terça-feira, 18 de julho de 2023

A braçadeira de Neuer

Tendo começado por pregar a tolerância, os lobbies gay transformaram-se em agentes agressivos, que denunciam e atacam quem lhes faça frente.
Neste campeonato da Europa, o guarda-redes alemão Manuel Neuer surgiu com uma braçadeira de capitão com as cores do arco- íris – o símbolo da comunidade LGBTI+ (que raio de sigla!).
Não sei se o homem é ou não homossexual, mas isso não interessa nada: é um assunto da sua vida privada. Pública foi a ostentação da dita braçadeira. A UEFA instaurou-lhe um processo, como é normal – visto não se tratar de uma braçadeira regulamentar –, mas arquivou- -o de imediato, perante o coro de protestos que se levantou.
O argumento foi que se tratava de propaganda a uma 'boa causa'.
Ficámos, portanto, a saber que a UEFA permite a propaganda a 'boas causas'. Se um jogador amanhã quiser usar uma braçadeira de apoio ao Black Lives Matter, ou aos refugiados da Venezuela, ou aos protestantes de Hong-Kong, ou às vítimas da covid na Índia, a UEFA fará o quê? Proibirá?
A UEFA, que tem muitos advogados, devia lá ter alguém com bom senso que explicasse aos confusos dirigentes que as regras se fizeram para ser cumpridas por todos – e não consoante a cor com que se apresentam.
O lobby gay está a tornar-se um problema para a democracia, pois ninguém tem coragem para o afrontar.
As organizações ligadas à homossexualidade podem fazer impunemente tudo o que lhes der na real gana, convictas de que ninguém lhes fará frente.
Tendo começado por pregar a tolerância, transformaram-se em agentes agressivos, que denunciam e atacam quem lhes faça frente.
A propaganda homossexual constitui hoje uma força temível, nacional e internacionalmente.
Que o diga António Costa, que, após a aprovação na Hungria da polémica lei sobre a sexualidade, se apressou a pôr na lapela um pin com as cores do arco-íris, não fosse alguém acusá-lo de homofobia…
Devo confessar modestamente que, de início, não percebi a indignação que por aí ia contra a tal lei.
A senhora von der Leyen, habitualmente contida, considerou-a «uma vergonha».
Fui informar-me melhor, e verifiquei que a lei impede a exposição ou promoção a menores de 18 anos de temas como pornografia, pedofilia, transexualidade, homossexualidade, etc.
Mas porquê o espanto? – interroguei-me.
Nós não temos uma lei que proíbe os menores de 18 anos de assistir a certos espetáculos ou aceder a determinados conteúdos?
E alguém se insurge contra isso?
Esta questão levanta outra, muito delicada: a liberdade de cada país para aprovar livremente as leis que entender – desde que não prejudiquem os outros. A Hungria é um país livre, com um Parlamento eleito, com instituições a funcionar, e esta lei só se refere aos seus cidadãos(e, entre estes, aos menores de 18 anos).
Dir-se-á que a Europa tem valores e todosos membros da União devem respeitá-los.
Mas isso colocar-se-ia com mais acuidade, por exemplo, em relação ao aborto ou à eutanásia, que, segundo muita gente (Igreja Católica incluída), atentam contra o valor supremo da vida.
JOSÉ ANTÓNIO SARAIVA
novo sol - luz

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