sexta-feira, 5 de junho de 2020

PARA GUARDAR E IR VENDO COM CALMA...

PARA GUARDAR E IR VENDO COM CALMA...

Podem traduzir na língua que quiserem e, se tiverem paciência, asseguro-vos que estarão várias semanas tirando partido desta mensagem.

PARA QUALQUER UM QUE GOSTE DE VIAJAR OU RECORDAR SÍTIOS JÁ VISITADOS E OS QUE VOS FALTA CONHECER,

É FABULOSO...



CATARATAS DE IGUAZÚ - BRASIL:
http://www.airpano.com/files/Brasil-Argentina-Iguazu-Falls-2012/2-2
http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Brasil-Argentina-Iguazu-Falls-2008

GRAN CANION  DO COLORADO - USA:
http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Grand_Canyon_USA
http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Horseshoe-Bend-Arizona-USA

BRYCE CANYON, RIO SAN JUAN RIO UTAH - USA:
http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Bryce-Canyon-Utah
http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Goosenecks-Utah-USA
http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=San-Juan-Colorado-Rivers-Utah-USA

TORRES PETRONAS KUALA LUMPUR - MALÁSIA:
http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Kuala-Lumpur-Malaysia

VENEZA - ITÁLIA:
http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Italy-Venice

CHICAGO ILLINOIS - USA
http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Chicago-Illinois-USA

PARIS - FRANÇA:
http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Paris-France
http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Eiffel-Tower-Paris-France

PIRÂMIDES DE GIZÉ - EGIPTO:
http://www.airpano.com/files/Egypt-Cairo-Pyramids/2-2

ILHA SANTORINI - GRÉCIA:
http://www.airpano.com/files/Santorini-Greece/2-2

TAJ-MAHAL AGRA - INDIA
http://www.airpano.com/files/Taj-Mahal-India/2-2

SWAMINARAYAN AKSHARDHAM NOVA DELHI - INDIA:
http://www.airpano.com/files/Akshardham-India/2-2

COLISEU DE ROMA - ITÁLIA:
http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Pisa-Tuscany-Central-Italy

LAS VEGAS DE NOITE - USA:
http://www.airpano.com/files/Las-Vegas-USA/2-2

CIUDAD DEL CABO SUDAFRICA:
http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Cape-Town-Tour-South-Africa

MOERAKI - NOVA ZELÂNDIA:
http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Moeraki-Boulders-New-Zealand
http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=fiordland-new-zealand

BUKHARA - UZBEKISTÃO:
http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=bukhara

LAGO MONO CALIFÓRNIA - USA:
http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Mono-Lake-California-USA

CIDADE DO DUBAI:
http://www.airpano.com/files/UAE-Dubai-City-Virtual-Tour/2-2
http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Dubai-Palm-Jumeirah-UAE

ISLÂNDIA:
http://www.airpano.com/files/Iceland-Langisjor-Veidivotn/2-2

CASTELO NEUSCHWANSTEIN - ALEMANHA:
http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Neuschwanstein-Germany

AMESTERDÃO - HOLANDA:
http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Holland

CRISTO DO CORCOVADO RIO DE JANEIRO - BRASIL:
http://www.airpano.com/files/Christ-the-Redeemer/2-2

ISTAMBUL - TURQUIA:
http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Mosques-Istanbul-Turkey

TORRE DE PISA - ITÁLIA:
http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Pisa-Tuscany-Central-Italy

MANHATTAN NEW YORK - USA (DIA E NOITE):
http://www.airpano.com/files/Manhattan-New-York-Virtual-Tour/2-2
http://www.airpano.com/files/Millennium-UN-Plaza-Hotel-New-York-Night/2-2
http://www.airpano.com/files/Millennium-UN-Plaza-Hotel-New-York/2-2
http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Manhattan-New-York-USA-Night
http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Statue-of-Liberty-New-York-USA

PAGODE SHWEDAGON - MYANMAR:
http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Shwedagon-Pagoda-Myanmar
http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Balloon-Bagan-Myanmar

PONTE GOLDEN GATE SAN FRANCISCO - USA:
http://www.airpano.com/files/San-Francisco-Golden-Gate-USA/2-2
http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=San-Francisco-California-USA

ESTÁTUAS MOAI ILHA DE PÁSCOA - CHILE:
http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Easter-Island

SAN PETERSBURGO -RÚSSIA:
http://www.airpano.com/files/Saint-Petersburg-Virtual-Tour/2-2

MOSCOVO KREMLIM - RÚSSIA:
http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Moscow-Kremlin-Virtual-Tour
http://www.airpano.com/360Degree-VideoTour.php?3D=video_360_heli_krokus_city

BAHÍA HALONG VIETNAM:
http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Halong-Bay-Vietnam

SALTO DEL ANGEL CANAIMA - VENEZUELA:
http://www.airpano.com/files/Angel-Waterfall-Venezuela/2-2
http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Angel

LOS 12 APÓSTOLES - AUSTRÁLIA:
http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=the-twelve-apostles-australia

CATARATAS VICTORIA FRONTERA ZAMBIA - ZIMBABWE
http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Victoria-Falls-Zambia-Zimbabwe

HONG KONG:
http://www.airpano.com/files/Honkong/2-2
http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Honkong

BANGKOK - TAILANDIA:
http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Bangkok

HIMALAYA - NEPAL:
http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Everest-Nepal

TORONTO E CATARATAS DO NIÁGARA - CANADÁ:
http://www.airpano.com/files/Toronto-Canada/2-2
http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Niagara-Falls

KOTOR - MONTENEGRO:
http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Montenegro-Virtual-Tour

ANGKOR E TA - CAMBOJA:
http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Angkor-Wat-Cambodia
http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Ta-Prohm-Cambodia

SYDNEY - AUSTRÁLIA:
http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Sydney-Australia

MACHU PICCHU - PERÚ:
http://www.airpano.com/files/Machu-Picchu-Peru/2-2
http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Machu-Picchu-Peru

CIDADE DO VATICANO:
http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Vatican

quinta-feira, 4 de junho de 2020

“O TRAUMA DA MORADA”

Por Miguel Esteves Cardoso

"Um dos grandes problemas da nossa sociedade é o trauma da morada. Por exemplo, há uns anos, um grande amigo meu, que morava em Sete Rios, comprou um andar em Carnaxide.

Fica pertíssimo de Lisboa, é agradável, tem árvores e cafés. Só tinha um problema. Era em Carnaxide.

Nunca mais ninguém o viu.

Para quem vive em Lisboa, tinha emigrado para a Mauritânia!

Acontece o mesmo com todos os sítios acabados em -ide, como Carnide e Moscavide. Rimam com Tide e com Pide e as pessoas não lhes ligam pevide.

Um palácio com sessenta quartos em Carnide é sempre mais traumático do que umas águas-furtadas em Cascais. É a injustiça do endereço.

Está-se numa festa e as pessoas perguntam, por boa educação ou por curiosidade, onde é que vivemos. O tamanho e a arquitectura da casa não interessam. Mas morre imediatamente quem disser que mora em Massamá, Brandoa, Cumeada, Agualva-Cacém, Abuxarda, Alfornelos, Murtosa, Angeja… ou em qualquer outro sítio que soe à toponímia de Angola.

Para não falar na Cova da Piedade, na Coina, no Fogueteiro e na Cruz de Pau. (…)

Ao ler os nomes de alguns sítios – Penedo, Magoito, Porrais, Venda das Raparigas, compreende-se porque é que Portugal não está preparado para estar na Europa.

De facto, com sítios chamados Finca Joelhos (concelho de Avis) e Deixa o Resto (Santiago do Cacém), como é que a Europa nos vai considerar?

Compreende-se logo que o trauma de viver na Damaia ou na Reboleira não é nada comparado com certos nomes portugueses.

Imagine-se o impacte de dizer "Eu sou da Margalha" (Gavião) no meio de um jantar.

Veja-se a cena num chá dançante em que um rapaz pergunta delicadamente "E a menina de onde é?", e a menina diz: "Eu sou da Fonte da Rata" (Espinho).

Já para não falar em “Picha”, no concelho de Pedrógão Grande e de “Rata”, em Arruda dos Vinhos, Beja, Castelo de Paiva, Espinho, Maia, Melgaço, Montemor-o-Novo, Santarém, Santiago do Cacém e Tondela.

Temos, assim, em Portugal, uma “Picha” para 11 “Ratas”. O que vale é que mesmo ao lado da “Picha”, temos a “Venda da Gaita”...

E ainda existe “Colhões”, perto de Coimbra, E suponhamos que, para aliviar, o senhor prossiga, perguntando "E onde

mora, presentemente?", Só para ouvir dizer que a senhora habita na Herdade da Chouriça (Estremoz).

É terrível. O que não será o choque psicológico da criança que acorda, logo depois do parto, para verificar que acaba de nascer na localidade de Vergão Fundeiro, que fica no concelho de Proença-a-Nova, parece o nome de uma versão transmontana do “Garganta Funda”.

Aliás, que se pode dizer de um país que conta não com uma Vergadela (em Braga), mas com duas, contando com a Vergadela de Santo Tirso?

Será ou não exagerado relatar a existência, no concelho de Arouca, de uma Vergadelas?

É evidente, na nossa cultura, que existe o trauma da "terra".

Ninguém é do Porto ou de Lisboa.

Toda a gente é de outra terra qualquer. Geralmente, como veremos, a nossa terra tem um nome profundamente embaraçante, daqueles que fazem apetecer mentir.

Qualquer bilhete de identidade fica comprometido pela indicação de naturalidade que reze Fonte do Bebe e Vai-te (Oliveira do Bairro).

É absolutamente impossível explicar este acidente da natureza a amigos estrangeiros ("I am from the Fountain of Drink and Go Away...").

Apresente-se no aeroporto com o cartão de desembarque a denunciá-lo como sendo originário de Filha Boa.

Verá que não é bem atendido. Não há limites. Há até um lugar chamado Cabrão, no concelho de Ponte de Lima !!!

Urge proceder à renomeação de todos estes apeadeiros.

Há que dar-lhes nomes civilizados e europeus, ou então parecidos com os nomes dos restaurantes giraços, tipo : Não Sei, A Mousse é Caseira, Vai Mais um Rissol. (...)

Também deve ser difícil arranjar outro país onde se possa fazer um percurso que vá da Fome Aguda à Carne Assada (Sintra) passando pelo Corte Pão e Água (Mértola), sem passar por Poriço (Vila Verde), e acabando a comprar rebuçados em Bombom do Bogadouro (Amarante), depois de ter parado para fazer um chichi em Alçaperna (Lousã).

terça-feira, 2 de junho de 2020

Cultivar plantas sem água

3 de Março de 2016 / Lucas Laursen

Como os humanos podem sobreviver se o mundo fica mais seco? Aqui está a resposta de um cientista... as chamadas culturas de "ressurreição".

Desde que a humanidade começou a cultivar nossa própria comida, enfrentamos um inimigo imprevisível: a chuva. Ele vem e vai sem muito aviso, e um campo de folhas verdes exuberantes um ano pode estacar, secar e explodir no próximo. A segurança alimentar e as fortunas dependem da chuva, e em nenhum lugar mais do que na África, onde 96% das terras agrícolas dependem da chuva em vez da irrigação comum em lugares mais desenvolvidos. Tem consequências: a seca contínua da África do Sul - a pior em três décadas - custará pelo menos um quarto de sua safra de milho este ano.

A bióloga Jill Farrant (TED Talk: Como podemos fazer as culturas sobreviverem sem água) da Universidade da Cidade do Cabo, na África do Sul, diz que a natureza tem muitas respostas para as pessoas que querem cultivar culturas em locais com chuvas imprevisíveis. Ela está trabalhando duro para encontrar uma maneira de pegar características de plantas silvestres raras que se adaptam à dessecação extrema e as usam em culturas alimentares. À medida que o clima da Terra muda e as chuvas se tornam ainda menos previsíveis em alguns lugares, essas respostas se tornarão ainda mais valiosas. "O tipo de agricultura que estou buscando é literalmente para que as pessoas possam sobreviver, pois vai ficar cada vez mais seco", diz Farrant.

Condições extremas produzem plantas extremamente difíceis. Nos desertos vermelhos enferrujados da África do Sul, montes rochosos íngremes chamados inselbergs levantam-se das planícies como os ossos da Terra. As colinas são remanescentes de uma era geológica anterior, raspadas da maioria do solo e expostas aos elementos. No entanto, nestas e formações similares em desertos ao redor do mundo, algumas plantas ferozes se adaptaram para suportar sob condições em constante mudança.

https://tedideas.files.wordpress.com/2016/02/jf_clip.gif?w=396

Farrant as chama de plantas de ressurreição. Durante meses sem água sob um sol severo, eles murcham e contraem até parecerem uma pilha de folhagens cinzas mortas. Mas as chuvas podem reanimá-los em questão de horas. Seus vídeos de lapso de tempo dos reavivamentos parecem alguém tocando uma fita da morte da planta ao contrário.

A grande diferença entre a flora "tolerante à seca" e essas plantas resistentes: o metabolismo. Muitos tipos diferentes de plantas desenvolveram táticas para resistir a períodos secos. Algumas plantas armazenam reservas de água para vê-las através de uma seca; outros enviam raízes profundas para suprimentos de água subsuperficial. Mas uma vez que essas plantas usam sua reserva armazenada ou aproveitam o suprimento subterrâneo, elas param de crescer e começam a morrer. Eles podem ser capazes de lidar com uma seca de algum comprimento, e muitas pessoas usam o termo "tolerante à seca" para descrever tais plantas, mas eles nunca param de precisar consumir água, então Farrant prefere chamá-las de resistentes à seca.

As plantas de ressurreição, definidas como aquelas capazes de se recuperar de manter menos de 0,1 gramas de água por grama de massa seca, são diferentes. Eles não têm estruturas de armazenamento de água, e seu nicho em rostos rochosos os impede de tocar águas subterrâneas, então eles desenvolveram a capacidade de mudar seu metabolismo. Quando detectam um período seco prolongado, desviam seus metabolismos, produzindo açúcares e certas proteínas associadas ao estresse e outros materiais em seus tecidos. À medida que a planta seca, esses recursos assumem primeiro as propriedades de um mel, depois de borracha, e finalmente entram em um estado semelhante ao vidro que é "o estado mais estável que a planta pode manter", diz Farrant. Isso retarda o metabolismo da planta e protege seus tecidos dessecados. As plantas também mudam de forma, murchando para minimizar a área superficial através da qual sua água restante pode evaporar. Eles podem se recuperar de meses e anos sem água, dependendo da espécie.

O que mais pode fazer esse truque de secar e reviver? Sementes - quase todas elas. No início de sua carreira, Farrant estudou "sementes recalcitrantes", como abacates, café e lichia. Embora saborosas, essas sementes são delicadas — elas não podem germinar se secarem (como você deve saber se você já tentou cultivar uma árvore a partir de um poço de abacate). No mundo das sementes, isso as torna raras, porque a maioria das sementes de plantas em floração são bastante robustas. A maioria das sementes pode esperar as estações secas e pouco acolhedoras até que as condições estejam certas e comecem a crescer. No entanto, uma vez que eles começam a crescer, tais plantas parecem não reter a capacidade de apertar o botão de pausa no metabolismo em suas hastes ou folhas. Depois de concluir seu Doutorado em sementes, Farrant começou a investigar se seria possível isolar as propriedades que tornam a maioria das sementes tão resistentes e transferi-las para outros tecidos vegetais. O que Farrant e outros descobriram nas últimas duas décadas é que há muitos genes envolvidos na resposta das plantas da ressurreição à dessecação. Muitos deles são os mesmos que regulam como as sementes se tornam tolerantes à dessecação enquanto ainda anexam sua planta-mãe. Agora eles estão tentando descobrir quais processos de sinalização molecular ativam esses genes de construção de sementes em plantas de ressurreição - e como replicá-los nas culturas. "A maioria dos genes são regulados por um conjunto mestre de genes", diz Farrant. "Estamos olhando para os promotores de genes e qual seria o seu interruptor mestre."

Agora, para adicionar esses genes resistentes a culturas úteis. Uma vez que Farrant e seus colegas sentem que têm uma melhor noção de quais interruptores jogar, eles terão que encontrar a melhor maneira de fazê-lo em culturas úteis. "Estou tentando três métodos de reprodução", diz Farrant: convencional, modificação genética e edição de genes. Ela diz estar ciente de que muitas pessoas não querem comer culturas geneticamente modificadas, mas ela está avançando com todas as ferramentas disponíveis até que uma funcione. Tanto os agricultores quanto os consumidores podem escolher se usam ou não qualquer versão que prevaleça: "Estou dando às pessoas uma opção". Farrant e outros no negócio da ressurreição se reuniram no ano passado para discutir as melhores espécies de plantas de ressurreição para usar como modelo de laboratório. Assim como pesquisadores médicos usam ratos para testar ideias para tratamentos médicos humanos, botânicos usam plantas relativamente fáceis de crescer em um laboratório ou ambiente de estufa para testar suas ideias para espécies relacionadas. Boea hygrometrica, também conhecida como a violeta rochosa de Queensland, é uma das plantas de ressurreição mais bem estudadas até agora, com um genoma de rascunho publicado no ano passado por uma equipe chinesa. Também no ano passado, Farrant e colegas publicaram um estudo molecular detalhado de outra candidata, Xerophyta viscosa, uma planta sul-africana durona com flores semelhantes a lírios, e ela diz que um genoma está a caminho. Um ou ambos os modelos ajudarão os pesquisadores de dessecação a testar suas ideias — até agora feitas principalmente em laboratório — em gráficos de teste.

Entender a ciência básica primeiro é fundamental. Há boas razões pelas quais as plantas agrícolas já não usam defesas de proficação. Por exemplo, há um alto custo de energia na mudança de um metabolismo regular para um metabolismo quase sem água. Também será necessário entender que tipo de rendimento os agricultores podem esperar e estabelecer a segurança da planta. "O rendimento nunca será alto", diz Farrant, então essas plantas não serão direcionadas aos agricultores de Iowa que tentam tirar mais dinheiro de campos já exuberantes, mas agricultores de subsistência que precisam de ajuda para sobreviver a uma seca como a atual na África do Sul. "Minha visão é para o agricultor de subsistência", diz Farrant. "Estou mirando culturas de valor africano."

SOBRE O AUTOR

Lucas Laursen é um jornalista que aborda como as pessoas usam a ciência, os mercados e a serendipity para testar novas ideias. Escreveu para a Scientific American, IEEE Spectrum, e produziu rádio para Deutsche Welle (em inglês) e NPR's Here and Now.

G7, adiado ou renovado.

O Presidente norte-americano adiantou que tinha “a sensação de que o G7 não representa correctamente o que está a acontecer no mundo” e que acredita que o actual formato (Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e Estados Unidos) já está “ultrapassado”.

Trump disse ainda que gostaria de convidar a Rússia, a Coreia do Sul, a Austrália e a Índia a juntarem-se a uma cimeira alargada no Outono.

A Rússia foi excluída do que era o G8 em 2014, após a anexação da Crimeia ucraniana, considerada “ilegal” pelo Ocidente, mas Trump disse, em várias ocasiões, que apoia a reintegração da Rússia.

Como seria a Revolução Russa nas redes sociais.

A história é escrita pelos vencedores, como diz o ditado, mas como seria se fosse escrito por todos? O jornalista e colega do TED Mikhail Zygar está numa missão para nos mostrar o Projeto1917, uma "rede social para pessoas mortas" que posta os diários reais e cartas de mais de 3.000 pessoas que viveram durante a Revolução Russa. Ao mostrar os pensamentos diários de gente como Lénin, Trotsky e muitas figuras menos célebres, o projeto lança uma nova luz sobre a história como antes era - e como poderia ter sido. Saiba mais sobre essa releitura digital do passado, bem como o mais recente projeto da Zygar sobre o ano transformador de 1968.

Esta palestra foi apresentada numa conferência oficial ted, e foi apresentada por seus editores na página inicial.

https://www.ted.com/talks/mikhail_zygar_what_the_russian_revolution_would_have_looked_like_on_social_media

Quem é Mikhail Zygar?

É o fundador do Future History, o estúdio digital criativo por trás do Project1917 e 1968.digital.

Mikhail Zygar é um jornalista, escritor, cineasta e editor-chefe fundador do canal de notícias independente russo Dozhd (2010 - 2015). Antes de Dozhd, Zygar trabalhou para a Newsweek Rússia e o diário de negócios Kommersant,onde cobriu os conflitos na Palestina, Líbano, Iraque, Sérvia e Kosovo. Seu best-seller All the Kremlin's Men é baseado em uma série sem precedentes de entrevistas com o círculo íntimo de Vladimir Putin, apresentando uma visão radicalmente diferente do poder e da política na Rússia. Seu recente livro The Empire Must Die foi lançado em russo e inglês em 2017. Retrata os anos que antecederam a revolução russa e o drama vívido da breve e exótica experiência da Rússia com a sociedade civil antes de ser varrida pela Revolução Comunista.

segunda-feira, 1 de junho de 2020

Construindo juntos o novo jornalismo europeu

por Catherine, Gian-Paolo, Paul e Equipe Voxeurop

Apoie uma aventura editorial única através de fronteiras e idiomas.


Sobre Voxeurop

Jornalismo para todos os europeus

Informe em escala europeia, dissemine análises e ideias além das fronteiras físicas e linguísticas, construa juntos um espaço público europeu – esta é a aventura do povo que estamos convidando vocês!

Desde 2014, a Voxeurop é liderada por uma equipe editorial profundamente comprometida com a Europa e seus valores de abertura e progresso. Nosso objectivo principal é fornecer informações confiáveis, independentes e de alta qualidade sobre os desafios enfrentados pelo nosso continente e que nos dizem respeito a todos.

A democracia europeia precisa de média independente. Voxeurop precisa de você.

A ascensão do populismo e da extrema direita, tendências nacionalistas e xenófobas, que são encorajadas e exacerbadas pela desinformação, ameaçam o tecido social de nossas democracias.

Com o apoio de nossos membros – com seu apoio – queremos decifrar os grandes desafios de nosso tempo: crise climática e protecção ambiental, igualdade e justiça social, democracia e liberdades individuais. Estamos comprometidos em promover uma melhor compreensão da Europa e de uma maior harmonia entre os europeus, bem como identificar possíveis soluções para grandes desafios.

Queremos conseguir isso com análises fornecidas por verdadeiros especialistas e jovens talentos, com a clareza do jornalismo informativo,com o rigor da reportagem investigativa,com artigos que dão voz à sociedade civil, bem como com humor e o imediatismo das ilustrações editoriais. Para conseguir tudo isso, nos esforçamos para superar barreiras linguísticas através da tradução em dez línguas europeias.

Tornar-se membro agora significa:

Apoiar um jornalismo pan-europeu independente e de alta qualidade, livremente acessível a todos,

Unindo uma comunidade verdadeiramente europeia de leitores, jornalistas, tradutores, média e organizações da sociedade civil de todo o continente,

Participando da aventura da primeira cooperativa de média europeia e contribuindo para o surgimento de um espaço público comum que é indispensável para a Europa.

Nossas adesões

Cidadão

· Apoie uma aventura editorial única

· Livre-se de anúncios (finalmente)

· Receba acesso avançado para ler nossos melhores artigos

Apoiante

·  Benefícios para o cidadão e:

· Participe do processo editorial oferecendo contas em primeira mão ou votando por temas de interesse

· Participe de nossas entrevistas com figuras europeias

Embaixador

·  Benefícios para o torcedor e:

· Receba convites para eventos organizados pela Voxeurop e seus parceiros

· Seja publicado no Voxeurop e seja traduzido para o seu idioma de escolha*

*Contribua para o debate publicando suas ideias e análises sobre voxeurop e faça sua voz ser ouvida através das fronteiras: vamos editar e traduzir sua contribuição em pelo menos uma língua de sua escolha entre as publicadas pela Voxeurop. Eles devem estar de acordo com a linha editorial descrita em nosso Manifesto. Publique até duas contribuições de 4.000 caracteres/660 palavras (espaços incluídos) por ano.

https://steadyhq.com/en/voxeurop

quarta-feira, 27 de maio de 2020

Musica italiana.

Musica de sempre, na versão para o Brasil


http://italiasempre.com/

5 pratos soviéticos com milho enlatado perfeitos para a quarentena

MARIA AFÓNINA

Até o final da década de 1950, a União Soviética mal conhecia o milho. Mas a situação mudou drasticamente após Nikita Khruschov visitar uma fazenda de milho nos EUA em 1959 e conhecer o fazendeiro Roswell Garst.

Depois disso, o milho foi parar em todas as mesas da União Soviética, mesmo no norte do país. Sucrilhos, pão de milho, palitos de milho, espigas de milho cozidas e milho enlatado passaram a fazer parte do cardápio dos cidadãos soviéticos.

Quando Khruschov foi afastado do poder por seus ímpetos reformistas, a "propaganda do milho" foi reduzida, mas o produto permaneceu parte da dieta nacional. Veja algumas das receitas soviéticas mais famosas com milho enlatado:

1. Milho enlatado com maçãs e grenki (croutons)

O famoso “Livro das Comidas Saborosas e Saudáveis”, publicado na União Soviética em 1952, continha apenas três receitas com o milho enlatado. A melhor era para a seguinte:


Modo de preparo: Frite levemente uma cebola picada em óleo vegetal, adicione milho (1 lata), purê de tomate (2 colheres de sopa), sal e açúcar. Misture tudo e cozinhe por cinco minutos. Enquanto isso, lave e corte algumas maçãs, tire as sementes e asse as maçãs no forno. Faça os “grenki” (croutons) de pão branco. Ao servir, coloque o milho no prato intercalado com o “grenki”. Acrescente as maçãs e polvilhe com ervas frescas.

2. Sopa de milho enlatado

Depois da propaganda ativa de Khruschov, surgiram muito mais pratos com milho na URSS, como a sopa de milho.


Modo de preparo: Passe o milho (1 lata) no moedor ou liquidificador, coloque em uma panela, acrescente 3 xícaras de água e deixe ferver. Separadamente, frite levemente a farinha (2 xícaras) em óleo vegetal (2 colheres de sopa), dilua com leite quente (3 xícaras), ferva, misture o milho e cozinhe por 15 a 20 minutos. Passe a sopa na peneira, aqueça, adicione sal e tempere com mais óleo vegetal (2 colheres de sopa). Sirva com “grenki” ou flocos de milho.

3. Bolinhos de milho

Esta receita era algo relativamente novo na União Soviética, mas combinava perfeitamente com a tradição culinária russa, com seu gosto por croquetes, bolinhos de legumes e panquecas de batata.


Modo de preparo: Coloque milho enlatado (120 g.) em uma panela, acrescente leite (50 ml.) e deixe ferver. Em seguida, adicione farinha de semolina (10 g.) e manteiga (25 g.) e cozinhe por 5 a 10 minutos. Em seguida, retire o milho do fogo e misture com 1 ovo, uma pitada de açúcar, sal e salsinha picada. Molde os bolinhos, passe na farinha de rosca e frite dos dois lados. Sirva com smetana (creme de leite azedo ou “sour cream”).

4. Zapekanka de batata com carne, cogumelos e milho

A zapekanka é um prato muito maleável quanto aos ingredientes e facil de fazer com sobras – algo muito útil nos tempos soviéticos. Ela goza de popularidade até hoje.


Modo de preparo: Pique em fatias finas 1 cebola e cogumelos brancos/champignon (100 g.) em uma frigideira grande e frite-os por 2 minutos. Quando a cebola ficar transparente, acrescente carne picada (700 g.) e misture bem. Adicione 2 cenouras cozidas, ervilhas enlatadas (100 g.), milho enlatado (100 g.) e molho de tomate (1 colher de sopa) à carne picada. Tempere com sal e pimenta, misture e deixe descansar por 3 minutos.

Cozinhe 10 batatas e bata no mixer com leite (100 ml), “smetana” (100 g.), manteiga (100 g.), sal e pimenta a gosto. Coloque metade do purê em uma forma untada com óleo e espalhe. Coloque a carne picada com legumes por cima e depois uma segunda camada de purê. Leve a forma ao forno por 30 minutos a 180 graus Celsius.

5. Salada de kani-kama

No final da era soviética, surgiram diversas saladas feitas com peixe enlatado, peixe “sprat” ou kani-kama. Elas levavam também ovos, pepinos e milho. A mais popular delas era a salada de kani-kama.


Modo de preparo: Ferva o arroz (100 g.) em água com um pouco de sal. Pique o kani-kama (200 g.) em pedaços pequenos e 1 pepino, fresco ou em conserva. Cozinhe 3 ovos, descasque e amasse com um garfo. Misture os kani-kama, pepino, ovos, arroz e 100 g. de milho. Tempere a salada com maionese, sal e pimenta.

https://br.rbth.com/receitas/83680-pratos-com-milho-enlatado


Autorizamos a reprodução de todos os nossos textos sob a condição de que se publique juntamente o link ativo para o original do Russia Beyond.

Anita Fica em Casa e Costa e Marcelo Vão à Praia

Com tantas praias, como terão descoberto o primeiro-ministro? Só se, agora que acabaram com o programa da Ana Leal, a TVI pôs os jornalistas de investigação à cata de líderes de governo no areal.

É a minha sugestão para título de um novo volume da colecção de histórias da pequena Anita, a famosa personagem dos livros infantis que vive mil aventuras. Agora que o calor chegou, não só a catraia é obrigada a permanecer em casa para evitar a Covid-19, como ainda tem de ver António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa a apanharem sol na praia. O que, por si só, merecia queixa à Protecção de Menores. Afinal, quantas vezes mais teremos de ser brindados com as panças e os seios do primeiro-ministro e do Presidente da República, em canal aberto, até a ERC tomar medidas? É que, neste momento, temo poder afirmar que os seios de Marcelo Rebelo de Sousa estarão, de entre todos os existentes na Terra, no Top 3 dos seios com os quais estou mais familiarizado. Já contando com os meus próprios seios.

Tudo isto escassos dias após Marcelo ter sido fotografado no supermercado, de calções. Ui, o êxtase que a acessibilidade e a descontracção do nosso Presidente da República provocaram por essa imprensa e redes sociais fora — de Portugal ao Brasil, passando por Espanha –, com comentários como “Ele é tão próximo, simples e educado que parece um político de outro planeta” e “Quando os políticos são pessoas e não personagens” a inundarem o Twitter. É de aquecer o coração. Mas nada que se compare com o que seria a minha notícia de sonho. Imaginem, publicada, por exemplo, num New York Times:

«Presidente português volta a chocar o mundo! Desta vez, o energúmeno líder lusitano apresentou-se num supermercado envergando apenas uma gabardine, que escancarou enquanto gritava: “Tumba! Quarto ano consecutivo com a economia a crescer acima dos 5%! Ora com licença Eslovénia, Estónia, Lituânia e Eslováquia, tá a sair da frente, seus p%?%&#%& da m*$^%, que já temos os primeiros 10 lugares da Zona Euro na mira!”»

Isto sim, seria bonito. Mas íamos lá nós votar em políticos com ideias para o futuro do país. Nós não ambicionamos um político competente. Queremos mesmo é um amigo. Portanto, não é de estranhar que os nossos políticos sejam uma referência internacional, sim, mas pela forma como ocupam o seu tempo livre. Nunca pela forma como ocupam o seu tempo de trabalho.

Tempo livre que António Costa aproveitou, então, para ir à Caparica. Onde foi surpreendido pela TVI, naquele que era suposto ser um momento privado com a esposa. Com tantas praias, como terão descoberto o primeiro-ministro? Só se, agora que acabaram com o programa da Ana Leal, a TVI pôs os jornalistas de investigação que trabalhavam com ela à cata de líderes de governo no areal. Ou então deram logo uso ao subsídio de mais de 3 milhões de euros concedido pelo estado, adquirindo uma frota de drones e uma chusma de repórteres só para escoltarem António Costa para todo o lado.

Certo é que ficou na memória aquela imagem de Costa, qual Adão no paraíso socialista, a mordiscar uma maçã ao sol. A única diferença é que a árvore da qual proveio a maçã do Adão bíblico era do conhecimento do bem e do mal. Ao passo que a árvore de onde veio a maçã de Costa, estando plantada no paraíso socialista, seria certamente de um familiar de algum dirigente do PS a quem o Ministério da Agricultura adjudicou, por ajuste directo, a exploração do pomar.

A verdade é que, depois de Isaac Newton e a sua maçã, este terá sido um daqueles raros momentos da história da humanidade em que um grande pensador e o fruto de uma macieira se cruzam, criando a oportunidade para uma grande revolução no saber. Reza a lenda que, ao ser atingido na cabeça por uma maçã, Newton mudou o mundo, deslindando a teoria da gravidade. Não fica tão claro que, só por Costa papar uma maçã, a gravidade das práticas do seu governo mudará no nosso país.

Tiago Dores

Observador

Entre dois terrorismos.

P. Vasco Pinto de Magalhães

Esta esquerda doente, que não tem os pés na terra nem a atenção nos mais frágeis, ergue a bandeira de um modernismo burguês, pseudo-intelectual, mas de cultura rápida e sem história nem dialética.

A Europa está entalada entre dois terrorismos. Está entre dois fogos, que parecem de sinal contrário mas que se excitam um ao outro. Ciclicamente, na história do Ocidente, esses ataques marcam tempos de crise sociocultural e política.

Que ataques são esses? Há um terrorismo que vem de fora e actualmente aparece sob a bandeira do “Estado Islâmico”. Surge como força ideológica (“religiosa”) violenta pretendendo dominar (e eliminar) uma europa que acusa de estar doente, vendida à democracia, sem valores, opressora e imoral, tradicionalmente seguidora de uma cultura religiosa adulterada, a cristã. O Ocidente é um mundo de infiéis – mas ricos! – que os puros, os verdadeiros islâmicos, não podem suportar, em nome da sua crença num islão original (radical e primitivo). Ameaças, ataques suicidas, destruição à bomba (até de outros muçulmanos que assim não pensem), são meios justificados pela sua “nobre” causa. A história ensina que um fanatismo cego, radical, fechado a qualquer diálogo, orgulhoso e ressentido, tem os dias contados; mas, entretanto vai seguindo, embriagado e iludido pelo sangue que vai deixando pelo caminho. Por outro lado, paradoxalmente, enquanto os próprios islâmicos críticos e lúcidos não forem capazes de se afirmar, este terrorismo vai vivendo, também, à custa do próprio Ocidente que, nas suas cegueiras economicistas, não desiste de lhes comprar o petróleo e, depois, lhes vender as armas.

Há um outro terrorismo que vem de dentro. É também uma doença social e cultural apoiada em políticas ditas “libertadoras”, que se assumem como radicais e modernas mas resvalam orgulhosamente para um fanatismo cego, pronto, por todos os meios, a erradicar aquilo que pensam ser o grande mal do ocidente: a sua matriz cristã e a cultura e valores éticos personalistas, que vêem como inimigos de um admirável futuro: o das liberdades individuais sem restrição. O atraso e o inimigo a abater está consubstanciado na Igreja católica. A bandeira deste terrorismo não é a laicidade; é o laicismo anticlerical. E o seu paradigma de felicidade é uma justiça burguesa, consumista, ao sabor de um liberalismo “emotivista”, endeusando o indivíduo, que já não é homem e mulher, mas um género à escolha. Aliás, apresenta-se como sendo uma ideologia de esquerda, quando, dos ideais sociais da Esquerda, quase nada tem.

Este terrorismo também mata e é guerrilheiro, sobretudo quando conquista algum poder. Assim foi acontecendo nos vários países europeus, submetidos ao terror nas épocas em que esses movimentos chegaram ao poder. É uma realidade actual na Europa. Em Portugal também. E não precisamos de ir mais longe para aprender e apreender o que representam esses fanatismos, bastando trazer à memória Joaquim António de Aguiar (o Mata Frades), presidente do Conselho de Ministros, com a sua Lei de extinção das ordens religiosas em 1834; e, numa segunda onda, com a revolução republicana de 1910, onde a carbonária, apoiada na franco-maçonaria, levou ao poder Afonso Costa (o grande paladino da luta anticlerical), que prometia erradicar o catolicismo de Portugal em duas gerações.

Hoje a situação é bastante semelhante no seguidismo do laicismo francês. Não afirma a nossa “esquerda burguesa” que é preciso “descristianizar” a nossa cultura e erradicar das consciências “a culpa católica”? Em nome da liberdade e do progresso, claro! A história ensina o suficiente: em nome da “Liberté” os génios da Revolução Francesa chegaram até ao genocídio de Vendeia, por exemplo, a pequena região católica que se lhes opunha. “Gloriosamente” assassinaram algumas centenas de milhares de pessoas: “Vendeia morreu sob os sabres da nossa liberdade!”. Foi em 1793. Mas de novo, em 1902, o governo de Émile Combes, apoiando os ideais radicais do Bloco das Esquerdas (onde terão ido os nossos bloquistas buscar o nome?) e com o auxílio da Loja maçónica do Grande Oriente de França, lança a grande ofensiva anti-católica: fecha 3.000 escolas, rompe as relações com Roma, expulsa os católicos dos cargos públicos, confisca os bens das ordens religiosas. Numa palavra, promove o Terror fraturante de tudo o que lhe parecesse cultura do passado e, “evidentemente” católica.

O laicismo francês, tal como o belga e o holandês, está de novo em alta e aparece como novo paradigma da modernidade a imitar. Começa por atacar nas questões éticas a fim de eliminar tudo o que possa ser resquício da moral cristã que “se opõe ao futuro” e que, em nome da “liberdade” e da “igualdade”, o individualismo e o pragmatismo tecnocrático não suportam. Primeiro é preciso erradicar os sinais sagrados, quer seja a cruz na sala de aula, quer seja aquela que se traz ao peito. Depois, vem a fúria da legalização das mais variadas fantasias sobre a vida humana desde a eutanásia às barrigas de aluguer. E apoiando-se em ideologias sem base na realidade e ignorando (e rejeitando) qualquer antropologia, pretende-se construir a sociedade moderna, livre e sem limites. O caso mais típico é o da chamada “ideologia de género” que haverá de impor, desde o início da escola, com actos e textos de verdadeiro terrorismo. Essa luta assumida como libertária, contra a cultura e a religião, serve-se de todos os meios, em especial das redes sociais e da publicidade, usando, sobretudo contra a religião, a humilhação e o sarcasmo, sob a bandeira do dogma Liberdade de expressão sem limites, tal como o fazia, exemplarmente, a Revista Charlie Hebdo.

Nem sempre nos damos logo conta de que o fracturante é facturante!

Por cá vai-se tentando seguir a cartilha. Faz impressão ver que o movimento ideológico do Bloco de Esquerda, nem se deu ao trabalho de branquear o nome. Assim é mais claro em que águas se move. Não é fácil encontrar nas suas figuras e pensamento os ideais sociais da esquerda. Mas a pressa em se lançar no terrorismo laicista é bem visível. Salta à vista a fúria de legalizar (sem escuta dos outros, com publicidade de mau gosto e fracturando culturalmente o povo) todas as liberdades, não como escolhas de bens respeitadores da consciência ética personalizante desse povo, mas como exaltação do orgulho individualista que se arroga o direito de fazer à vida o que lhe parecer e o que for mais rápido e eficaz, mesmo passando por cima do sereno debate sobre os valores humanos, considerados “pobres dogmas da consciência antiquada e clerical”. Assim se tenta impor (a votos de maiorias instaladas e sem discussão ponderada e generalizada) as barrigas de aluguer, a eutanásia, a igualdade dos pares homossexuais ao casal homem-mulher, etc.

Esta esquerda doente, que não tem os pés na terra nem a atenção nos mais frágeis, ergue a bandeira de um modernismo burguês, pseudo-intelectual, mas de cultura rápida e sem história nem dialética, afirmando-se como luz (ingénua) portadora de um mundo novo. Apresenta-se com algum fascínio nos vários países europeus cansados e tristemente desgastados pela corrupção, como uma alternativa pós moderna. Mas… sem base nem pensamento credível, arrebanha os desiludidos da vida. É o fogo-fátuo do “Podemos” espanhol, por exemplo, que ostenta nos seus programas acabar com tudo o que sejam manifestações religiosas. Em nome da “liberdade”, da “autonomia” e da “dignidade”, termos que entendem de modo infantil, dogmático e subjectivo. E assim oferecem o seu paraíso, o seu século das luzes: descartando tudo o que é velho, doente, deficiente, não rentável, tudo o que exige gastos “inúteis”, tudo o que, além disso, pode vir a pedir-nos responsabilidades.

Não deveria esta pequena burguesia olhar para a história, desenvolver algum pensamento crítico e tornar-se realmente “de esquerda”? “De esquerda” no sentido de: ocupada com o bem comum, com a justiça social e fraterna, integradora dos que estão nas margens da sociedade de consumo, promotora de uma educação realista, mais atenta aos frutos de humanização que aos resultados de cursos feitos à pressa, capaz de dar tempo a uma reflexão antropológica… Capaz de abrir os olhos para a realidade e para a história das culturas que mostram bem como só o amor (respeito pela verdade) é fonte de futuro, enquanto as ideologias (como a de género) são suicidas!

A mentira existencial em que estes radicalismos encalharam só se aguenta com a violência. E a violência, arma dos fracos e de quem não tem argumentos, instala-se à sombra do terrorismo. Estarão à espera que se lhes responda com uma violência igual que possa desculpar. Mas, como disse Gandhi: “com a lei do olho por olho ficamos todos cegos”. E a história já mostrou, repetidamente, que o ataque à verdade não compensa, pois acaba por a fazer vir ao de cima; e mais: a Igreja saiu sempre renovada e fortalecida de todas as perseguições.

musica italiana

Excelente!!!

Impressionante este site…É rápido e tem cantores e cantoras de quem nunca ouvimos falar. Som   stéreo, com traduções de todas as músicas para o português… Este é imperdível para todos os que viveram o apogeu da música italiana na sua adolescência. Melodias que não ouvimos na rádio há décadas e são espantosamente belas. Para os apreciadores, aqui ficam horas e horas de boa companhia musical e muitas recordações garantidas.
http://italiasempre.com/verpor/mp32.htm

segunda-feira, 25 de maio de 2020

Associação Portuguesa de Crianças Desaparecidas.

Associação meritória, que se deve apoiar, pois presta vários serviços á comunidade.

Tem na sua página documentos, que se podem baixar, muito  interessantes de apoio aos pais, como prevenção para o desaparecimento dos filhos.

Da sua página:

Aconselhamento

1 – Em caso de desaparecimento: Não espere para participar o desaparecimento. É errada a informação de que tem que esperar 48 horas para fazer a participação.

A comunicação do desaparecimento às autoridades deve ser feita imediatamente após se terem frustrado as tentativas de localização baseadas nas rotinas pessoais, quer de locais frequentados, quer de horários habituais.

2 – Uma relação próxima com os seus filhos é importante e, falar com eles sobre os perigos de uma má utilização da internet, também.

Para ensinar às Crianças

Nome, número de telefone e morada;

Saber usar o telefone;

Quem podem visitar quando você não está ( Ex: vizinhos, casa dos avós, primos);

Onde podem ir na vizinhança;

Não abrir a porta a ninguém, salvo se os pais lhe disserem para o fazer num determinado momento;

Não dizer a ninguém que estão sozinhos em casa;

Ensinar o que fazer numa emergência, como contactá-lo a si, a vizinhos ou familiares ( telefone do trabalho e telemóvel);

Ensinar a detectar uma situação de perigo: a) Sempre que se sintam ameaçados ou receosos com a presença de alguém ensine-os a dizer NÃO e a gritarem algo como “ Socorro, este não é o meu pai”; b) A fugirem de imediato da situação; c) A denunciarem-lhe imediatamente o ocorrido.

Ensinar que não podem aproximar-se de veículos ocupados ou não, salvo acompanhados pelos pais ou por outros adultos de confiança.

Ensinar a criança a não se aproximar de piscinas, rios, lagos ou poços sem que esteja acompanhada por um adulto de confiança;

Assegure-se de impor regras para os seus filhos brincarem na rua. Não os deixe sem vigilância. Se por exemplo brincam no quintal, tenha a janela aberta para os ouvir e feche o portão á chave.2


Downloads

Guia de Pais e EducadoresDescarregar

Conselhos Úteis em Férias para CriançasDescarregar

Conselhos Úteis em Férias para PaisDescarregar

https://apcd.pt/web/aconselhamento/

domingo, 24 de maio de 2020

Seis passos para recuperar os documentos extraviados.

1. Participe o desaparecimento Participe, numa esquadra da GNR ou da PSP, o desaparecimento da carteira e do seu conteúdo, sejam documentos de identificação ou dinheiro. Telefone para o banco ou para a SIBS (808 201 251 ou 217 918 780) e peça o cancelamento dos cartões de débito e crédito. Ao realizar a chamada, tenha presente o número do cartão extraviado, o NIB ou o número da conta à ordem referente ao cartão.

2. Pesquise online Nos dias seguintes, aceda ao portal do sistema integrado de informação sobre perdidos e achados da polícia em https://perdidoseachados.mai.gov.pt e faça uma busca para verificar se o bem perdido entrou no sistema.

3. Cancele os documentos perdidos Se ao fim de uma semana, não conseguir reaver os documentos, cancele-os, por exemplo, numa loja do cidadão. No caso do cartão de cidadão, tem um prazo máximo de 10 dias para o fazer; caso contrário, sujeita-se a uma coima de 100 a 500 euros. Se perdeu, por exemplo, o livrete ou licença de porte de arma ou o cartão de profissional de vigilância privada, comunique o desaparecimento à autoridade emissora ou reguladora.

4. Aceda ao portal do cliente bancário Utilize ainda o serviço online disponibilizado pelo Banco de Portugal para comunicar a perda dos seus documentos de identificação, como o cartão de cidadão, de contribuinte, o passaporte ou título de residência e os cartões bancários. Para isso, aceda ao Portal do Cliente Bancário (http://clientebancario.bportugal.pt), seleccione a opção "serviços ao público" e, dentro desta, "documentos de identificação pessoal" e siga as instruções.

5. Substitua os documentos Substitua os documentos perdidos. Tem um prazo de seis meses para o fazer.

6. Dirija-se ao balcão "Perdi a Carteira" Se reside na área da grande Lisboa, dirija-se ao Balcão "Perdi a Carteira", nas Lojas do Cidadão de Odivelas e das Laranjeiras. Funciona por agendamento prévio (portaldocidadao@ama.pt ou pelo 707 241 107) e permite fazer ou substituir, num único local, o cartão de cidadão, a carta de condução, o documento único automóvel, o cartão de pensionista, o cartão do Automóvel Club de Portugal e o cartão de beneficiário da ADSE. *

Notícia publicada a 12 de Junho de 2015 no suplemento Finanças Pessoais