sexta-feira, 8 de março de 2019
Los portugueses huyen del cine nacional
Apenas el 1,9% de los espectadores vio el pasado año una película casera
'Cartas de guerra', de Ivo Ferreira.
4 MAR 2019
Portugal tiene nobeles en diferentes disciplinas, medallas olímpicas, ganó la Eurocopa de fútbol y hasta Eurovisión, incluso un portugués dirige la ONU. Solo hay algo que Portugal no ha conseguido jamás, ganar un Oscar. Ni un Oscar ni un Oso de Berlín ni un León de Venecia ni una Palma de Cannes. Películas de países como Mauritania o Jordania fueron nominadas en alguna ocasión al una de esas estatuillas, Portugal jamás. En cuestión de cine, Portugal es un páramo mundial que el Gobierno no hace mucho por remediar.
Apenas el 1,9% de los portugueses que fueron al cine el pasado año pagaron por ver una película nacional, según el Instituto de Cinematografía y Artes Visuales (ICA). Solo Croacia tiene un porcentaje inferior en la Unión Europea. En España, por ejemplo, el porcentaje fue del 17,5%. El cine portugués recaudó 1,1 millones de euros, casi cien veces menos que, por ejemplo, el español.
El desinterés por el cine propio se arrastra desde hace tiempo. El gran cineasta portugués Manoel de Oliveira, que fallecido en 2015 a los 106 años de edad, apenas atrajo a 34.000 compatriotas en los 28 filmes que realizó en su vida.
El distanciamiento entre público y cineastas portugueses nunca había llegado a los niveles actuales, pese a las ayudas al sector. El pasado año el ICA destinó 20 millones de euros a la producción de 71 películas, la cifra más alta en una década.
El dinero no parece que sea invertido muy bien a tenor de la respuesta del público. Películas como Ramiro, por ejemplo, recibió 600.000 euros de subvención y tuvo 2.538 espectadores, una media de 236 euros por cada uno de ellos, 47 veces más que el precio de la entrada (5 euros). Las 10 películas portuguesas más taquilleras recaudaron 200.000 euros, un tercio que la más vista del año, Los increíbles.
Mientras se pudre el sector, pasan los ministros de cultura sin que se apruebe una nueva ley de cine a gusto de todos, en concreto, quién y cómo se decide el reparto del dinero.
En la parálisis política del sector, el Gobierno tiene congelada la transposición de la directiva europea que obliga a Netflix a incluir en su catálogo un 30% de producción europea. Ahora, los portugueses pueden ver en Netflix muchas series y películas brasileñas y españolas, pero no hay nada made in Portugal. El Gobierno corta, con su inacción, una vía de promoción y recaudación de la industria nacional de las artes visuales, diferente de la tradicional y decaída sala de cine.
https://elpais.com/internacional/2019/02/25/mundo_global/1551094241_342944.html
quinta-feira, 7 de março de 2019
Avieno
Rúfio Avieno (em latim: Postumius Rufius Festus Avienius) foi um escritor latino do século IV, natural da cidade de Volsínios (atual Bolsena), na Etrúria.[1] Procedia da família dos Rufii Festi, uma importante família da nobreza.
Segundo inscrições preservadas nos Museus do Vaticano, foi casado com Plácida e teve vários filhos, um dos quais se chamava Plácido, tendo sido duas vezes procônsul e célebre poeta.[1] Referências contidas em suas obras permitem deduzir que nasceu na época de Constantino e que exerceu sua carreira durante a segunda metade do século IV.[1] Foi procônsul da Província de África (366) e, provavelmente, da Acaia.[1]
Como escritor, fez-se conhecido pela adaptação do poema astronómico Phaenomena do grego Arato.[2][3] Também traduziu e adaptou ao latim uma obra geográfia de Dinis (ou Dionísio) o Periegeta, chamada Descriptio orbis terrae em 1394 versos.[3] Apesar de bastante fiel ao original, Avieno incorporou ao Descriptio dados geográficos tomados de Estrabão.[2]
Outra obra de Avieno é Ora maritima (Costas marítimas), poema descritivo geográfico que nos chegou incompleto. Conservam-se 713 versos do livro primeiro, sendo provável que a obra constasse de ao menos dois.[2] Está dedicado a seu amigo Probo e contém uma descrição geográfica das costas europeias, desde a atual França até a Península Ibérica.[3] Acredita-se que esteja baseado em fontes já desaparecidas que remontariam aos séculos V e VI aC.[3] O próprio Avieno faz referência, na Ora, a um périplo escrito pelo cartaginês Himilcão (séc V-VI aC).[3][4]
Referências
- ↑ Ir para: a b c d Julián Garzón Díaz. En torno a Rufo Festo Avieno. Memorias de historia antigua, ISSN 0210-2943, Nº 7, 1986, págs. 147-150 (em castelhano)
- ↑ Ir para: a b c David Paniagua Aguilar El panorama literario tecnico-cientifico en Roma (siglos I-II |.), Parte 3 Universidad de Salamanca, 2006 ISBN 8478004629 (em castelhano)
- ↑ Ir para: a b c d e Ana M. Suárez Piñeiro. Galicia, ¿En la Ora maritima de R.F. Avieno?. Cuadernos de Estudios Gallegos, Vol 49, No 115 (2002):9-26 (em castelhano)
- ↑ José María Blásquez Martínez Fuentes griegas y romanas referentes a Tartessos. Tartessos. V Symposium Internacional de Prehistoria peninsular. Jerez de la Frontera, septiembre 1968, Barcelona 1969, 91-110. (em castelhano)
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre
sexta-feira, 1 de março de 2019
Como se explica a crise do Real? Muito fácil, basta fazer comparações…
Ao fim de 40 partidas disputadas na presente temporada - contabilizando as competições praticamente fixas dos merengues: campeonato, taça e Champions - o Real Madrid apresenta números nunca registados quando Cristiano Ronaldo se encontrava em Espanha. A começar nos golos marcados e a acabar na pontuação da liga espanhola.
Golos marcados ao fim de 40 jogos*
Época Golos Golos Ronaldo % golos/equipa
2009/10 100 25 (em 27J) 25%
2010/11 91 34 (em 39J) 37,4%
2011/12 126 41 (em 37) 32,5%
2012/13 97 37 (em 37) 38,1%
2013/14 110 36 (em 33) 32,7%
2014/15 110 40 (em 35) 36,4%
2015/16 115 42 (em 39) 36,5%
2016/17 113 22 (em 31) 19,5%
2017/18 106 28 (em 29) 26,4%
2018/19 78 (Juventus) (Juventus)
notório, o Real Madrid tem apresentado índices de finalização muito fracos em comparação às épocas anteriores, o que se reflecte na classificação actual. A equipa de Solari - que substituiu Lopetegui no final de Outubro do ano passado depois da goleada sofrida em Camp Nou (5x1) - cria oportunidades, mas na hora da verdade…revela-se um fracasso no processo de finalização.
Vejamos. O Real de Cristiano Ronaldo terminou sempre as suas épocas entre os 119 (2009/10) e os 170 (2011/12) golos marcados nas três competições acima referidas, excluindo-se provas isoladas como a Supertaça de Espanha, a Supertaça Europeia e o Mundial de Clubes.
Desde 2009/10, só por uma duas vezes os merengues chegaram ao quadragésimo encontro da época com menos de 100 golos, na época 2010/11 (91 golos) e na época 2012/13 (97 golos). No entanto, o cenário actual é bem pior, com um registo de apenas 78 golos. Nas restantes temporadas, registaram-se números entre 100 (2009/10) e 126 golos (2011/12).
Somatório de pontos é outro problema…
A lei do futebol dita que uma equipa para vencer tem sempre de marcar, pelo menos, mais um golo do que o seu adversário. Não necessita de ser um registo de goleadas atrás de goleadas, mas este Real também tem desiludido nesse aspecto. Olhando a resultados, resultados esses que ditam a classificação do campeonato, há uma sensação de profunda desilusão no Santiago Bernabéu.
Nas três competições, a formação de Madrid regista 25 triunfos, 4 empates e 11 derrotas. No campeonato, com 25 jornadas decorridas, a equipa segue no 3º lugar com 48 pontos, a dois do rival Atlético e a nove do líder Barcelona. Se olharmos às distâncias, a coisa até já chegou a estar pior em épocas como a de 2012/13 (16 pontos de atraso) e 2017/18 (14 pontos de desvantagem), mas tendo em consideração o somatório de pontos…novo recorde, pela negativa, claro.
Nas primeiras seis temporadas de Cristiano Ronaldo ao serviço do emblema madrileno, à 25ª jornada, registaram-se oscilações entre os 61 (2010/11 e 2014/15) e os 67 pontos (2011/12), exceptuando a temporada de 2012/13, em que o Real Madrid somava 52 pontos, ao fim de 25 jornadas decorridas.
Nas últimas três temporadas do português em Espanha - tendo ganho a Champions nas três ocasiões - o Real atingiu marcas pontuais mais baixas, com 54 em 2015/16, 59 em 2016/17 e 51 na temporada passada. Esta época, sem o português, o Real soma apenas 48 pontos.
A conclusão parece evidente: um Real sem Cristiano é um Real mais fraco. Prova disso são os números acima apresentados, com destaque para o (fraco) somatório de pontos ao fim de 25 jornadas para o campeonato e o tímido registo de golos marcados com 40 encontros disputados.
*Contabilizamos apenas campeonato, taça e Champions
Luís Rocha Rodrigues*
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019
Medalhas da pátria… em tantos peitos ilustres…
“””Que belas peitaças de honra”””
No país em que as condecorações têm um significado depreciativo…
Lembram-se de um dito de um escritor do século XIX:
"Foge cão que ainda te fazem barão! Mas para onde se me fazem visconde?"
Reparemos na actualidade:
O nosso Presidente comentador da TV Marcelo e beijoqueiro mor do País, pediu ao Conselho das Ordens para avaliar se Ronaldo pode manter condecorações nacionais?
Ó Sr Presidente, agora tive de rir. O Ronaldo ??? Tem mesmo a certeza? E então a pequena lista abaixo?
Zeinal Bava - Grã-cruz da Ordem do Mérito Empresarial
Valentim Loureiro - Comendador da Ordem do mérito
Hélder Bataglia - Comendador da Ordem do Infante D. Henrique
Armando Vara - Grã-cruz da Ordem do Infante D. Henrique
Macário Correia - Grande-oficial da Ordem do Mérito
Jardim Gonçalves - A grã-cruz da Ordem do Infante D. Henrique
Henrique Granadeiro - A grã-cruz da Ordem Militar de Cristo
José Sócrates - A grã-cruz da Ordem do Infante D. Henrique
Miguel Horta e Costa - A grã-cruz da Ordem do Infante D. Henrique
Manuel Espírito Santo - A grã-cruz da Ordem do Mérito Empresarial
João Teixeira - Comenda da Ordem do Mérito
Lino Maia - Grau de grande-oficial da Ordem do Mérito
Carlos Cruz - A medalha de grande-oficial da Ordem do Infante D. Henrique
Jorge Ritto - O grande-colar da Ordem do Infante D. Henriques
Razão tinha o abade de Baçal quando o condecoraram: «Para que me serve o chocalho?»
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019
Margem zero para ano eleitoral
António Costa precisa de usar toda a sua habilidade política para enfrentar um ciclo eleitoral que começa com erosão nas sondagens, arrefecimento na economia, contestação social e sem dinheiro para distribuir. No momento em que o Governo se prepara para regressar à mesa das negociações com os enfermeiros, funcionários públicos e professores, o ministro das Finanças avisa: não há espaço para aceitar quaisquer exigências. Em declarações ao Expresso, Mário Centeno assume que “não há margem nenhuma para acomodar novos aumentos de despesa”. A economia europeia está a desacelerar, o PIB português fechou 2018 com um crescimento duas décimas abaixo da meta do Governo e o Estado deverá ter de meter mais de mil milhões de euros no Novo Banco. Mas, mesmo assim, Centeno não se desvia da meta do défice de 0,2% do PIB para este ano. “A meta do défice é para manter”, garante. Mais um teste à resiliência do primeiro-ministro. Expresso.
Oslo, o inferno dos eléctricos
Por
Francisco Mota
A capital da Noruega, Oslo, é apontada como o paraíso dos automóveis eléctricos, mas o crescimento das vendas foi tão rápido que se está a transformar num inferno. Fartos de tanta poluição de origem automóvel no centro de Oslo, as autoridades norueguesas decidiram, no início do século, seguir uma política de incentivo à compra de carros eléctricos. Apostaram desde logo na instalação de postos públicos de recarga, incluindo a construção do maior parque de carregadores rápidos do mundo, com 28 postos, disponíveis para os automóveis eléctricos recarregarem as suas baterias “à borla.” Depois, abriram os cordões à bolsa, no que aos incentivos fiscais diz respeito. Quem comprasse um carro eléctrico passava a não pagar IVA, nem nenhuma taxa de propriedade ou de circulação associada ao uso do automóvel. Além disso, também não pagava estacionamento nos parquímetros da cidade, nem portagens nos vários túneis. Até as travessias em “ferryboat” passaram a ser de borla e, para terminar, as faixas “BUS” puderam passar a ser usadas também pelos veículos eléctricos.
Realidade superou expectativas
A ideia era manter estes incentivos em prática até se chegar a um parque rolante de 50 000 veículos eléctricos no país, ou até ao final de 2017, aquilo que ocorresse primeiro.Mas o resultado superou largamente as expectativas e o que aconteceu foi uma explosão nas vendas, com a barreira dos 50 000 a ser ultrapassada ainda em 2015. Mesmo assim, o governo decidiu manter os incentivos por mais dois anos e hoje quase 40% do total do mercado automóvel na Noruega é composto por automóveis eléctricos ou híbridos “plug-in.”OS QUASE 40% DE ELÉTRICOS VENDIDOS NA NORUEGA EM 2016, SÃO UMA PARCELA INCRIVELMENTE ALTA, QUANDO COMPARADA COM OS 0,2% A NÍVEL MUNDIAL
As emissões locais de poluentes diminuíram e o país começou a ser apontado por muito defensores do automóvel elétrico como um exemplo a seguir: o paraíso dos automóveis elétricos na europa, dizem alguns interessados. Em termos de parque rolante, somando elétricos e híbridos “plug-in”, de passageiros e comerciais, apenas a China lhe fica à frente, com 600 000 automóveis, empatando em segundo lugar com a Holanda, nos 500 000 e superando os EUA, que ficam ligeiramente abaixo desse número. Claro que, num país de apenas 5,2 milhões de habitantes, estes valores são circunstanciais. A China tem como objetivo chegar aos cinco milhões de veículos eletrificados já em 2020 e ninguém duvida que o consiga. Mas, ainda assim, os quase 40% de carros elétricos vendidos na Noruega em 2016, são uma parcela incrivelmente alta, quando comparada com os 0,2% que se registam no mercado automóvel mundial. Para completar o cenário ideal, os dados oficiais das autoridades norueguesas dizem que 98% da energia elétrica consumida no país vem de fontes renováveis, neste caso de centrais hidroelétricas. Tudo perfeito, portanto.
Quem paga a conta?
Só que ninguém estava à espera do que aconteceu depois. As vendas dos automóveis elétricos foram, em grande parte, para ocupar o lugar de segundo carro da família. Os consumidores não fizeram uma substituição sistemática de modelos com motor a combustão por modelos elétricos. Em muitos casos, acrescentaram mais um automóvel à sua frota pessoal. Mas o pior ainda estava para vir. Com a desregulamentação da circulação dos veículos, Oslo passou a ter as faixas “BUS” cheias de carros elétricos e os transportes públicos, tradicionalmente muito eficientes nos países nórdicos, sofreram com isso. Depois veio a questão do estacionamento que, ao deixar de ser pago pelos automóveis elétricos, passou a monopolizar os lugares disponíveis, que rapidamente se provou não serem suficientes para todos, nascendo o fenómeno do parqueamento desordenado, mais comum nos países do sul da europa. Até as empresas que exploram os “ferryboats” se começaram a queixar de que, com tantos automóveis elétricos a usar os seus serviços sem pagar, não conseguiam rentabilizar o negócio. Isto para não falar das reclamações de quem decidia continuar a comprar um carro com motor de combustão, mais barato, mas que se mantém obrigado a pagar mais 50% de impostos do que os compradores dos elétricos, independentemente de estes serem dos mais caros ou dos mais baratos.
Marcha-atrás
O governo percebeu o erro de ter dado demasiados incentivos de uma só vez e decidiu recuar, anunciando, para 2018, um plano de retorno progressivo das taxas de circulação e de cobrança de IVA para os carros elétricos, que em 2020 poderão voltar a pagar tanto quanto os carros com motor de combustão. Quanto à cobrança de estacionamentos, portagens, ferryboats e túneis, vão ficar à descrição das entidades que prestam esses serviços, nomeadamente as autoridades autárquicas. E, claro, a recarga das baterias dos automóveis elétricos em postos públicos, também vai passar a ser paga.Um especialista da área dos automóveis elétricos, que trabalhou em duas marcas alemães disse-me que “são precisos três coisas para os automóveis elétricos serem um sucesso: infraestrutura, incentivos fiscais e condutores com poder de compra.” A Noruega tinha tudo isto e o sucesso foi maior do que alguém poderia imaginar, ao ponto de se tornar negativo.
Conclusão
Mas a suprema ironia desta história é que a riqueza da Noruega vem, em grande parte, dos poços de petróleo e de gaz natural que o país tem na sua zona económica do Mar do Norte e que são responsáveis por uma subida de 80% nas emissões poluentes do país desde 1990. Aliás, o país é um de apenas dois na europa, que continua a ver subir o seu volume global de emissões, devido à indústria do petróleo. É a exportação destes recursos que permite ao estado dar-se ao luxo de oferecer incentivos aos compradores de carros elétricos e ter como objetivo, para 2025, que o mercado de automóveis novos seja apenas de carros elétricos, banindo a venda de carros com motor de combustão. De uma forma irónica, pode dizer-se que acaba por ser o petróleo a “alimentar” o sucesso dos automóveis elétricos na Noruega.
O jardim da Celeste
A artista experimental francesa Céleste Boursier-Mougenot cria as suas composições usando ritmos baseados em detalhes da vida para produzir sons inesperados.