sexta-feira, 3 de abril de 2020

A actuação dos responsáveis pela OMS.

É no mínimo vergonhosa, para não dizer criminosa, a forma como a OMS tratou o assunto, negligenciando-o e desculpabilizando os responsáveis, se não pela sua origem, pelo menos pela sua contenção e desinformação.

Um bom trabalho, feito pela SKY News. AU, não muito exaustivo mas, suficiente para que imbecis encartados, revejam a sua posição.

O vídeo não necessita de comentários adicionais.

Agradeço a quem me enviou notícias da sua existência

https://www.youtube.com/watch?v=niRVgCYSr5I&feature=youtu.be

quarta-feira, 1 de abril de 2020

A Greve do Sexo - LlSÍSTRATA

De: Aristófanes

APRESENTAÇÃO

São poucos os exemplares de comédia grega que perduraram até os nossos dias. Entre eles está. A greve do sexo - Lisístrata, escrita por Aristófanes, no século V antes da era cristã. Como as demais comédias da antiguidade, esta peça tinha forte apelo popular, graças a seu enredo mirabolante, e era malvista pela intelectualidade da época, devido ao seu estilo leve, em contraposição à seriedade da tragédia, este sim um tipo de texto dramático da predileção dos estudiosos gregos. Nas representações de comédias havia uma imensa participação do autor, que também compunha a música das partes cantadas e frequentemente actuava. Todos os actores eram homens que usavam máscaras para representar os diferentes papéis. Mulheres não eram admitidas nem no elenco, nem na plateia do teatro grego antigo. As peças eram encenadas durante dez dias por ano, nas festas em homenagem ao deus Dionísio, na cidade de Atenas, em grandes teatros abertos com até 17 mil lugares. Como acontece com a literatura em geral, elas mostravam um painel da sociedade de seu tempo e tratavam de temas presentes na vida dos cidadãos gregos. Por isso a guerra é um dos temas principais de A greve do sexo - Lisístrata, no qual as mulheres que na vida real sequer eram consideradas cidadãs - fazem um apelo pacifista pró-união das diversas regiões da Grécia. O estilo satírico das comédias clássicas facilitava a inversão dos costumes e legitimava os elementos obscenos do enredo (as erecções dos maridos das grevistas, por exemplo), bem como das falas das mulheres em abstinência sexual. Entretanto, há seriedade no tratamento de questões como a paz, a democracia, a educação e a nostalgia da vida no campo, longe da corrupção e dos perigos da cidade. A greve do sexo - Lisístrata é um exemplar representativo da origem da literatura ocidental, a partir da qual se constrói nossa tradição literária. Por isso, em todos os sentidos, esta comédia guarda interesse e actualidade, comicidade e reflexão. No final do Livro você encontra o glossário, com explicações sobre palavras e expressões mais difíceis, que estão sublinhadas no Livro.


Ana Mariza Filipouski

Crise na Itália faz imigrantes chineses procurarem novos rumos

Na última década, número de imigrantes chineses triplicou no país. Maioria trabalha em fábricas de tecidos, que competem com indústria local. Mas redução da demanda obriga muitos a procurar empregos em outras áreas.


Dois clientes vão até a jovem barista, de cabelos pretos presos em um rabo de cavalo e o rosto emoldurado por uma franja que chega até as sobrancelhas. "Ni hao!", saúdam os homens. Ela, sorridente, responde em italiano, "ciao ciao".

Ye Pei, uma chinesa de 17 anos, vive na Itália há apenas poucos meses. Seu vocabulário ainda é limitado, mas ela já aprendeu o suficiente para servir cappuccinos e outras bebidas no bar em que trabalha. Ela vive em Falconara, um balneário na costa leste da Itália.

"O mais importante para mim agora é aprender o idioma", explica a jovem. "Essa é a minha prioridade. Se falar bem o italiano poderei ser independente, mas é muito difícil estudar quando se tem que passar o dia inteiro costurando", afirma Ye.


Como a maioria dos imigrantes chineses na Itália, Ye vem da província de Zhejiang, no oeste da China. Sua terra natal, Qingtian, é cerca de montanhas, com poucas empresas e raras oportunidades de trabalho.

Imigração começou há 30 anos

Os chineses começaram a imigrar para a Itália há 30 anos. A maioria trabalha em fábricas têxteis que operam para grifes italianas. As tarefas são simples: costurar botões em suéteres, colocar zíperes em calças jeans. Muitos deles acabam mais tarde abrindo suas próprias confecções.

Na última década, a quantidade de chineses na Itália triplicou, ultrapassando a marca dos 200 mil, o que corresponde a cerca 20% da população de imigrantes do país. Muitos acabaram trazendo também seus familiares e amigos para trabalharem em seus negócios na Itália. Os chineses têm a reputação de serem trabalhadores flexíveis, rápidos e baratos.

Feito na Itália por mãos chinesas

Na China, os chefes das fábricas, chamados de laoban, costumam fornecer acomodações e alimentação aos funcionários, mas uma minoria paga salário mensal. Os funcionários são pagos por peça produzida.

Jimmy Xu, que gerencia uma confecção em Falconara, justifica que os trabalhadores preferem esse tipo de arranjo porque "os chineses não gostam de salários fixos. Eles pensam 'se eu trabalhar rápido ou lentamente, irei receber a mesma coisa'".


Operários chineses em confecções na Itália: sem documentos e limites de horário

Por essa razão, os trabalhadores, principalmente os mais rápidos, preferem ser pagos por peça. "Dessa forma eles podem ganhar mais dinheiro", explica Xu.

A mãe de Ye, Xue Fen, está na Itália há seis anos. Ela também conseguiu um emprego em uma fábrica gerenciada por chineses, onde trabalha mais de 15 horas por dia e recebe cerca de 750 euros por mês. Na China, ela levaria oito meses para ganhar a mesma quantia.

Xue Fen concorda que os laoban exploram os trabalhadores, mas por outro lado, ela explica que esse arranjo pode ser conveniente para os imigrantes, principalmente para os recém-chegados à Europa.

"Se eu trabalhar para um chefe italiano, terei que pagar aluguel, comprar minha própria comida, o que não deixa de ser um incômodo. Já os chineses ao menos fornecem habitação e refeições. É assim que fazemos na China", esclarece.

Operários sem documentação

A polícia italiana afirma ter descoberto nos últimos anos cada vez mais confecções que empregam operários em situação ilegal, que trabalham sem limites de horários.

Uma policial que não quis se identificar explicou que esse estilo de vida fez com que os chineses acabassem ficando "invisíveis" por muito tempo. "Os chineses são muito inteligentes e bem organizados. Eles optam por ficar em silêncio, sem chamar a atenção, e a polícia acaba os ignorando."

Mas o sucesso comercial dos chineses na última década acabou gerando ressentimentos entre os italianos, conforme a policial. Em um país que sofre com o alto índice de desemprego e em meio a uma crise econômica, esse quadro apenas piorou. Muitos reclamam que os chineses estão descumprindo leis trabalhistas – explorando funcionários, desestabilizando o mercado e levando fábricas italianas à falência.


Mais baratos, chineses trabalham para grifes italianas

Valter Zanin, professor de sociologia da Universidade de Pádua, realizou uma pesquisa sobre fábricas chinesas em seu país e concluiu que mão de obra barata é o que mantém a competitividade dos chineses. Zanin ressaltou que alguns funcionários são forçados a trabalhar até mais de 18 horas por dia.

Alternativas

Mas enquanto a crise econômica europeia perdurar, a indústria da moda na Itália continuará sentido os efeitos da recessão. Até mesmo as confecções dos chineses estão tendo menos contratos. À procura de alternativas, muitos chineses, assim como Ye, migram para o setor de serviços.

Nessa nova linha de trabalho, eles já não são tão invisíveis. A interação diária com os italianos proporciona aos imigrantes a possibilidade de se integrar melhor na sociedade e de aprender mais sobre os costumes locais.

"Vou trabalhar muito para aprender o idioma italiano e adquirir o conhecimento necessário para gerenciar um bar", diz Ye. "Um dia, quando tiver guardado bastante dinheiro, vou abrir meu próprio bar, para que meus pais possam se aposentar mais cedo".

https://www.dw.com/pt-br/crise-na-itália-faz-imigrantes-chineses-procurarem-novos-rumos/a-16852176

Estabelece o regime jurídico do Conselho Nacional de Saúde

Decreto-Lei n.º 49/2016

de 23 de Agosto

O reforço do poder do cidadão no Serviço Nacional de Saúde constitui um dos compromissos do Programa do XXI Governo Constitucional, consubstanciado em várias medidas, entre as quais se destaca a criação do «Conselho Nacional de Saúde no sentido de garantir a participação dos cidadãos utilizadores do Serviço Nacional de Saúde na definição das políticas, contando com a participação das autarquias e dos profissionais, bem como de conselhos regionais e institucionais, como forma de promover uma cultura de transparência e prestação de contas perante a sociedade».

Embora legalmente previsto há mais de 25 anos na Base VII da Lei n.º 48/90, de 24 de Agosto - Lei de Bases da Saúde, e ao longo das várias leis orgânicas do Ministério da Saúde, o Conselho Nacional de Saúde nunca foi criado.

Trata-se de um órgão consultivo do Governo representativo dos interessados no funcionamento das entidades prestadoras de cuidados de saúde, cuja composição, competência e funcionamento constam de diploma próprio, que importa agora concretizar.

Este órgão tem presente as melhores práticas internacionais e traduz o que os estudos de reflexão na área da saúde consideram ser importante, estabelecendo uma aliança de toda a sociedade para definir uma visão para o futuro e ter uma perspectiva de conjunto do sistema.

Foram ouvidos os órgãos do governo próprio das regiões autónomas, a Associação Nacional de Municípios Portugueses, a Associação Nacional de Freguesias, as Ordens dos Biólogos, dos Enfermeiros, dos Farmacêuticos, dos Médicos, dos Médicos Dentistas, dos Nutricionistas e dos Psicólogos, o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas, o Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos, a Comissão Permanente de Concertação Social, o Conselho Nacional para a Economia Social e o Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida…

sexta-feira, 27 de março de 2020

quinta-feira, 26 de março de 2020

Pensamentos para relaxar…

“ Quando Galileu demonstrou que a Terra girava… já os bêbados sabiam disso há séculos!

“As nuvens são como os chefes… quando desaparecem fica um dia lindo…

97% da população não acredita nos políticos, os outros 3% são os políticos.”

“ A hierarquia é como uma prateleira: quanto mais no alto, mais inútil.”

“ Alguns homens gostam tanto das suas mulheres que, para não as gastarem, preferem usar as dos outros.”

“ Por maior que seja o buraco em que te encontras, sorri, porque por enquanto ainda não há terra por cima.”

“Se te estás a sentir sozinho, abandonado, a achar que ninguém te liga… atrasa um pagamento.”

“ Se não puderes ajudar, então atrapalha, afinal o importante é participar.”

" Errar é humano… colocar a culpa em alguém é estratégico.”

“ Antes, eu tinha amnésia, hoje não me lembro.”

“ Não bebas enquanto conduzes! Porque podes entornar a cerveja.”

“ Bebo porque sou egocêntrico… gosto quando o mundo gira à minha volta.”

“ Vivemos tempos em que o fim do mundo não assusta tanto quanto o fim do mês.”

“ Eu não sou contra nem a favor, muito pelo contrário!”

“ O pára-quedas é o único meio de transporte que, quando avaria, você chega mais depressa.

Matemática alternativa. Por favor, não perca isto. É muito actual..

Isto está também a passar-se em Portugal em diversas áreas e circunstâncias… isto tem de parar, para bem das gerações que virão depois de nós.

https://www.youtube.com/watch?v=8l1FAQGsVlo&feature=youtu.be

Stop ao contágio

bom jogo, para fazer sozinho ou em família. Um jogo para toda a família!

Vamos todos aprender mais sobre os vírus, o novo coronavírus e como nos protegermos.

https://www.stopcontagio.pt/

O nosso modo de vida acabou

Concordo com o “levantamento”, pois eu próprio o tenho elencado em conversas possíveis.

"Sentindo-se inseguras, as pessoas começarão a desejar governos fortes, pulsos firmes, autoritários, musculados. E não há dúvida de que, em momentos de aflição, as ditaduras funcionam melhor do que as democracias"

As pessoas estão metidas em casa – as que podem – esperando que o vírus passe.

E todas acreditam que, quando a epidemia passar, daqui a dois ou três meses, tudo voltará ao normal.

Ora isso, infelizmente, não vai acontecer.

O nosso modo de vida vai mudar radicalmente.

Nada voltará a ser como dantes.

Pensemos nos restaurantes De um momento para o outro ficaram vazios.

Perante isso, muitos decidiram fechar as portas: para quê manter a cozinha a funcionar, o serviço de mesas a funcionar, para meia dúzia de clientes?

E os que ainda o não tinham feito fizeram-no por força do estado de emergência – e poucos se adaptarão tão cedo aos novos moldes de funcionamento.

Ora, o que farão aos empregados: continuarão a pagar-lhes, despedi-los-ão ou recorrerão à ajuda especial do Estado?

Se continuarem a pagar-lhes, nalguns casos haverá falências, até porque não se sabe quanto tempo isto irá durar; mas o dinheiro do Estado não chegará para tudo…

E os fornecedores dos restaurantes, o que será deles? Sem clientes, pararão.

E com os bares e os fornecedores dos bares vai acontecer o mesmo: fecharão as portas e deixarão de laborar.

E a maior parte do comércio com porta para a rua, mesmo aquele que não foi obrigado a encerrar, seguirá este caminho: com as pessoas fechadas em casa, para quê manter a porta aberta?

E com os quiosques, as papelarias e as livrarias fechadas, reduzir-se-ão brutalmente os locais para comprar jornais, revistas e livros.

E toda esta indústria tenderá a parar: redacções, tipografias, distribuidoras, fornecedores de papel…

E, claro, tudo o que é espetáculo parou.  O cinema, o teatro, os concertos, as touradas, o futebol.

O caso do futebol é particularmente grave, pois constituía uma poderosíssima indústria.

Para já, este campeonato de futebol e a Taça de Portugal dificilmente chegarão ao fim.

E, sem jogos, não há transmissões televisivas, que eram uma das principais fontes de receita dos clubes; sem jogos, também acabam as receitas de bilheteira e os patrocínios; e os sócios a pouco e pouco desistirão: para quê ser sócio de um clube se não há jogos para ver?

E como poderão os clubes sobreviver durante meses sem receitas televisivas, sem receitas de patrocínios, de bilheteira, de quotização, de merchandising?

Com que dinheiro continuarão a pagar salários milionários a jogadores e treinadores?

E o que vai suceder a todo o negócio que gira à volta do futebol: as estações desportivas de televisão, como a SportTV, os programas desportivos que ocupavam praticamente todas as noites dos canais de informação, os jornais desportivos, etc.?

E toda esta gente – cameramen, locutores, comentadores, jornalistas – vai fazer o quê?

E, de uma forma geral, as pessoas ligadas à área do espetáculo como irão sobreviver?

Os cantores, os actores, os bailarinos, os elementos das orquestras, os operadores de som e de luz…

E as gravações de telenovelas vão continuar, sabendo-se que abundam as cenas íntimas?

E todo o pessoal ligado às viagens e ao turismo?

O comércio internacional vai reduzir-se brutalmente; e as viagens de lazer, bem como os cruzeiros, foram canceladas.

Como vão viver as pessoas ligadas ao sector?

O pessoal das agências de viagens, dos portos e aeroportos, as tripulações de barcos e aviões, os guias turísticos, as empresas de catering?

E o que será do pessoal das muitas fábricas que já pararam, seja por razões de segurança, por falta de matérias-primas ou porque as encomendas não justificavam que se mantivessem em laboração?

Enfim, é um mundo de questões que de repente desaba sobre nós sem respostas à vista.

O leitor já percebeu que vai haver uma vaga gigantesca de desemprego, que o Estado não terá condições para suportar.

Não haverá dinheiro para pagar tudo: aos desempregados, aos que vão para casa cuidar dos filhos, aos reformados.

Com o desemprego, as receitas do Estado diminuirão bruscamente – e, portanto, a capacidade do Governo para cumprir os compromissos diminuirá na mesma medida.

Dificilmente não haverá fome…

É impossível neste momento avaliar toda a extensão da catástrofe.

E não se pense que, quando o vírus passar, tudo recomeçará a funcionar como por milagre.

Há muita empresa que faliu e não voltará a abrir as portas.

Em todas as áreas.

Muita coisa recomeçará do zero.

Por outro lado, os nossos hábitos mudaram.

E instalou-se o medo – que perdurará por muito tempo. Recorde-se a repulsa que os ratos ainda hoje causam, vários séculos após as pestes.

No contacto humano, vamos ser muito mais contidos.

Tão cedo não haverá beijinhos, nem abraços, nem mesmo apertos de mão.

Tudo o que implique grandes concentrações de gente – futebol, concertos, feiras, manifestações políticas, celebrações religiosas – será evitado.

As relações sexuais esporádicas e a prostituição levarão uma grande pancada.

A vida das famílias também vai mudar.

O medo das aglomerações levará muito mais crianças a ficar em casa até à idade escolar, obrigando um dos membros da família a não trabalhar.

A xenofobia e o racismo crescerão, pois tudo aquilo que nos é estranho passará a ser visto com desconfiança. Note-se que as lojas chinesas foram as primeiras a fechar. Qualquer oriental será olhado como potencial portador de um vírus esquisito.

As pessoas vão estar ainda mais tempo ao computador e as redes sociais vão ter um incremento brutal.

Muita gente desenvolverá doenças mentais, porque o isolamento potencia esses problemas.

Mas nem tudo são más notícias.Os canais de televisão informativos Verão aumentar muito as audiências, embora percam publicidade, porque ninguém agora anuncia nada.

As empresas de distribuição ao domicílio também se desenvolverão bastante. Haverá que levar tudo a casa das pessoas: comida, produtos de mercearia, jornais, eventualmente livros, filmes e outros entretenimentos.

Os grandes hospitais darão lugar a unidades mais pequenas e vulgarizar-se-á o internamento em casa.

O teletrabalho também sofrerá um grande empurrão – e as empresas onde ele for agora implementado com sucesso poderão adotá-lo em definitivo.

As crianças estarão mais tempo com os pais em casa.

Além disso, a globalização arrepiará caminho, o que para mim é uma vantagem.

A globalização globaliza o bem e o mal.

Doenças que estão circunscritas a determinadas regiões espalham-se rapidamente por todo o globo.

Já vimos isso com a gripe A (H1N1), agora é o covid-19, amanhã será outra doença qualquer. Se não travarmos a circulação descontrolada de pessoas, as pandemias serão cada vez mais frequentes.

Reduzir-se-ão as viagens de férias para destinos estranhos como o Vietname ou o Camboja.

As fronteiras tenderão a ser mais vigiadas – e Schengen será uma memória progressivamente mais distante.

Com as limitações às viagens, deixará de haver tanta circulação de mercadorias.

Parar-se-á um pouco o consumo desenfreado – e, ao mesmo tempo, as produções brutais que nunca serão vendidas e causam imensa poluição.

E, já agora, esfriará a ‘reunite aguda’, a mania das reuniões por tudo e por nada, que só causam perdas de tempo.

Paradoxalmente, se não houver uma travagem na globalização, a democracia poderá estar em risco, mesmo na Europa.

Sentindo-se inseguras, as pessoas começarão a desejar governos fortes, pulsos firmes, autoritários, musculados.

E não há dúvida de que, em momentos de aflição, as ditaduras funcionam melhor do que as democracias: veja-se o modo como a China conseguiu dominar a doença, em circunstâncias aparentemente muito mais desfavoráveis.

Enfim, muita coisa vai mudar.

O nosso modo de vida acabou.

Haverá um antes e um depois do coronavírus.

José António Saraiva

https://sol.sapo.pt/artigo/689853/o-nosso-modo-de-vida-acabou

Se a Rússia tem poucos casos de coronavírus, por que então construir um novo hospital enorme?

No último dia 10 de Março, o prefeito da capital russa, Serguêi Sobiânin, anunciou que Moscou começaria a construir às pressas um centro de doenças infecciosas para pacientes com coronavírus. Mas, diante do número de casos, a pergunta é por quê?

“Como parte do regime de alerta máximo, decidimos construir uma instalação móvel de um novo hospital de doenças infecciosas”, escreveu o prefeito de Moscou, Serguêi Sobiânin, em seu site em 10 de Março. Ainda segundo ele, o hospital seria construído em um curto período de tempo e equipado com os mais modernos equipamentos.

Duas semanas após o início das obras, as fundações de concreto já foram colocadas, e a construção de um centro de tratamento, composto por 12 edifícios, começou, anunciou o vice-prefeito Andrêi Botchkarev. Em breve, será construída uma unidade de terapia intensiva, com 10 edifícios e capacidade para 250 pacientes.

“Actualmente, cerca de 2.000 trabalhadores e 500 equipamentos estão envolvidos na construção do hospital. No pico de trabalho, mais de 5.000 pessoas estarão envolvidas na construção do centro”, disse Botchkarev.

O hospital terá uma área total de cerca de 70.000 metros quadrados e poderá acomodar 500 pacientes, incluindo a unidade de terapia intensiva. O hospital terá mais de 30 edifícios e diversos departamentos, incluindo:

- Unidade de Emergência

- Centro de Tratamento

- Unidade de Terapia Intensiva

- Laboratório

- Centro de Diagnóstico

- Unidade Infantil, Unidade Cirúrgica e Maternidade

O prefeito ressaltou que o hospital está localizado a 250 metros da área residencial mais próxima, a uma distância “150% maior que a zona sanitária necessária”, portanto, o complexo não apresenta qualquer perigo para os moradores locais.

O hospital ficará pronto em um mês, informou a agência de notícias Moskva.

Hospital por precaução

As notícias de que um novo centro de doenças infecciosas estaria sendo construído às pressas fez com que usuários de redes sociais levantassem suspeitas e indagações.

“Por que, se existem apenas 60 infectados a cada 100.000 habitantes [na Rússia]? E não é tarde demais?”, comentou um usuário no Twitter.

“Há uma semana, eles informaram que um hospital totalmente novo havia sido alocado para os doentes. Se eles estão construindo um novo, por quê?”, questionou outro usuário na rede.

“Eis aqui uma óptima ideia: por que não reabrir hospitais fechados? Mas tudo isso é para gastar dinheiro, não construir hospitais”, comentou uma usuária chamada Elena Valies sobre as notícias relacionadas ao novo hospital.

Ao explicar a decisão de construir o novo instituto, o prefeito disse que, “actualmente, Moscou acaba de isolar casos do novo coronavírus, e as instalações hospitalares existentes estão lidando com isso. No entanto, cada novo caso requer a hospitalização não apenas da pessoa doente, mas de várias outras pessoas”.

“Todos que entraram em contacto com um portador do vírus e estão mostrando sintomas de uma infecção viral respiratória aguda são levados ao hospital”, explicou.

“Existem muitos outros casos de hospitalização ‘preventiva’, quando um caso suspeito de coronavírus não é confirmado posteriormente. E, é claro, a cidade deve estar pronta para qualquer cenário”, concluiu o prefeito.

Isolamento por dentro

Além do novo complexo, uma unidade de um hospital recém-construído no vilarejo de Kommunarka, nos arredores de Moscou, foi especialmente destinada a receber os casos já confirmados e suspeitos de covid-19.

Segundo o médico-chefe, Denis Protsenko, a instalação atende a todos os requisitos de um hospital de doenças infecciosas, com antessalas em todas as entradas da área de pacientes com covid-19. “Cada vez que um membro da equipe entra, eles usam roupas de protecção e material descartável de desinfecção. Até agora, nenhum membro da equipe foi infectado [pelo novo coronavírus]”, disse Protsenko.

“Todos os pacientes em quarentena têm acesso a internet gratuita e cinco refeições por dia”, relata Katerina Nazarova, uma das pacientes do hospital. Todos os alimentos são entregues em recipientes descartáveis ​​individuais.

Os pacientes são testados para coronavírus no primeiro, terceiro e décimo dia da estadia no hospital. Os pisos são lavados com uma solução de água sanitária uma ou duas vezes ao dia. Não é permitida a entrada de visitantes no hospital.

“Estou sozinha em um quarto com dois leitos. Os corredores são amplos e desertos, como na Umbrella Corporation de Resident Evil”, conta Katerina.

O médico-chefe admite que alguns pacientes tentam fugir do hospital, não por causa de más condições, mas porque têm medo de permanecer em uma ala de isolamento por 14 dias – um requisito padrão para todos os pacientes com suspeita de covid-19.

“Alguns pacientes recebem ajuda psicológica. É preciso entender que o auto-isolamento e a quarentena são alguns dos meios mais eficazes. Sou a favor de fechar totalmente a cidade. Acho que isso nos tornaria mais seguros ”, diz Protsenko.

A maioria dos pacientes no hospital também concorda com a posição do médico. Alguns até gravaram um apelo em vídeo para que as pessoas de fora se auto-isolem para se protegerem contra o coronavírus.

“Estou em um hospital de doenças infecciosas com suspeita de coronavírus. Sempre me perguntam: ‘Como vai está, como vai?’ Gente, eu estou bem, está tudo bem. Estou isolado em um momento em que há uma pandemia por aí. E você, não”, diz um dos pacientes em vídeo. “Você está andando pelas ruas, se comunicando com pessoas potencialmente infectadas, tocando os mesmos corrimãos, respirando o mesmo ar. Esteja atento e assuma a responsabilidade por você e por seus entes queridos, faça-o agora. Nas condições actuais, a única maneira de superar esse desastre é se isolando.”

24 de Março de 2020

Victória Riabikova

https://br.rbth.com/estilo-de-vida/83626-poucos-casos-russia-porque-novo-hospital?utm_source=Newsletter&utm_medium=Email&utm_campaign=Email

Coreia do Sul combate "transmissores silenciosos" do coronavírus.

Graças a seu programa abrangente de testes de covid-19 rápidos, descomplicados e, sobretudo, gratuitos, governo sul-coreano está sendo bem-sucedido na detecção de contaminados que não apresentam sintomas.

As estratégias governamentais para combater o novo coronavírus são tão diversas quanto os países que as adoptam. As autoridades nacionais de saúde avaliam de formas diversas, por exemplo, a transmissão assintomática. Normalmente os contagiados mostram os primeiros sintomas dentro de cinco dias, embora em casos excepcionais o período de incubação possa durar até três semanas.

Segundo dados do governo chinês, divulgados pelo jornal South China Morning Post, seria de 30% a percentagem dos "portadores silenciosos", ou seja, aqueles cujos testes do vírus são positivos, mas não apresentam sintomas, ou só bem mais tarde.

Esses números são confirmados por um grupo de especialistas japoneses liderados pelo epidemiologista Hiroshi Nishiura, da Universidade de Hokkaido. Ele constatou que, entre os pacientes japoneses evacuados da cidade de Wuhan, na China, o local de origem da pandemia, a proporção dos infectados sem sintomas era de 30,8%.

São muitos os indícios de que "um volume considerável de casos fica subdiagnosticado", afirmou a equipe japonesa em carta à revista médica International Journal o Infectious Diseases.

Esses números contrastam fortemente com declarações da Organização Mundial da Saúde (OMS), segundo a qual a transmissão assintomática seria "extremamente rara" na União Europeia, constituindo apenas de 1% a 3% dos casos.

Testes descomplicados e gratuitos

Na maioria dos países europeus e nos Estados Unidos, onde só são testados os que apresentam sintomas, o número das infecções segue crescendo rapidamente.

Na Alemanha, por exemplo, onde só é submetido ao teste de coronavírus quem tem sintomas semelhantes aos da gripe e esteve nos últimos 14 dias numa região onde houve casos ou teve contacto com um caso confirmado, nesse mesmo prazo. Quem teve o contacto mas não apresente os sintomas é enviado sem testes em quarentena auto-imposta de 14 dias, que no entanto praticamente não é monitorada. 

Até agora, o coronavírus foi detectado principalmente com a técnica de reacção em cadeia da polimerase em tempo real

Nos epicentros originais do vírus Sars-CoV-2, China e Coreia do Sul, por outro lado, cai sensivelmente o número de novas incidências. Em ambos, são testados todos os que tiveram contacto com um infectado, mesmo que não apresentem sintomas. Em caso positivo, a quarentena de 14 dias, sob vigilância telefónica estrita.

Na Coreia do Sul, as infracções à quarentena são punidas com multas de até 3 milhões de won (2.500 dólares). Um novo projecto de lei prevê elevar as penas a 10 milhões de won e até um ano de prisão.

Após o vertiginoso incremento no fim de Fevereiro, a Coreia do Sul conseguiu reduzir significativamente o número das novas infecções. Actualmente, 9 mil dos cerca de 50 milhões de habitantes foram contaminados, e a eles juntam-se diariamente mais 100. A covid-19 já provocou 120 mortes no país.

Em muitos locais, há pontos de controle e tendas onde qualquer um pode se submeter ao teste de coronavírus de forma rápida, descomplicada e, sobretudo, gratuita. Até o momento, 300 mil cidadãos já participaram, e diariamente podem ser realizados cerca de 20 mil testes, também graças aos mais de 40 postos de teste tipo drive-through por todo o país, que outros governos nacionais também já imitam.

Ao todo, foram testados muito mais indivíduos na Coreia do Sul do que em qualquer outro país: 5,6 por cada mil habitantes. Em comparação, na Alemanha podem ser realizados no máximo 160 mil testes de coronavírus por semana, o equivalente a 1,9 por mil habitantes. Nos EUA só houve até o momento cerca de 30 mil testes.

Interferência na liberdade pessoal

Os sul-coreanos, portanto, estão conseguindo conter o vírus sem decretar toque de recolher nem restrições drásticas às viagens. A vida pública foi, de fato, também fortemente cerceada, e todos devem manter distância interpessoal, mas o país ainda não quer se fechar completamente.

"A Coreia do Sul é uma república democrática. Acreditamos que confinamentos não são uma opção razoável", comentou o especialista em doenças infecciosas Kim Woo-Joo, da Korea University, citado pela revista especializada Science.

Em vez disso, o país asiático empreendeu "o programa de testes mais abrangente e mais bem organizado de todo o mundo, combinado a esforços intensos para colocar os infectados em quarentena, assim como a seus contactos" explicou Kim.

Os exames intensivos possibilitaram também descobrir muitos "portadores silenciosos" no círculo mais próximo dos contaminados, antes de poderem infectar outros. "No momento, a Coreia tem uma parcela de casos assintomáticos bem mais alta do que outras nações, o que talvez se deva a nossos testes abrangentes", comentou Jeong Eun-kyeong, director do Centro Coreano de Controle e Prevenção de Pestes (KCDC).

Paralelamente, Seul interfere drasticamente nos direitos individuais de sua população. Para reduzir ao mínimo o perigo de contágio, os cidadãos recebem informações personalizadas sobre os riscos em sua vizinhança imediata. As autoridades locais têm acesso a informações detalhadas sobre os infectados, incluindo idade, sexo e perfil de deslocamentos.

Desde a crise da síndrome respiratória do Oriente Médio (Mers-CoV) em 2015, o governo coreano está autorizado por lei a coletar dados de celular e cartões de crédito, a fim reconstituir os movimentos de indivíduos testados positivos. Despersonalizados, esses dados são então transmitidos a aplicativos onde qualquer cidadão pode ver se possivelmente encontrou-se com alguém contaminado.

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A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas.

quarta-feira, 25 de março de 2020

SEF trava ‘turistas’ brasileiros, mas Ministério deixa-os entrar

Ver também em: https://sicnoticias.pt/especiais/coronavirus/2020-03-21-SEF-recusou-entrada-de-14-brasileiros-em-Portugal-mas-MAI-revogou-a-decisao

Surrealista: nos últimos dias, 21 de Março de 2020, os inspectores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras quiseram aplicar a legislação de emergência em vigor barrando a entrada a um grupo de brasileiros que aterrou em Lisboa para “fazer turismo” num país fechado, mas o Ministério da Administração Interna revogou a ordem e deu-lhes entrada.

Tudo se passou no Aeroporto da Portela, em Lisboa. Num voo oriundo de São Paulo, o pessoal do SEF identificou 14 passageiros que se propunham deambular por Portugal em “turismo”, quando toda a

gente é severamente aconselhada a manter-se em casa, de quarentena.

A decisão preliminar dos inspectores foi impedir a entrada dos potenciais “turistas”, confinando-os nas instalações do aeroporto até confirmação superior. Eram seis da manhã.

Por volta das oito da noite, chegou a resposta do Ministério, ditada verbalmente pelo próprio ministro Eduardo Cabrita ao director de Fronteiras de Lisboa: as recusas de entrada em Portugal tinham de ser “imediatamente revogadas” e os “turistas” autorizados a entrar no país, sob pena de serem instaurados “processos disciplinares” aos inspectores envolvidos.

E os 14 “turistas” lá entraram em Portugal pela passadeira vermelha, sem terem sido sujeitos a qualquer teste de despistagem do vírus, sem que tivessem sequer de indicar em que locais ficariam alojados durante a sua visita “turística” ao país – e apenas com a vaga recomendação de que “fizessem quarentena”.

Bem prega frei Tomás!

segunda-feira, 23 de março de 2020

Biólogo orienta cuidados contra o Coronavírus com informações técnicas.

https://diariodegoias.com.br/biologo-orienta-cuidados-contra-o-coronavirus-com-informacoes-tecnicas/

    As pessoas precisam de algumas referências para acreditar nas palavras de alguém. Pois bem, tenho 67 anos, sou biólogo aposentado, trabalhei na Seção de Raiva e Encefalomielite do Instituto Biológico de São Paulo, fui assistente do cientista Moacyr Rossi Nilson, trabalhei com o vírus da raiva, um vírus que causa 99% de letalidade. Trabalhei na Seção de Bacteriologia Animal também. Sou professor de biologia.

    Os vírus são muito menores que as bactérias e não são visíveis ao microscópio óptico comum MOC, só com microscópio electrónico ME é possível visualizar e fotografar os vírus. Para exames rápidos de diagnóstico da raiva usamos microscópia de imunofluorescência mas não é um diagnóstico definitivo, requer confirmação e para tal injectamos o material suspeito no meio dos cérebros de 5 ratos brancos, espeta agulha na moleira do rato, afunda e injecta. Após 5 dias os ratos apresentam os sintomas da raiva e o diagnóstico se torna definitivo. Sou especialista nisso.  Bem, agora vou comentar sobre outro vírus.

    Coronavírus é o nome de uma Família de vírus que se divide em dois Géneros, o Género Alphacoronavirus que possui duas Espécies, a CCoV que causa gastroenterite em cães e a Espécie FCoV que causa peritonite infecciosa felina PIF, ambas doenças não atacam os humanos.

    Família coronavírus, Género Betacoronavirus que contém três Espécies que atacam os humanos:

  1. Espécie Mers-Cov -Causa a doença Síndrome respiratória do Oriente Médio 

  2. Espécie SARS-Cov – Causa a doença Síndrome respiratória aguda grave.

  3. Espécie SARS-Cov 2 – Causa a doença CoVID-19 essa que está nos atacando agora.

      Muito bem…Quando nos confrontamos com um inimigo, a primeira providência é examinar quais são os pontos fracos do inimigo.

      Esses vírus possuem uma estrutura extremamente primitiva e muito frágil. É apenas um filamento de RNA envolvido por uma película lipoproteica ou seja, uma fina membrana esférica de gordura e proteína, muito fina e que não é eficiente contra a desidratação e nem como isolante térmico. Ao ar livre o vírus desidrata, seca e morre. Ele necessita sair do doente infectado e entrar pela boca, nariz ou olhos da vítima sadia e assim infectar mais um e causar a doença nele.

      Na China constataram que esse vírus se mantém vivo por algumas horas fora do corpo do doente e esse tempo de vida vai depender de onde esse vírus caiu após ter saído do corpo do doente.

      Se esse vírus cair em um local exposto à luz solar, ele morre em minutos, se for sob o Sol do meio dia, morre em 2 ou 3 minutos, ele não suporta os raios ultravioleta e também desidrata rapidamente se tomar a luz do Sol directamente. Em tempo nublado dura um pouco mais, talvez até uns 15 minutos.

      Se esse vírus sair do doente num lugar sem luz solar incidindo directamente nele, um local sombreado como dentro de casa ou dentro de algum veículo e o vírus cair sobre papel, madeira, roupas e cabelos, ele sobrevive por 6 horas.

      Se o vírus cair sobre superfícies lisas, sombreadas e frias como vidro, mármores, azulejos, metais lisos, ele sobrevive por 12 horas.

      Mesmo sendo muito pequenos os vírus possuem algum peso e a tendência é cair assim que saem numa tosse, num espirro ou simplesmente uma pessoa falando está batendo a língua no céu da boca e nos dentes e isso vai espirrando gotículas invisíveis cheias de vírus que saem da boca. Mesmo apenas a respiração do doente já é suficiente para liberar vírus no ar.


      Estratégias explorando as fragilidades do inimigo:

    1. Isolamento social: Fundamental isso. As pessoas não devem se aproximar. A pessoa infectada pode não apresentar sintomas mas está produzindo trilhões de vírus em seu organismo e esses vírus saem pela respiração dela.

    2. Higiene correcta: Ao usar um transporte público durante uma epidemia, é 100% certeza que em suas roupas e cabelos existem vírus vivos da doença e se apenas (1) um desses vírus atingir as mucosas dos olhos, boca ou nariz, a pessoa será infectada. 

    3. Estratégia: Tendo consciência disso, não passar os dedos nos olhos, na boca e nem no nariz.Chegar em casa e não tocar em nada e nem em ninguém antes de lavar as mãos. Retire a roupa que usou e pendure num local de pouco movimento e deixe a roupa lá por no mínimo 8 horas, lembre que sobre a roupa os vírus ficam vivos por 6 horas. Você pendura as roupas à noite e de manhã os vírus já estarão mortos e você poderá usar essas roupas novamente mesmo que não tenham sido lavadas. 

    4. Lave os cabelos. Não vá dormir com os cabelos infectados. O vírus é altamente sensível ao pH básico do sabão, sabonete, detergente; o shampoo não é muito eficiente pH quase neutro, use sabonete nos cabelos, é melhor. Ao tocar maçanetas, torneiras ou qualquer superfície lisa onde outras pessoas tocaram antes, em seguida não toque nos olhos, nariz nem boca, lave as mãos o quanto antes.

    5. Mantenha sua casa restrita a sua família mais íntima, não receba visitas durante a quarentena. Não adianta você tomar todos esses cuidados se as visitas não fizerem o mesmo. Se possível durmam em cômodos diferentes da casa.

    6. Desinfectantes. O vírus é altamente vulnerável a qualquer desinfectante, água sanitária, Lysoform, Pinho Sol e, com destaque o álcool etílico porque esse pode ser aplicado sobre a pele mas os outros não. As autoridades recomendam á população o uso do álcool gel 70° que contém 70% de álcool e 30% de água, recomendam esse porque esse não é explosivo, contudo quanto menos diluído for o álcool mais desinfectante ele é; em laboratório é comum usarmos o álcool 92° mas a venda ao público é proibida porque esse é altamente inflamável e explosivo mas contudo é esse que eu uso para mim mesmo, precisa ter muito cuidado para não incendia-lo, os acidentes com esse tipo de álcool costumam ser muito graves, a garrafa explode e incendeia tudo ao seu redor. Existe também o álcool absoluto 100% álcool e 0% de água mas esse vai queimar a sua pele e é muito caro também. O álcool 46° usado em limpeza é fraco mas é melhor que álcool nenhum, é útil para as mãos e limpeza de superfícies lisas. 

    7. Use máscara cirúrgica todas as vezes que sair de casa ou for se aproximar de outras pessoas.

    Observações finais:

    Esse vírus possui uma capacidade infectante extraordinária, esse é o ponto forte dele porém a doença que ele causa tem baixo índice de mortalidade se comparado aos piores vírus que existem.

    Vírus rábico da raiva, taxa de mortalidade de 99,9%.

    Vírus Ébola taxa de mortalidade de 66%.

    O vírus SARS-Cov 2 que causa a doença CoVID-19 tem taxa de mortalidade de até 20% em idosos com doenças pré existentes, diabéticos, hipertensos, cardíacos, asmáticos, aideticos, pessoas em tratamento de câncer e principalmente transplantados imunodeprimidos.

    Em adultos a taxa de mortalidade é de apenas 2%, morrem principalmente os fumantes, em crianças a taxa de mortalidade é praticamente zero % com raríssimas excepções.

    Selecção natural:

    Assim como ocorreu na epidemia pelo vírus H1N1 a gripe suína, todas as pessoas pegaram o vírus, a maioria desenvolveu anticorpos e daí em diante ficaram imunes a essa doença.

    Esse vírus SARS-Cov 2 que causa a doença CoVID-19. Todas as pessoas vão pegar também, a maioria desenvolverá anticorpos e ficarão imunes porém nesse processo é necessário frear a velocidade de disseminação do vírus porque se pegar em todos rápido demais o sistema de saúde não dará conta de socorrer 20% da população de idosos e 2% da população de adultos. Que todo mundo vai se infectar com esse vírus é certeza, as medidas restritivas que estão sendo tomadas são apenas para desacelerar a transmissão.

    Sobreviverão os mais fortes e mais sadios, morrerão os mais fracos e mais doentes, a natureza funciona assim e não há como mudar isso.

    Redacção de:
    Luiz Augusto Vassoler
    – Biólogo –