sábado, 19 de dezembro de 2020

4 coisas para saber sobre o próximo projecto de lei climático da França.

Um grande projecto de lei climática é a chave para as esperanças de reeleição de Emmanuel Macron.

O presidente francês, Emmanuel Macron, precisa polir suas credenciais verdes e espera ganhar outro mandato em 2022.

É por isso que o seu governo está aprovando uma lei ambiental massiva delineando os esforços da França para contribuir com o objetivo UE da de reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 55% até 2030. O projeto deve ser apresentado no final de janeiro e passar pelo parlamento em março.

Mas o esforço está submetendo Macron e seu partido La République En Marche (LREM) ao fogo fulminante da esquerda e da direita.

Ver mais em : https://www.politico.eu/article/4-things-to-know-about-frances-future-climate-bill-macron-citizens-convention-yellow-jackets/

Covid–Suécia - 5

“Logo no início de Abril, recebemos orientações do governo regional e do Conselho de Saúde: não era suposto enviarmos os idosos para os hospitais se eles tivessem Covid-19, era suposto que tratássemos deles nos lares. Mas nos lares não há instalações com condições e não há oxigénio, por exemplo, que é vital nesta pandemia. Se não temos oxigénio nos lares, não podemos deixar lá as pessoas, porque elas vão sufocar até à morte"


Jon Tallinger suécia

AD Açores

"A AD de Sá Carneiro e a AD dos Açores não são comparáveis de forma nenhuma."


Aníbal Cavaco Silva

Covid–Suécia - 4

"Estamos a assistir a uma subida do número de casos nos lares outra vez, esperamos que estas novas medidas consigam refrear melhor a mortalidade do que na Primavera. Mas, por outro lado, este é um padrão que também vemos em muitos outros países — em Espanha, no Reino Unido —, as pessoas que vivem nos lares de idosos, infelizmente, são muito propensas a ser atingidas com muita força por esta pandemia e parece ser muito difícil mantê-las completamente a salvo”

Anders-Tegnell, epidemiologista-chefe da Agência de Saúde Pública Suécia

Semelhanças entre Sá Carneiro e André Ventura?

"Sá Carneiro era um social-democrata convicto. A resposta é esta e não precisa de mais nada."


Aníbal Cavaco Silva

Covid–Suécia - 3

“O que está a acontecer é uma grande discriminação dos idosos, porque toda a restante sociedade tem acesso aos hospitais e, uma vez lá, têm óptimos tratamentos — nos hospitais salvam-se vidas, não as de toda a gente, mas as pessoas recebem os cuidados adequados. Estas pessoas que vivem nos lares de idosos não têm nada. Pensamos que vivemos num país em que coisas como estas não acontecem, mas pelos vistos acontecem”


Thomas Andersson, consultor Suécia

sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

Covid–Suécia - 2

“Nunca me disseram, mas estavam a dar-lhe morfina. Na Suécia chamamos-lhes cuidados paliativos, quando deixam de tentar que as pessoas melhorem e passam a tentar que não sofram. O meu pai foi posto nos cuidados paliativos sem nunca o informarem, nem a ele nem a mim — foi uma decisão que o médico tomou sozinho, e isso é ilegal na Suécia”


Thomas Andersson, consultor Suécia

Covid–Suécia -1

“O que está a acontecer é uma grande discriminação dos idosos, porque toda a restante sociedade tem acesso aos hospitais e, uma vez lá, têm óptimos tratamentos — nos hospitais salvam-se vidas, não as de toda a gente, mas as pessoas recebem os cuidados adequados. Estas pessoas que vivem nos lares de idosos não têm nada. Pensamos que vivemos num país em que coisas como estas não acontecem, mas pelos vistos acontecem”

Thomas Andersson, consultor Suécia

Com estes amigos, a liberdade dispensa inimigos

Em 1980, Sá Carneiro percebeu que perante uma esquerda como a de Ana Gomes e de Marisa Matias, a direita, para governar, precisava de um governo, uma maioria e um presidente. Continua a precisar.

Ilegalizar o Chega? Recusar a posse a um governo assente numa maioria parlamentar de que faça parte o Chega? Do PS ao BE, estas ameaças parecem ser agora de bom tom. Fizeram-nas, pelo menos, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, e as candidatas presidenciais Ana Gomes e Marisa Matias. É um disparate? É, sem dúvida que é.

O Chega é um partido cujo programa e estatutos, como já agora todos deviam saber, não violam nenhum preceito da Constituição. Em nenhum lugar do programa, o Chega “perfilha a ideologia fascista” (motivo de proibição, segundo o artigo 46 da Constituição de 1976). O Chega também não é “uma associação armada nem de tipo militar, militarizada ou paramilitar” (mais um motivo de proibição, segundo o citado artigo), nem assume a violência como um dos meios de atingir os seus fins – o que, aliás, deveria ser o único critério de ilegalização de um partido ou organização política (ser uma associação armada ou de tipo militar com vista à prática de actos violentos). Logo, a ilegalização do Chega só poderia estar fundada na apreciação judicial das opiniões de alguns dos seus dirigentes e activistas. Lembremos que em 2017, já André Ventura fazia as declarações que tem feito como presidente do Chega. Lembremos ainda que Ventura era, então, candidato autárquico do PSD. Se o Chega tem de ser ilegalizado por causa das opiniões de Ventura, deveria o PSD também ter sido ilegalizado em 2017? Mas lembremos também ainda que, por causa dessas opiniões, Ventura chegou, em 2017, a ser chamado à polícia, que nada lhes notou de ilegal. Logo, a única razão que Medina, Gomes e Matias têm para ilegalizar o Chega é uma divergência de opinião. Mas se a divergência de opinião bastasse para ilegalizar um partido, então a política em Portugal passaria desde já para as secretarias dos tribunais, com todos os partidos a tentarem iniciar o processo de ilegalização uns dos outros.

Mas suponhamos que sim, que mesmo assim, Medina, Gomes e Matias conseguiam que uns quantos juízes amigos ilegalizassem o Chega. Como é que, depois dessa decisão do tribunal, se proporiam Medina, Gomes e Matias resolver o problema da ilegalização de um partido com um deputado e, segundo fontes do próprio partido, uns milhares de militantes? Que fariam se a direcção do Chega e os activistas do partido insistissem, como já prometeu André Ventura, em continuar a reunir-se, a dar entrevistas, a escrever artigos, a publicar nas redes sociais? Estariam Medina, Gomes e Matias dispostos a restabelecer a polícia política e a censura à comunicação social, de modo a parar e a calar o Ex-Chega? Segundo André Ventura, o Chega tem 20 000 militantes. Admitamos que pelo menos 5 000 são gente convicta e determinada. Estarão Medina, Gomes e Matias decididos a mandar prender 5 000 pessoas? Faria sentido uma democracia com 5000 presos políticos (o Estado Novo, quando caiu, em 1974, tinha 85 presos no Forte de Caxias e 43 no Forte de Peniche)? A verdade é esta: enquanto os cidadãos, por eles próprios, não decidirem esvaziar o Chega, deixando de votar ou de militar no partido, não há democracia em Portugal sem o Chega, porque qualquer outra maneira de eliminar o partido implicaria alguma forma de regime autoritário e policial. A este respeito, fazia bem a Medina, Gomes e Matias lerem um livro antigo, de Cornelius Castoriadis. Chama-se Devant la Guerre, e o seu primeiro volume (Les Réalités) foi publicado em 1981. Aí, Castoriadis examina as implicações da proibição de um partido como o Partido Comunista Francês. Sim, era um partido ao serviço da União Soviética, em que a democracia francesa, no caso de um confronto entre a França e a União Soviética, não poderia confiar, e cujas actividades lhe conviria restringir a bem da defesa nacional. Mas a conclusão de Castoriadis não permite ilusões: ao proibir o  PCF, o governo teria de prender, de vigiar e de restringir os direitos de tanta gente, que a França deixaria de ser uma democracia.

Um disparate, portanto, para encolher os ombros e não levar a sério? Não, de modo nenhum. A proibição do Chega não ocorreu a Medina, a Gomes e a Matias por acaso. Na tradição política em que se anicham, festeja-se com carinho o tempo em que os seus antecessores podiam exigir e conseguir a proibição de partidos. Porque não foi só no Estado Novo que houve partidos proibidos. Em Setembro de 1974, foram proibidos vários partidos políticos ditos de “direita”, como o Partido do Progresso, ou o Partido Liberal. Como era costume na época, foram acusados de organizarem um “golpe da reacção”.  Porquê? Porque participaram numa manifestação de apoio ao Presidente da República, o general Spínola, por sua vez suspeito do crime hediondo de querer honrar o compromisso do MFA de que haveria eleições livres em todos os territórios sob administração portuguesa (não houve).  Muitos dos seus dirigentes foram presos e mantidos na prisão meses a fio sem culpa formada, sem visitas e sem acesso a advogados.

Mas o que aconteceu então? O país ficou, finalmente, sem partidos de direita? Não, porque no momento em que o Partido do Progresso e o Partido Liberal foram proibidos, o PSD (então PPD) e o CDS, que então faziam todos os esforços para ser, respectivamente, um partido de centro-esquerda e um partido do centro, tornaram-se os partidos de direita. Não havendo outros, tiveram de ser eles. E passaram também imediatamente, apesar dos seus compromissos com a revolução, até pelas posições que ocupavam ou tinham ocupado no Governo Provisório ou no Conselho de Estado, a ser tratados pelas esquerdas como tinham sido os partidos antes proibidos, isto é, como agentes abomináveis do golpismo reaccionário. Nunca mais o PPD e o CDS, onde a esquerda tinha força, tiveram licença para fazer um comício ou, sequer, terem uma sede. A sede do CDS em Lisboa foi assaltada e incendiada duas vezes. O CDS nem conseguiu concluir o seu primeiro congresso no Porto, em Janeiro de 1975, sob as pedradas e os ataques dos Medinas, Gomes, Matias e demais anti-fascistas da época. Nunca valeu a pena ao CDS dizer que a direita tinha sido o Partido do Progresso e o Partido Liberal, já proibidos, e com os seus dirigentes presos. A revolução precisava de uma extrema-direita para perseguir, proibir e prender. Nunca uma verdadeira revolução esquerdista pôde dispensar a invenção constante de “contra-revolucionários” e “fascistas”: na União Soviética, Estaline acabou por os encontrar já entre os próprios camaradas que tinham feito a revolução de 1917 com ele.

Por isso, não haja ilusões: neste momento, uma hipotética ilegalização do Chega, que só se pode conceber, como em 1974, num ambiente de alarmismo revolucionário esquerdista, teria como único efeito fazer o CDS voltar a ser a “extrema-direita”, o partido do “fascismo”, como já várias vezes foi no passado, em 1975, com Freitas do Amaral, ou em 2002,  com Paulo Portas. É que os Medinas, as Gomes e as Matias não sabem viver sem fascistas: basta-lhes que haja quem não pense exactamente como eles.

Quanto a uma presidente Gomes ou Matias recusar dar posse a um governo apoiado na Assembleia da República por uma maioria de direita de que fizesse parte o Chega, como é o caso na Região Autónoma dos Açores, teria dois efeitos óbvios: o primeiro era a necessidade de a presidente Gomes ou Matias dissolver a Assembleia da República e convocar novas eleições, dispondo-se, no caso de a maioria ser renovada, a demitir-se, como Jorge Sampaio confessou que estava mentalmente preparado para fazer em 2005, no caso de se repetir a maioria PSD-CDS; o segundo efeito seria a direita, depois de ter percebido, em 2015, que para voltar a governar precisa de uma maioria absoluta no parlamento, perceber que também precisa de um Presidente da República. Mas já Sá Carneiro em 1980 compreendera que, perante uma esquerda do mesmo tipo da que hoje é representada por Fernando Medina, Ana Gomes e Marisa Matias, a direita, para governar, precisava de uma maioria, um governo e um presidente. Pelos vistos, continua a precisar.

Rui Ramos – Observador

Acordo de fundo de recuperação da UE pode fazer com que dinheiro flua no Verão.

Os negociadores fecham um acordo que inclui gastos verdes e digitais para combater a recessão do coronavírus.

Os países europeus poderão ver o primeiro dinheiro do fundo de recuperação de pandemia da UE neste Verão, sob um acordo político alcançado entre os legisladores na madrugada de sexta-feira.

Negociadores do Parlamento Europeu e do Conselho da UE chegaram a um acordo preliminar sobre o Mecanismo de Recuperação e Resiliência (RRF) de 672,5 bilhões de euros em um impulso final que começou na manhã de quinta-feira. Isso se seguiu a um frenesi de reuniões esta semana, incluindo uma noite inteira de terça à tarde até quarta-feira.

O fundo, criado para funcionar por seis anos entre 2021 e 2026, é o produto de um acordo sem precedentes entre os líderes da UE para tomar dinheiro emprestado colectivamente, para abastecer os gastos necessários para superar as cicatrizes económicas do surto do coronavírus. …

De Bjarke Smith-Meyer e Paola Tamma

Politico

O alho.

    Alimentos uteis, tais como o alho.

    O alho é uma parte de uma planta, o bulbo, que é muito utilizado na cozinha para temperar e condimentar os alimentos, mas que também pode ser usado como um medicamento natural para complementar o tratamento de vários problemas de saúde, como infecções por fungos ou pressão alta, por exemplo.

    Este alimento é rico em compostos sulfurados, em que o principal é a alicina, que proporciona o cheiro característico do alho, sendo um dos grandes responsáveis pelas suas propriedades funcionais. Além disso, o alho também é rico em vários minerais que nutrem o organismo, como potássio, cálcio e magnésio.

    Os principais benefícios do alho são:

    1. Combater vírus, fungos e bactérias

    O alho possui um composto sulfurado, conhecido como alicina, que confere lhe acção antimicrobiana, inibindo o crescimento e proliferação de bactérias, vírus e fungos. Aliás, ajuda até a eliminar as toxinas e bactérias patológicas que afectam a flora intestinal, sendo muito útil para completar o tratamento de infecções por vermes.

    2. Prevenir o câncer de cólon

    Graças à acção da alicina, da aliina e do alhoeno, que são compostos sulfurados, o alho também tem potente ação antioxidantes que previne a formação de radicais livres e protegem as células do organismo. Além disso, estes compostos também ajudam a estimular algumas enzimas que desintoxicam o organismo de agentes que causam o câncer de cólon.

    3. Proteger a saúde do coração

    O alho ajuda a reduzir os níveis de colesterol "ruim" LDL, e de triglicerídeos no sangue, pois inibe a sua oxidação, reduzindo assim o risco de aterosclerose que pode levar ao surgimento de várias doenças cardiovasculares.

    Além disso, o alho ajuda a regular a pressão arterial por possuir um ligeiro efeito anti-hipertensor, assim como a capacidade para melhorar a circulação do sangue, diminuindo a pressão sobre os vasos. Também evita a formação de coágulos por inibir a agregação plaquetária excessiva.

    4. Melhora doenças inflamatórias

    Os compostos sulfúricos do alho também têm ação anti-inflamatória, diminuindo a resposta do organismo a algumas doenças que causam inflamação crônica. Assim, o alho pode ser usado em algumas doenças inflamatórias, para diminuir a dor e regular a resposta dos sistema imune.

    5. Evitar doenças respiratórias

    O alho ajuda a estimular as funções respiratórias graças às suas propriedades expectorantes e antissépticas que facilitam a respiração. Por isso, o alho pode ser usado para tratar gripes, tosse, resfriados, ronco, asma, bronquite e outros problemas pulmonares.

    6. Manter o cérebro saudável

    Devido à ação antioxidante e anti-inflamatória proporcionada pela alicina e pelo enxofre, e devido ao seu teor em selênio e colina, o consumo frequente de alho ajuda a proteger as células do cérebro e a diminuir os danos causados ​​pelos radicais livres, que estão envolvidos no surgimento de doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e demência.

    Por isso, o alho é um alimento com um grande potencial para melhorar a memória e promover o aprendizado, melhorando a saúde do cérebro.

    Como usar o alho

    Para obter os seus benefícios, deve-se consumir 1 dente de alho fresco por dia. Uma dica para aumentar o seu poder benéfico é picar ou amassar o alho e deixá-lo descansando por 10 minutos antes de usar, pois isso aumenta a quantidade de alicina, a principal responsável pelas suas propriedades.

    O alho pode ser usado para temperar carnes, saladas, molhos e macarrão, por exemplo. Além disso, também se pode preparar chá de alho ou água de alho, que, quando consumidos frequentemente ajudam a diminuir o colesterol e a proteger o coração.

    Informação nutricional e como usar

    A tabela a seguir traz a composição nutricional em 100 g de alho:

    Quantidade em 100 g de alho fresco

    Energia: 113 kcal

    Proteína 7 g  Cálcio 14 mg

    Carboidratos  23,9 g  Potássio  535 mg

    Gordura 0,2 g  Fósforo  14 mg

    Fibras 4,3 g  Sódio  10 mg

    Vitamina C  17 mg  Ferro  0,8 mg

    Magnésio  21 mg   Alicina  225 mg

    Selênio 14,2 mcg   Colina  23,2 mg

    O alho pode ser usado para temperar carnes, massas, saladas e para fazer molhos e patês. Além disso, também pode-se utilizar o chá ou a água de alho para obter seus benefícios de diminuir o colesterol e proteger o coração. Veja como fazer aqui.

    Como comprar e como armazenar

    No momento da compra, deve-se preferir cabeças de alho redondas, sem manchas, cheias e bem formadas, com os dentes de alho unidos e firmes, evitando os que estejam soltos, moles e murchos.

    Além disso, para preservar o alho por mais tempo e evitar o mofo, ele deve ser armazenado em local fresco, seco e levemente arejado.

    Efeitos colaterais e contraindicações

    O consumo excessivo de alho pode causar problemas digestivos, cólicas, gases, vômitos, diarreia, cabeça, dor nos rins e tonturas.

    Além disso, o consumo de alho cru como remédio natural está contraindicado para recém nascidos, durante a cicatrização de cirurgias e em casos de pressão baixa, dor no estômago, hemorragias e uso de remédios para afinar o sangue.

    Opções de receita com alho

    1. Chá de alho

    O chá deve ser preparado com 1 dente de alho por cada 100 a 200 mL de água. Para isso, deve-se colocar o alho picado e amassado na água fervente e deixar repousar por 5 a 10 minutos. Depois retirar do fogo, coar e deixar esfriar.

    Para melhorar o sabor do chá pode ser adicionado à mistura gengibre ralado, umas gotas de limão ou 1 colher de sobremesa de mel, por exemplo.

    2. Água de alho

    Para preparar a água de alho, deve-se colocar 1 dente de alho esmagado em 100 mL de água e depois deixar repousar por toda a noite ou, pelo menos, por 8 horas. Esta água deve ser ingerida em jejum, para ajudar a limpar o intestino e reduzir o colesterol.

    3. Creme de alho para carnes

    Ingredientes

    • 1 copo americano de leite;

    • 3 dentes de alho;

    • 1 pitada de sal, de salsa e de orégano;

    • Azeite.

      • Modo de Preparo

        Bater no liquidificador o leite, o alho, o sal, a salsa e o orégano. Em seguida, adicionar o azeite aos poucos até encontrar o ponto de creme da receita. Pode-se usar esse creme para acompanhar carnes de churrasco ou para fazer pão de alho.

      Como a cidade de Nova York vacinou 6 milhões de pessoas em menos de um mês.

      Quando um único caso de varíola chegou a Manhattan em 1947, um grave surto foi possível. Um funcionário público decidido tomou uma decisão ousada.

      Por John Florio e Ouisie Shapiro

      • Dez 18, 2020

        No fim de semana da Páscoa de 1947, a cidade de Nova York zumbia com um ar de invencibilidade. As misérias da Segunda Guerra Mundial finalmente acabaram, e Nova York, como o resto do país, estava animada. O futuro prometia grandes coisas. A câmara Polaroid Land acabava de ser inventada. Aparelhos de TV de consumo apareciam nas salas de estar. O rádio transístor estava em andamento.

        O que o público não sabia era que a varíola, o flagelo das civilizações, improvavelmente ressurgira na cidade cinco semanas antes.

        Em 1º de Março, um empresário americano de 47 anos, Eugene Le Bar, chegou a Nova York após uma longa viagem de autocarro saindo da Cidade do México. Ele estava a caminho do Maine, mas estava se sentindo mal e se hospedou em um hotel em Midtown com sua esposa. Depois de passear, ele caiu na cama, exausto, com dor de cabeça e uma dor na nuca.

        Em 5 de Março, Le Bar estava no Hospital Bellevue com febre de 40 graus e uma erupção de aparência peculiar no rosto e nas mãos. Três dias depois, ele foi transferido para Willard Parker, o hospital de doenças transmissíveis da cidade. Seus médicos consideraram vários diagnósticos, nenhum definitivo. Porque ele tinha uma cicatriz de vacinação, eles descartaram a varíola. Em 10 de Março, o Sr. Le Bar estava morto.

        Logo, mais pacientes em Willard Parker começaram a exibir sintomas semelhantes aos de Le Bar: primeiro, um bebé de 22 meses do Bronx chamado Patrícia, depois um homem de 27 anos do Harlem, Ismael Acosta. Um bebé de 30 meses, John, o seguiu. Os médicos pensaram que eles estavam olhando para a varicela, mas ficaram confusos com as erupções cutâneas dos pacientes, que não se encaixavam no diagnóstico.

        Em 4 de Abril, os resultados chegaram do Laboratório da Escola de Medicina do Exército dos EUA, em Washington. Todos os três eram casos confirmados de varíola, que não eram vistos na cidade de Nova York desde antes da guerra. As autoridades de saúde começaram a conectar os pontos, e os pontos levaram de volta a Eugene Le Bar, paciente zero.

        O comissário de saúde da cidade, Israel Weinstein, havia assumido o cargo dez meses antes. Ele era uma criança no Lower East Side quando um surto de varíola deixou a cidade de joelhos no início dos anos 1900, matando 720 nova-iorquinos em um período de dois anos. Agora ele era médico e cientista; ele obteve um doutorado pela New York University, junto com um Ph.D. e um MD da Columbia.

        Então, quando ele recebeu os resultados do laboratório, ele sabia o que estava enfrentando.

        A varíola assolou a humanidade por milhares de anos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, ele ceifou a vida de 300 milhões de pessoas só no século 20.

        Para que a varíola se espalhe, basta uma tosse, um espirro ou um toque. Depois disso, é apenas uma questão de dias até que o vírus desencadeie febre, dores e náuseas. Uma erupção aparece no rosto e logo cobre o corpo, gerando pústulas cheias de líquido. Três em cada 10 casos são fatais. Os que sobrevivem ficam frequentemente com cicatrizes profundas, cegos ou ambos.

        A rota da infecção: um mapa da Life Magazine mostrando o trajeto da viagem de ônibus de Eugene Le Bar até Nova York.

        A rota da infecção: um mapa da Life Magazine mostrando o trajecto da viagem de ónibus de Eugene Le Bar até Nova York. Crédito … Revista Life

        “No panteão das doenças infecciosas, a varíola está entre as cinco primeiras”, disse o Dr. Charles DiMaggio, professor de cirurgia e saúde populacional da Escola de Medicina Grossman da NYU. “Foi horrível porque desfigurou as pessoas que não matou e matou indiscriminadamente.”

        Graças a uma vacina desenvolvida no final do século XVIII e aprimorada nas décadas seguintes, os surtos de varíola foram geralmente contidos.

        Recorte de artigo de jornal sobre o surto de varíola.

        Recorte de artigo de jornal sobre o surto de varíola.

        Em 1980, a Organização Mundial da Saúde declarou oficialmente a erradicação da varíola.

        “O programa de erradicação da varíola é absolutamente considerado uma das maiores conquistas da saúde pública global”, disse DiMaggio. “E nunca foi duplicado. Só a ideia de que uma doença foi erradicada - uma doença que devastou a humanidade por milénios - é notável. E a razão pela qual fomos capazes de fazer isso é por causa das vacinações. ”

        Em 1947, a maioria dos nova-iorquinos foi vacinada contra a varíola. Disseram que a inoculação os protegeria para o resto da vida - mas não havia garantia. Em alguns casos, a vacina não funcionou. Em outros, a imunidade acabou. O Sr. Le Bar era prova disso.

        A fabricação da vacina contra a varíola em 1947 nos Lederle Laboratories em Pearl River, NY

        A fabricação da vacina contra a varíola em 1947 nos Lederle Laboratories em Pearl River, NY. Crédito … Fritz Goro / The LIFE Picture Collection, via Getty Images

        O Dr. Weinstein teve que tomar algumas decisões difíceis.

        Os resultados do laboratório chegaram a ele na Sexta-feira Santa, 4 de Abril. Em dois dias, os nova-iorquinos estariam se reunindo para o Desfile de Páscoa anual da cidade. Se apenas um deles tivesse varíola, mesmo entre uma população vacinada, o surto resultante poderia ser devastador.

        “Imagine o Desfile de Páscoa e todas essas pessoas aglomeradas na Quinta Avenida”, disse o Dr. Howard Markel, director do Centro de História da Medicina da Universidade de Michigan. “Todos eles aplaudindo e gritando, e potencialmente tossindo e espirrando, e você tem varíola introduzida nessa imagem. Isso é um pesadelo de saúde pública. ”

        Dr. Weinstein não perdeu tempo. Sabendo que havia apenas uma maneira de lidar com o vírus - a vacinação - ele agiu. Às 2 horas daquele dia, ele deu uma entrevista colectiva, pedindo a todos os moradores da cidade que se vacinassem imediatamente, mesmo que tivessem sido vacinados quando crianças. As revacinações são necessárias, disse ele, caso as pessoas tenham perdido a imunidade.

        Não era isento de riscos. Não apenas o anúncio poderia causar histeria em massa, mas, em 1947, as vacinas não eram testadas como são hoje. A vacina disponível na época poderia desencadear efeitos colaterais raros, mas perigosos, especialmente em pessoas com sistema imunológico enfraquecido ou problemas de pele específicos.

        Segundo o Dr. David Oshinsky, professor de medicina da NYU Langone Health, o Dr. Weinstein actuou em linha com o conhecimento científico da época. Ele tomou a atitude certa, que foi vacinar o máximo de pessoas possível.

        Dr. Israel Weinstein, o comissário de saúde da cidade de Nova York, vacinou um membro de sua equipe, Doris Wendroff, em abril de 1947.

        Dr. Israel Weinstein, o comissário de saúde da cidade de Nova York, vacinou um membro de sua equipe, Doris Wendroff, em Abril de 1947. Crédito … Arthur Brower / The New York Times

        Dr. Markel concorda. “Weinstein estava fazendo seu trabalho o melhor que podia”, disse ele. “O risco de propagação da varíola e de causar doenças e morte era muito, muito maior do que o pequeno risco de contrair encefalite ou morrer devido à vacina. Então, não venho enterrar Weinstein, mas elogiá-lo. ”

        Em uma série de discursos diários de rádio, o Dr. Weinstein enfocou a transparência e uma mensagem consistente. A vacina, disse ele, era gratuita e não havia, em suas palavras, "absolutamente nenhuma desculpa para ninguém ficar desprotegido". Com voz calma e clara, promoveu o grito de guerra que apareceria em cartazes por toda a cidade: “Tenha certeza. Ser seguro. Vacine-se! ”

        “A primeira coisa que ele fez foi ser sincero com o público”, disse Oshinsky. “Ele disse a eles que a varíola havia chegado à cidade e que era possível que houvesse uma propagação - e que era uma doença extremamente transmissível e perigosa. E ele disse: 'Forneceremos frascos de vacina suficientes para proteger a cidade com eficácia' ”.

        Mas o estoque municipal não continha nem de longe o suficiente para vacinar todos os 7,8 milhões de residentes da cidade.

        Com a cooperação total do prefeito William O'Dwyer, o Dr. Weinstein garantiu 250.000 unidades de vacina do depósito de suprimentos médicos navais no Brooklyn. Ele transportou 780.000 doses de bases militares na Califórnia e no Missouri. Ele comprou mais dois milhões de fabricantes privados e depois pediu mais.

        Ele instruiu seu Bureau o Laboratories a converter seus suprimentos a granel em unidades de dose única e iniciou um programa de rastreamento para localizar e vacinar aqueles que haviam entrado em contacto com as vítimas.

        O lançamento da vacina foi incrivelmente rápido e descomplicado, e quase certamente não poderia acontecer hoje.

        “Em 1947, a cidade foi capaz de agir sozinha, ao invés de navegar por uma relação complicada com o governador de Nova York e o governo federal”, disse o Dr. Irwin Redlener, director da Pandemic Resource and Response Initiative no Earth Institute da Columbia University . “A cidade foi capaz de dizer, 'Nós vamos atrás disso', e então fazer acontecer.”

        No início, a resposta do público foi sem brilho. O domingo de Páscoa foi surpreendentemente quente e ensolarado - a temperatura atingiu o recorde de 79 graus - e mais de um milhão de nova-iorquinos compareceram ao desfile. Naquele fim de semana, apenas 527 pessoas solicitaram vacinas. Mas dias depois, quando surgiu a notícia de que a esposa de Ismael Acosta, Carmen, havia morrido de varíola e que mais três casos haviam sido descobertos, as pessoas mudaram de ideia - e, como aconteceu, o tempo também.

        Os nova-iorquinos logo ficavam parados por horas, geralmente sob chuva fria, do lado de fora de hospitais públicos e privados, clínicas e delegacias de polícia, esperando para receber as vacinas. Para eles, a vacinação não era novidade. Muitos serviram como soldados na Segunda Guerra Mundial; eles haviam sido vacinados contra uma série de vírus e viam as inoculações como algo natural. Além disso, o movimento anti vacinação de hoje não existia.

        O Dr. Oshinsky, que escreveu o livro vencedor do Prémio Pulitzer “Polio: Na American Story”, oferece ainda outro motivo. “Este foi o auge da poliomielite nos Estados Unidos”, disse ele. “As pessoas têm uma noção muito melhor do impacto das doenças infecciosas. Eles viam isso o tempo todo e, com razão, estavam com medo. Mas eles também estavam optimistas de que a ciência médica poderia vencer isso. Em 1947, havia uma fé tremenda na comunidade médica, ao contrário de hoje. ”

        As filas do Hospital Morrisania, no Bronx, em 14 de abril de 1947, representaram uma fração dos nova-iorquinos que responderam a um apelo municipal para serem vacinados contra a varíola.

        As filas do Hospital Morrisania, no Bronx, em 14 de Abril de 1947, representaram uma fracção dos nova-iorquinos que responderam a um apelo municipal para serem vacinados contra a varíola. Crédito … Bettmann, via Getty Images

        Nas escolas da cidade, 889.000 alunos foram vacinados, como os da Escola Paroquial St. Joan of Arc em Jackson Heights, Queens.

        Nas escolas da cidade, 889.000 alunos foram vacinados, como os da Escola Paroquial St. Joan o Arc em Jackson Heights, Queens. Crédito … Art Edger / NY Daily News Archive, via Getty Images

        Diante das câmaras de notícias, o Dr. Weinstein vacinou o prefeito O'Dwyer, que já havia sido vacinado quatro vezes no Exército. O presidente Harry S. Truman também entrou em acção. Sua visita a Nova York em 21 de Abril foi acompanhada por notícias de que ele também havia enrolado a manga.

        “No vernáculo de hoje, O'Dwyer e Truman eram influenciadores”, disse Lisa Sherman, presidente do Conselho de Anúncios, o grupo sem fins lucrativos que trabalha numa campanha para as vacinas Covid-19. “Eles podiam fornecer informações importantes que as pessoas queriam ouvir. Eles eram mensageiros de confiança. ”

        A resposta foi tão grande que a cidade recrutou milhares de voluntários civis para ajudar a entregar as vacinas. Armados com frascos de vacina, os voluntários, junto com profissionais de saúde, administraram até oito doses por minuto. Percorrendo todas as escolas da cidade, eles inocularam 889.000 alunos. Nas primeiras duas semanas, cinco milhões de nova-iorquinos foram vacinados contra a varíola.

        Em meados de Abril, o estoque da cidade estava quase esgotado. O prefeito O'Dwyer convocou uma reunião de emergência de representantes das empresas farmacêuticas, quase os ameaçando com desprezo público se não acelerassem a entrega. Em 48 horas, mais um milhão de doses chegaram.

        No início de Maio, 10 semanas depois de Eugene Le Bar descer de um autocarro em Manhattan, o Dr. Weinstein anunciou que o perigo havia passado.

        Mais tarde naquele ano, ele resumiu o caso no The American Journal o Public Health. “Em um período de menos de um mês, 6.350.000 pessoas foram vacinadas na cidade de Nova York ”, escreveu ele. “Nunca antes tantas pessoas foram vacinadas numa cidade como essa e em tão pouco tempo.”

        A contagem final foi de 12 infecções e duas mortes.

        “O que o Dr. Weinstein fez em 1947 é algo que ainda estamos estudando e referindo-nos”, disse Markel. “O fato de eles desenvolverem a logística - a entrega da vacina, os grandes espaços públicos onde as pessoas poderiam fazer fila para receber as vacinas, a mão de obra na forma de enfermeiras e médicos que dariam a vacina - é incrível. Weinstein deve ser creditado. ”

        Nas primeiras duas semanas do surto de 1947, cinco milhões de nova-iorquinos foram vacinados contra a varíola.

        Nas primeiras duas semanas do surto de 1947, cinco milhões de nova-iorquinos foram vacinados contra a varíola. Crédito … Colecção Everett

        “Isso se destaca como uma conquista notável em qualquer medida”, disse DiMaggio. “Foi um triunfo da saúde pública.”

        O Dr. Weinstein renunciou ao cargo em Novembro de 1947, sete meses após o surto de varíola. Ele deixou para trás um plano para conter uma doença infecciosa numa cidade grande e densa.

        Mas desta vez, com a pandemia do coronavírus, Nova York enfrenta um obstáculo logístico. Especialistas em doenças infecciosas apontam para um esvaziamento da infra-estrutura de saúde pública - não apenas na cidade, mas em todo o país. No entanto, eles acreditam que o maior obstáculo não é a distribuição, mas a desconfiança do público em relação ao governo, à ciência e à média.

        “Estamos saindo de um acidente de trem de mensagens”, disse Redlener. “Aprendemos que a política é um veneno para uma iniciativa de saúde pública, especialmente durante uma crise. Honestidade e mensagens claras e directas são absolutamente essenciais. ”

        Em 1947, o Dr. Weinstein era a única voz com um megafone. Ele falava e as pessoas ouviam.

        “Naquela época, havia um cenário de média muito mais simples”, disse Sherman ao apresentar a campanha do Conselho de Publicidade, que deve começar no início do próximo ano. “No ambiente de hoje, estamos lidando com uma média altamente fragmentada. Estaremos contando com microinfluenciadores que são as vozes confiáveis. ”

        Portanto, quando a distribuição da vacina Covid-19 na cidade de Nova York começou na semana passada, uma grande questão permanece: a cidade pode chegar perto do que realizou há 73 anos?

        Dr. Redlener, que actua como conselheiro do prefeito Bill de Blasio em resposta a emergências, disse acreditar que Nova York enfrentará o desafio novamente. Mas ele acrescentou: “É quase inconcebível que sejamos capazes de fazer algo semelhante com a mesma rapidez e eficácia”.

        Uma versão deste artigo foi publicada em 20 de Dezembro de 2020 , Seção MB , Página 1 da edição de Nova York com o título: Um tiro no braço para milhões,

        https://www.nytimes.com/


        "Fui esmurrado, pontapeado, algemado a um carrinho de bagagens". Há mais denúncias de agressões no SEF

        O MP estará a investigar as queixas de um cabo-verdiano que acusa agentes do SEF de o terem agredido durante "perto de uma hora" no aeroporto, avança o Expresso. E há mais queixas de práticas ilegais.

        A morte de Ihor, cidadão ucraniano que perdeu a vida em março no aeroporto de Lisboa quando estava à guarda de agentes do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) português, trouxe consigo mais denúncias e acusações de maus tratos e práticas ilegais de agentes do SEF. Isso mesmo dá conta o semanário Expresso na sua edição semanal desta sexta-feira.

        A morte de Ihor, cidadão ucraniano que perdeu a vida em março no aeroporto de Lisboa quando estava à guarda de agentes do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) português, trouxe consigo mais denúncias e acusações de maus tratos e práticas ilegais de agentes do SEF. Isso mesmo dá conta o semanário Expresso na sua edição semanal desta sexta-feira.

        Segundo o Expresso, uma das queixas que estão a ser investigada pelo Ministério Público é a de um cidadão cabo-verdiano de 54 anos, Egídio Pina, que acusa agentes do SEF de o terem agredido no ano passado. Egídio, que cumpria uma pena de sete anos de prisão por trágico de droga, foi expulso do país. Quatro agentes tê-lo-ão ido buscar ao estabelecimento prisional de Alcoentre e levado à força para o aeroporto para ser enviado para Cabo Verde. Egídio queixa-se de ter sido mal tratado: “Fui esmurrado, pontapeado, fizeram-me um mata-leão e prenderam-me com algemas nos pulsos e nos tornozelos a um carrinho de bagagens, obrigando-me a ficar de cócoras. Fiquei com escoriações na cara, nas costas e nas pernas”, acusa, citado pelo semanário.

        As agressões, segundo o queixoso, terão durado “perto de uma hora” e foram vistas por seguranças e agentes da PSP, que não intervieram. Além disso, terá estado sem “comer e beber durante dez horas” e não o terão deixado contactar nem a advogada nem a família.

        O caso foi denunciado ao Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, mas não é a única queixa de práticas ilegais e violentas do SEF. Segundo o Expresso, há suspeitos de tráfico de droga — as chamadas “mulas de droga” — que dizem ter sido trancados durante horas em salas isoladas para confessarem e que garantem ter sido coagidos, ameaçados e agredidos nas instalações do SEF. Os métodos para fazer os suspeitos confessar nem sempre seriam lícitos de acordo com “várias fontes”. Um inspetor do SEF em particular, não nomeado, é acusado de liderar estas ações.