmente limpas, a pegada de carbono deste VE passa a metade da do modelo com motor de combustão, fixando o ponto de equilíbrio aos 48 280 quilómetros.

      Embora admitindo que os carros eléctricos não são, até ao momento da saída da linha de montagem, menos poluentes do que os veículos a combustão, a Volvo salienta que podem efectivamente tornar-se mais ecológicos a longo prazo. Assim, a pegada de carbono pode ser realmente atenuada, de forma a conseguirem rivalizar com os veículos a combustão, desde que se caminhe cada vez mais para uma realidade energética mais verde.

      Baterias pesam Em declarações ao i, o Automóvel Club de Portugal (ACP) explica que o factor determinante para que a produção de um eléctrico gere mais emissões está relacionado com o facto de os processos de extracção do lítio e consequente produção das baterias com esta matéria-prima, uma vez que toda essa cadeia depende ainda maioritariamente de electricidade gerada a partir dos combustíveis fósseis.

      Analisando apenas a fase de fabricação de um VE, só as baterias são responsáveis por quase um terço da totalidade das emissões.

      A posição assumida neste estudo pela Volvo Cars – marca que, note-se, no âmbito da Conferência do Clima COP26, assumiu o compromisso de tornar-se uma empresa de impacto ambiental neutro até 2040, assinando a Declaração de Glasgow para as Zero Emissões de automóveis – surpreendeu o ACP: “Parece-nos um pouco ambígua. Mas não é a primeira marca a fazê-lo”.

      A Toyota, que se autoproclama “líder comprovado na electrificação”, também tinha levantado a mesma questão sobre a pegada carbónica dos veículos eléctricos o ano passado.

      Na altura o CEO da Toyota, Akio Toyoda, defendeu que os VE iriam fazer aumentar as emissões de carbono no Japão. “Quanto mais veículos eléctricos construímos, pior são os níveis de dióxido de carbono”, declarou.

      E a verdade é que a problemática levantada tanto pela marca sueca como pela japonesa pode ser transposta a todos os fabricantes de carros eléctricos, “atendendo a que a tecnologia é muito semelhante entre as marcas que produzem VE”, esclarece o ACP. “É efectivamente um problema com que se depara toda a produção de carros eléctricos”, frisa.

      Questionado se, ao saber que, no caso concreto deste modelo da Volvo, a pegada carbónica só é atenuada ao final de metade da vida útil do carro, não poderá o consumidor indagar se o carro eléctrico é efectivamente mais amigo do ambiente, o ACP defende que este pode e deve.

      E mais: “O consumidor deve comprar o que realmente necessita e não de acordo com uma moda ou tendência. A escolha da viatura deve ter em conta os quilómetros a efectuar, a possibilidade de carregar o veículo eléctrico em condições mais vantajosas, o tempo previsto para a sua utilização, entre outras variáveis”, acrescenta.

      Ainda assim, apesar do nível elevado das emissões durante o seu processo de produção, os eléctricos continuam a ser uma solução mais amiga do ambiente em algumas circunstâncias.

      Um VE é mais amigo do ambiente em utilização urbana. Por exemplo, na distribuição de bens e serviços onde as rotas estão definidas e as viaturas tem efectivamente uma utilização diária e intensiva, como no caso dos TVDE (Transporte Individual e Remunerado de Passageiros em Veículos Descaracterizados a partir de Plataforma Electrónica) ou plataformas de carsharing” aponta o clube português.


      JOANA MOURÃO CARVALHO

      quarta-feira, 24 de novembro de 2021

      Acção de Graças numa cidade baseada em Lederhosen e refeições ilimitadas.

        Charme bávaro, bugigangas de Natal e restaurantes à vontade atraem multidões a cada temporada de férias para as ruas cintilantes de Frankenmuth, Michigan.


        Por Sara Bonisteel  23 de Novembro de 2021 https://www.nytimes.com/


          FRANKENMUTH, Mich. - Não importa a estação, todos os jantares à vontade aqui se inspiram na paleta do Dia de Acção de Graças: montes cremosos de puré de batatas, redemoinhos dourados de macarrão com ovo com manteiga, florestas verdes de brócolos e granada bem cozidos poças de molho de cranberry.

          Por mais de um século, esta cidade no centro de Michigan fez sua reputação em jantares de frango em estilo familiar, servidos da mesma forma que eram em 1937, quando este jornal proclamou Frankenmuth “ a meca dos gourmets ”.

          As galinhas são cozidas inteiras, deixadas para esfriar e depois cortadas em 10 partes que são empanadas e levemente fritas até que a carne esteja quente e suculenta. Mas peru assado se junta ao jantar de frango nas férias, e esta quinta-feira deve ser o dia mais movimentado do ano para os dois restaurantes "jantar Frankenmuth" que se enfrentam na South Main Street: Bavarian Inn e Zehnder's o Frankenmuth . Quase 30.000 comensais são esperados durante o fim de semana de feriado de quatro dias.

          “É a comida”, disse Dorothy Zehnder, fundadora do Bavarian Inn, que fará 100 anos no dia 1º de Dezembro. “Eles sabem que têm boa comida, e o Dia de Acção de Graças e o Natal são realmente assuntos de família, dias de família”.

          Eles também sentem nostalgia pelo acre, servido com o gosto de Lawrence Welk na hora da bolha do champanhe. Como aqueles que viajam para Solvang, Califórnia, ou Leavenworth, Wash., Os visitantes de Frankenmuth experimentam um simulacro de outro lugar - ou, neste caso, muitos lugares, da velha Baviera à América colonial e ao Pólo Norte - repleto de música polca, degustações de vinhos, toboáguas e lembretes de que a banda de rock Greta Van Fleet começou aqui.

          A herança alemã de Frankenmuth está presente na cidade, na torre Glockenspiel de 15 metros do Bavarian Inn, nos quartos do hotel com os nomes das famílias fundadoras e nas letras Fraktur em todos os lugares. A frente da agência dos correios exibe recortes gigantescos de estatuetas de Hummel enviando cartas de porcelana directamente, pode-se imaginar, ao coração de um visitante.

          O puxão nas cordas do coração é mais forte no Dia de Acção de Graças e no Natal. Um jantar familiar, seguido de uma visita à Bronner's Christmas Wonderland, que se autodenomina a maior loja de Natal do mundo , é uma lembrança pronta à espreita.

          Este ano, as esperanças são grandes. Os restaurantes de Michigan reabriram com capacidade total apenas neste Verão, e neste mês a fronteira foi aberta para visitantes canadenses, que antes da pandemia representavam uma porção considerável dos convidados de fora da cidade. As espaçosas salas de jantar, que podem acomodar 1.200 ou mais, ficaram escuras no último dia de Acção de Graças. Comida para viagem era a única opção, com apenas uma pequena fracção da equipe comandando o show; o número de funcionários do Bavarian Inn ainda está abaixo dos níveis pré-pandémicos, enquanto o de Zehnder quase voltou ao normal.

          “Takeout, para nós, é como dizer a um concessionário: 'Você não pode vender carros, mas pode fazer trocas de óleo'”, disse Al Zehnder, o presidente-executivo da Zehnder's de Frankenmuth.

          Mencione Frankenmuth para um Michigander e ela logo notará se vem de uma família de seguidores de Zehnder ou de fãs do Bavarian Inn. Os dois restaurantes apresentam diferenças estilísticas claras, a começar pelas fachadas. Zehnder se parece com Mount Vernon, se George Washington anunciasse com neon. O Bavarian Inn tem uma sensação de "as colinas estão vivas".

          Os servidores do Bavarian Inn usam dirndls ou lederhosen. Os que estão em Zehnder se vestem com o tema colonial do restaurante, com mulheres em macacões e aventais brancos, e os homens em camisas de colarinho redondo e calcinhas.

          A refeição no Zehnder's começa com torradas de alho e orbes de queijo para barrar e patê, enquanto no Bavarian Inn, a atracção de abertura pode ser uma serenata de acordeão de Linda Lee , uma homenageada do Polka Hall o Fame . “Eles têm mais comida americana e nós temos mais comida alemã”, disse a sra. Zehnder, do Bavarian Inn.

          Mas os menus à discrição são basicamente os mesmos. Ambos os restaurantes oferecem sopa de macarrão de frango e fatias de stollen do tamanho de um pão de sanduíche, conservadoramente cravejado de frutas cristalizadas. E ambos terminam suas refeições sem fundo com sorvete cremoso. No Zehnder's, a sobremesa é coberta com um animal de plástico translúcido que o restaurante chama de Zoo Pick . No Bavarian Inn, é a escolha de um menino ou menina vestido com roupas alpinas.

          Zehnder certa vez pensou em economizar alguns dólares se livrando dos Zoo Picks. Os clientes gritaram. “Tínhamos que recuperá-los”, disse ele, acrescentando: “A expectativa dos convidados é realmente singular”.

          E tem mais. Abaixo de cada restaurante há um labirinto subterrâneo de lojas que vendem brinquedos, itens coleccionáveis, utensílios de cozinha e favoritos de Frankenmuth, como butterhorns frescos , pãezinhos doces que sobreviverão a uma longa viagem de carro para casa. A ideia é manter os convidados entretidos enquanto esperam por uma mesa.

          Vivemos numa cidade do tipo 'Ozzie e Harriet'”, disse Wayne Bronner, executivo-chefe da Bronner's Christmas Wonderland. “Explico isso às pessoas, e aos mais jovens, elas dizem: 'Quem são Ozzie e Harriet ?'”

          Como esta cidade predominantemente alemã-americana no Vale de Saginaw, perto da base do “polegar” de Michigan, se tornou um destino de saciedade é uma saga digna de um romance de James Michener, completa com fervor religioso, enfeites, cerveja e uma dinastia familiar que é sinónimo de jantar de frango.

          Com o foco da cidade na herança alemã, no entanto, é fácil perder o outro grupo no início da história.

          Nic Antaya para The New York Times

          Nic Antaya para The New York Times

          Nic Antaya para The New York Times

          Nic Antaya para The New York Times

          Nic Antaya para The New York Times

          Nic Antaya para The New York Times

          Nic Antaya para The New York Times

          Nic Antaya para The New York Times

          Nic Antaya para The New York Times


          Este trecho de terras agrícolas já foi uma floresta de carvalhos, nogueiras e pinheiros brancos, os campos de caça do Chippewa. O Tratado de Saginaw , um acordo de 1819 com o governo dos Estados Unidos, despojou Saginaw, Swan Creek e Black River Bands de seis milhões de acres em Michigan, embora tratados subsequentes colocassem algumas terras em um fundo, cujas vendas deveriam beneficiar a Native Americanos.

          Frankenmuth foi fundada por 15 luteranos, liderados por August Craemer, que imigrou com o propósito declarado de converter os nativos americanos ao cristianismo. Em 1845, o grupo comprou 680 acres de terras do antigo nativo americano do governo por $ 1.700, ou cerca de $ 62.000 hoje.

          Os primeiros Zehnders, incluindo Johann Stephan Zehnder, chegaram a Frankenmuth no ano seguinte com um segundo grupo de luteranos alemães. Naqueles primeiros anos, Craemer dirigiu uma escola missionária em Frankenmuth e ensinou doutrina religiosa em alemão para algumas dezenas de crianças Chippewa.

          Hoje, menos de 20 dos cerca de 5.000 residentes de Frankenmuth se identificam como nativos americanos, de acordo com o censo de 2020 . Um marcador no Memorial Park da cidade indica a conexão de Frankenmuth com o Chippewa; a tribo indígena Saginaw Chippewa de Michigan tem uma reserva a 70 milhas a oeste, em Mount Pleasant.

          “A tribo indígena Saginaw Chippewa celebra todos os outros que se dedicam a lembrar de onde vieram e mantêm essas conexões com antigas tradições e celebrações”, escreveu Frank Cloutier, director de relações públicas da tribo, por e-mail. “Ao nos aproximarmos do feriado de Acção de Graças, estamos atentos à celebração da colheita do Outono no final do século 16, quando os peregrinos da Europa foram convidados a partir o pão com os nativos aborígenes. Como eles compartilhavam sua cultura naquela época, ainda fazemos hoje. ”

          A cultura da hospitalidade de Frankenmuth, ou Gemütlichkeit, data do final do século 19, quando uma cervejaria e hotéis alimentavam os viajantes que viajavam entre Saginaw e Flint. Em 1928, William Zehnder Sr., neto de Johann, comprou um hotel na Main Street em frente ao Fischer Hotel, onde a maioria dos viajantes da época parava para um jantar de frango.

          Um admirador de George Washington, William Zehnder remodelou seu hotel para se parecer com Mount Vernon, e ele abriu como o primeiro restaurante da família no Dia das Mães em 1929. "Que época terrível para começar um negócio", disse Al Zehnder, "durante a Lei Seca e apenas na porta da Depressão.

          Os visitantes continuaram a parar em Frankenmuth, porque a cerveja continuava a fluir. “'Uma chaleira de chá' era a palavra-código”, disse Heidi Chapman, directora da Frankenmuth Historical Association . O governo aplicou pesadas multas contra os Zehnders e os Fischers, e agentes federais destruíram os dois bares.

          Após a Segunda Guerra Mundial, Wally Bronner, um pintor de letreiros que ganhou fama por seu trabalho de decoração de empresas em toda a região no esplendor do Natal, acrescentou o brilho dourado à indústria do turismo de Frankenmuth abrindo sua primeira loja de Natal.

          Enfeites vermelhos brilhantes são nosso número 1 em vendas”, disse Wayne Bronner, seu filho. O Christmas Wonderland de Bronner emprega 75 pessoas, um décimo de sua equipe usual, apenas para pintar os nomes dos clientes em enfeites. A loja de 320.000 pés quadrados - cerca de 100.000 de espaço comercial - tem o tamanho de cinco campos de futebol e vende de tudo, desde ternos de veludo de Papai Noel a bugigangas específicas para cada emprego. (“Os advogados nunca perdem o recurso!” “Os encanadores vão com o fluxo .”)

          A família Zehnder comprou o restaurante Fischer Hotel em 1950. A Sra. Zehnder e seu marido, William Zehnder Jr. (também conhecido como Tiny - ele era um bebé pequeno), construíram um anexo, em 1959, projectado por um arquitecto que concordou em trabalhar no projecto apenas se pudesse fazê-lo em um estilo alemão.

          “No dia em que abrimos, os negócios explodiram”, disse a Sra. Zehnder. “Realmente floresceu e então, é claro, fomos alemães. Nós tivemos que."

          Tiny Zehnder convenceu os anciãos da cidade a tecer o motivo do Velho Mundo por toda a cidade. Há faux fachwerk (enxaimel) e o padrão de diamante azul e branco do Octoberfest ao longo da Main Street.

          A família Zehnder administrou os dois restaurantes até a década de 1980, quando a segunda geração dividiu a empresa em duas entidades para buscar interesses comerciais diferentes. A família de Dorothy Zehnder administra o Bavarian Inn e um shopping center; Al Zehnder, suas irmãs Martha e Susan e as suas famílias operam o restaurante Zehnder e um campo de golfe. Cada um tem uma padaria e um hotel com parque aquático.

          Em 2020, a James Beard Foundation homenageou o Zehnder's como um dos American's Classics, restaurantes regionais adorados que costumam ser administrados por famílias.

          “Nosso foco tem sido criar um destino de férias para a família em quatro temporadas”, disse Zehnder. “O foco na família realmente não mudou desde a fundação.”

          Uma família, os Murins de Irwin, Pensilvânia, vem planejando sua viagem de Acção de Graças a Frankenmuth desde o Verão. Emily Murin e seu marido, Jonathan, amam o Natal (“É a única coisa que nos une”, disse ela) e queriam levar suas filhas, Gianna, 5, e Gabriella, 4, em uma viagem de férias em seu novo trailer de campista.

          Eles escolheram Frankenmuth em vez de Dollywood , no Tennessee, porque a viagem até Michigan seria em um terreno mais plano. Eles planejam chegar na quarta-feira, jantar no Dia de Acção de Graças na quinta-feira, fazer compras no Bronner's na sexta-feira e talvez fazer uma viagem ao Splash Village no sábado antes de ir para casa, onde quatro árvores de Natal decoradas aguardam seu retorno.

          Murin entrevistou grupos do Facebook dirigidos por fãs de Frankenmuth antes de decidir onde comer.

          Publiquei nos grupos locais para dizer, 'OK, bem, qual será: Zehnder's ou Bavarian Inn? Quem é o vencedor?' E foi realmente muito, muito empate, ”ela disse. “Então, chegou ao momento da reserva.”

          Quando os Murin se sentarem para o jantar de Acção de Graças no Bavarian Inn, eles encontrarão um estilo de jantar que não mudou muito desde que a Sra. Zehnder começou sua carreira como garçonete em 1937.

          Mesmo assim, nem todos os clientes estão vinculados à tradição. "Você ficaria surpreso", disse a sra. Zehnder, "com a quantidade de bifes que servimos no Dia de Acção de Graças."

          Receita: Butterhorns

          Frankenmuth Historical Association

          O Bavarian Inn como era em 1973.

          Nic Antaya para The New York Times



        segunda-feira, 22 de novembro de 2021

        Pinto da Costa suspeito de desviar 40 milhões

        Pinto da Costa é suspeito de ter desviado 40 milhões de euros da SAD, em negócios de transferências de jogadores.

        O presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, é um dos suspeitos nas buscas que estão hoje a ser realizadas à SAD do clube e a residências e locais de trabalho de dirigentes desportivos e empresários de futebol.

        Segundo o Inevitável e o Nascer do Sol apuraram, Pinto da Costa é suspeito de ter desviado 40 milhões de euros da SAD, em negócios de transferências de jogadores.

        O inquérito é liderado pelo procurador-geral adjunto Rosário Teixeira, coadjuvado pela Autoridade Tributária e pela PSP. Estão em causa suspeitas de crimes de burla qualificada, fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais, numa investigação que decorre há algum tempo no DCIAP e abrange ainda os empresários de futebol Pedro Pinho e Alexandre Pinto da Costa, filho do presidente do FC Porto.FC Porto v SL Benfica - Liga NOS

        FELÍCIA CABRITA

        sábado, 13 de novembro de 2021

        Estes são os nove nomes escolhidos para monitorizar a "bazuca europeia"

        Governo já divulgou os membros da Comissão que vai acompanhar a aplicação dos 16,6 milhões de euros que Portugal vai receber da União Europeia.

        Os tão aguardados nomes escolhidos pelo Governo para integrar a Comissão Nacional de Acompanhamento do Plano de Recuperação e Resiliência foram divulgados esta terça-feira em Diário da República.

        Os membros da comissão que terá como função monitorizar a aplicação dos 16,6 milhões vindos da União Europeia ao abrigo do PRR não vão ter "direito a qualquer remuneração pelo desempenho das suas funções, apenas tendo direito ao pagamento de senhas de presença e ajudas de custo pela participação nas reuniões", refere o despacho, onde é destacado que a "idoneidade, competência e experiência profissionais" estiveram na base desta escolha.

        Os nomes escolhidos são: Álvaro Fernando de Oliveira Costa, Carlos Farinha Rodrigues, João Abel Peças Lopes, José Manuel dos Santos Fernandes, Maria Júlia Fonseca Seixas, Maria Leonor Prata Cerqueira Sopas, Maria Manuela Magalhães de Albuquerque Veloso, Rogério dos Santos Carapuça e Teresa Sá Marques.


        Quem são:

        Álvaro Fernando de Oliveira Costa nasceu em 1962, no Porto.

        Licenciado em Engenharia Civil pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (1985), mestre em Transportes pelo Instituto Superior Técnico (1992) e doutorado na área de economia pela Loughborough University of Technology (UK) (1996).

        Atualmente é Professor Associado da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, integra o CITTA (Centro de Investigação do Território, Transportes e Ambiente) e é membro da comissão de acompanhamento do Programa Doutoral em Planeamento do Território, desde 2016

        É CEO da Trenmo Engenharia desde 2005 e Vice-Presidente da Associação Comercial do Porto desde 2017.

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        Carlos Farinha Rodrigues nasceu em 1957 em Lisboa.

        Licenciado em Economia e doutorado em Economia pela Lisbon School of Economics and Management da Universidade de Lisboa.

        É Professor Associado da Lisbon School of Economics and Management da Universidade de Lisboa sendo, desde 2013, coordenador do Mestrado em Economia e Políticas Públicas, onde leciona e é responsável pelas unidades letivas de "Economia Pública", "Desigualdades, Exclusão Social e Políticas Publicas" e "Seminário de Investigação".
        É membro da Direção do Instituto de Políticas Públicas Thomas Jefferson-Correia da Serra e assessor do Instituto Nacional de Estatística nas áreas de distribuição do rendimento e das estatísticas das famílias.

        É membro da comissão de coordenação de preparação de uma proposta de Estratégia Nacional de Combate à Pobreza em Portugal

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        João Abel Peças Lopes nasceu em 1958, na Sertã.

        Licenciado e doutorado em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP).

        Professor Universitário desde 1988 e Professor Catedrático da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto desde 2008 na área de Sistemas Elétricos de Energia.

        Diretor Associado do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC) desde 2018.

        Membro do Conselho Consultivo da Agência de Energia do Porto

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        José Manuel dos Santos Fernandes nasceu em 1945 em Lisboa.

        Licenciado em Engenharia Mecânica, e bacharel em Eletrotecnia e Maquinas pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e Instituto Industrial do Porto.

        Sócio fundador do grupo empresarial Frezite,em 1978, com empresas em vários países, exercendo atualmente funções de Chairman, com sede na Trofa, em Portugal.

        No espaço associativo, é membro do Conselho Geral da AEP, Presidente da AG das Associações AIMMAP e AEBA e membro do Conselho da Indústria da CIP.

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        Maria Júlia Fonseca Seixas nasceu em 1962, no Lobito, Angola.

        Licenciada e doutorada em Engenharia do Ambiente pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (FCT NOVA).

        Desde 1987, é Professora na FCT NOVA, lecionando matérias relacionadas com deteção remota em ambiente, tecnologias de informação geográfica, e energia e alterações climáticas.

        É membro da comissão científica do Programa de Doutoramento em Alterações Climáticas e Políticas de Desenvolvimento Sustentável desde 2009, um programa conjunto da Universidade de Lisboa e Universidade Nova de Lisboa.

        É presidente do Departamento de Ciências e Engenharia do Ambiente da FCT NOVA, desde março de 2017. Integra a Comissão de Ética da FCT NOVA.

        Desde 2016, coordena o EIT Climate-KIC Hub Portugal dedicado a iniciativas de educação e inovação para a ação climática.

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        Maria Leonor Prata Cerqueira Sopas nasceu em 1966, no Porto.

        Licenciada em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto e Mestre em Estudos Económicos Europeus pelo College of Europe, Bélgica.

        Professora Auxiliar Convidada na Católica Porto Business School da Universidade Católica Portuguesa - Centro Regional do Porto, onde leciona desde 1991 nas áreas de Gestão e Negócio Internacional.

        Foi Coordenadora da Equipa Científica do Programa de Estágios Contacto@Icep, entre 2002 e 2006.

        Foi Adjunta do Secretário de Estado para a Competitividade e Internacionalização, de junho de 1996 a setembro de 1997.

        ---

        Maria Manuela Magalhães de Albuquerque Veloso.

        Licenciada e mestre em Engenharia Eletrotécnica e Computadores pelo Instituto Superior Técnico, mestre em Ciência de Computadores pela Boston University e doutorada em Ciência de Computadores pela Carnegie Mellon University, em Pittsburgh.

        Após o Doutoramento, ingressou na carreira académica no Departamento de Ciência de Computadores na Carnegie Mellon University.

        É membro do Conselho da Diáspora e colabora com investigadores portugueses, em particular do Técnico, dentro do programa CMU-Portugal.

        Em 2018, foi convidada a criar e dirigir um centro de investigação em inteligência artificial no J. P. Morgan, o maior banco dos Estados Unidos

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        Rogério dos Santos Carapuça nasceu em Lisboa, em 1958.

        É licenciado em Engenharia Eletrotécnica pelo Instituto Superior Técnico (IST), mestre e doutorado em Engenharia Eletrotécnica e Computadores também pelo IST.

        Foi sucessivamente Administrador, desde 1994, Presidente Executivo e Presidente do Conselho de Administração, desde 1999, da empresa Novabase. A partir de 2008 manteve o cargo de Presidente do Conselho de Administração até 2015.

        É Presidente da APDC (Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações), desde 2013.

        Foi condecorado pelo Presidente da República Jorge Sampaio, em fevereiro de 2006, com o Grau de Grande Oficial da Ordem do Mérito Agrícola, Comercial e Industrial, na Classe do Mérito Industrial.

        ---

        Teresa Sá Marques.

        Doutorada em Geografia.

        Professora na Faculdade de Letras da Universidade do Porto - Departamento de Geografia e investigadora do Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território (CEGOT).

        Diretora do Curso de Doutoramento em Geografia da Universidade do Porto, faz parte da Comissão Científica do Curso de Mestrado em Sistemas de Informação Geográfica e Ordenamento do Território e do Conselho Científico da Faculdade de Letras da Universidade do Porto.

        Especialista em ordenamento do território, coordenou o Programa Nacional das Políticas de Ordenamento do Território (PNPOT) e colaborou na execução de vários Programas Regionais de Ordenamento do Território (PROT).

        https://www.dn.pt/politica/estes-sao-os-nove-nomes-escolhidos-para-fiscalizar-a-bazuca-europeia-13732611.html

        Um frenesi de proibição de livros.

        Parece que os americanos estão querendo voltar a uma nova “Idade das Trevas” que foi o termo adoptado pelos humanistas do século XVII, aonde generalizaram toda a civilização da Europa do século IV ao século XV como um tempo de ruína e flagelo. … Todos eles rótulos pejorativos, que escondem a importância daquela época na qual surgiram os traços essenciais da civilização ocidental.


        Grandes exemplos, que me ocorrem:

        1. O regime comunista também queimou livros. Grandes nomes da literatura do país como Boris Pasternak, com o seu Dr. Jivago, ou Mikhail Bulgákov, com O Mestre e a Margarita, fizeram parte da lista negra do Glavlit (Direcção-Geral de Assuntos Literários e Editoriais). idem de Os Filhos da Rua Arbat, de Anatoli Ribakov.

        2. No dia 10 de Maio de 1933, foram queimadas em praça pública, em várias cidades da Alemanha, as obras de escritores alemães inconvenientes ao regime. Hitler e os seus comparsas pretendiam uma "limpeza" da literatura: Tudo o que fosse crítico ou desviasse dos padrões impostos pelo regime nazi. Stefan Zweig, Thomas Mann, Sigmund Freud, Erich Kästner, Erich Maria Remarque e Ricarda Huch foram algumas das proeminências literárias alemãs perseguidas na época.

        3. Funcionários de biblioteca na China queimam livros religiosos. Proibido ler e mencionar no Instagram.

          No ano passado, a notícia de que a China havia bloqueado a menção de alguns livros como 1984 e a Revolução dos Bichos, de George Orwell, e Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley.

        4. No Kuwait, não se pode ler Victor Hugo nem García Márquez

          Na teoria, Cem Anos de Solidão e Nossa Senhora de Paris ferem de alguma forma o Islão ou a Justiça do Kuwait. Essa é a justificativa oficial do país, que censurou nos últimos seis anos pelo menos 4 mil livros. A proibição é feita pelo Ministério da Informação apoiado por uma lei aprovada em 2006 pelo Parlamento, permitindo o controle sobre o permitido, o controle sobre a imprensa e a publicação de livros. O regime político do Kuwait é a monarquia parlamentarista.

        5. No Chile, o cubismo virou apologia a Cuba. Achou absurdo queimarem livros com referência à Pensilvânia na Turquia? O Chile de Pinochet não ficou tão para atrás nas teorias da conspiração. Mais de 15 mil livros queimados pelos militares da ditadura.

        6. O governo turco está queimando livros, em 2019, o ministro da educação turco, Ziya Selcuk, admitiu que o governo da Turquia queimou mais de 300 mil livros desde 2016.


        Por Michelle Goldberg


        Colunista de Opinião

        O Conselho Escolar do Condado de Spotsylvania, na Virgínia, votou unanimemente nesta semana para que os livros com material “sexualmente explícito” fossem removidos das prateleiras da biblioteca escolar. Para dois membros do conselho escolar, isso não foi longe o suficiente; eles queriam ver os livros incinerados. “Tenho certeza de que temos centenas de pessoas por aí que gostariam de ver esses livros antes de queimá-los”, disse um dos membros, Kirk Twigg . “Só para que possamos identificar, dentro de nossa comunidade, que estamos erradicando essas coisas ruins.”

        Este foi apenas um exemplo de uma nova censura agressiva rasgando a América, à medida que a campanha contra a teoria crítica da raça se expande em um impulso mais amplo para limpar as bibliotecas escolares de livros que afrontam as sensibilidades conservadoras em relação a raça e género. Deborah Caldwell-Stone, directora do Escritório para Liberdade Intelectual da American Library Association, me disse que durante seus 20 anos na organização, “sempre houve um murmúrio constante de censura, e os motivos mudaram com o tempo. Mas nunca vi a quantidade de desafios que vimos este ano. ”

        No Texas e na Carolina do Sul, os governadores republicanos pediram medidas contra o conteúdo “obsceno” nas bibliotecas escolares. Escolas públicas em Virginia Beach retiraram livros de suas bibliotecas, incluindo “The Bluest Eye” de Toni Morrison, enquanto aguardam os resultados de um desafio feito por membros conservadores do conselho escolar. Escolas em North Kansas City, Missouri, fizeram o mesmo com livros, incluindo o aclamado livro de memórias "Fun Home", de Alison Bechdel, e "All Boys Are not Blue", um livro de ensaios sobre como crescer gay e negro, de George M. Johnson. No condado de Flagler, Flórida, um membro do conselho escolar entrou com um relatório criminal sobre a presença de “Todos os meninos não são azuis” nas bibliotecas escolares de seu distrito, alegando que isso violava as leis estaduais de obscenidade.

        Com a pressa em banir a teoria racial crítica, os conservadores já desistiram de se posicionar como defensores da liberdade de expressão. Ainda assim, essa mania repentina de proibição de livros é impressionante. É parte de um ataque mais amplo às escolas públicas, que se baseia na raiva sobre a teoria racial crítica, mascara mandatos e, às vezes, até medos não-flexíveis sobre conspirações de pedófilos.

        “O que eu comecei a chamar cada vez mais de guerra aos livros, está se envolvendo em todos os tipos de atividades anti-escolares”, disse Richard Price, professor associado de ciência política na Weber State University que dirige o blog Adventures em Censura .

        É importante reconhecer que alguma quantidade de choque dos pais com a literatura de jovens adultos agressiva é compreensível. Como na época em que a direita cristã tentava livrar as bibliotecas de Judy Blume, os livros cuja franqueza sobre assuntos tabu intrigam os adolescentes podem horrorizar os mais velhos.

        Um livro frequentemente visado é o livro de memórias gráfico de 2019 "Gender Queer". Sua autora, Maia Kobabe, escreveu uma coluna ilustrada sobre o alvoroço em torno do livro no The Washington Post, com um balão de pensamento dizendo: “Por que eles estão loucos por causa do livro? Porque eu disse que pessoas não binárias e trans existem? ” Talvez, mas acho que alguns pais também ficam loucos com as imagens de sexo oral. É fácil imaginar “Gender Queer” sendo um grande conforto para um jovem confuso e solitário de 16 anos, mas é tão fácil ver por que os conservadores achariam isso ultrajante.

        A natureza transgressiva de alguma literatura recente para jovens adultos, entretanto, não é suficiente para explicar a atual campanha nacional para limpar as bibliotecas de obras consideradas prejudiciais. Por um lado, na maioria das escolas, os pais já podem bloquear o acesso de seus próprios filhos aos livros aos quais se opõem. E muitas das obras sobre as quais a direita está em pé de guerra já foram lançadas há anos. O legislador texano Matt Krause enviou recentemente aos distritos escolares uma lista de cerca de 850 livros sobre os quais deseja obter informações . Entre os títulos a serem investigados estão “The Confessions of Nat Turner” de William Styron e “Middlesex” de Jeffrey Eugenides.

        O premiado “ Out of Darkness ” de Ashley Hope Pérez , sobre um romance entre uma garota mexicana-americana e um garoto negro contra a explosão da escola de New London no Texas em 1937, foi lançado em 2015. Até este ano, Pérez, um ex-professor de inglês do ensino médio que agora é professor assistente na Ohio State University, não tinha ouvido falar de nenhuma polêmica em torno disso. Mas agora seu livro é regularmente denunciado por guerreiros da cultura escolar. O grupo No Left Turn in Education, que foi fundado no ano passado para lutar contra a teoria racial crítica nas escolas, a incluiu em uma lista de livros que estão “doutrinando as crianças para uma ideologia perigosa”.

        Em setembro, uma ativista anti-máscara do Texas chamada Kara Bell leu uma passagem de “Out of Darkness” em uma reunião do conselho escolar. A cena que ela escolheu foi aquela em que uma gangue de estudantes brancos racistas rebaixou sexualmente a heroína mexicana.

        Bell citou os personagens fazendo uma referência ao sexo anal, palavras que a deixaram chocada. “Não quero que meus filhos aprendam sobre sexo anal no ensino médio!” ela chorou. “Eu nunca fiz sexo anal! Eu não quero fazer sexo anal! Eu não quero meus filhos fazendo sexo anal! ”

        O vídeo de Bell se tornou viral e Pérez foi inundado com mensagens furiosas e às vezes violentas, muitas vezes acusando-a de promover a pedofilia. Jonathan Friedman, diretor de liberdade de expressão e educação da PEN America, me disse que foi acusado de ser um pedófilo simplesmente por defender a presença de “Out of Darkness” nas bibliotecas escolares. “Definitivamente, há algum tipo de elemento QAnon ocorrendo aqui”, disse ele. Afinal, a crença paranóica de que o liberalismo é uma fachada para cabalas pedófilas é um grampo da teoria da conspiração QAnon.

        Esse pânico moral que se espalha, demonstra, mais uma vez, por que a esquerda precisa da Primeira Emenda, mesmo que a veneração da liberdade de expressão tenha caído de moda entre alguns progressistas. Na ausência de um compromisso da sociedade com a liberdade de expressão, a questão de quem pode falar torna-se puramente uma questão de poder e, em grande parte deste país, o poder pertence à direita.

        “O que estamos vendo é realmente essa ideia de que comunidades marginalizadas, grupos marginalizados, não têm lugar nas bibliotecas de escolas públicas ou bibliotecas públicas, e que as bibliotecas devem ser instituições que atendem apenas às necessidades de um determinado grupo de pessoas em a comunidade ”, disse Caldwell-Stone. A luta sobre quem controla as bibliotecas escolares é um microcosmo da luta sobre quem controla a América, e a direita está no ataque.

        https://www.nytimes.com/

        quinta-feira, 11 de novembro de 2021

        R E G I M E S V E G E T A R I A N O S

        Para ter uma ideia…


        • Ovolactovegetariano

        Contempla o consumo de lacticínios e de ovos.


        • Lactovegetariano

        Inclui o consumo de lacticínios mas não de ovos.


        • Ovovegetariano

        Há consumo de ovos mas não de lacticínios.


        • Vegan

        Neste caso, além dos ovos e dos lacticínios, estão também excluídos outros derivados de origem animal.


        • Frugívoro

        Inclui apenas o consumo de frutas, frescas ou secas, sementes e alguns tipos de legumes. Geralmente, a dieta inclui apenas o consumo de alimentos que não implicam a morte da planta na origem.


        • Pescovegetariano*

        Inclui o consumo de peixe, mas não o de carne.


        • Flexitariano*

        Regime mais flexível, em que o consumo e vegetais é prioritário, mas que não exclui totalmente o consumo de carne e/ou peixe.


        *A inclusão destas opções na lista de regimes vegetarianos não é consensual.

        quarta-feira, 10 de novembro de 2021

        Testosterona pensante

        A indignação com os painéis de oradores exclusivamente masculinos ou brancos já criou duas palavras: manels (male com panels) e wanels (white com panels).


        “Há homens que provavelmente não reparam no atropelo que os manels constituem à agenda em prol da qual trabalham.”

        Susana Peralta

        Professora de Economia na Nova SBE.

        As considerações financeiras de se mudar e viver em Portugal.

        São tantos os benefícios de viver no Algarve - o estilo de vida, as pessoas, a comida, o clima, a costa deslumbrante e o campo, a lista é interminável. E não é só um lugar bonito para se viver, Portugal oferece muitas vantagens do ponto de vista financeiro.

        Para aproveitar ao máximo sua mudança, o planejamento fiscal e financeiro antecipado será inestimável. Mesmo se você já mora aqui há algum tempo, você deve revisar regularmente seus arranjos para se certificar de que estão actualizados.
        Aqui estão as principais questões de gestão de património que você precisa estar ciente e planejar.

        Residência fiscal
        Depois de se tornar residente aqui, fica sujeito ao imposto português sobre os rendimentos mundiais e algumas mais-valias, pelo que deve estar preparado para isso.

        Normalmente, é considerado residente fiscal após 183 dias em Portugal, mas pode ser mais cedo se se mudar com a intenção de o tornar sua casa. Além disso, esteja atento às regras de residência em seu país de origem. De acordo com as regras do Reino Unido, por exemplo, você poderia accionar involuntariamente a residência fiscal e voltar a receber os impostos britânicos depois de apenas 16 dias lá.

        Se você planejar com antecedência e tiver flexibilidade, o momento da mudança de residência pode minimizar as obrigações fiscais e maximizar as oportunidades em ambos os países.

        Tributação portuguesa e NHR Os
        novos residentes podem desfrutar de benefícios fiscais significativos durante os primeiros 10 anos através do regime de 'residência não habitual' (NHR) de Portugal. Para se qualificar, você não pode ter residido nos últimos cinco anos fiscais e deve fazer o requerimento através da repartição de finanças local logo após sua chegada.

        Além de oferecer uma taxa fixa de imposto de renda de 20% para profissões de "alto valor agregado", o NHR permite que você receba parte do imposto de renda estrangeiro sem impostos ou a uma taxa reduzida. Você também não pode pagar nenhum imposto português sobre ganhos de propriedade no Reino Unido.

        Mesmo fora do NHR, Portugal pode ser altamente eficiente em termos de impostos para expatriados. Embora a renda seja tributável a taxas de imposto de renda progressivas de até 48%, muitas vezes há maneiras de reduzir os impostos sobre o seu investimento e renda de pensão, portanto, explore suas novas opções.

        As suas poupanças e investimentos
        Um erro potencialmente dispendioso é assumir que o que era eficiente em termos fiscais é o mesmo em Portugal. As ISAs do Reino Unido, por exemplo, são tributáveis ​​para residentes portugueses.

        Enquanto isso, depois de residir aqui, você terá acesso a oportunidades para desfrutar de tratamento fiscal favorável sobre investimentos de capital.

        Ao se mudar, dar uma nova olhada em sua situação financeira irá garantir que você esteja adequadamente diversificado e que tudo esteja configurado da melhor maneira para suas novas circunstâncias. Fale com um consultor local que compreenda o regime fiscal português e possa recomendar soluções fiscais eficientes para o seu património e património.

        Moeda
        Uma vez que está a viver em Portugal e as suas despesas são em euros, a manutenção das poupanças e investimentos em libras esterlinas torna os seus rendimentos vulneráveis ​​às flutuações das taxas de câmbio. Procure estruturas que permitem diversificar, mantendo investimentos em várias moedas, com flexibilidade para escolher a moeda de seus saques.

        Compra e venda de propriedades
        Se você ainda está planejando sua mudança, outra questão importante a ser considerada no início são as implicações fiscais da compra e venda de propriedades. Quando é a melhor altura para vender a sua propriedade no Reino Unido e comprar uma casa portuguesa para limitar o imposto sobre ganhos de capital? Terá de pagar o 'imposto sobre a fortuna' português na sua nova casa? Como você pode aproveitar ao máximo as compensações e subsídios disponíveis? O planejamento antecipado pode economizar milhares em impostos desnecessários.

        Pensões no Reino Unido
        Reserve um tempo para entender suas opções de pensão e as implicações fiscais antes de tomar decisões.

        Os elegíveis para residência não habitual podem se beneficiar de uma taxa fixa de imposto de 10% sobre a renda de pensão e retiradas por 10 anos, mas certifique-se de entender as regras.

        Muitos expatriados britânicos se beneficiam da transferência de fundos de pensão do Reino Unido para um Qualifying Recognized Overseas Pension Scheme (QROPS), ou reinvestindo uma quantia fixa em acordos fiscais mais eficientes para Portugal. Não existe uma solução única para uma aposentadoria segura, portanto, aconselhamento regulado e personalizado sobre pensões é essencial.

        Planeamento
        sucessório Ao abrigo da lei de sucessão portuguesa, a menos que tome medidas, as regras de 'herança forçada' podem passar automaticamente uma parte da sua herança mundial para a sua família imediata, sejam quais forem as suas intenções. Os cônjuges e ascendentes / descendentes estão isentos da versão portuguesa do imposto sobre as sucessões («imposto do selo»), mas os demais herdeiros podem ser responsabilizados por 10% no recebimento de bens portugueses.

        Cidadãos do Reino Unido geralmente permanecem domiciliados no Reino Unido - mesmo depois de viverem no exterior por anos - colocando sua propriedade na linha de fogo por 40% do imposto sobre herança no Reino Unido. Um bom planejamento imobiliário pode garantir que seu legado vá para os herdeiros escolhidos, sem atrair mais impostos do que o necessário.

        Com aconselhamento internacional especializado e um planeamento precoce e cuidadoso, pode reduzir significativamente a sua factura fiscal e ter a tranquilidade financeira para relaxar e desfrutar plenamente da sua nova vida em Portugal.

        As taxas de imposto, escopo e benefícios podem mudar. Quaisquer declarações relativas à tributação são baseadas em nosso entendimento das leis e práticas tributárias actuais que estão sujeitas a alterações. As informações fiscais foram resumidas; os indivíduos devem buscar aconselhamento personalizado.

        Por Dan Henderson
        ||
        features@algarveresident.com

        Dan Henderson é Partner da Blevins Franks em Portugal. Um consultor financeiro altamente experiente, ele possui o Diploma em Planejamento Financeiro e qualificações avançadas em pensões e planejamento de investimentos do Chartered Insurance Institute (CII). | www.blevinsfranks.com

        Residência fiscal.

        A grande maioria dos residentes estrangeiros partilham uma característica comum: a maior parte, senão todos, os seus meios de subsistência vêm de fora de Portugal. Grande confusão e desinformação abundam em relação a essas receitas do exterior. Antes de analisar os diferentes requisitos que envolvem o Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Físicas (IRS) em Portugal, é útil dissipar alguns dos mitos e estabelecer alguns fundamentos relativos à tributação portuguesa e às obrigações do estrangeiro residente. Assim, a primeira questão a considerar é: quem é obrigado a tornar-se residente para efeitos fiscais em Portugal?

        Residência fiscal
        É importante distinguir entre uma Autorização de Residência (Residência) e Residência Fiscal. O primeiro requer um longo processo burocrático no Escritório dos Estrangeiros. Este último é de natureza circunstancial.

        Uma pessoa
        física é considerada residente fiscal se: • estiver fisicamente presente em Portugal há mais de 183 dias no ano civil; ou
        • fisicamente presente em Portugal há menos de 183 dias, mas com residência permanente em 31 de Dezembro; ou
        • se um indivíduo no final de um ano fiscal possuir uma residência em Portugal que as autoridades fiscais possam razoavelmente presumir ser a sua residência habitual, o indivíduo geralmente é considerado residente nesse ano fiscal; ou
        • se o chefe de família residir em Portugal para efeitos fiscais, também podem ser considerados residentes outros membros da família, mesmo que residam no estrangeiro.
        No entanto, se o país estrangeiro tiver um tratado de dupla tributação com Portugal, o tratado contém regras para decidir em qual dos dois países um indivíduo é legalmente considerado residente. Escusado será dizer que, se tiver uma Autorização de Residência (Residência), é considerado residente independentemente do número de dias que estiver efectivamente presente em Portugal.

        As autoridades fiscais portuguesas
        Embora as autoridades fiscais fizessem vista grossa aos residentes estrangeiros, o pêndulo está agora a mover-se na outra direcção. Em vez de serem invisíveis, os expatriados se tornaram os alvos principais. Muitos residentes fiscais (legalmente) em Portugal nunca apresentaram uma declaração de imposto, pelo que provavelmente serão elegíveis para pagar os impostos devidos e juros atrasados, bem como multas pesadas. O governo fez da repressão à fraude fiscal uma das pedras angulares das políticas económicas e os residentes estrangeiros não são excepção. Se você se apresenta voluntariamente, é tratado de acordo com isso. No entanto, uma vez na “lista negra” dos trapaceiros de impostos, é difícil se livrar desse status.

        Ao ser compatível, você pode dar um passo importante para a paz de espírito.

        Onde você paga seus impostos
        Infelizmente, você não pode escolher onde paga seus impostos. A lei sim. Só porque você pode pagar (incorrectamente) em casa, não significa que vai ganhar qualquer favor com a Finanças. Os Tratados de Dupla Tributação definem claramente as obrigações do contribuinte. E Portugal agora tem tratados fiscais com todos os países da UE e muitos outros em todo o mundo. Outros 10 países estão actualmente concluindo o processo de ratificação, outros 10 estão em negociação e outros 30 aguardam para iniciar o processo. Por outras palavras, Portugal está a internacionalizar rapidamente a sua perspectiva orçamental.

        Pode ser uma surpresa que apresentar uma declaração de imposto correcta em Portugal pode, na verdade, poupar dinheiro. Apresentar uma declaração de imposto não é sinónimo de pagamento de imposto. O código tributário português tem abatimentos generosos e exclusões inesperadas sobre certas formas de rendimento, amplas deduções para vários tipos de despesas e créditos fiscais liberais para muitas despesas comuns. Muitas pessoas consideram que a sua carga fiscal em Portugal é significativamente mais baixa do que no seu país de origem.

        Ano Um
        No seu primeiro ano como residente fiscal em Portugal, terá de fazer a transição de um sistema fiscal para o outro. Isso não acontece por conta própria. Você precisa dar passos evidentes e concretos para que isso aconteça. Caso contrário, você continuará a pagar impostos em sua jurisdição de origem, mas acumulará obrigações fiscais e, eventualmente, penalidades graves em seu novo país de residência, Portugal. Nós, como cidadãos, somos obrigados a cumprir a lei. Nós, como contribuintes, somos obrigados a pagar apenas o mínimo legal.

        Por Dennis Swing Greene
        || features@algarveresident.com

        Dennis Swing Greene é presidente e consultor tributário internacional da euroFINESCO sa
        www.eurofinesco.com

        segunda-feira, 8 de novembro de 2021

        Tribunal Constitucional fica em Lisboa. Autarca de Coimbra vê isto como "uma enorme decepção".

        Presidente da Câmara Municipal de Coimbra admite estar "decepcionado" com o chumbo da transferência do TC para Coimbra. José Manuel Silva acusa o PS de governar apenas a pensar em Lisboa.

        Supremo Tribunal “esconde” decisão sobre escutas de Costa com Matos Fernandes.

         Como o processo está em segredo de justiça, o Supremo Tribunal de Justiça não revela a decisão que tomou quanto à anulação da destruição das escutas telefónicas entre António Costa e João Pedro Matos Fernandes.



        O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) não revela a sua decisão sobre as duas escutas telefónicas em que António Costa falava com o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, no âmbito da investigação do Ministério Público (MP) aos negócios do lítio e do hidrogénio. O Ministério Público tinha apresentado um recurso para anular a destruição destas escutas.

        O STJ já tomou uma decisão, mas não divulga o seu conteúdo, uma vez que o processo está em segredo de justiça, explica o Correio da Manhã.

        O tribunal tinha em cima da mesa duas opções: manter a ordem inicial de destruição das duas escutas ou anular essa ordem de destruição e reconhecer que poderão ser úteis ao inquérito-crime. O ex-presidente do STJ, António Piçarra, é um defensor do primeiro plano, enquanto o Ministério Público garante que são de interesse para a investigação.

        “Em resposta ao seu pedido, venho informar que foi proferida decisão e que esta foi notificada aos sujeitos processuais interessados. Os autos encontram-se em segredo de justiça”, respondeu a assessoria de imprensa do STJ ao contacto do CM.

        As interceções telefónicas ocorreram no final de 2020. Nem António Costa nem Matos Fernandes sabiam que o telefone do ministro do Ambiente estava sob escuta. De um total de quatro escutas, o então presidente do STJ mandou destruir duas, por considerar que não tinham matéria criminal relevante. Das restantes, uma foi validada e a outra foi mantida provisoriamente nos autos, embora Piçarra entendesse que não era relevante.

        Um dos temas abordados por Costa e Matos Fernandes foi a localização da refinaria de lítio, os eventuais interessados e uma eventual parceria com Espanha.

        Na passada quinta-feira, o Governo assinou 14 contratos de exploração mineira com várias empresas. O contrato de concessão para a exploração de lítio na Argemela, na Covilhã, assinado com a Pannn, e o contrato para a concessão de volfrâmio, na Borralha, em Montalegre, assinado com a Mineralia, são dois deles.

        Supremo Tribunal "esconde" decisão sobre escutas de Costa com Matos Fernandes (aeiou.pt)