segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Margem zero para ano eleitoral

António Costa precisa de usar toda a sua habilidade política para enfrentar um ciclo eleitoral que começa com erosão nas sondagens, arrefecimento na economia, contestação social e sem dinheiro para distribuir. No momento em que o Governo se prepara para regressar à mesa das negociações com os enfermeiros, funcionários públicos e professores, o ministro das Finanças avisa: não há espaço para aceitar quaisquer exigências. Em declarações ao Expresso, Mário Centeno assume que “não há margem nenhuma para acomodar novos aumentos de despesa”. A economia europeia está a desacelerar, o PIB português fechou 2018 com um crescimento duas décimas abaixo da meta do Governo e o Estado deverá ter de meter mais de mil milhões de euros no Novo Banco. Mas, mesmo assim, Centeno não se desvia da meta do défice de 0,2% do PIB para este ano. “A meta do défice é para manter”, garante. Mais um teste à resiliência do primeiro-ministro. Expresso.

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