quinta-feira, 9 de janeiro de 2020
Sexta às 9: leia a acta da reunião explosiva na RTP.
A Ex-directora de informação da RTP, para muitos portugueses e pelo que se sabe, não parece ser realmente uma flor que se cheire… mas para outros, mais chegados à família acantonada no largo do Rato, é uma pura flor de laranjeira !
“Sandra Felgueiras acusou a directora de informação da RTP de passar informação sobre a investigação do Sexta às 9. Maria Flor Pedroso admite ter feito contactos, mas negou ter dado pormenores.
A jornalista da RTP Sandra Felgueiras acusa a directora de informação de ter passado "informação interna e sensível" ao instituto ISCEM que estava a ser investigado pelo "Sexta às 9", algo que Maria Flor Pedroso desmente.
De acordo com as actas da reunião Conselho de Redacção (CR) da televisão da RTP, datada de 11 de Dezembro, a que a Lusa teve hoje acesso, após os esclarecimentos prestados aos membros eleitos do órgão sobre a reportagem do lítio, a jornalista e coordenadora do "Sexta às 9", Sandra Felgueiras, revelou "outro episódio com que a equipa do programa se defrontou".
A jornalista referiu que na reunião de 03 de Outubro deu conta à directora de informação de que estaria a investigar suspeitas de corrupção no âmbito do processo de encerramento do Instituto Superior de Comunicação Empresarial (ISCEM), que passava pelo alegado recebimento indevido de "dinheiro vivo" e que deu a Maria Flor Pedroso e à directora-adjunta, Cândida Pinto, detalhes da investigação.
Nessa reunião, segundo a jornalista, Maria Flor Pedroso disse que tinha dado aulas no ISCEM e que conhecia a directora do ISCEM, Regina Moreira, a principal visada na investigação.
"Até esse momento, Regina Moreira sabia apenas que a jornalista Ana Raquel Leitão a queria entrevistar sobre o encerramento do instituto e não sobre o recebimento indevido de 'dinheiro vivo'", segundo Sandra Felgueiras.
No dia 08 de Outubro, a directora do ISCEM terá contactado a jornalista "para dizer que tinha falado" com a directora de informação, "que lhe teria transmitido que a investigação do programa 'Sexta às 9' passava pela suspeita de recebimento indevido de 'dinheiro vivo' e que, por recomendação da mesma, só iria responder às perguntas do programa (…) por escrito".
Na reunião do CR, Sandra Felgueiras "acusou a directora de informação de violação dos deveres funcionais e de violação do dever de sigilo, ao transmitir para a principal visada na reportagem informação privilegiada", algo que Maria Flor Pedroso "rejeitou liminarmente", questionando a jornalista sobre a razão pela qual "reteve esta informação até ao dia 11 de Dezembro quando já a conhecia desde 08 de Outubro".
Entretanto, "Sandra Felgueiras respondeu que apenas soube no dia 03 de Dezembro, quando saiu das audições na Assembleia da República, que a investigação não se iria realizar, uma vez que Ana Raquel Leitão tinha recebido um 'email' do arquitecto [a quem a directora do ISCEM devia dinheiro] a revogar o direito de entrevista, pois a dívida da directora do ISCEM [dois milhões de euros] já teria sido saldada", lê-se na acta.
"Neste momento, a directora de informação e a coordenadora do programa 'Sexta às 9' envolveram-se numa discussão acesa, sendo praticamente impossível reproduzir com fiabilidade tudo o que foi referido", refere a acta.
Maria Flor Pedroso "explicou ao CR que deu aulas de jornalismo radiofónico durante oito anos no instituto e que não divulgou nenhuma investigação" e justificou que "questionou na secretaria" do ISCEM "se estava a ser exigido aos alunos que pagassem os emolumentos em 'dinheiro' vivo e que nesse dia encontrou Regina Moreira".
Acrescentou que a directora do instituto disse que tinha sido contactada pelo programa e que não iria dar entrevista.
Ao Conselho de Redacção, Maria Flor Pedroso explicou que "apenas lhe disse para responder por escrito para que o programa não perdesse toda a história", recusando qualquer acusação de ter divulgado pormenores da investigação.
Sobre o facto de Cândida Pinto se ter dirigido à jornalista Ana Raquel Leitão para lhe dizer que "alguém lhe disse" que o ISCEM não tinha multibanco, pelo que a investigação "poderia não ter pernas para andar", já que essa poderia ser explicação para os alunos estarem a pagar os emolumentos em dinheiro, a directora de informação disse que tinha sido a própria a transmitir a informação à directora adjunta.
Flor Pedroso "acabou por pedir desculpas à equipa, mas frisou que apenas tentou ajudar, uma vez que tinha acesso a fontes não alcançáveis pelos jornalistas da equipa", lê-se no documento.
Na reunião, "a jornalista Sandra Felgueiras e a directora de informação, Maria Flor Pedroso, referiram (…) que são muito resilientes e não se vão demitir".
quarta-feira, 8 de janeiro de 2020
Rio vota contra OE 2020
Rio vota contra OE e duvida que Centeno fique no Governo.
Líder do PSD considera que a proposta de Orçamento do Estado apresentada pelo executivo "não tem rumo estratégico” e apenas elogia o superavit.
Donald Trump
Enquanto o Irão mantém o mundo em suspenso sobre que tipo de resposta dará ao ataque que vitimou o general Soleimani, as ameaças do Presidente dos EUA de eleger como alvo bens patrimoniais iranianos caso haja conflito armado levam a questão para o plano cultural. É crime de guerra pôr na mira património cultural sem qualquer objectivo militar. Ao fazê-lo, Trump desce ao nível de grupos extremistas armados que o fizeram no passado.
Escrito
Pensar é o trabalho mais difícil que existe, o que é provavelmente a razão por que tão poucos se envolvem nele.
Henry Ford (1863-1947), engenheiro
Joacine Katar Moreira
Novo ano e aí está a deputada do Livre a criar nova tormenta política a dias da votação do OE 2020. Em causa uma foto que os membros de cada comissão da AR tiram no início das legislaturas. Apesar de todos saberem que seria divulgada, Joacine não autorizou a publicação no site da AR. A equipa de apoio da comissão recorreu ao Código Civil para demonstrar-lhe que não tinha razão e, se Joacine não gosta da foto, se for esse o caso, resta-lhe pedir que seja substituída.
Trump poderá ser acusado criminalmente, se os Estados Unidos atacarem património iraniano.
À luz das convenções internacionais o Presidente deverá ser responsabilizado, caso os EUA venham a destruir propriedade cultural no Irão. Pôr na mira bens patrimoniais sem qualquer objectivo militar é um crime de guerra.
Na lista dos sítios culturais na mira de Trump poderá estar Persépolis, capital do poderoso império aqueménida, e uma das mais extraordinárias cidades do Mundo Antigo, destruída por Alexandre, o Grande.
“A sensação de que os tesouros do passado estão a escapar à nossa protecção é uma das marcas da cultura contemporânea” Sergio Beltrán-García Arquitecto
Irão calcula a sua resposta à morte de Soleimani
Países começam a retirar tropas do Iraque por razões de segurança. Irão tem dito que quer atingir alvos militares. Mas “EUA devem estar preparados para a eventualidade de a resposta de Teerão não ser o que se espera”.
As tropas dos EUA no Iraque estão a tratar exclusivamente da sua própria segurança, e o Pentágono enviou mais 4500 militares para a região.
Por estranho que isto possa soar aos israelitas, actualmente, os ayatollahs calculam mais do que o Presidente dos Estados Unidos.
Nahum BarneaAnalista israelita
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