segunda-feira, 3 de julho de 2023

Por que o livro de Enoque não é considerado um cânone da Bíblia?

O livro de Enoque foi editado em meados do século III a.C  e não considera-se que nenhuma das Sagradas Escrituras canónicas judaicas ou cristãs – do Antigo Testamento – tenham sido a inspiração desse livro. A única vertente que admite o livro de Enoque em suas escrituras mais remotas é a dos coptas – que são os cristãos egípcios com sua própria denominação ortodoxa.

Mesmo que nos escritos judaicos até o fim do século I d.C. não tenham menções ao livro de Enoque, acredita-se que exista uma certa influência dele, devido à existência de anjos caídos e gigantes. Dentre os judeus, existia um grupo denominado Quram, que detinha diversos escritos bíblicos, inclusive, o livro de Enoque.  No entanto, ainda se discute a validade dos documentos desse grupo como autênticos ou não, já que eles contam com influência de outras culturas, como fariseus e caduceus.

A maior ‘evidência’ da legitimidade do livro de Enoque está na epístola de Judas (versículos 14-15): “Para estes também profetizou Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que veio o Senhor com os seus milhares de santos, para executar juízo sobre todos e convencer a todos os ímpios de todas as obras de impiedade, que impiamente cometeram, e de todas as duras palavras que ímpios pecadores contra ele proferiram.”

Mas mesmo com essa ‘documentação’ ainda não existe uma comprovação, visto que isso não significa necessariamente que o livro tenha sido escrito por meio da inspiração divina.

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