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terça-feira, 8 de agosto de 2023

Não seja tão exigente quanto a um emprego, dizem os graduados da faculdade na China

Sob pressão de Pequim, as escolas chinesas foram instruídas a fazer mais para garantir empregos para os alunos, que enfrentam perspectivas sombrias.

Na cerimónia de formatura deste ano da Faculdade Metropolitana de Ciência e Tecnologia de Chongqing, no sudoeste da China, a turma de formandos não recebeu a habitual mensagem elevada de perseguir seus sonhos. Em vez disso, eles receberam uma dura dose de realidade.

“Você não deve almejar muito alto ou ser exigente com o trabalho”, disse Huang Zongming , o presidente da faculdade, para mais de 9.000 formandos em junho. “As oportunidades são passageiras.”

Um número recorde de graduados chineses está entrando no mercado de trabalho, agravando as perspectivas de emprego já sombrias para os jovens do país. A confluência está aprofundando uma das questões mais intratáveis ​​que impedem que a segunda maior economia do mundo recupere sua vitalidade.

A taxa de desemprego da China para jovens de 16 a 24 anos em áreas urbanas atingiu um recorde de 21,3% em junho. Espera-se que os números de julho sejam ainda maiores, pois a próxima onda de graduados passa oficialmente de estudantes para candidatos a emprego.

Os formuladores de políticas do governo que lutam para resolver o problema agora estão contando com as faculdades para fazer mais para encontrar empregos para os graduados. O desempenho profissional dos administradores escolares já estava vinculado à porcentagem de seus alunos que encontram emprego após a formatura. Agora, os principais funcionários das escolas estão sendo incentivados a visitar as empresas para descobrir oportunidades. Em alguns casos, o escrutínio é tão intenso que os alunos recorrem a forjar ofertas de emprego para aplacar os funcionários da escola.

Nas últimas três décadas, à medida que a economia da China crescia aos trancos e barrancos, mais pessoas frequentavam a faculdade, vendo-a como um caminho para carreiras promissoras. O número de alunos matriculados em faculdades e universidades aumentou para 10,1 milhões em 2022, de 754.000 em 1992, de acordo com o National Bureau of Statistics.

Espera-se que a turma de formandos deste ano de 11,6 milhões de alunos seja a maior de todos os tempos, e espera-se que as turmas futuras sejam ainda maiores. Ao mesmo tempo, a economia não está crescendo como antes .

O problema do desemprego juvenil pode demorar uma década, trazendo ramificações potencialmente maiores para a liderança do país, disse um relatório de junho do China Macroeconomy Forum, um think tank da Universidade Renmin da China.

“Se não for tratado adequadamente, causará outros problemas sociais além da economia e pode até acender o pavio de problemas políticos”, disse o relatório.

A taxa de desemprego juvenil da China dobrou nos últimos quatro anos, um período de volatilidade econômica induzida pelas medidas “zero Covid” de Pequim que deixaram as empresas cautelosas em contratar.

Além disso, as medidas repressivas do governo e a supervisão mais rígida subjugaram setores outrora vibrantes, como educação on-line, tecnologia e imóveis - campos aos quais os jovens se reuniam em busca de empregos.

A partir de 2020, o Alibaba, uma das maiores empresas de tecnologia da China, foi alvo de escrutínio do governo. No ano passado, a empresa reduziu seu número de funcionários em cerca de 11.700, ou cerca de 5% de sua força de trabalho, de acordo com um relatório divulgado pela Academia Chinesa de Ciências Sociais, um órgão que trabalha sob o Conselho de Estado da China.

E à medida que mais jovens buscavam o ensino superior, houve uma incompatibilidade entre os empregos que eles desejam e o que está disponível. A economia da China não criou o suficiente dos empregos de colarinho branco com altos salários que muitos recém-formados estão procurando, intensificando a competição pelos cargos mais atraentes.

Depois que o crescimento econômico desacelerou significativamente no segundo trimestre, Pequim divulgou um pacote de 31 pontos de iniciativas políticas e medidas de apoio em julho, incentivando empresas privadas a criar empregos.

Em um relatório de maio sobre o desemprego juvenil na China, o Goldman Sachs disse que os jovens são especialmente vulneráveis ​​a perder seus empregos ou não serem contratados em crises econômicas porque têm menos experiência de trabalho.

Em junho, o Ministério da Educação da China disse às escolas e autoridades locais que ajudassem os graduados a encontrar empregos “com senso de dever e urgência”, citando a preocupação do Partido Comunista e dos principais líderes do governo.

O ministério também disse aos funcionários do Partido Comunista e aos administradores escolares que deveriam visitar as empresas para procurar vagas de emprego para estudantes em cursos com baixas taxas de emprego. Na província de Hunan, o departamento de educação emitiu recentemente um aviso exigindo que as escolas apresentem uma explicação se mais de 20% dos graduados encontrarem trabalho de meio período ou autônomo em vez de um emprego de período integral. A província de Sichuan disse que suas faculdades considerariam o cancelamento de cursos com baixa taxa de emprego por dois anos consecutivos.

Cada vez mais, a mensagem transmitida aos jovens é que eles não devem ser muito seletivos ao escolher um emprego e que suportar tempos difíceis constrói o caráter. Xi Jinping, o principal líder do país, disse que os jovens devem se esforçar para trabalhar em áreas difíceis e remotas e aprender a “ comer amargura ”, uma expressão chinesa que significa suportar dificuldades. Mas até mesmo se tornar um funcionário público iniciante é mais desafiador hoje em dia, com muito mais pessoas prestando vestibular do que empregos disponíveis.

Os administradores da faculdade estão sentindo a pressão para cumprir os mandatos de emprego do governo.

Os superiores pressionam as escolas e as escolas apenas pressionam os funcionários”, disse Emma Zhu, conselheira de carreira de uma faculdade na província de Zhejiang.

Stella Xu, que trabalha como conselheira de carreira em uma faculdade na província de Hubei, disse que seu chefe distribuiu classificações das taxas de emprego de cada conselheiro e pediu que eles fornecessem atualizações sobre vagas de emprego em todas as reuniões mensais.

Você coloca uma pressão invisível sobre si mesmo”, disse Xu, que disse ter uma taxa de emprego “muito boa” depois de aconselhar mais de 250 graduados este ano. “Ficaria mal se você estivesse muito atrás dos outros.”

A Sra. Xu disse que quando visitava as empresas, ela tentava persuadir os empregadores a receber mais graduados do que eles procuravam. Ela disse que estimulou seus alunos a garantir ofertas de emprego rapidamente e disse-lhes que deveriam entregar os acordos de oferta de emprego à escola até o dia da formatura.

“Estou muito preocupada todos os dias sobre o motivo pelo qual alguns alunos não foram empregados”, disse ela.

À medida que a campanha de pressão sobre as faculdades se intensifica, estudantes e administradores estão adotando medidas extremas.

Por US$ 17 no Taobao, um site de comércio eletrônico chinês, um fornecedor está vendendo ofertas de emprego forjadas de uma empresa de manufatura com o selo da empresa e o número de registro. Além de fornecer o documento, o fornecedor também responderá às ligações de confirmação da escola ou do departamento de educação local.

Jessamine Wang, 23, que se formou em administração financeira em uma universidade em Chengdu, no sudoeste da China, decidiu fazer o concurso público depois de se candidatar, sem sucesso, a mais de 100 empregos. Seu conselheiro de carreira a incentivou a entregar uma oferta de emprego falsa de uma empresa de qualquer maneira e ameaçou minar suas perspectivas de emprego no governo se ela não o fizesse. A Sra. Wang disse que recusou.

Lucia Xu, 22, deu a seu conselheiro de carreira uma oferta de emprego falsa em uma construtora onde trabalhava um amigo da família. Ela está planeando fazer os exames de pós-graduação neste inverno e não vai procurar emprego enquanto estiver estudando para os testes.

“Se você não assinar um, eles o incomodarão cada vez mais. Quanto mais se aproxima da formatura, mais eles pressionam”, disse Xu


Claire Fu

 cobre notícias na China continental para o The New York Times em Seul. Mais sobre Claire Fu

Daisuke Wakabayashi é correspondente de negócios na Ásia para o The Times, baseado em Seul. Mais sobre Daisuke Wakabayashi

sexta-feira, 14 de julho de 2023

Construção do Extremely Large Telescope avança a bom ritmo. Metade do telescópio já está concluída

 


Espantoso!

O Observatório Europeu do Sul prevê que a construção dos restantes 50% do Extremely Large Telescope decorra mais rapidamente do que a primeira metade, apontando para um prazo de cerca de cinco anos.

Ver aqui :

https://tek.sapo.pt/noticias/ciencia/artigos/construcao-do-extremely-large-telescope-avanca-a-bom-ritmo-metade-do-telescopio-ja-esta-concluido


quinta-feira, 6 de julho de 2023

Princípios dos Povos Andinos

PRINCÍPIOS Andinos (quechuas)

pachamama


YACHAY

Se aprendes alguma coisa, aprenda bem. E depois a ensine com alegria e honestidade, dialogando e escutando.

MUNAY

Se amas, ama bem. Compartilha com carinho e humildade

LLANK’AY Se faz, faça bem. Com sabedoria, alegria e energia. Trabalha por tua família, tua comunidade, pela humanidade e pela Terra. Se errares, corriga-te e siga diante com firmeza.

KAWSAY

Ama, respeita e protege a vida com a tua vida. Honre e agredeça a nossos antepassados que te deixaram como herança o que agora podes desfrutar. Lega aos nossos descendentes um mundo harmonioso, com bem-estar e abundância para todos.

AYLLU

Reconheça-te nos demais, que são você mesmo. Cria e deixe-se criar. Respeite as diferenças com tolerância, em integração e complementaridade.

AYNI Partilhe com todos os seres que te rodeiam. Lembre-se que para receber, primeiro tens que dar.

K’INTU Ofereça o melhor de ti mesmo, de teu entendimento, de teu sentimento, de teus antos, de teus conselhos.

CHEQA Reconheça a realidade para além da tua verdade e entenda a verdade dos outros sem pretender impor a tua. Esses são os princípios pelos quais os povos originários andinos pautam sua vida!

Esses são os princípios pelos quais os povos originários andinos pautam sua vida!

Fonte: http://hernehunter.blogspot.com.br/

segunda-feira, 3 de julho de 2023

Por que o livro de Enoque não é considerado um cânone da Bíblia?

O livro de Enoque foi editado em meados do século III a.C  e não considera-se que nenhuma das Sagradas Escrituras canónicas judaicas ou cristãs – do Antigo Testamento – tenham sido a inspiração desse livro. A única vertente que admite o livro de Enoque em suas escrituras mais remotas é a dos coptas – que são os cristãos egípcios com sua própria denominação ortodoxa.

Mesmo que nos escritos judaicos até o fim do século I d.C. não tenham menções ao livro de Enoque, acredita-se que exista uma certa influência dele, devido à existência de anjos caídos e gigantes. Dentre os judeus, existia um grupo denominado Quram, que detinha diversos escritos bíblicos, inclusive, o livro de Enoque.  No entanto, ainda se discute a validade dos documentos desse grupo como autênticos ou não, já que eles contam com influência de outras culturas, como fariseus e caduceus.

A maior ‘evidência’ da legitimidade do livro de Enoque está na epístola de Judas (versículos 14-15): “Para estes também profetizou Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que veio o Senhor com os seus milhares de santos, para executar juízo sobre todos e convencer a todos os ímpios de todas as obras de impiedade, que impiamente cometeram, e de todas as duras palavras que ímpios pecadores contra ele proferiram.”

Mas mesmo com essa ‘documentação’ ainda não existe uma comprovação, visto que isso não significa necessariamente que o livro tenha sido escrito por meio da inspiração divina.

quarta-feira, 26 de abril de 2023

Alimentos para soltar o intestino do bebé

Alguns alimentos que podem ser incluídos na alimentação do bebé a partir dos 6 meses, para ajudar a soltar o intestino, são:

  • Frutas, como mamão, laranja, abacate, banana nanica, uva, kiwi, melão, figo, ameixa, melancia, manga, abacaxi;
  • Legumes, como abóbora, almeirão, tomate, pepino, couve, espinafre, batata doce, vagem e vegetais folhosos;
  • Cereais integrais, como aveia em flocos, arroz integral, macarrão integral e milho;
  • Leguminosas, como grão de bico, ervilha, lentilha e feijão.

Além disso, bebés acima de 1 ano também já podem consumir iogurte natural, que contém probióticos que melhoram a flora intestinal e combatem a prisão de ventre. Veja alguns laxantes caseiros para bebés.


4 laxantes naturais e seguros para bebés e crianças

A prisão de ventre é comum em bebés e crianças, principalmente nos primeiros meses de vida, porque o sistema digestivo ainda não está bem desenvolvido, e por volta dos 4 a 6 meses, quando começam a ser introduzidos novos alimentos. Existem alguns remédios caseiros que são considerados seguros e que podem ser usados para regular o trânsito intestinal da criança, auxiliando no tratamento da prisão de ventre, como a água de ameixa ou o xarope de figo com ameixa.

No entanto, no caso dos bebés com menos de 4 meses os remédios caseiros podem não ser indicados, sendo recomendado pelo pediatra medidas que ajudam a melhorar o funcionamento do intestino do bebé e aliviar as cólicas, como massagem na barriga do bebé, e que a mão evite o consumo de alimentos que podem causar gases. Veja mais dicas do que fazer para aliviar as cólicas no bebé.

Mesmo com a ajuda destes remédios caseiros, se o bebé não ganhar peso, se chorar com dores e não conseguir evacuar, deve-se estar atento para levá-lo ao pediatra, caso o problema se mantenha.

1. Água de ameixa

Colocar 1 ameixa num copo com cerca de 50 ml de água e deixar descansar durante a noite. Dar ½ colher de sopa da água ao bebé pela manhã e repetir o processo 1 vez por dia, até o intestino voltar a funcionar.

Para bebés com mais de 4 meses, pode-se espremer a ameixa através de uma peneira e dar 1 colher de chá por dia do suco.

2. Xarope de figo e ameixa

O xarope de figo e ameixa está indicado para crianças maiores de 3 anos de idade.

Ingredientes

  • 1/2 xícara de figos picados com casca;
  • 1/2 xícara de ameixas picadas;
  • 2 xícaras de água;
  • 1 colher de melaço

Modo de preparo

Colocar numa panela os figos, as ameixas e a água e deixar descansar por aproximadamente 8 horas. Em seguida, levar a panela ao fogo, acrescentar o melaço e deixar ferver por alguns minutos, até que as frutas amoleçam e o excesso de água evapore. Retirar do fogo, bater tudo no liquidificador e guardar num pote de vidro com tampa, que tenha sido esterilizado em água a ferver por 10 minutos.

Pode-se tomar 1 colher do xarope por dia, sempre que houver necessidade.

3. Papa de aveia

Substituir as papas de arroz, trigo ou maisena pela papa de aveia, pois é rico em fibras que ajudam a melhorar o trânsito intestinal do bebé e da criança.

Além disso, é importante oferecer bastante água no intervalo das refeições, que ajuda a hidratar as fezes e tornar mais fácil a sua passagem pelo intestino.

4. Suco de laranja e ameixa

Espremer 50 ml de sumo de laranja lima, adicionar 1 ameixa preta e bater no liquidificador. Para crianças maiores de 1 ano, dar o sumo 1 vez por dia, por, no máximo, 3 dias consecutivos. Se a prisão de ventre persistir, deve-se falar com o pediatra.

Para crianças menores de 1 ano, deve-se oferecer de 10 a 30 colheres de chá apenas do sumo de laranja lima.

Quando usar supositórios e levar ao médico

Deve-se procurar o pediatra se a prisão de ventre durar mais de 48 horas, pois ele pode recomendar o uso de supositórios e lavagem intestinal.

Além disso, é preciso estar atento à presença de feridas no ânus do bebé ou de sangue nas evacuações, pois as fezes ressecadas podem causar fissuras anais. Essas fissuras fazem a evacuação ser muito dolorosa para o bebé, e ele automaticamente retém as fezes para evitar a dor. Nestes casos, também é preciso procurar o pediatra o mais brevemente possível. Saiba mais sobre fissura anal.

Veja outros alimentos que são bons para soltar o intestino do bebé.

https://www.tuasaude.com/

Como fazer: Pão de linhaça

    Receitas saudáveis com semente de linhaça.



    Ingredientes:

    • 2 ½ xícaras de chá de farinha de trigo integral;

    • 2 ½ xícaras de chá de farinha de trigo comum;

    • 2 xícaras de chá de farinha de centeio;

    • 1 xícara de chá de semente de linhaça triturada;

    • 1 colher de sopa de fermento químico em pós;

    • 1 colher de chá de mel;

    • 2 colheres de chá de manteiga;

    • 2 ½ xícaras de chá de água morna;

    • 2 colheres de chá de sal;

    • 1 ovo para pincelar.

      • Modo de preparo:

        Misturar todos os ingredientes em uma bacia e sovar até a massa ficar homogênea e lisa. Cobrir a massa com um pano e deixar descansar por 30 minutos. Modelar os pães e colocá-los em forma untada, assando em forno pré-aquecido a 180ºC por 40 minutos.

        https://www.tuasaude.com/

      sexta-feira, 24 de março de 2023

      O que é compostagem e como fazer?

      Fazer compostagem doméstica reduz gases do efeito estufa, lixo orgânico e faz bem para saúde

      1. Como se faz a compostagem?

      2. Quais são as 3 fases da compostagem?

      2.1. 1ª) Fase mesofílica

      2.2. 2ª) Fase termofílica

      2.3. 3ª) Fase da maturação

      3. História da compostagem

      4. O que é uma composteira?

      5. Minhocas na compostagem

      6. Composteira automática

      7. Factores que influenciam na geração e na qualidade do composto

      7.1. Organismos

      7.2. Temperatura

      7.3. Umidade

      7.4. Aeração

      8. Cuidados

      9. Para que serve a compostagem

      10. Chorume

      Compostagem é o processo biológico de valorização da matéria orgânica, seja ela de origem urbana, doméstica, industrial, agrícola ou florestal, e pode ser considerada como um tipo de reciclagem do lixo orgânico. Trata-se de um processo natural em que os micro-organismos, como fungos e bactérias, são responsáveis pela degradação de certos tipos de resíduos, transformando-a em húmus, um material muito rico em nutrientes e fértil.

      A prática feita em casa ainda faz bem para a saúde. De acordo com um estudo, o contacto com uma bactéria presente no húmus pode ser usado como antidepressivo e diminui alergias, dores e náuseas.

      A compostagem ajuda na redução das sobras de alimentos, tornando-se uma solução fácil para reciclar os resíduos gerados em nossa residência. Confira o vídeo acima, do Canal do Portal eCycle do YouTube, para entender, de forma bem resumida, o que é compostagem. Se curtir, inscreva-se no canal! Confira abaixo mais detalhes de como ela ocorre e como realizá-la.

      Como se faz a compostagem?

      A compostagem do lixo acontece em fases, sendo elas muito distintas umas das outras.

      Quais são as 3 fases da compostagem?

      1ª) Fase mesofílica

      Nessa fase da compostagem, os fungos e as bactérias mesófilas (activas a temperaturas próximas da temperatura ambiente) começam a se proliferar na matéria orgânica aglomerada na composteira, fazendo a decomposição do lixo orgânico. Primeiro são metabolizadas as moléculas mais simples. Nessa fase, as temperaturas são moderadas (cerca de 40°C) e dura em torno de 15 dias.

      2ª) Fase termofílica

      É a fase mais longa, podendo se estender por até dois meses, dependendo das características do material que está sendo compostado. Nessa fase, entram em cena os fungos e as bactérias denominados de termófilos, que são capazes de sobreviver a temperaturas entre 65°C e 70°C, à influência da maior disponibilidade de oxigénio – promovida pelo revolvimento da pilha inicial. A degradação das moléculas mais complexas e a alta temperatura ajudam na eliminação de agentes patógenos.

      3ª) Fase da maturação

      É a última fase do processo de compostagem, podendo durar até dois meses. Nessa fase, há a diminuição da actividade microbiana, da temperatura (até se aproximar da temperatura ambiente) e da acidez. É um período de estabilização que produz um composto maturado. A maturidade do composto ocorre quando a decomposição microbiológica se completa e a matéria orgânica é transformada em húmus, livre de toxicidade, metais pesados e patógenos.

      O húmus é um material estável, rico em nutrientes e minerais, que pode ser utilizado em hortas, jardins e para fins agrícolas, como adubo orgânico, devolvendo à terra os nutrientes de que necessita e evitando o uso de fertilizantes sintéticos.

      História da compostagem

      A compostagem orgânica não é uma prática nova, mas está ganhando popularidade ao passo que há uma tendência maior de preocupação com a sustentabilidade. Há muito tempo agricultores já utilizavam o método de reciclagem do lixo doméstico para obtenção de adubo orgânico.

      No oriente médio, principalmente na China, a compostagem vem sendo aplicada há séculos. Já no ocidente, ficou conhecida em 1920, a partir dos primeiros experimentos de Sir Albert Howard. O Inglês Howard era considerado um dos propulsores da compostagem doméstica na província Indiana de Indore, onde tentou efectuar o processo com resíduos de uma só natureza e concluiu que era necessário misturar diversos tipos.

      Também na Europa, a técnica era usada durante os séculos XVIII e XIX pelos agricultores que transportavam os seus produtos para as cidades em crescimento e, em troca, regressavam às suas terras com os resíduos sólidos urbanos das cidades para utilizá-los como corretivos orgânicos gerados do solo. Assim, os resíduos eram quase que completamente reciclados por meio da compostagem e da agricultura.

      Com a expansão das áreas urbanas e o aumento populacional e do consumo, houve mudanças na qualidade dos resíduos sólidos, que acabaram tornando-se cada vez mais inadequados para o processo de compostagem de lixo. Logo, a técnica perdeu popularidade.

      Entretanto, nos dias de hoje, com a pressão para a utilização de métodos direccionados para a preservação do meio ambiente, há um novo interesse em compostagem de restos de comida em casa como uma solução para a redução do volume de lixo que é encaminhado para aterros e lixões todos os dias.

      Esse hábito ainda pode fornecer uma opção saudável de adubo orgânico para plantas e hortas. Com isso, cada vez mais pessoas querem colocar a mão na massa e fazer a sua própria compostagem, mas muitas não sabem por onde começar.

      O que é uma composteira?

      A composteira nada mais é do que o lugar (ou a estrutura) próprio para o depósito e a compostagem do material orgânico, onde o lixo orgânico será transformado em húmus.

      A composteira pode assumir diversos formatos e tamanhos – isso depende do volume de matéria orgânica que é produzida e também do espaço livre disponível para sua alocação, mas todas têm a mesma finalidade.

      As composteiras podem ser instaladas em casas ou apartamentos e possuir tamanhos e preços variados. Para além disso, o processo também pode ser realizado directamente no solo.

      Minhocas na compostagem

      Uma forma de acelerar a compostagem orgânica é por meio do uso de minhocas californianas (espécie Eisenia foetida mais indicada para o processo). Isso porque as minhocas digerem a matéria orgânica, facilitando o trabalho dos micro-organismos.

      Esse tipo de compostagem recebe o nome de vermicompostagem ou compostagem com minhocas. Para saber mais sobre esse tema, dê uma olhada na matéria: “Vermicompostagem: conheça as vantagens dessa técnica que reduz o lixo orgânico“. Para conhecer mais de perto as minhocas dê uma olhada na matéria: “Minhoca: importância ambiental na natureza e em casa“.

      Composteira automática

      A compostagem também pode ser feita por meio da composteira automática, que envolve maior praticidade, pois a decomposição é mais rápida e, ao em vez de minhocas, utiliza-se poderosos micro-organismos patenteados (dentre eles, o Acidulo TM), capazes de se multiplicarem em altas temperaturas, salinidade e acidez, saiba mais sobre esse tema lendo a matéria “Composteiras automáticas trazem agilidade e eficiência no reaproveitamento de resíduos domésticos“. Com isso, é possível inserir alimentos ácidos, carne, ossos, espinhas de peixe, frutos do mar, ao contrário da compostagem com minhocas, ou vermicompostagem.

      Nessa última, também não se recomenda a deposição em excesso de gorduras e lacticínios, pois retardam a decomposição. Também existem resíduos que não vão para nenhum dos tipos de composteira, porém devemos destinar correctamente. Para saber mais a respeito, dê uma olhada na matéria: “O que pode colocar na composteira?“.

      Ao identificar o melhor tipo de processo (compostagem ou vermicompostagem) e de composteira para a casa, família e orçamento, muitas pessoas ainda têm uma dúvida: se a composteira caseira é higiénica. Essa dúvida é recorrente devido a existência de chorume e pela necessidade de lidar com restos de alimentos que podem exalar mau odor e atrair animais.

      O fato de haver minhocas nas composteiras também assusta. Mas esse receio não tem muito fundamento como mostra a matéria “Entrevista: composteira caseira é higiénica” com Cesar Danna, do site de soluções para resíduos orgânicos Minhocasa.

      Factores que influenciam na geração e na qualidade do composto

      São muitos os factores que podem influenciar na quantidade e qualidade dos compostos gerados durante esse processo, os principais são os seguintes:

      Organismos

      A transformação da matéria orgânica bruta para húmus é um processo, basicamente, microbiológico, operado principalmente por fungos e bactérias, que, durante as fases da compostagem, alternam espécies de micro-organismos envolvidos. Também há a colaboração da macro e mesofauna, como minhocas, formigas, besouros e ácaros, durante o processo de decomposição;

      Temperatura

      Um dos factores de grande importância no processo de compostagem. Esse processo de decomposição da matéria orgânica por micro-organismos se relaciona directamente à temperatura, por meio de micro-organismos que produzem o calor, pela metabolização da matéria orgânica, estando a temperatura relacionada a vários factores, como materiais ricos em proteínas, baixa relação carbono/nitrogénio, umidade e outros.

      Materiais moídos e peneirados, com granulometria mais fina e maior homogeneidade, originam uma melhor distribuição de temperatura e menor perda de calor. Veja mais detalhes na matéria “Condições básicas para manutenção da composteira: temperatura e umidade“.

      Umidade

      A presença de água é fundamental para o bom desenvolvimento do processo, pois a umidade garante a actividade microbiológica, isso se deve porque, entre outros factores, a estrutura dos micro-organismos consiste de aproximadamente 90% de água e, na produção de novas células, a água precisa ser obtida do meio, ou seja, neste caso, da massa de compostagem.

      Porém, a escassez ou o excesso do líquido pode desacelerar a compostagem – se houver excesso, é necessário acrescentar matéria seca, como serragem, ou folhas secas.

      A faixa de umidade óptima recomendada para se obter um máximo de decomposição está próxima de 50%, devendo haver uma maior atenção ao teor de umidade durante a fase inicial, pois esta precisa de uma adequação do suprimento de água para promoção do crescimento dos organismos biológicos envolvidos no processo e para que as reacções bioquímicas ocorram no tempo certo, durante o processo de compostagem. Saiba mais detalhes na matéria “Umidade dentro da composteira: factor muito importante“.

      Aeração

      No processo de compostagem, é possível dizer que a aeração é o factor mais importante a ser considerado, isso porque o arejamento evita a formação de maus odores e a presença de insectos, como as moscas de frutas, por exemplo, o que é importante tanto para o processo como para o meio ambiente.

      Também deve-se levar em conta que, quanto mais húmida está a massa orgânica, mais deficiente será sua oxigenação. É recomendado que o primeiro revolvimento seja feito em duas ou três semanas após o início do processo, pois esse é o período em que se exige a maior aeração possível. Em seguida, o segundo revolvimento deve ser feito aproximadamente três semanas após o primeiro, e dez semanas após o inicio de processo de compostagem deve ser feito o terceiro revolvimento para uma incorporação final de oxigénio.

      Uma massa orgânica com uma dose apropriada de nitrogénio e carbono ajuda no crescimento e na actividade das colónias de micro-organismos envolvidos no processo de decomposição, possibilitando a produção do composto em menos tempo.

      Sabendo que os micro-organismos absorvem o carbono e o nitrogénio numa proporção de 30 partes de carbono para uma parte de nitrogénio, ou seja, uma razão de 30/1, essa é a proporção ideal para o material orgânico depositado na composteira, mas também são recomendados valores entre 26/1 e 35/1, como sendo as relações C/N mais propícias para uma rápida e eficiente compostagem.

      Cuidados

      Resíduos com relação C/N baixa (C/N<26/1) são pobres em carbono e perdem nitrogénio na forma amoniacal durante o processo de compostagem. Nesse caso, recomenda-se juntar restos vegetais celulósicos, como serragem de madeira, sabugo e palha de milho e talos e cachos de banana, ricos em carbono, para elevar a relação a um valor próximo do ideal.

      No caso contrário, ou seja, quando a matéria-prima possui relação C/N alta (C/N>35/1), o processo de compostagem torna-se mais demorado e o produto final apresentará baixos teores de matéria orgânica. Para corrigir esse erro, deve-se acrescentar materiais ricos em nitrogénio, como folhas de árvores, gramíneas e e legumes frescos.

      Além do que até aqui mencionado, outros cuidados recomendados estão relacionados ao local onde a composteira estará alocada: o preparo prévio do material orgânico, a quantidade de material a ser compostado e as dimensões das leiras (quando a compostagem é feita em leiras, pilhas de resíduos em linha).

      Você também deve tomar cuidado com quais materiais orgânicos colocar na sua composteira, como, por exemplo, no caso da vermicompostagem, onde há restrições a alguns tipos de alimentos já mencionados, como excesso de frutas cítricas, cebola ou alho, pois alteram o pH do composto.

      Para que serve a compostagem

      Segundo dados do IPEA, Instituto de Pesquisa Económica Aplicada, o material orgânico corresponde a cerca de 52% do volume total de resíduos produzidos no Brasil e tudo isso vai parar em aterros sanitários, onde são depositados com os demais e não recebem nenhum tipo de tratamento específico.

      A compostagem traz muitas vantagens para o meio ambiente e para a saúde pública, seja aplicada no ambiente urbano (domésticos ou industriais) ou rural. A maior vantagem que pode ser citada da compostagem é que, no processo de decomposição, ocorre somente a formação de dióxido de carbono ou gás carbónico (CO2), água (H2O) e biomassa (húmus).

      Por se tratar de um processo de fermentação que ocorre na presença de oxigénio (aeróbico), permite que não ocorra a formação de gás metano (CH4), gerado nos aterros por ocasião da decomposição destes resíduos, que é altamente nocivo ao meio ambiente e muito mais agressivo, pois é um gás de efeito estufa cerca de 21 vezes mais potente que o gás carbónico.

      Ao reciclarmos o lixo destinado aos aterros por meio da compostagem, haverá, por consequência, uma economia nos custos de transporte e de uso do próprio aterro, ocasionando o aumento de sua vida útil (veja sobre o uso da compostagem em grandes cidades).

      Chorume

      Além de tudo que percorremos até aqui, a compostagem promove a valorização de um insumo natural e ambientalmente seguro, adubo orgânico, actuante sobre a reciclagem dos nutrientes do solo e no reaproveitamento agrícola da matéria orgânica, assim evitando o uso de fertilizantes inorgânicos, formados por compostos químicos não naturais, cujos mais comuns levam em sua composição substâncias como nitrogénio, fosfatos, potássio, magnésio ou enxofre (veja mais informações na matéria “O que são fertilizantes?”).

      Os efeitos desses compostos, sobretudo os fertilizantes nitrogenados, se apresentam igualmente nocivos ao desequilíbrio do efeito estufa. Também é possível mencionar os riscos que esses fertilizantes podem trazer devido à presença de metais pesados em sua composição.

      O chorume produzido no processo da compostagem com minhocas pode ser utilizado como adubo líquido (na proporção de dez partes de água para uma de chorume) e como pesticida (na proporção de meia parte de chorume e meia de água borrifada nas plantas).

      Se suas dúvidas sobre compostagem foram solucionadas com essa matéria e você está querendo praticar a sua em casa, você pode comprar uma composteira doméstica em nossa loja. Encontre o melhor tipo para sua casa e sua família. Você também pode conferir como fazer uma composteira em casa na matéria: “Aprenda como fazer uma composteira doméstica com minhocas“.

      Curta o vídeo (em inglês) sobre como é o processo de compostagem.

      https://www.ecycle.com.br/compostagem/

      Aprenda a fazer um medidor de pH caseiro

      Saiba como fazer um medidor de pH caseiro utilizando repolho roxo



      1. O que é pH?

      2. Medidor de pH caseiro

      3. Como fazer

      4. Como usar

      5. Mudanças de Cores

      Se você já precisou medir o pH da água ou de outra substância, talvez fique surpreso ao saber que é possível fazer um medidor de pH caseiro utilizando repolho. Um simples repolho e alguns ingredientes que você provavelmente tem em casa poderia ter resolvido seu problema com o pH da água.

      • O que é pH?

      A sigla pH significa Potencial Hidrogeniónico. Isso nada mais é do que uma escala que mede se uma substância é ácida, alcalina (básica) ou neutra. O pH está relacionado com a concentração de íons de Hidrogénio (H+) e íons OH-. Quanto menor o pH de uma substância, maior a concentração de íons H+ e menor a concentração de íons OH-.

      A faixa de pH varia de 0 a 14, sendo que quanto mais próximo de zero mais ácida é a substância e quanto mais próximo de 14 mais alcalina ela fica. Por exemplo, o limão, que é uma fruta cítrica, chega a 3 na escala de pH. Já um sabão em barra no mercado possui um pH em torno de 10, portanto é alcalino.

      Para medirmos o pH de uma substância com precisão, utilizamos o peagâmetro, constituído basicamente por um eléctrodo e um potenciómetro. O potenciómetro é utilizado na calibração do aparelho com soluções de referência – a medida do pH é feita com a imersão do eléctrodo na solução a ser analisada.

      Outra forma é com a utilização de papel tornassol e a fenolftaleína. Na presença de ácidos, o papel de tornassol fica com a coloração vermelha e a solução de fenolftaleína muda da coloração vermelha para a incolor na presença de um ácido.

      • Medidor de pH caseiro

      O repolho é rico em antocianinas, pigmentos responsáveis por uma variedade de cores atractivas de frutas, flores e folhas que variam do vermelho ao azul.

      Quando usamos o extracto de uma verdura, como o repolho roxo, obtemos um medidor de pH de largo espectro, isto é, ele pode medir do pH = 1 até o pH = 12, alterando sua cor desde o vermelho até o verde. A variação de cor é muito pequena, portanto, esse não é um método muito preciso, mas serve muito bem para o uso caseiro.

      • Como fazer

      Pegue algumas folhas de repolho roxo (30 g) e corte em fatias bem pequenas, coloque para cozinhar com uma quantidade de água igual ao de folhas picadas (aproximadamente 150 ml). Deixe ferver por 15 minutos e espere esfriar. Agora, use uma peneira e tente extrair toda água que ainda restou em um recipiente limpo. Para aumentar o tempo de conservação, adicione um pouco de álcool e mantenha na geladeira.

      • Como usar

      Para utilizar o medidor de pH em alguma substância é só adicionar algumas gotas do extracto de repolho roxo em cerca de 5 ml da solução que se deseja medir. A partir da cor que a mistura tiver, você saberá se ela é básica ou ácida. Para visualizar melhor as cores, coloque na frente de uma folha ou parede branca. Confira qual é a cor que resultante e o seu respectivo pH:

      • Mudanças de Cores

      Cor             pH

      Vermelho 2

      Vermelho violáceo 4

      Violeta 6

      Azul violáceo 7

      Azul 7,5

      Azul esverdeado 9

      Verde azulado 10

      Verde 12

      Como se trata de uma substância natural, ela não dura muito tempo. Sendo assim, utilize o  seu medidor de pH caseiro no máximo por uma semana.


      https://www.ecycle.com.br/medidor-de-ph/

      Como fazer sabão caseiro sustentável.

      Veja o passo a passo de como fazer um sabão caseiro sustentável.

      Saber como fazer sabão caseiro com óleo usado é uma óptima forma de economizar e ainda diminuir a geração de resíduo, evitando o uso de produtos como sabão em pó. A receita de sabão caseiro descrita a seguir é de alta qualidade e criada a partir de uma fórmula mais amigável ao meio ambiente, pois reutiliza óleo de cozinha usado.

      Assim, é uma óptima forma de praticar o consumo consciente e a Economia Circular, já que você não perde os recursos gastos na produção do óleo e ainda gera um novo produto. Você já deve saber que o óleo de cozinha usado não pode ser despejado na pia (pois causa entupimento) e nem descartado de forma incorrecta.

      É bem provável que já tenham te contado alguma história sobre a possibilidade de fazer sabão caseiro com óleo de cozinha usado. Você já tentou realizar a experiência?

      Existem inúmeras receitas de sabão caseiro com óleo de cozinha espalhadas pela internet, mas estudos realizados comprovaram que a maioria utiliza soda cáustica em excesso e isso é extremamente perigoso devido a alguns motivos:

      • A substância é prejudicial à saúde por conta de suas propriedades corrosivas e desidratantes, sendo muito agressiva à pele, que fica ressecada, pode apresentar rachaduras e até hipersensibilidade e inflamações;
      • Ela prejudica também o meio ambiente, pois aumenta muito o pH do esgoto doméstico que, dependendo da sua destinação, vai desequilibrar o pH dos rios e lagos, interferindo em todo o ecossistema;
      • O excesso de soda pode destruir os tecidos e roupas durante a lavagem, diminuindo sua vida útil.

      Mas se a soda é tão nociva, por que a utilizamos para fazer sabão caseiro?

      O carácter prejudicial da soda cáustica está no contacto com a pele e os olhos, e no uso ou descarte directo no meio ambiente ou esgoto. Porém, ao utilizá-la para fazer sabão caseiro, sua reacção com o óleo de cozinha vai transformar esses dois ingredientes em outros produtos, que são o próprio sabão caseiro e a glicerina. Se você tiver o cuidado de usar as quantidades necessárias descritas na receita a seguir, não haverá excesso de nenhum ingrediente no produto final.

      Dessa forma, o seu sabão caseiro produzirá o menor impacto ambiental possível, porque embora o sabão seja biodegradável, ou seja, é decomposto por micro-organismos presentes na natureza, não significa que ele não tenha impacto ambiental. Logo, o que buscamos aqui é ter uma pegada mais leve, com o menor impacto possível ao meio ambiente, já que precisamos do produto de higiene para as nossas necessidades diárias de limpeza.

      A equipe do Portal eCycle pesquisou e testou algumas receitas de sabão caseiro, tomando todo o cuidado para chegar em uma fórmula final que contivesse somente as quantidades estritamente necessárias de cada componente. Assim, seria possível atingir um produto final com boa qualidade e com o pH mais próximo possível da neutralidade. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determina que o pH máximo dos sabões deve ser até 11,5, mas muitas das receitas estudadas apresentaram pH bem superior a esse.

      A fórmula apresentada abaixo foi a que apresentou melhor resultado. É extremamente importante usar as proporções descritas a seguir. Confira o vídeo exclusivo do canal do Portal eCycle no YouTube para visualizar o procedimento completo.

      1. O que precisa para fazer sabão caseiro?
          • 1 quilo de óleo de cozinha usado;
          • 140 mililitros de água;
          • 135 gramas de soda cáustica em escamas (concentração superior a 95%);
          • 25 mililitros de álcool (opcional);
          • 30 gramas de aromatizantes/essências (opcional).;
          • 10 gramas de alecrim em pó (conservante natural) (opcional);
          • Recipientes para o molde do sabão caseiro (formas específicas, bandejas de plástico ou embalagens longa vida – jamais utilize recipientes de alumínio);
          • Colher de sopa de pau;
          • Par de luvas para lavar louças;
          • 1 máscara descartável;
          • Óculos de protecção;
          • Balde grande;
          • Recipiente pequeno.
      2. Modo de preparo
        1. Em primeiro lugar, coloque os óculos de protecção, as luvas e a máscara. A soda cáustica é altamente corrosiva e deve ser manuseada com muito cuidado. Vamos ao passo a passo de como fazer sabão caseiro
      3.  Passo 1
          1. Coloque a água para esquentar até que ela fique morna (em torno de 40°C). Desligue o fogo. Feito isso, coloque os 140 mililitros de água morna no recipiente pequeno e despeje o conteúdo da soda cáustica lentamente e em pequenas porções no mesmo recipiente, misturando sempre a cada adição. Nunca adicione água fria sobre a soda! A ordem dos ingredientes também deve ser respeitada: colocar soda sobre a água, e nunca a água sobre a soda (isso pode provocar uma reacção forte e causar acidentes). É muito importante utilizar um balde ou recipiente plástico de material grosso e resistente, e nunca utilizar garrafas PET para fazer a diluição da soda, pois elas não suportam a temperatura que a reacção atinge, podendo romper e vazar esse material extremamente corrosivo. Mexa com a colher de pau até diluir completamente a soda, de modo que não haja mais escamas. Atenção: não utilize recipientes de alumínio descartável em conjunto com a soda cáustica e certifique-se de que eles sejam suficientemente altos, pois essa dissolução pode efervescer e causar espuma.

      4. Passo 2
        1. Depois de retirar as impurezas (é possível fazer isso com uma peneira), acrescente o óleo aos poucos (a uma temperatura de 40°C) e adicione-o ao balde que será utilizado para colocar todos os demais ingredientes. Em seguida, insira a soda bem lentamente, em pequenas porções e misturando continuamente. Esse cuidado aumenta a sua segurança, pois a reacção com a soda cáustica libera muito calor, além de produzir um sabão de boa qualidade – se você colocar a soda de uma única vez ou muito rápido sem a agitação adequada, o sabão pode empelotar e ficará difícil reverter isso.
      5. Passo 3
        1. Misture somente o óleo e a soda por cerca de 30 minutos. A consistência final ideal deve ser parecida com a do leite condensado. É necessário respeitar esse tempo de mistura para que haja a reacção entre o óleo e a soda.
      6. Passo 4
          1. Após esse tempo de mistura, tem início o momento ideal para adicionar os demais ingredientes. Coloque a essência de sua preferência e conservante (caso queira). Mexa bastante até que todos os ingredientes se incorporem plenamente à mistura.

      7. Passo 5
          1. Caso a massa final de sabão esteja muito líquida, insira o álcool lentamente e mexa bem por dez minutos para que a mistura não empelote. Nessa etapa, a massa do sabão caseiro ganhará consistência rapidamente. É recomendável que a forma em que será colocado o sabão já esteja preparada e próxima.

      8. A pasta
        1. A “pasta” do seu sabão caseiro vai ficar desse jeito:
      9. Recipiente
          1. Agora é só despejar o sabão no recipiente que você separou…

      10. Cura
          1. Por último, basta aguardar o processo de cura do sabão caseiro (que leva de 20 a 45 dias)

      O Seu sabão caseiro está pronto!

          Pronto! Depois de esperar o tempo de curso, é só desenformar e cortar e você terá um excelente sabão caseiro em barra para usar no seu dia a dia. Recomenda-se, ainda, deixar em processo de cura (de 20 a 45 dias), de preferência n um recipiente opaco, que fique num lugar fresco e sob abrigo do Sol.

      Esse processo visa garantir a reacção completa da soda cáustica, além de permitir ao sabão perder a umidade excessiva. O tempo poderá variar de acordo com as condições climáticas locais. Exemplo: se o clima estiver mais chuvoso, pode ser que sejam necessários mais dias; ocorre o contrário caso o tempo esteja mais seco.

      Entenda os ingredientes dessa receita de sabão caseiro

      Soda cáustica

      Na fabricação do sabão, há uma preocupação acerca da soda cáustica, pois ela é muito corrosiva e teme-se que ela possa ser prejudicial à saúde e ao meio ambiente. Realmente seu uso requer muita atenção e alguns cuidados, já que seu contacto com pele e mucosas (inalação) pode causar queimaduras. Caso algum acidente ocorra, é importante lavar a região com água corrente fria por 15 minutos.

      Após a reacção de saponificação com os óleos, durante o chamado tempo de cura, a soda vai perdendo a alcalinidade, ou seja, seu pH vai baixando. Isso porque os álcalis reagem com os óleos e se transformam no sabão caseiro (entenda mais sobre o sabão em barra).

      Fique atento às quantidades

      Portanto, é preciso ficar atento e utilizar exactamente as quantidades recomendadas de soda para que a substância não sobre na mistura e falte óleo para ela reagir, deixando o seu produto final excessivamente alcalino. Isso pode torná-lo mais agressivo às suas mãos, além de modificar o pH do esgoto, o que pode ser prejudicial ao meio ambiente, como já dito anteriormente.

      Em muitos relatos de receitas de sabão caseiro que usam excesso de soda, percebe-se que, com o passar dos dias, o sabão vai branqueando. Isso se deve ao acúmulo da soda que não reagiu e que, ao reagir com o ar, forma carbonato de sódio, que é branco, e pode causar desidratação e reacções alérgicas em contacto com a pele.

      Por isso, muitas pessoas reclamam do sabão caseiro, dizendo que é agressivo à pele. Mas, como visto, o problema não está no sabão, e sim na quantidade de soda usada.

      Um clareamento gradual da massa durante o processo de cura é normal, mas sua cor final não será branca. E lembre-se: esta receita de sabão não deve ser utilizada para fins cosméticos. Para limpeza geral, é recomendado o uso de luvas devido à sua alcalinidade intrínseca.

      Álcool

      A sua adição ocorre porque a solubilização do óleo é melhor no álcool do que em água e assim o endurecimento do sabão caseiro se torna mais rápido. Esse ingrediente pode ser dispensável caso você note que, ao fim dos 20 minutos de agitação, a massa de sabão já tem uma consistência adequada para ser colocada na forma.

      Conservantes

      Existem dois problemas a serem considerados na deterioração de óleo e gordura: a rancificação e a contaminação por bactérias e outros micro-organismos.

      Os óleos, em geral, sofrem de um problema que se chama rancificação. Em outras palavras, a deterioração da gordura, evidenciada pelo seu cheiro característico de óleo/gordura estragado. Esse problema aumenta com o tempo de estocarem, pela presença de luz e pelo seu contacto com o ar, mais especificamente com o oxigénio, que causa a auto-oxidação das gorduras, responsável por esses defeitos.

      Para minimizar esse problema, você pode:
      • Fazer seu sabão caseiro em pequenas quantidades: produtos naturais feitos em casa não terão a mesma durabilidade dos comercializados pela indústria. Armazená-lo por longos períodos aumentará as chances de problemas como os citados ocorrerem;
      • Armazenar seu sabão em embalagens a vácuo ou em potes hermeticamente fechados: isso diminui a exposição do produto ao oxigénio;
      • Armazenar em recipientes escuros ou em embalagens opacas para mantê-los longe dos efeitos nocivos dos raios solares;
      • Armazenar na geladeira, diminuindo a velocidade de deterioração;
      • Adicionar conservantes naturais ao seu sabão, tais como o pó de alecrim (caso queira, você pode misturar pó de alecrim na água de diluição da soda para que haja efeito conservante. Mas é preciso verificar se o volume final vai ser de 140 ml mesmo, já que a água evapora no preparo).
      Corantes e essências

      A adição de corantes e essências depende do seu uso:

      1. Corantes
      • A adição de corantes não é primordial, já que não traz nenhum benefício para a performance do produto. Trata-se de uma questão estética;
      • Caso você realmente deseje adicionar cor ao seu sabão, prefira os corantes naturais;
      • Os corantes alimentícios não são uma boa opção, mesmo os naturais, já que não possuem uma boa estabilidade no meio alcalino do sabão e, portanto, a cor final não será a mesma da desejada;
      • As argilas são uma óptima opção para colorir os sabões, proporcionando uma cor opaca e permanente, com a opção de grande variedade, além de serem naturais. Saiba onde comprar;
      • Se for usar o sabão caseiro para lavar roupas, não adicione os corantes, pois podem manchar as peças brancas.
      2. Aromatizantes
      • O uso é oportuno para neutralizar o cheiro do óleo já usado;
      • Evite o uso de essências sintéticas que contêm parabenos e ftalatos, prejudiciais à saúde e ao meio ambiente;
      • Uma alternativa é o uso de fragrâncias isentas de ftalatos;
      • Pode-se também usar as essências aromáticas na água de diluição da soda, lembrando sempre de respeitar a quantidade indicada de 140 ml de água e 135 ml de soda cáustica. Porém, elas não produzirão aroma intenso, seu efeito é mais para neutralizar o cheiro característico do óleo de cozinha. Saiba como fazer sua essência aromática;
      • Outra opção é a adição do amaciante de roupas, porém fará com que seu sabão perca sustentabilidade;
      • Para lavar pratos, não são necessários os aromatizantes;
      • Uma boa opção é fazer uso do pó de alecrim – além de aromatizar, ele possui acção conservante sobre o sabão.

      Obs: Como todo e qualquer produto de limpeza, mantenha o sabão caseiro fora do alcance de crianças.

      Se você não quiser ou puder fazer o seu próprio sabão caseiro, procure postos que recebem óleo usado na seção postos de reciclagem do Portal eCycle.

      Se você prefere sabão líquido, saiba como transformar seu sabão em barra na versão líquida na matéria:


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          https://www.ecycle.com.br/sabao-caseiro/