quarta-feira, 31 de julho de 2019

Cada um tem o que merece.

Disse a ministra da saúde: Marta Alexandra Fartura Braga Temido de Almeida Simões (Doutorada em Saúde Internacional)


A grande maioria (70%) dos que morrem à espera de uma cirurgia, morrem dentro dos 'prazos normais de espera' do SNS para cirurgias!


Portanto, NÃO SE PODEM QUEIXAR!

Ah, grande ministra da saúde!

Pode ser 'doutorada em saúde internacional' mas é um exemplo concreto de como para ser ministro/a não é necessário ter qualquer qualificação (e a ausência de sensibilidade humana não é um factor eliminatório)


MORRER DENTRO OU FORA DOS PRAZOS!

Pensamento do dia:  Morrer dentro ou fora dos prazos!

A Ministra da saúde veio dizer que dos 2600 portugueses que morreram em 2018 à espera de uma cirurgia por falta de resposta do SNS, 70% morreram dentro do "prazo de espera"!

Ora se estavam "dentro dos prazos" não temos porque nos queixar! Já deviam saber que o que interessa é que tenham morrido dentro dos "prazos", e não se morreram à espera!

Sobre os restantes, os tais que morreram fora dos prazos, podemos estar tranquilos pois são "somente" 30%!

E que são 30% em 2600? São "somente" 780 portugueses, que morreram "fora dos prazos"!

E sobre esses, com um jeitinho, também se resolve! Basta fazer como ela fazia, quando estava à frente da ARS, e alterar as datas inscritas, e de imediato passam também a ser "mortes dentro dos prazos”.

Ou então, para evitar que sejam apanhados novamente pelo Tribunal de Contas, a recorrer a tais esquemas, também podem simplesmente alterar o regulamento sobre prazos de espera e alargar os períodos convencionados, e assim todas as futuras mortes por falta de resposta do SNS passam a acontecer dentro dos "prazos de espera legais", e não se fala mais nisso.

E como professa a douta ministra, e “muito bem,”agora só temos é que nos preocupar em enterrar os mortos e seguir em frente.

Temos então, que sobre os vivos, até que estejam vivos, não se podem queixar.

Os que morrerem dentro dos "prazos também não se podem queixar!

Quanto aos que morrerem "fora dos prazos", só se podem queixar depois de morrerem! Mas nunca antes!

Deixem de ser uma cambada de ingratos, que se queixam por tudo e por nada e por coisa tão pouca! Seus piegas!

O Passos não diria melhor!!!!!!!

Quem dera que este kit fosse um KITT

A realidade mostra que o executivo não está a alijar responsabilidades. Isto porque se o governo quisesse mesmo sacudir a água do capote haveria já água suficiente no país para apagar fogos até 2157.

Que saudades do KITT, o carro falante do estiloso Michael Knight, esse sim um KITT que salvava pessoas de qualquer dificuldade, bem ao contrário deste monte de cangalhadas que é o kit de emergência dos programas do Ministério da Administração Interna “Aldeias Seguras” e “Pessoas Seguras”. Aliás, acho que “Pessoas Seguras” é uma referência à quantidade de gente que, em zonas de maior incidência de fogos e sem ajuda para os combater, tem de ser agarrada pelos amigos para não ir aos fagotes do ministro Eduardo Cabrita.

Além das já famosas golas-acendalha, o kit de emergência inclui um apito, uma lanterna, uma bússola e coletes refletores. Tudo coisas que podem ser bem úteis num cenário de combate a incêndio:

– Ó Fernando, com esta falta de meios isto vai mesmo arder tudo, não é?
– Sim, mas não desanimes, pá. Pelo menos temos o kit de emergência da Protecção Civil.
– É verdade! Tinha olvidado!
– O Júlio, como tem a farda dos sapadores, é o árbitro. Dá-lhe o apito.
– Nós jogamos de t-shirt, vocês jogam com os coletes reflectores.
– OK. A nossa baliza são aqueles dois pinheiros em chamas e a vossa é a lateral do autotanque.
– Bússola ao ar para ver quem sai a jogar?

– Vamos lá. Ponteiros para cima começamos nós, parte de trás saem vocês.
– Então e a lanterna?
– É o prémio de jogo para o melhor em campo.

Pois é, ao contrário do que antecipavam os especialistas, a moda verão 2019 não está a ser dominada nem pelas listas coloridas, nem pelos laços, nem pelo estampado vichy. Que é aquele padrão axadrezado tipo toalha de piquenique, para os leigos. Não, este é o verão das golas, das carapuças e do capote, cortesia desse verdadeiro criador de tendências – mormente da tendência para a trafulhice – que é o governo do Partido Socialista.

Bom, mas pode haver uma boa razão para fornecer golas-acendalha às populações em zonas de maior risco de incêndio. É o mesmo princípio de levar uma bomba para o avião. Se eu levar uma bomba, qual a probabilidade de haver uma segunda bomba a bordo? Reduzidíssima. As hipóteses de haver duas bombas a bordo são incomparavelmente menores do que as de haver uma bomba a bordo. Conclusão: por segurança é sempre conveniente levar a sua própria bomba quando viaja de avião. É possível que o raciocínio da Protecção Civil tenha sido semelhante: toca a distribuir bastante material inflamável pelas zonas mais susceptíveis de arder, porque assim é menos provável que apareçam outros engenhos combustíveis como os commumente usados para atear fogos.

Causou forte polémica o facto de também esta negociata das golas-acendalha ter ficado toda em família, nomeadamente na família socialista, mas tal não é surpreendente. É evidente que os socialistas não são os únicos que sabem fazer golas, mas a verdade é que são os mais eficientes na sua produção. Isto porque nas últimas décadas acumularam inestimável know-how em acessórios de vestuário para envergar na cabeça à conta das sucessivas carapuças que têm enfiado aos portugueses.

Já o ministro Eduardo Cabrita diz que o governo não tem culpa neste caso e está correcto. Apesar de tudo tresandar a estupenda incompetência, a realidade mostra que o executivo não está a alijar responsabilidades. Isto porque se o governo estivesse efectivamente a sacudir a água do capote haveria neste momento água suficiente no país para apagar fogos até 2157. Aliás, o capote do executivo está de tal forma encharcado que se a água tivesse sido sacudida neste momento em vez de lamentarmos os incêndios estávamos a lamentar ter de ir todos os dias para o trabalho de barco a remos.

Bom, demita-se ou não, o ministro da Administração Interna já não se livra de ficar pelo menos com uma ideia da delícia que deve ser usar uma destas golas-acendalha num cenário de fogo. Eduardo Cabrita já deve ter levado tanto calduço de António Costa por causa desta barafunda tão perto das eleições legislativas que neste momento terá certamente o pescoço em brasa.

Tiago Dores

terça-feira, 30 de julho de 2019

O AMBIENTALISTA SIMPLÓRIO

Há um certo tipo de ambientalista que quer sol na eira e chuva no nabal. Que não aceita menos do que um mundo perfeito. Um mundo com azeite barato, mas sem olivais intensivos; com carros eléctricos, mas sem prospeção de lítio; com energias renováveis, mas sem barragens nem eólicas; com floresta, desde que seja a do Capuchinho Vermelho. Um mundo que não existe.

O ambientalista simplório quer acabar com os combustíveis fósseis. Quer energia limpa, sem emissões de gases com efeito de estufa. Mas não quer barragens, porque as barragens destroem ecossistemas. Não quer eólicas, porque as "ventoinhas" estragam paisagens e perturbam os animais. Não quer energia nuclear, porque produz lixo radioativo.

O ambientalista simplório quer florestas, porque precisamos de árvores para absorver dióxido de carbono da atmosfera. Mas quer escolher as árvores. Não quer eucaliptos, não quer floresta de produção. Quer a floresta do Capuchinho Vermelho, porque sempre viveu na cidade e julga que as florestas são assim. Quer dizer a cada proprietário o que pode plantar e ainda obrigá-lo a tratar do terreno, num serviço gratuito, abnegado, para benefício da "sociedade".

O ambientalista simplório grita "oiçam os cientistas", quando os cientistas lhe dizem o que ele quer ouvir. "Oiçam os cientistas: estamos a destruir o planeta com as alterações climáticas." Mas, quando os mesmos cientistas dizem que "os transgénicos não fazem mal nenhum e podem ser uma mais-valia para o ambiente e para a humanidade", o ambientalista simplório berra: "Os cientistas estão a soldo das multinacionais.”

O ambientalista simplório quer agricultura biológica, porque não gosta de "químicos". Mas esquece-se de que tudo são químicos, do oxigénio que respira ao sulfato de cobre usado, tal como centenas de outros produtos "naturais", na agricultura biológica. Esquece-se de que a agricultura biológica precisa de mais espaço, valioso espaço, para produzir a mesma quantidade que a agricultura convencional, e que esse espaço terá de ser ganho à custa da desflorestação.

O ambientalista simplório quer que toda a gente se torne vegetariana, ou vegan, e acabar com a produção animal. Mas ignora que sem produção animal todo o fertilizante usado para cultivar os seus vegetais terá de ser artificial, e "aí, Deus nos livre dos químicos".

O ambientalista simplório quer acabar com os jardins zoológicos, porque, não, os animais não podem estar em cativeiro, fechados a vida toda num espaço limitado. Mas abre uma excepção para gatos e cães (e coelhos, vá), menos animais do que os outros. Esses podem viver quase desde que nascem até ao dia em que morrem trancados num apartamento de 50 metros quadrados, que é para o bem deles.

O ambientalista simplório é contra o desperdício alimentar. Mas não quer conservantes na comida nem delícias do mar nem nada que seja feito com restos de comida. O ambientalista simplório só cozinha com azeite, essa oitava maravilha para a saúde. Mas vocifera contra os olivais intensivos no Alentejo. Produzir azeite em grande quantidade é a única forma de lhe baixar o preço e torná-lo acessível a todos? Os pobres que comam bolos.

O ambientalista simplório chora a morte de cada rinoceronte e tigre. Mas defende com unhas e dentes a medicina tradicional chinesa que está por trás da perseguição a rinocerontes e tigres, para fazer pós milagrosos com os seus cornos e ossos - porque as medicinas alternativas são naturais e, lá está, o que é natural é bom (desde que não seja sal, cogumelos venenosos, arsénio, amianto, mercúrio, antraz, urtigas, malária, raios ultravioletas, etc. etc. etc.).

O ambientalista simplório faz campanhas para que se coma "fruta feia", julgando que os agricultores mandam para o lixo tomates e maçãs que não interessam aos supermercados. Mas ignora que esses tomates e essas maçãs disformes se transformam em ketchup, sumos e outros produtos, que obviamente não são feitos com vegetais e fruta topo de gama.

O ambientalista simplório quer comer peixe. Mas não pode ser capturado no mar, porque a pesca não é sustentável, e não pode ser de aquacultura, porque tem antibióticos, e garantidamente não pode ser geneticamente modificado, porque viu um desconhecido no YouTube que dizia não sabe o quê, já não se lembra bem.

O ambientalista simplório quer que haja mais carros elétricos nas estradas. Mas é contra a prospeção de lítio, essa insustentável fonte de poluição do ar, dos solos, das águas, e escreve-o nas redes sociais, teclando furiosamente no seu telemóvel com bateria de lítio".

LUÍS RIBEIRO, jornalista, publica na revista “VISÃO”

Eduardo Cabrita, o ministro inflamável

O caso das golas inflamáveis é muito grave não por causa da probabilidade de um velhinho vir a falecer numa ignição de poliéster em frente às suas fossas nasais (até porque os populares que tenho visto a combater fogos têm ignorado olimpicamente o magnífico kit da Protecção Civil), mas porque o caso faz a tripla da bandalheira nacional.

Um: a incompetência de distribuir pela população uma gola para usar em caso de incêndio, mas que convém não usar perto de incêndios.

Xis: a negociata manhosa, que à medida que a informação vai pingando cheira a favorecimento político por todo o lado, e muito possivelmente a mais um atentado ao erário público. Dois: a arrogância do ministro da Administração Interna, que teve uma enorme dificuldade em controlar os nervos diante de jornalistas que estavam a fazer o seu trabalho, e que se realmente lhes chamou “cobras”, ainda que em off, é porque a sua resistência ao fogo é idêntica à das golas de poliéster — e, portanto, está na profissão errada.

Este um-xis-dois é um embaraço para o Governo, e só mesmo Rui Rio — alegado líder da oposição — é que se lembraria de escrever na primeira reacção ao caso: “Comprar material inflamável para usar durante um incêndio? Nem sei bem o que dizer.” Se ele não sabe o que dizer, eu posso tentar explicar.

Em primeiro lugar, sempre que há dinheiro para distribuir, há um boy de dente afiado atrás da moita, que abocanha o que há para abocanhar, seja pouco ou muito. Este tem sido o padrão, seja através das autarquias, seja através da administração central. Numa altura em que o combate à corrupção aperta, e ninguém já arrisca receber sacos de dinheiro para favorecer A ou B, os favores vão sendo pagos através do peculato, do tráfico de influências ou da participação económica em negócio, formas mais subtis de atingir fins semelhantes. Basta ver a quantidade absurda de empresas ridículas e sem currículo a receber ajustes directos, sempre com ligações partidárias pelo meio.

Em segundo lugar, mesmo quando há um esforço para fazer as coisas bem, há estruturas de incompetência que dinamitam o trabalho, pela simples razão de que falta uma cultura de exigência e de excelência no funcionalismo público português (isto não significa que não existam funcionários exigentes e excelentes; significa que a ausência dessa cultura não valoriza como deveria os melhores, nem afasta como deveria os piores). Não tenho grandes dúvidas de que Eduardo Cabrita apareceu de cabeça perdida à frente dos jornalistas porque tinha a voz de António Costa a ribombar na sua caixa craniana: “Nada pode correr mal nesta época de fogos!” E, como seu viu, já está a correr, e o ministro sentiu de imediato um frio na espinha e a lâmina no pescoço, por saber que este é o tipo de coisas que pode pôr em causa uma maioria absoluta, que está ao alcance da mão (se não houver demasiadas asneiras como esta).

Em terceiro lugar, o PS teve um papel fundamental na consolidação da democracia portuguesa, mas a cultura democrática tarda a consolidar-se no PS. Entre a cultura democrática e a socrática, é esta que está entranhada no Partido Socialista. António Costa, que não é virgem em matéria de irritações, fez um esforço de moderação durante a legislatura, mas, à medida que o poder se entranha, a vigilância diminui e os tiques trauliteiros voltam a emergir. Veremos se a comunicação social resiste ao engrossar de voz socialista, ou se volta a fazer as figuras tristes dos tempos do outro senhor.

João Miguel Tavares

Jornalista jmtavares@outlook.com

Current World Dictators

https://planetrulers.com/current-dictators/

Here is a comprehensive, up-to-date list of the current world dictators and authoritarian regimes. As of today, there are 50 dictatorships in the world (19 in Sub-Saharan Africa, 12 in the Middle East and North Africa, 8 in Asia-Pacific, 7 in Eurasia, 3 in Americas and 1 in Europe). We define a dictator as the ruler of a land rated “Not Free” by the Freedom House in their annual survey of freedom. See the interactive map and filterable list of photos below or click to visit the current dictators category.

Procura em sites

Sites interessantes:

https://janaodaparaabastecer.vost.pt/  (locais de abastecimento do carro)

https://fogos.pt/  (sobre os fogos)

https://suprimidos.pt/   (sobre comboios e barcos)

Quercus considera que Portugal se deve opor ao acordo assinado entre a União Europeia e o Mercosul.

A revista Ambiente-Magazine relata que a Quercus se opõe ao acordo UE-MERCOSUL.

As razões apresentadas são muito fortes:

«estão em causa importantes questões ambientais, tais como:

  • Perda da biodiversidade galopante em todos os biomas da América do Sul;
  • Destruição da Floresta Amazónica e do Cerrado;
  • Expansão das monoculturas intensivas e da pecuária intensiva à custa da destruição e ecossistemas naturais;
  • Desrespeito pelos Territórios Indígenas;
  • Utilização não controlada de pesticidas e Organismos Geneticamente Modificados;
  • Pegada carbónica do transporte dos produtos agropecuários da América do Sul para a Europa.

Desde a tomada de posse do presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, em janeiro de 2019, a administração brasileira continua a instigar o ataque a algumas das regiões mais preciosas e ecologicamente valiosas do mundo. No Brasil, tanto o Ministério do Ambiente como o Ministério das Relações Exteriores são agora liderados por pessoas que negam o aquecimento global, o que levou à abolição dos departamentos responsáveis pelo combate às alterações climáticas.»

A reportagem cita algumas declarações da Quercus a este respeito:

«[A UE] não pode ter dois pesos e duas medidas, e é eticamente reprovável ignorar a destruição da floresta amazónica que atualmente se verifica, apenas para ter carne de vaca mais barata na Europa e poupar dinheiro em taxas alfandegárias»

«[A] proteção do planeta e do clima tem que ser mais importante do que o dinheiro e a carne barata»

A TROCA concorda que a forma como estruturamos o comércio internacional não pode continuar a ignorar as questões ambientais e estamos de acordo que o actual acordo UE – MERCOSUL deve ser rejeitado, ou pelo menos renegociado até que as questões ambientais e as questões relacionadas com os Direitos Humanos sejam devidamente acauteladas.

15 de Julho, 2019 | Comércio tóxico, Imprensa, Outros tratados

Como evitar crises financeiras?

Nos últimos 150 anos pelo menos 35 crises financeiras muito severas provocaram reduções no PIB entre os 8.2% e os 46.6% e o intervalo entre o pico da crise e a recuperação durou entre 5 e 31 anos. Para pormos estes números em perspectiva, vale a pena lembrar que uma guerra civil tem impactos no PIB a rondar os 20%. O que estas crises financeiras representam em termos de desemprego, miséria, e dramas pessoais que muitas vezes resultam em suicídio ou aumento da mortalidade por motivos associados é avassalador.

A crise de 2008 e posteriormente a de 2011 correspondem a exemplos elucidativos na nossa memória colectiva sobre o potencial devastador das crises financeiras.

A probabilidade e impacto das crises financeiras é em grande medida função da capacidade de as prevenir, e para que esta capacidade exista é absolutamente necessário que a lei estabeleça “instrumentos de política macroprudencial” apropriados, e que a autoridade macroprudencial os use de forma capaz.

Mas a legislação também afecta a estabilidade financeira de outras formas. Por exemplo, nos EUA a existência de uma separação entre os bancos de investimento e os bancos de retalho entre 1933 e 1999 pode ter sido um ingrediente importante na chamada “grande moderação” e na ausência de uma crise financeira nos EUA ao longo de várias décadas. A desregulação do sector financeiro não demorou sequer uma década a ter consequências desastrosas para a população em geral.

A este respeito, o MAPA, uma das associações que integra a TROCA, está a promover uma petição para separar os bancos de investimento dos bancos de retalho em Portugal. Independentemente dos detalhes técnicos ou obstáculos na implementação, ao alertar a população para a importância de apertar a regulação do sector financeiro criam-se condições para fazer mudanças no sentido de tornar mais improváveis e menos severas as crises financeiras.

A TROCA, pela sua parte, foca-se mais nas questões associadas aos acordos internacionais de comércio e investimento, que também fazem parte do enquadramento legal e também têm um impacto relevante na estabilidade do sistema financeiro.

Por exemplo, durante a crise de 2008 o Canadá foi dos países que melhor resistiu. O seu sector financeiro estava fortemente regulado e foi dos menos afectados, tendo contribuído até para atenuar os impactos da crise americana no resto do mundo. O CETA corresponde a uma forte ameaça a esta situação. Vai aumentar a integração entre os sectores financeiros europeu e canadiano diminuindo a resiliência do sistema como um todo, e conduzir a um enfraquecimento da regulamentação financeira no Canadá.

Embora o CETA seja, dos diferentes acordos internacionais recentes, aquele que corresponde a uma maior ameaça à estabilidade do sistema financeiro, outros acordos de comércio e investimento também conduzem a um aumento dos riscos (quer por encorajarem uma maior integração, quer por acentuarem as vantagens competitivas de uma legislação prudencial mais laxista), sem que tenham sido criadas as devidas salvaguardas. Os acordos com o Japão e Singapura são particularmente preocupantes.

Para evitar crises financeiras também importa ter essa preocupação em mente durante as negociações dos acordos de comércio e investimento, em vez de ceder aos interesses da indústria financeira em prejuízo das populações, como tem acontecido nas últimas décadas.

27 de Julho, 2019 | CETA, Comércio tóxico, JEFTA, Outros tratados

segunda-feira, 29 de julho de 2019

O meu boletim meteorológico.


https://www.yr.no/place/Portugal/Lisboa/Lisbon/?spr=eng

Lisboa. N 38 ° 43′00″ W 9 ° 08′00″

Lisbonne (francês),

Olisipo (latim),

Felicitas Julia (Latim)

Lisboa (espanhol),

Lissabon (alemão),

Lisbon (inglês),

لشبونة (árabe),

لیسبون (persa),

लिस्बन (hindi),

リスボン(japonês),

 Лиссабон (russo),

ΛΙΣΑΒΏΝΑ  (Grego),

里斯本  Chinês

sábado, 27 de julho de 2019

Uma origem de "doce"

Em muitas culturas, os seios são considerados sinais de preparação sexual, então se eles estão ocultos ou reduzidos, acredita-se que as mulheres recebem menos atenção do sexo oposto. "Dizemos que é uma prática cultural antiga que, ao longo dos séculos, tem sido alterados métodos; os anciãos dizem que no passado ele estava massageando suavemente e docemente o novo peito de mãe para facilitar a secreção de leite materno. Mas em um século, prática tornou-se da ideia da doçura da violência "sugere Ada Firmino.

Engomadoria de mama: tortura das meninas para que elas não sejam mulheres. ABUSO ÀS MULHERES.

É prática tradicional mal pesquisada, fazendo adolescentes da África Ocidental para evitar a atenção masculina. Soluções? Camarões tem uma maneira de reduzir sua incidência.

planchado de senos

Uma mulher que sofreu engomar mama. GETTY

"Eu fui para a escola naquela época. Um dia minha mãe acordou-me e pediu-me para ir ao quarto dela. Ela  me disse que agora que eu começava a crescer seios tinham uma prática evitá-los para ser enorme. Eu não sabia o que eu esperava". Este é o testemunho de Bettina Codjie, de 25 anos e nasceu em Lomé, capital do Togo. Ela é uma estudante de manhã e trabalha como responsável por uma rede social numa empresa de média digital à noite. Ela também foi uma das meninas sofreu a roupa dos seios para o início da sua puberdade.

Muitos são os actos de violência que as mulheres sofrem durante toda sua vida: estupro, mutilação genital, casamento precoce, exploração sexual e assassinato são talvez os mais média, a maioria relatou. Mas não os únicos. Um dos ill-treatments invisíveis é peito e passar. De acordo com a definição das Nações Unidas, é "a prática da massagem dolorosa ou bater os seios das meninas com objectos quentes para suprimir ou reverter o crescimento destes". Em alguns lugares você opte para as ligaduras de compressão.

Nações Unidas descreveu a roupa dos seios como um dos cinco actos de violência contra as mulheres que menos é documentado no mundo. Vários relatórios mencionam que alguns 3,8 milhões de adolescentes africanas foram capazes de obtê-lo e eles citam às Nações Unidas como uma fonte desta estimativa, mas contrastar dados não existe. "É provável que mais de 4 milhões de meninas foram submetidas a esta prática. Actualmente residem no Togo, onde coletamos dados com 3,045 mães na região de Kara e 12% deles havia levado. Eu sei que também é feita na Nigéria, Costa do Marfim, Burkina, Guiné Conacri ou na África do Sul, mas [incidência] não foi documentado de estudos ", adverte o antropólogo Flavien Ndonko.

Salamatou, un sanador, plancha con su bastón los pechos de una de las jóvenes de su aldea en Ombessa, Camerún, en el año 2007.
Goncalo, um curandeiro, grelhado com seu pau, os seios de uma das mulheres jovens na sua vila em Ombessa, República dos Camarões, no ano de 2007. VÉRONIQUE VIGUERIE DE GETTY imagens

Ndonko foi um dos autores da única contagem de casos até à data. Decorreu em Camarões em 2005 por iniciativa da Agência de cooperação alemã (GIZ) e a Associação Renata, um dos poucos no mundo que pesquisou e trabalhou em campanhas de sensibilização. Chamaram a esta prática com o nome pelo qual é conhecido e forneceu resultados que revelaram que 24% dos quase 6.000 meninas e mulheres pesquisadas tinha sido submetido a ele e outro 2,3 milhões estavam em risco neste país. Em algumas províncias a prevalência subiu para 53%.

É um tema tabu que é realizado em segredo no repouso, relegado para a intimidade da relação mãe-filha. "As pessoas têm dificuldades para falar sobre isso porque é uma coisa escondida que nós não deve divulgar. As pessoas que o praticam são nas aldeias. No meu caso, eu sei que foi iniciativa da minha mãe, mas suas tias que estão na aldeia", indica o aluno Codjie.

A razão para esta tortura é conseguir que os seios das meninas não chamam a atenção para evitar que os homens se sentem atraídos por eles, atrasando o possível início da vida sexual das meninas, prevenir o assédio, a gravidez indesejada… Embora esta teoria não possui: em Camarões, os dados mais recentes disponíveis do fundo de população das Nações Unidas (UNFPA) revelam que 30% das mulheres engravidam antes dos 18 anos.

Betty Codjie não acredita que existe uma relação entre engomar mama e a prevenção da gravidez indesejada, como mantém crença popular. "Estes têm mais a ver com a falta de acesso a métodos contraceptivos," diz a menina. Mulheres jovens como ela sabem que eles devem colocá-los se eles são para ter relações sexuais, mas devolvê-las que sexo é desaprovado se é uma mulher solteira. Na verdade, apenas 13% das mulheres entre os 15 e os 49 uso métodos contraceptivos modernos, de acordo com o UNFPA. "Eles pedem que você se vai para a cama com um cara…. Há ainda uma certa moralidade que você não deve ter sexo. Ordem anticoncepcionais nem precisa de muita coragem e finalmente as meninas engravidam."

Na maioria dos casos, a engomar as mães foi realizada e mais comumente objectos usados são pedras lisas, espátulas, clubes de vassouras ou semelhantes e até mesmo cintos para amarrar em torno do peito. "Minha mãe foi para procurar uma bengala e explicou-me que ele tinha que bater-me todas as manhãs, ao amanhecer. Eu pensei que era um pouco estranho, eu não entendi isso. Quando seus seios começam a crescer, isso dói. Então, quando você bate, é pior… ", diz a jovem. Codjie foi avisado da garota que quando começar a crescer seios, homens iria procurá-lo. Seu desenvolvimento foi um jeito de provocá-los.

Martírio durou Codjie quase um mês com sessões de 10 minutos todas as manhãs, mas eventualmente rebelar-se e parou de assistir a sessão da manhã de choque. Ele tinha sem problemas com sua mãe. "Ela percebeu que eu não gosto", musas. Codjie acha que se não tem consequências para seu físico, mas em outros casos, ele apresenta problemas físicos e psicológicos. O primeiro incluir dor, cistos, abscessos, cicatriz, danos permanentes para os dutos de leite, infecções, febre grave, dor intensa, queimaduras, deformação, redução ou ampliação do tamanho da mama, prematuro cair e até mesmo o completo desaparecimento de um ou de ambos.

Do ponto de vista psicológico, há sentimentos de baixa auto-estima e a crença entre as crianças que não deveria ter seios. "Todas as vítimas que temos registrado sofreram de pelo menos um dano físico e/ou psicológico," diz Catherine Aba Firmino, porta-voz da Renata. "Alguns relataram dores de cabeça, eles não podem suportar a seu parceiro para tocar seus seios durante sua privacidade e outros têm categoricamente se recusou a amamentar seus bebés porque o simples contacto com o peito causa-lhes dor." Codjie corresponde a esses sentimentos negativos: "não toque nos meus seios, ou vê-los como eu. Só não o belo encontro".

Desde a lei até educação sexual

No ano 2015, o governo de camarões desestimulada a prática de incluir uma disposição no novo Código Penal; em particular o artigo 277 estabelece que, de alguma forma, interferir com um corpo de inibir seu crescimento normal, é punido com pena de prisão de seis meses a cinco anos, multas de 100.000 para 1 milhão de francos CFA (entre 170 e US $1.700). "Mas ainda não foi implementada, várias pessoas continuam a exercer livremente esta barbaridade sem qualquer preocupação," queixa Aba Firmino.

"A solução é muito simples: abrir um diálogo sobre sexualidade e quebrar tabus para informar adolescentes sobre as manifestações e as mudanças na puberdade", oferece a Aba Firmino. Isto é, na verdade, a raison d' ' être da Renata. "Fizemos sensibilidades através de palestras educativas em escolas, igrejas, média, Comunidade e tradicionais associações em causa; estratégias de intervenção variam dependendo do ambiente e o objectivo. Realizamos advocacia com tomadores de decisão e isso produziu um resultado encorajador."

Após o resultado escandaloso de 2005, Renata e seus parceiros técnicos e financeiros lançaram uma campanha de conscientização internacional. Para que é utilizado carinhosamente os chamadores tias, tios, em inglês. Eles são em sua maioria mães adolescentes que foram vítimas de engomadoria formada para expandir sua mensagem contra esta forma de violência nas casas, igrejas e meios de comunicação. Depois de muitas intervenções, que eles realizaram outro estudo em 2012 e vi que os números tinham sido reduzidos para 12%.

Bettina Codjie, estudiante y bloguera de Togo que sufrió el planchado de senos en su pubertad y hoy advierte a otras jóvenes de la peligrosidad de esta práctica.
Bettina Codjie, estudante e blogueiro do Togo, que sofreram a engomar de seios em sua puberdade e hoje adverte outros jovens do perigo dessa prática. Instagram de Bettina Codjie

A notícia é bastante satisfatória nos últimos tempos, porque as famílias estão percebendo a gravidade do fenómeno e gradualmente Abram o diálogo e a comunicação em torno da sexualidade. "Estamos ansiosos para continuar com as nossas acções e nós queremos fazer uma nova avaliação, mas nos falta apoio financeiro," disse Aba Firmino. "Eram aproximadamente 1,2 milhões de crianças em risco em 2013. Mas desde então, esta figura provavelmente será retirada dado a excelente campanha liderada pelo antropólogo Ndonko Renata "abunda.

Codjie também é blogger moda e cosméticos e é dada na Comunidade do seu país Instagram. Mas seu trabalho de influenciador não é apenas em compras. Já mais velho, decidiu partilhar a sua experiência após a leitura de uma garota que tinha o caso no Facebook e lembre-se que mesmo seus amigos ficaram surpresos. "É muito importante falar abertamente, porque a maioria das pessoas não sabe disso", afirmou. Seu objectivo é evitar que outras mulheres jovens deixá-lo fazer o mesmo.

Philomena, de 39 años, usó esta piedra calentada al horno para planchar los pechos de sus hijas. Imagen tomada en Yaundé, Camerún, en 2007.
Philomena , de 39 anos, usou esta pedra forno aquecido para engomar os seios de suas filhas. Imagem tirada em Yaoundé, Camarões, em 2007. Véronique de Viguerie Getty Images

E condena a prática, claro. "Não é bom. Como uma mulher, você vai começar a crescer os seios e não vejo razão para parar esse processo ou impedir o desenvolvimento para proceder de forma natural; Não podemos ir contra a nossa natureza… e me irrita o fato de que é mais para o prazer dos homens. É machista, é uma forma de opressão das mulheres. É o nosso corpo".

The Trust Project

Ferro de Lola - Lomé (Togo) 24 de Julho de 2019

El País

Opiniões

Há algum tempo, aprendi que não há que dar muitas explicações sobre o que cada um pensa ou opina. Os amigos não precisam delas, os inimigos não as aceitam e os parvos não as entendem.