João Miguel Tavares
Quando no domingo o sol se
pôs na Madeira, começou a brilhar com especial intensidade em Espinho. Montenegro apressou-se a
nacionalizar a vitória, e não admira.
Bem sei que Pedro Nuno Santos se esforçou muito para convencer o país
de que a enorme derrota nas eleições deste domingo é um
problema exclusivo do PS-Madeira.
Mas
ele sabe – e sabe que nós sabemos – que isso é absolutamente falso.
As eleições contaminam-se sempre umas às outras, mas neste
caso nem é só contaminação: a crise política
que se vive em Portugal é tirada a papel químico da crise política que se viveu
na Madeira.
Há um líder com suspeitas de comportamentos duvidosos.
Há a recusa desse líder em sair de cena.
Há eleições muito recentes.
Há uma situação económica relativamente desafogada.
Há um governo que vai abaixo com os votos da oposição.
E, pelos vistos, há um eleitorado que sai de casa para pedir
que o parem de chatear e exigir que deixem quem está no governo governar.
Sem comentários:
Enviar um comentário