sexta-feira, 16 de maio de 2025

Caridade envolta em dignidade,

A mulher lhe disse:

"Levo 6 ovos por 2,50 ou vou-me embora e não levo nenhum."

O velho vendedor respondeu:

"Você pode comprá-los pelo preço que quiser." Este é um bom começo para mim porque hoje não vendi um único ovo e tenho que vender tudo para alimentar a minha família.

Ela comprou esses ovos pelo preço que queria e saiu se sentindo como se tivesse ganhado.

Ela entrou no seu lindo carro e foi a um restaurante chique com o namorado.

Ela e o namorado pediram o que queriam. Comeram pouco e deixaram quase tudo o que pediram.

Ela recebeu uma conta de € 180. A mulher deixou a quantia exorbitante de € 200 e disse ao dono do elegante restaurante que o restante era gorjeta.

Essa história pode parecer normal para o chef de um restaurante de luxo, mas muito injusta para o vendedor de ovos...

A questão é:

Por que sempre temos que demonstrar poder sobre um mau vendedor quando compramos o que ele tem a oferecer?

E por que somos generosos com aqueles que nem precisam da nossa generosidade?

Certa vez li em algum lugar:

"Meu pai comprava produtos dos pobres por preços altos, mesmo sem precisar dessas coisas.

Às vezes, ele pagava mais. Fiquei em choque. Um dia, perguntei-lhe: "Por que está fazendo isso, pai?"

E meu pai respondeu:

"Isto é caridade envolta em dignidade, minha filha"

Activo e ...

Uma jovem sueca que se descreveu como dona de uma beleza extraordinária e de encantos extremamente sedutores

postou um anúncio anónimo no Craigslist afirmando que estava procurando um homem rico para se casar com uma renda anual de mais de US$ 500.000, além de diversas condições.

Ela recebeu a seguinte resposta de um comentador:

- Minha querida e linda senhora...

Li a sua postagem com interesse e acho que muitas garotas bonitas têm perguntas semelhantes às suas. Permita-me analisar as suas perguntas como investidor profissional. O meu rendimento anual total é superior a US$ 500.000, o que atende perfeitamente às suas necessidades.

Da minha perspectiva de empresário, seria uma péssima decisão me casar com você. 

Aqui está minha resposta curta, e deixe-me explicar o porquê:

Independentemente dos detalhes, o que você está fazendo agora é uma transação pura. Uma troca da sua "beleza" pelo "meu dinheiro".

A Pessoa A tem a beleza, e a Pessoa B pagará por ela. Uma transação perfeitamente justa e direta. No entanto, há um problema fatal aqui: sua beleza inevitavelmente diminuirá com o passar dos anos, enquanto meu dinheiro não deve diminuir sem um motivo convincente. A verdade é que minha renda provavelmente aumentará de ano para ano, enquanto você não ficará mais bonita em poucos anos.

Então, de uma perspectiva económica, eu represento um "ativo" cujo valor aumenta com o tempo, enquanto você representa um ativo de "consumo" cujo valor diminui. Se a sua beleza for tudo o que você possui, as coisas vão piorar, porque você não será um produto de consumo comum, mas sim um produto com uma taxa de depreciação altíssima que expirará completamente em 10 anos.

Bobbi Gibb



Então, quase 60 anos atrás, no dia da maratona, Bobbi Gibb escondeu-se nos arbustos, esperando a corrida começar. Quando metade dos corredores já havia passado, ela começou a correr. Ela estava usando o calção desportivo do irmão, um par de ténis masculino, um mailot e uma camisola. Depois de um tempo, Gibb começou a suar, mas não tirou a camisola.
"Eu sabia que se me vissem, tentariam me impedir", disse ela. Ela até pensou que poderiam prendê-la.

Mas não demorou muito para que os outros corredores descobrissem que ela era uma mulher. Gibb pensou que eles a empurrariam para fora da pista ou chamariam a polícia, mas, em vez disso, eles a apoiaram e disseram que fariam tudo o que pudessem para garantir que ela pudesse correr sem ser incomodada.

Sentindo-se segura, Gibb tirou a camisola. Assim que ficou claro que havia uma mulher correndo a maratona, a multidão reagiu, não com raiva, mas com pura alegria. Homens aplaudiram. Mulheres choraram. Ao final da corrida, a notícia já havia se espalhado por toda parte, e as alunas da universidade onde a corrida havia sido realizada esperavam para cumprimentá-la, gritando de emoção.

O governador de Massachusetts também estava lá para encontrá-la na linha de chegada e apertar sua mão. A primeira mulher a correr uma maratona terminou com uma medalha no pescoço!

Bobbi Gibb continua sendo uma lenda nos desportos competitivos femininos até hoje.

Lei do Retorno ?

Angel, um judeu dono da padaria mais famosa da Alemanha, costumava dizer: "Sabe por que estou vivo hoje? Quando eu ainda era adolescente, os nazistas na Alemanha matavam judeus sem piedade. Eles nos levaram para Auschwitz de trem. A noite era congelante, e ficamos nos vagões por dias, sem comida, sem camas e sem como nos manter aquecidos."

Nevava por toda parte, e o vento frio deixava nossos rostos dormentes. Éramos centenas de pessoas sofrendo no frio congelante, sem comida nem água. Parecia que o sangue em nossas veias estava congelado. Ao meu lado estava um senhor idoso, amado por muitos na minha cidade. Ele tremia terrivelmente e parecia muito fraco. Tentei aquecê-lo com as mãos.

Abracei-o com força para aquecê-lo. Esfreguei suas mãos, pernas, rosto e pescoço. Implorei para que ele continuasse vivo. Mantive-o aquecido a noite toda, mesmo estando cansado e congelado. Meus dedos estavam dormentes, mas continuei massageando-o para ajudá-lo.

Horas se passaram e, finalmente, a manhã chegou. O sol começou a brilhar e olhei ao redor. Para meu horror, tudo o que vi foram corpos congelados. A noite fria havia matado todos. Os únicos dois sobreviventes fomos o velho e eu. Ele sobreviveu porque eu o mantive aquecido, e eu sobrevivi porque o mantive vivo.

Deixe-me compartilhar com você o segredo da sobrevivência neste mundo: quando você aquece o coração dos outros, você se aquece. Quando você apoia, fortalece e encoraja os outros, você receberá o mesmo em sua vida.

Às vezes, os outros consideram a gentileza e as boas ações como um direito deles e não como generosidade sua.

Um homem costumava dar a um mendigo US$ 1.000 por mês. O homem continuou nesse estado por um tempo. Um dia, ele deu ao mendigo apenas US$ 750. O mendigo ficou surpreso com isso, mas disse a si mesmo: US$ 750 é melhor do que nada. Ele foi embora. Depois de um mês, ele deu ao mendigo apenas US$ 500. O mendigo ficou surpreso! Ele disse ao homem: "Você costumava me dar US$ 1.000, depois diminuiu e virou US$ 750. Agora, US$ 500, por quê?" Posso saber o motivo? O homem respondeu: "No passado, todos os meus filhos eram pequenos e eu tinha dinheiro, então eu lhe dava US$ 1.000. Então minha filha cresceu e entrou na universidade, e as despesas da universidade eram altas, então comecei a lhe dar US$ 750. Agora, meu segundo filho entrou na universidade, e as despesas aumentaram, então eu lhe dei US$ 500." O mendigo perguntou a ele: "Quantos filhos você tem?" O homem respondeu: "Quatro." O mendigo perguntou: "E você vai educá-los todos às minhas custas?!" Às vezes, os outros consideram a gentileza e as boas ações como um direito deles e não como generosidade sua.




Solução simples ou simplista?

Havia uma cidade francesa onde, durante a Idade Média, as mulheres tinham um hábito peculiar. De manhã, as mulheres casadas colocavam uma pequena dose de veneno no pequeno almoço que preparavam para os seus maridos. Mais tarde, quando os seus maridos voltavam para casa à noite, eles recebiam o antídoto. Dessa forma, o veneno não se tornava prejudicial e os afetava.

Havia uma razão clara para essa prática. Se os maridos permanecessem noutro lugar por muito tempo, devido ao atraso na administração do antídoto, os homens acabavam apresentando sintomas como náuseas, dores de cabeça, depressão, vómitos, dor ou falta de ar. Quanto mais o homem demorasse para voltar para casa e para a esposa, mais doente ele ficava. E, finalmente, quando ele finalmente voltou para casa, sua esposa, sem ele saber, lhe deu o antídoto.

Dessa forma, em poucos minutos, ele começava a se sentir melhor. Tudo isso funcionava como um truque, dando aos homens a impressão de que ficar longe de casa levaria à dor e à depressão. Consequentemente, os maridos se tornavam mais sérios com a família.


A Europa cansou-se de si mesma.

Opinião - MARCOS PAULO CANDELORO

Marcos Paulo Candeloro  é graduado em História (USP – Brasil), pós-graduado em Ciências Políticas (Columbia University – EUA) e especialista em Gestão Pública Inovativa (UFSCAR – Brasil). É professor, jornalista e analista político. Escreve em português do Brasil.


 

Há algo de profundamente constrangedor em assistir o suicídio cerimonial de uma civilização que já foi o pináculo do espírito humano. Não um suicídio tradicional, rápido, mas uma espécie de eutanásia ideológica consentida. A Europa, que nos legou Aristóteles e Santo Agostinho, que ergueu Notre-Dame e escreveu "Dom Quixote", hoje se ajoelha — não diante de Deus, mas dos globalistas, suas fundações, ONGs, ONU e das seitas identitárias. O berço da civilização ocidental virou um gulag cultural, onde o pecado capital é lembrar que existe uma história anterior ao século XX.

A velha Europa está cansada, está exausta de si mesma. Recusou o próprio passado como se fosse uma lepra moral. E como todo ente em negação profunda, começou a punir os que ainda se lembram. Hoje, o herege europeu não é mais o ateu — é o patriota, aquele que valoriza suas raízes. Não é o blasfemo — é o cidadão que insiste em proteger sua fé, sua família e sua nação.

A crise migratória? Apenas o sintoma mais visível. A verdadeira crise é interna: moral, política e espiritual. Não é que somente os imigrantes sejam o problema. O problema é o vácuo de sentido que os recebe. E a maior chaga do velho continente são os próprios europeus. Um continente que já não acredita em Deus, na tradição ou na própria soberania não tem anticorpos culturais. Importa povos, mas proíbe fronteiras. Implora por diversidade, mas proíbe diferenças. O multiculturalismo europeu é, no fundo, a negação de qualquer cultura concreta — inclusive a própria.

Bruxelas é o centro nervoso dessa rendição organizada. Seus tecnocratas não falam idiomas vivos — balbuciam jargões neutros em novilíngua progressista. Definem as normas de curvatura da banana com o mesmo zelo com que ignoram os atentados jihadistas em Paris ou Estocolmo. Governam sem povo, sem rosto e, sobretudo, sem responsabilidade. São os assassinos da soberania. A União Europeia se tornou aquilo que Tocqueville temia: uma rede invisível de pequenas regras que mantém os homens em eterna infância.

A liberdade de expressão — uma das maiores conquistas da modernidade ocidental — virou artigo de luxo. Na Alemanha, quem compartilha um meme errado pode ver a polícia bater à porta. No Reino Unido, o berço do parlamentarismo e da Magna Carta, velhos são levados em camburões por "ofensas digitais". Enquanto isso, Marine Le Pen enfrenta perseguições jurídicas por ser, essencialmente, conservadora. Farage, por sua vez, é tratado como ameaça existencial, enquanto radicais islâmicos gozam da benevolência do Estado e da proteção da BBC.

O que resta da cultura europeia virou peça de museu — e nem isso sem censura. Bach foi trocado por Beyoncé, São Tomás de Aquino por Judith Butler. A academia é um culto ao niilismo. A arte, um panfleto autoflagelante. As igrejas, centros turísticos vazios ou abrigos inter-religiosos, onde o único dogma permitido é a negação de todos os anteriores.

Mas o mais trágico não é a destruição em curso. É o entusiasmo com que ela é celebrada. A Europa não está sendo invadida — está se dissolvendo. Está promovendo sua própria irrelevância com orgulho cerimonial. E isso é celebrado e patrocinado pelas duas potências orientais que têm como objetivo sobrepujar a hegemonia histórica Ocidental, China e Rússia.

Enquanto isso, o europeu já não quer ter filhos.

O hedonismo é a nova teologia; a eutanásia, uma escolha digna; e o suicídio civilizacional, um gesto de progresso. Um continente que trocou fé pelo conforto, identidade por interseccionalidade e liberdade por likes.

O resultado é este: uma federação de ex-nações que legisla sobre o carbono, mas não sobre a própria continuidade. Onde o que resta de oposição conservadora é tratado como fascismo e o islamismo radical como diversidade vibrante. Onde se combate o aquecimento global com fervor quase religioso, mas se ignora o congelamento das almas.

A Europa não está sendo apagada. Está se apagando.

E o faz com uma elegância lúgubre, como só ela saberia fazer. E mesmo em sua decadência final, permanece fiel a um traço essencial: sua vocação para ensinar. O único problema é que agora só ensina aquilo que não deve ser praticado.

Como em Roma, o que levará a Europa à ruína não são os bárbaros em seus portões, mas aqueles que se escondem atrás de suas muralhas.

 

MARCOS PAULO CANDELORO

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As opiniões do autor não reflectem necessariamente a posição do ContraCultura.

Nem as minhas (que são talvez ainda mais drásticas).

A EUROPA é – politicamente - um conceito inexistente…tal como um 'nado-morto'.

Nunca devia ter passado duma associação de países para um comércio mais livre e simples.

quinta-feira, 1 de maio de 2025

A agenda verde traz consigo grandes apagões.

Karin Kneissl

O apagão catastrófico ocorrido em Espanha e Portugal no início desta semana deve servir de alerta para os responsáveis ​​do bloco.

Provavelmente foi o clima que provocou a paralisação de dez horas de todos os serviços públicos na Península Ibérica no início desta semana.

Foi também o clima que transformou a Alemanha no maior emissor de CO2 da Europa. Há dias em que o sol não brilha e o vento não sopra. E então, o recurso de reserva é o carvão, na ausência de energia nuclear ou gás natural (da Rússia).

A questão é a transmissão, não a geração, de energia

Uma ameaça ainda maior à rede elétrica, no entanto, advém da superprodução de eletricidade devido ao excesso de sol e vento. Tanto a Espanha quanto a Alemanha orgulhosamente apontam suas estatísticas em termos de geração de energia com base em enormes parques eólicos onshore e offshore e extensos painéis fotovoltaicos, frequentemente construídos em solo arável de alta qualidade. Espanha e Portugal são campeões em energia verde na UE e, pouco antes da interrupção na segunda-feira, 80% de sua eletricidade era proveniente de fontes renováveis.
O maior problema subjacente reside na transmissão, e não na geração, de eletricidade. Grande parte das redes elétricas existentes na UE foi construída nas décadas de 1950 e 1960, quando era relativamente fácil construir infraestrutura nas cidades do pós-guerra. Quando Angela Merkel anunciou sua ambiciosa transição energética, Peter Altmaier, chefe do gabinete da chanceler, anunciou a construção de milhares de quilômetros de "rodovias elétricas" (Strom Autobahnen). O orçamento previsto era de um trilhão de euros. Mas esse orçamento nunca foi definido e ninguém no governo de Merkel calculou os anos para planejamento administrativo e implementação.
Assim, a nova rede nunca foi construída, nem na Alemanha nem em outros lugares. A rede atual não foi projetada para absorver volumes constantemente crescentes. A "eletrificação" de todas as formas de produção e consumo de energia, sobretudo na mobilidade, representa um sério problema para a estabilidade das redes existentes. Os veículos elétricos deveriam substituir os carros com os tradicionais motores de combustão interna. O entusiasmo em torno do carro elétrico já diminuiu. Os clientes simplesmente se abstêm de comprar um carro elétrico. Mas as ambiciosas agendas verdes raramente levam em consideração investimentos sérios e, acima de tudo, prazos sólidos para uma rede elétrica ampliada.
A rede elétrica europeia se estende de Trkiye, atravessando o continente europeu, até o Norte da África. Seu nome técnico é Área Síncrona Continental Europeia e é vulnerável. Ela é alimentada por uma corrente alternada com frequência de aproximadamente 50 Hertz. Em caso de sobrecarga, como provavelmente ocorreu na segunda-feira na Espanha, o risco de desestabilização da frequência é alto. Para evitar um corte de energia, já que as usinas serão desligadas automaticamente, a sobrecarga é enviada para o exterior. Algumas vozes afirmam que a Península Ibérica carece de interconectores, enquanto outras alertam contra a necessidade de mais interconectores, pois isso colocaria toda a rede em risco, um apagão dominó em mais de 30 países.
Em 2012, o escritor austríaco Marc Elsberg publicou seu thriller "Blackout".  O enredo descreve uma queda de energia fictícia de 13 dias e o consequente colapso total da vida como a conhecemos. No livro, bem pesquisado, o blackout é causado por um ataque cibernético. Muitos comentaristas sugeriram com entusiasmo que um deles estava por trás da crise do mundo real na segunda-feira. Aparentemente, ninguém está disposto a discutir o problema com a rede elétrica e as ambições do acordo verde.
Participando de conferências sobre energia durante anos e lecionando o tema geopolítica da energia, muitas vezes me questionei sobre os modelos fantasiosos e românticos apresentados por autoridades de Bruxelas e outros especialistas em clima. Nos últimos 15 anos, testemunhamos um conceito inflacionário de "transição energética" ou, pior ainda, de economia zero carbono. Em toda a UE, temos visto um foco nas mudanças climáticas. Essa abordagem carece de uma política energética sólida, que abranja a segurança do abastecimento, a acessibilidade e os investimentos em redes.
Nova vulnerabilidade devido ao boom das energias renováveis.

Eu esperava que um grande apagão acontecesse na Alemanha, e não na Península Ibérica.

A chamada transição energética declarada pelo governo de Angela Merkel na primavera de 2011 não produziu resultados. No primeiro trimestre de 2025, em vez de mais eletricidade eólica e solar, mais eletricidade foi gerada a partir de carvão e gás. A semana da Páscoa também mostrou por que a chamada transição energética está causando problemas.
Apesar da expansão recorde da energia eólica e solar, as energias renováveis ​​estão produzindo menos eletricidade do que em qualquer outro momento desde 2021. Em comparação com o primeiro trimestre do ano passado, a quantidade de eletricidade produzida por energias renováveis ​​no mesmo período deste ano caiu 16%.
O vento não foi particularmente forte em fevereiro e março. A produção de eletricidade a partir de turbinas eólicas offshore caiu 31%, enquanto a produção em terra caiu 22%. Como resultado, a produção de eletricidade a partir de carvão, petróleo e gás teve que ser drasticamente aumentada. A consequência lógica: as emissões de CO2 aumentaram drasticamente. A eletricidade na Alemanha estava mais poluída do que desde o inverno de 2018.
No entanto, não é apenas no médio prazo que a transição energética não está dando os resultados que seus defensores acreditam que deveria. A semana da Páscoa exemplifica todos os problemas associados ao plano de mudar a produção de energia da Alemanha para principalmente eólica e solar.
Em um ensolarado domingo de Páscoa, por exemplo, os cerca de cinco milhões de instalações solares na Alemanha produziram muito mais eletricidade do que seria necessário para cobrir a demanda durante o feriado.
No entanto, a eletricidade deve ser consumida exatamente no momento em que é produzida, caso contrário, a rede elétrica poderá ser interrompida. Isso se aplica tanto ao nível nacional quanto às redes elétricas locais e às capacidades regionais das fontes de energia dependentes do clima.
Devido ao gigantesco excesso de oferta – 15 gigawatts a mais, a produção média de uma dúzia de usinas nucleares – o preço da eletricidade caiu para valores negativos em alguns momentos, chegando a -5 centavos por quilowatt-hora. A Alemanha pagou milhões de euros a franceses, belgas e outros países para comprar o excedente de eletricidade da Alemanha, a fim de evitar o colapso das redes elétricas alemãs.
No entanto, esse flagrante excedente de eletricidade não só significou que grande parte da eletricidade teve que ser vendida para o exterior mediante pagamento de uma taxa e que as linhas para a França e a Bélgica tiveram que operar em capacidade máxima, como também houve inúmeras quedas de energia, principalmente no sudoeste da Alemanha, o que pode estar relacionado ao excesso de oferta e à sobrecarga da rede local.
O verdadeiro drama é que as inúmeras usinas solares na Alemanha não podem ser controladas, regulamentadas ou mesmo desligadas da rede quando a produção de eletricidade excede a demanda. Se houver muito sol – possivelmente acompanhado de muito vento – em uma tarde com baixa demanda de eletricidade, a Alemanha terá cada vez mais dificuldades para se livrar do excedente de energia.
Isso não só aumenta o potencial de cortes de energia regionais e os chamados "brownouts",  como também aumenta muito o custo geral da produção de eletricidade - como Easter mostrou.

O desastre da Siemens

Armazenar eletricidade é um problema fundamental que ainda não foi resolvido. Grandes empresas como a Siemens experimentaram por mais de uma década com motores a vapor, transformando a eletricidade produzida por moinhos de vento em hidrogênio, para armazená-la e transportá-la. Esses experimentos não resultaram em um modelo de negócio comercial viável. Enquanto isso, a Siemens, que já foi líder em tecnologia nuclear na década de 1960, abandonou todo o seu setor de energia.
Em 2020, a divisão de energia foi separada da Siemens. No entanto, a Siemens Energy, ambiciosamente, queria crescer no negócio de energia eólica e se fundiu com a empresa espanhola Gamesa. Mas apenas três anos depois, ficou claro que isso não funcionaria. Os motivos seriam erros adicionais de gestão, a concorrência chinesa ou outros problemas?
A Siemens Energy deixou de ser um farol de esperança e se tornou um pesadelo no mercado de ações. Novas notícias ruins surgiam a cada trimestre. Foi o setor de energia eólica, entre todos os setores, que caiu cada vez mais em déficit. O Conselho de Administração da Siemens Energy teve que reduzir suas previsões inúmeras vezes, e a Siemens perdeu muito dinheiro com suas fusões na Espanha. Se a administração tivesse perseverança, investigaria minuciosamente o apagão da última segunda-feira e publicaria as conclusões. O que aconteceu na Espanha e em Portugal pode acontecer a qualquer momento na Alemanha e na Áustria.
Vinte e cinco anos atrás, participei do conselho municipal da vila onde morava na Áustria até 2020, quando fui forçado a me demitir. Tínhamos trabalhado em cenários de emergência para um apagão. Um dos itens era organizar "ilhas de infraestrutura" em quartéis militares e outros prédios. O plano era que, em caso de emergência, as pessoas pudessem caminhar até lá e receber comida, água e primeiros socorros. Naquela época, ainda havia uma geração de líderes que eram práticos e sabiam como fazer as coisas. Mais tarde, percebi que essa geração de homens e mulheres havia falecido. Na UE de hoje, qualquer crise desse tipo provavelmente levaria a um desastre humanitário, a um colapso total da ordem pública.
Lembro-me bem do apagão que atingiu o norte da Itália em 2003 e de outro nos EUA; ambos foram prolongados e os cidadãos ficaram no escuro e no frio. No Iraque devastado pela guerra, as pessoas se perguntavam como os exércitos e ONGs ocidentais conseguiriam fornecer energia elétrica após a invasão americana, já que não conseguiam fazê-lo em casa.
Tendo vivido no Líbano até o verão de 2023, estou plenamente ciente dos constantes cortes de energia e conheço o incômodo de usar o próprio gerador, o mau cheiro e o barulho de todos os geradores ao redor. Mas o diesel pode fornecer um fluxo regular de eletricidade, o que nenhum painel solar consegue. Mas, graças aos painéis solares chineses acessíveis, quase todas as casas no Líbano têm um.

O bom e velho gerador a diesel


Curiosamente, hospitais na Espanha e em Portugal continuaram a prestar serviços graças aos seus geradores a diesel. Operações de emergência puderam ser realizadas e cuidados intensivos foram assegurados. Mas e as operadoras de internet e telefonia móvel? Todo o sistema de comunicação móvel entrou em colapso. Até mesmo discursos de chefes de governo puderam ser assistidos no exterior, mas não pelos cidadãos preocupados.
Às vezes, eu brincava com meus amigos libaneses que eles deveriam dar cursos intensivos para instituições da UE sobre como viver sem um fornecimento regular de eletricidade. Usar o bom senso, manter boas relações com os vizinhos e saber como manusear um gerador a diesel certamente ajudam. E de onde vem o diesel? Sim, as petrolíferas russas costumavam fornecer enormes volumes de diesel aos seus clientes da UE. A refinaria da Rosneft em Schwedt, perto de Berlim, foi confiscada pelas autoridades alemãs em 2022.
A base para todos esses esforços em energias renováveis ​​costumava ser o gás natural, principalmente da Rússia, apelidado de "energia da transição".  Havia um consenso de que a cooperação em petróleo e gás no continente europeu era benéfica tanto para vendedores quanto para compradores. Esses dias acabaram.
O que aconteceu na segunda-feira na Península Ibérica foi mais um sinal de alerta. Mas, até agora, as autoridades da UE parecem presas à sua agenda verde. Poderiam ter compreendido os sinais anteriores, mas recusaram-se a fazê-lo. Na UE, a energia tornou-se um tema ideológico e deixou de ser uma questão técnica. O que Espanha e Portugal viveram no início desta semana durou cerca de 10 horas, e prevejo mais incidentes semelhantes. É possível lidar com isso num país como o Líbano, mas a questão permanece: é possível gerir uma indústria com cortes de energia constantes? A desindustrialização dentro da UE só irá acelerar. Se um dia certos países quiserem voltar a comprar gás russo, os volumes serão muito menores devido à produção industrial mais limitada.



https://www.bignewsnetwork.com/news/278195422/karin-kneissl-massive-blackouts-is-what-green-agenda-gets-you


A influência Árabe na Língua Portuguesa.

🇵🇹
O Português é uma língua derivada de dialectos latinos, românicos peninsulares que resultaram da mistura do "latim vulgar", falado pelos soldados romanos, com os dialectos locais existentes na Península Ibérica à data da sua ocupação.
O Português, primitivamente Galaico-português, formou-se directamente a partir do Leonês ou Asturo-Leonês, e tem como substrato a língua nativa dos Galaicos, Lusitanos, Célticos e Cónios.
O Português sofreu inevitavelmente a influência da Língua Árabe, influência que ultrapassa em muito a extensão que a maioria dos autores referem, não só em termos de "marca" no seu léxico, como da própria forma como se opera.
Adalberto Alves, no seu "Dicionário de Arabismos na Língua Portuguesa", esclarece que a influência da língua Árabe, para Alem dos seus aspectos evidentes ou visíveis, ou seja, do léxico Árabe directamente transposto para o português, deve considerar todos aqueles que chegam ao português de forma "encapoçada", através da tradução de textos Árabes por religiosos cristãos,".
Assim, a extensão da influência do Árabe no Português, que a maioria dos autores resumem a cerca de 1.000 substantivos, deve ser consideravelmente alargada, não só no seu número, que segundo Adalberto Alves é de 18.073 termos, como ao nível gramatical, já que inclui não só substantivos, como adjectivos, verbos, pronomes, artigos e interjeições.
A influência do Árabe no Português é bastante mais marcada do que no Castelhano ou no Catalão, línguas que, localizando-se geograficamente mais próximas de França recebem a sua influência direta e têm um efeito de tampão no Português. A título de exemplo refira-se que aos 18.073 termos que o Português recebeu correspondem cerca de 4.000 termos recebidos pelo Castelhano.
Convém esclarecer que a arabização da Península não impôs nem a religião Muçulmana nem a língua Árabe como únicas, mantendo-se "ativos" durante o período do Al-Andalus os dialectos moçárabes e o Hebreu, que aportaram termos próprios ao Português.
Até 1496, data do decreto de expulsão das minorias muçulmana que não aceitaram a conversão forçada ao cristianismo, o processo de influência do Árabe no Português persiste, não só nas chamadas "ilhas muçulmanas em território português", as mourarias, como através da influência sofrida em Marrocos pelos portugueses via "Mouros de Pazes".
Com a instituição do terror da Inquisição em 1552, o Árabe é proibido, reduzindo-se à sua expressão mínima e clandestina, a escrita "aljamiada". Inicia-se então um período de expurgação de tudo o que é ou soa a Árabe.
Apesar dos mais de 500 anos que durou a presença Árabe em Portugal essa influência refere-se essencialmente ao léxico, pelo que não se pode falar de uma influência estrutural. Um aspecto extremamente relevante é o da adopção de muitos termos Árabes na formação do calão português, a chamada "gíria dos rufiões", que no período da inquisição terá tido grande incremento através da utilização de expressões e termos encapoçados pelos mouriscos e cripto-muçulmanos.
Antes de mais uma referência a quatro exemplos paradigmáticos e que fazem supor que algumas expressões de caracter religioso perduraram pelo engenho popular:
Oxalá (law xá Allah ou incha Allah, se Deus quiser).
Olá (wa Allah, Deus, saudação).
Olé (wa Allah, Deus, interjeição utilizada como aplauso ou incentivo).
Olarilolé (la illaha ila Allah, não há divindade senão Deus, profissão de fé muçulmana).
A grande maioria dos substantivos começa com o artigo definido Al (o ou a), muitas vezes com o l assimilado à consoante inicial do substantivo, concretamente quando esta é uma consoante solar. No alfabeto Árabe não existem vogais, mas apenas consoantes, e as consoantes dividem-se em consoantes lunares e consoantes solares.
As consoantes lunares não têm influência na pronúncia do l do artigo Al, quando constituem a letra inicial da palavra, como por exemplo em Alferes (o cavaleiro), Almeida (a mesa) ou Alcântara (a ponte). Mas as consoante solares quando colocadas na mesma posição assimilam o l do artigo Al, duplicando o seu valor.
Por exemplo Azeite escreve-se Alzeite em Árabe, mas pronuncia-se Azzeite pelo facto de o z ser uma consoante solar. Daí a origem de termos como Azulejo, Açorda ou Atalaia.
Outras formas comuns de início de termos de origem Árabe são as palavras que começam por x (Xadrez, Xarope ou Xerife) ou por enx (Enxaqueca, Enxoval ou Enxofre).
Outras palavras são caracterizadas pela terminação, como as que terminam em i (Javali, Mufti ou Sufi), em il (Cordovil, Mandil ou Anil), em im (Alecrim, Carmesim ou Cetim) e as terminadas em afe ou aque (Alcadafe, Almanaque ou Atabeque).
Algumas consoantes Árabes não entram nos vocábulos portugueses por uma questão de não se adaptarem à forma de pronunciar do português, como o h que geralmente se transforma em f, como em Alfama (do Árabe Alhammam), Alfazema (do Árabe Alhuzaima) ou Alface (do Árabe Alhassa).
Saloio é a designação dos muçulmanos expulsos de Lisboa após a sua conquista pelos portugueses, que se instalaram na área rural situada a Norte e Poente da cidade; a origem do termo não reúne consenso, sendo a explicação mais plausível a que defende que deriva da palavra صلاة"salat" ou "oração", já que designava aqueles que rezavam 5 vezes por dia "fazendo o çala", e que eram chamados na época "çaloyos"; esta seria a origem de "çalayo", nome do imposto pago sobre o pão na região de Lisboa; outra explicação é a origem do termo na palavra ساحلي "saheli", que significa "habitante do litoral"; outra ainda é a origem em سلاوي "salaui" ou habitante da cidade marroquina de Salé, designação local para a população rural.
Os substantivos podem ser agrupados em várias categorias, maioritariamente relativas a inovações ou contributos que os Árabes introduziram na nossa sociedade, e a topónimos, que se observam de Norte a Sul do País e que muitas vezes aportam informações sobre o passado das próprias localidades.
No primeiro caso refiram-se as designações de cargos públicos (Alcaide, Almoxarife ou Alferes),
termos de tipologias de edificações (Alcácer, Alcáçova ou Aljube),
de construção (Alvenaria, Azulejo ou Açoteia),
de instituições administrativas (Aldeia, Arrabalde ou Alfândega),
 de plantas (Arroz, Alfazema ou Alfarroba),
de frutos (Tâmara, Romã ou Ameixa),
 de profissões (Alfaiate, Almocreve ou Alfaqueque),
de termos relacionados com a agricultura (Enxada, Alcatruz ou Azenha),
 com a actividade militar (Adaga, Arsenal ou Arrebate), de termos médicos (Xarope, Enxaqueca ou Alcalino),
de termos geográficos (Azinhaga, Lezíria ou Albufeira),
de unidades de medida (Alqueire, Arroba ou Arrátel), de animais (Alcatraz, Lacrau ou Javali),
de adereços (Alfinete, Almofada ou Alcatifa),
de instrumentos musicais (Adufe, Alaúde ou Rabeca),
 de produtos agrícolas e industriais (Azeite, Álcool ou Alcatrão),
das ciências exatas (Álgebra, Algarismo ou Cifra).
Alguns nomes próprios e apelidos têm a sua origem em nomes Árabes, como por exemplo:
 Leonor (em Árabe Li an-Nur, ou que vem da luz),
Abel (Abu l-, pai de),
Fátima (nome de uma das filhas do Profeta Maomé), Albuquerque (Abu-l-qurq, ou o do sobreiro),
Bordalo (Badala, abundante) ou Almeida (Al maida, a mesa).
Muitos termos do calão português, do mais brejeiro ao mais indecente, têm origem no Árabe. Por exemplo Marafada (Mraa Khaina, ou mulher que engana), Mânfio (Manfi, desterrado ou proscrito) ou ainda Marado (Marid, ou doente).
No caso dos topónimos, para alem da grande maioria de termos iniciados pelo artigo Al ou pela sua forma com o l assimilado, existem outros com origem comum, que se podem agrupar.
Por exemplo, os topónimos iniciados por Ode (do Árabe Ued ou Rio), como Odemira, Odeceixe ou Odeleite.
Os iniciados por Ben (em Árabe Ben ou Ibn significa Filho, mas em toponímia tem o significado de Lugar), como Bensafrim, Benfarras ou Benamor.
A título de curiosidade refiram-se alguns topónimos de origem Árabe com indicação do seu significado:
Albarraque (Albarrak, o brilhante),
Albufeira (Albuhaira, a pequena barragem),
Alcabideche (Alqabidaq, a "mãe de água"),
Alcácer (Alqassr, o castelo),
Alcáçovas (Alqassba, a cidadela fortificada),
Alcalar (Alqalaa', o forte),
Alcaidaria (a chefia),
Alcaide (o chefe),
Alcains (Alkanissa, a igreja),
Alcanena (Alqanina, a cabaça),
Alcântara (a ponte),
Alcantarilha (diminutivo de Alcântara),
Alcaria (a aldeia),
Alcobaça (Alkubasha, os carneiros),
Alcochete (Alqucha, o forno),
Alcoentre (Alqunaitara, a ponte pequena),
Alcoitão (Alqaiatun, a tenda),
Alcongosta (Alkunasa, o areal),
Alcoutim (Alkutami, o falcão),
Alfama (Alhamma, a fonte),
Alfambras (Alhamra, a vermelha),
Alfarelos (Alfahar, a louça),
Alfeizerão (Alhaizaran, o canavial),
Alfarim (Alfaramin, os decretos),
Alfarrobeira (Alharruba),
Alferce (Alfarz, o que separa, entre duas colinas),
Algarve (Algharb, o Ocidente),
Algeruz (o canal),
Algés (Aljaich, o exército),
Algueirão (Aljairan, as grutas),
Alhandra (Alandar, a debulha),
Alijó (Alaja, telhado plano),
Aljezur (Aljuzur, as ilhas),
Almacave (Almaqabara, os cemitérios),
Almada e Almádena (Almadana, a mina),
Almansil (a estalagem),
Almargem (Almarj, o prado),
Almarjão (Almarjun, o pedregal),
Almedina (a cidade),
Almeida (a mesa),
Almeirim (Almirin, o limite),
Almoçageme (a água que corre),
Almodôvar (Almuduar, o meandro),
Almoster (Almustar, lugar de aprovisionamento),
Alpedrinha (Albadri, luarento),
Alpiarça (Albiraz, o duelo),
Alqueidão (Alhaima, a tenda),
Alte (Altaf, elegante),
Alvaiázere (Albaiaz, o falcoeiro),
Alvalade (Albalad, o campo),
Alverca (Albirka, o pântano),
Alvor (Albur, a charneca),
Alvorge (Alburj, a torre),
Anadia (delicada),
Arouca (Aruqa, a bela),
Arrábida (edifício religioso fortificado),
Arrifana (Arihana, a murta),
Arronches (Arauxan, as penhoras),
Arruda (Aruta, planta silvestre),
Asseca (o caminho recto e plano),
Atalaia (lugar alto de onde se exerce vigilância),
Aveiro (Aluarai, retirado, resguardado),
Azambuja (o zambujeiro),
Azeitão (Azeitun, a oliveira),
Azóia (Azauia, a ermida),
Belamandil (Banu Mandil, nome de tribo),
Bela Salema (Banu Salam, filhos da paz, nome de tribo),
Belixe (garça),
Benaciate (Ben sayyad, lugar ou filho do caçador),
Benaçoitão (Ben As-Sultan, filho do poder),
Benafin (Ben 'Affan, filho do puro),
Benagil (Ben Ajawid, filho do generoso),
Benamor (Ben 'Ammar, filho do devoto),
Benavente (Ben 'Abbad, lugar do devoto),
Bencatel (Ben Qatil, filho da vítima),
Benevides (Ben 'Abid, lugar do adorador),
Benfarras (Ben Farraj, filho da consolação),
Benfica (Ben Fiqa, filho da calmeirona ou da mulher alta),
Bensafrim (Ben Saharin, lugar dos feiticeiros),
Beringel (beringela),
Birre (Bir, poço),
Bobadela (Bu abdallah, pai do escravo de Deus),
Boliqueime (Bu Alhakim, nome próprio),
Borba (Birba, labirinto),
Bucelas (Basala, cebola),
Budens (Bu Danis, nome de tribo que governou Alcácer do Sal),
Burgau (Burqa, zona com o solo pedregoso),
Cacela (Qassila, seara),
Cacém (Qassim, nome próprio, que significa aquele que testemunha),
Cacilhas (Hasila, lixeira),
Caneças (Kanissa, igreja),
Cartaxo (Qar at-Taj, residente do Tejo),
Caxias (Kashih, inimigos),
Charneca (Xarnaqa, terreno inculto),
Chelas (Xila, arco),
Colares (Kula, pequeno lago),
Coruche (Quraichi, nome de tribo),
Cuba (cúpula),
Elvas (Ilbax, risonha),
Estoi (Ustul, esquadra),
Estômbar (Ustuwanat, arcos),
Falacho (solo gretado),
Faro (Harun, nome próprio),
Fatela (Fath Allah, vitória de Deus),
Fátima (nome da filha do Profeta Muhammad),
Golegã (Ghalghal, entrar ou penetrar),
Leça (Laza, ferrolho),
Loulé (Al'ulia, a elevada),
Loures (Lawr, lira),
Lousã (Lawha, ardósia),
Luz (amêndoa),
Mafamede (Muhammad, muçulmano),
Mafamude (Mahmmud, louvável),
Mafra (Mahfra, cova),
Magoito (Maqhut, árido),
Malhada (lugar de travessia de um rio),
Marateca (Mar'a at-Taqia, mulher devota),
Marvão (Marwan, nome próprio),
Massamá (Maa as-Sama', água do céu),
Mesquita (Massjid, o mesmo que em português),
Messejana (prisão),
Messines (elogioso),
Mora (Murah, pastagem),
Moscavide (Maskbat, sementeira),
Mucifal (Mussafa, vale inundável),
Muge (Muhja, alma),
Murça (Mussa, nome do conquistador Árabe do Gharb Al-Andalus),
Nexe (Naxa, juventude),
Niza (disputa),
Odeceixe (Ued Sayh, rio da torrente),
Odeleite (Ued Layt, rio do eloquente),
Odelouca (Ued Luqat, rio das sobras),
Odemira (Ued Amira, ou rio da princesa),
Odiáxere (Ued Arx, rio da punição),
Odivelas (Ued Ballas, rio da terracota),
Oeiras (Urwah, moitas),
Olhão ('Ullyah,elevado),
Oura (Awra, esconderijo),
Ourén (Wahran, nome de cidade na Argélia),
Ourique (Wariq, verdejante),
Ovar ('Ubr, curso de água),
Palmela (Bismillah, ou em nome de Deus),
Parchal (Barjal, circuito),
Penela (Ben Allah, filho de Deus),
Peniche (Ben 'Aixa, filho de Aixa),
Quelfes (Kallaf, moço de estrebaria),
Queluz (vale da amendoeira),
Retaxo (Ritaj, entrada),
Sacavém (Xaqaban, próximo),
Safara (Sahara, deserta),
Salema (Salama, paz),
Sameiro (Samar, junco),
Samouco (Samuq, alto),
Sargaçal (Xarqwasi, arbusto),
Serpa (Xarba, poção),
Sertã (Saratan, caranguejo),
Setil (Sabtil, de Ceuta),
Sever (Sabir, colina),
Sines (Sin, fortaleza),
Sor (Sur, cerca),
Tarouca (Turuq, caminhos),
Tavira (Tabira, ruína),
Tercena (Dar as-Sina, casa da indústria),
Trofa (Taraf, extremidade),
Valada (Balat, planície),
Vau (Wad, rio),
Vieira (Bayara, concha),
Xabregas (desfazer),
Zambujal (de Zabbuj, oliveira brava),
Zavial (Zauia, azóia),
Zêzere (Za'za'a, agitação).

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