quarta-feira, 11 de setembro de 2019

A Fulana do Castelo

Para a líder do Bloco, ou melhor, para a Fulana do Castelo o problema da escassez de água potável em Portugal resolvia-se de forma muito simples: era só terraplenar tudo o que é barragens.

Os debates televisivos que antecedem as próximas eleições legislativas deram a conhecer uma nova figura de referência ao nível do comentário político-económico. Depois do Gajo de Alfama, que acreditava ser possível acabar com o terrorismo através de bombas que iam lá pelo cheiro a caril, é agora a vez da Fulana do Castelo – o bairro popular lisboeta que serve de lar ao célebre Chapitô –, Catarina Martins. Para a líder do Bloco de Esquerda, ou melhor, para a Fulana do Castelo o problema da escassez de água potável em Portugal resolvia-se de forma muito simples: era só terraplenar tudo o que é barragens, porque as barragens provocam ali uma acumulação de águas que vinham pelo rio abaixo, águas que tinham inclusive coisas combinadas noutros sítios mais a jusante e que por isso ficam danadas por estarem retidas na albufeira. Vai daí toca de se evaporarem só para fazer pirraça ao pessoal da hidroeléctrica. Portanto, na perspectiva da Fulana do Castelo qual a melhor forma de termos mais água boa para beber? Nem mais. É rebentando com as infra-estruturas que constituem a forma mais eficaz de termos mais água boa para beber.

Para fundamentar esta posição, Catarina Martins assegurou que é preciso “proteger os recursos hídricos e renaturalizá-los”. Eu aviso já que comigo não contam para “renaturalizar” coisa nenhuma. Acho que é sempre prudente partir do princípio que se alguma coisa foi “desnaturalizada” foi muito provavelmente porque em determinado momento histórico os nossos antepassados, ligeiramente fartos de — por exemplo — falecer aos 35 anos à conta de um abcesso num molar, tiveram arte e engenho para dominar o estado “natural” do planeta. E assim a espécie humana evoluiu até termos hoje uma qualidade de vida inédita em toda a história da humanidade. Mesmo apesar dos esforços do Bloco de Esquerda. Enfim, chamem-me esquisito, mas eu só desejo estar em harmonia com a natureza quando a natureza não pretende matar-me. Se a natureza não quer que eu a aborreça, é não se meter comigo.
O que é indiscutível é que desde 2015 o Bloco de Esquerda anda a trabalhar arduamente numa nova estratégia para a gestão da água, alternativa às démodés barragens. Não esqueçamos que os bloquistas votaram favoravelmente os quatro orçamentos do PS desta legislatura, graças aos quais o investimento público desceu para um nível inferior ao da pluviosidade no Atacama. Uma das áreas em que a falta de investimento se faz sentir é a manutenção das estradas, que estão todas esburacadas. Ora, o que em dias secos parecem meros buracos extremamente incómodos, em dias de chuva revelam-se estupendos recursos hídricos naturais, logo muito superiores a qualquer barragem: são autênticos charcos onde os portugueses podem ir matar a sede qual manada de hipopótamos em plena savana africana.
Politiquices à parte, sejamos sinceros. Justifica-se que o Bloco de Esquerda não queira que o país tenha barragens. Efectivamente são uma coisa horrível. No fundo ter uma barragem é como viver paredes meias com um vizinho que não há maneira de mandar arranjar aquele cano da água que rebentou vai para mais de 5 anos e que ainda assim insiste em tomar 27 banhos de imersão por dia. Uma pessoa está sempre com infiltrações na parede da barragem e de cada vez que é preciso estucar e dar mais uma demão fica uma fortuna porque o pé direito é muito alto.
No meio disto tudo, o grande mérito de Catarina Martins foi levantar esta questão das barragens na altura em que o líder do PS é António Costa. É que o anterior primeiro-ministro do partido, José Sócrates, adorava barragens. O que significa que António Costa odeia barragens. Aliás, António Costa nunca ouviu sequer falar em barragens. Tampouco alguma vez desconfiou que pudesse existir tal coisa.
Não queremos ser todos iguais, pois não?

Tiago Dores – Observador

terça-feira, 10 de setembro de 2019

Rare Photos of Cristiano Ronaldo


1987 – Com 23 meses Cristiano Ronaldo sorri para a câmera.

A 23-month old Cristiano Ronaldo smiles for the camera.


2003 - Cristiano Ronaldo e Manchester United companheiros Diego Forlan e Ruud van Nistelrooy posam com Casey Ogden durante a visita anual dos jogadores aos hospitais infantis em Manchester.

Cristiano Ronaldo and Manchester United teammates Diego Forlan and Ruud van Nistelrooy pose with Casey Ogden during the players' annual visit to children's hospitals in Manchester.

2005 - Cristiano Ronaldo was the center of attention during an appearance on Herman SIC

Cristiano Ronaldo was the center of attention during an appearance on Herman SIC  

2007 - Depois de dar presentes de Natal a um grupo de crianças carentes, Cristiano Ronaldo leva tempo para assinar autógrafos.

After giving Christmas gifts to a group of underprivileged children, Cristiano Ronaldo takes time to sign autographs.

2008 - Cristiano Ronaldo com seu jogador de Barclays do ano, bota dourada e 30 prêmios da liga gols no campo de treinamento de Carrington em Manchester, Inglaterra

Cristiano Ronaldo with his Barclays Player of the Year, Golden Boot and 30 League Goals awards at Carrington Training Ground in Manchester, England.

2008 - Cristiano Ronaldo beija seu prêmio "Golden Shoe 2008", apresentado ao melhor artilheiro da Europa.

Cristiano Ronaldo kisses his "Golden Shoe 2008" award, presented to Europe's best goal scorer.


2010 - Cristiano Ronaldo com Russell Crowe durante a visita do ator a Madrid


Cristiano Ronaldo with Russell Crowe during the actor's visit to Madrid.

2010 - Cristiano Ronaldo e Raul Gonzalez posam com Rafael Nadal no torneio de tênis Madrid Open.

Cristiano Ronaldo and Raul Gonzalez pose with Rafael Nadal at the Madrid Open tennis tournament.

2011 - Cristiano Ronaldo e Irina Shayk frequentam a gala Marie Claire Prix de la Mode na residência do embaixador francês em Madrid.

Cristiano Ronaldo and Irina Shayk attend the Marie Claire Prix de la Mode gala at the French Ambassador's Residence in Madrid.

2012 - Cristiano Ronaldo e Irina Shayk participam do torneio de tênis mutua Madrid Open em La Caja Magica.

Cristiano Ronaldo and Irina Shayk attend the Mutua Madrid Open tennis tournament at La Caja Magica.

2012 Cristiano Ronaldo e Rainha Sofia da Espanha - A Rainha Sofia de Espanha apresenta o Cristiano Ronaldo do Real Madrid com o troféu da Comunidade Ibero-americana durante a cerimónia dos prémios desportivos nacionais no Palácio El Pardo, em Madrid.

Queen Sofia of Spain presents Real Madrid's Cristiano Ronaldo with the Ibero-American Community Trophy during the National Sports Awards ceremony at El Pardo Palace in Madrid.

2013 - Cristiano Ronaldo e o ex-jogador David Beckham posam depois de uma sessão de treinamento no campus da UCLA em Los Angeles


Cristiano Ronaldo and former player David Beckham pose after a training session at UCLA Campus in Los Angeles.

2013  - Cristiano Ronaldo do Real Madrid chuta em torno de um beisebol como Dodgers outdefensor Yasiel Puig Olha antes do jogo Dodgers contra o New York Yankees no Dodger Stadium, em Los Angeles.

Real Madrid's Cristiano Ronaldo kicks around a baseball as Dodgers outfielder Yasiel Puig looks on prior to the Dodgers game against the New York Yankees at Dodger Stadium in Los Angeles.

2013 - Cristiano Ronaldo participa do desvelamento de sua figura de cera no Museo de cera (Museu de cera) em Madrid.

Cristiano Ronaldo attends the unveiling of his wax figure at the Museo de Cera (Wax Museum) in Madrid.

https://www.si.com/node/620796#5

Três museus

“O Estado democrático não pode tratar Salazar tal como ele tratou a democracia: proibindo-a! Nós não podemos tratar Salazar tal como ele nos tratou a nós!”

Há décadas que intelectuais, artistas, políticos e militares, com relevo para historiadores e geógrafos, se queixam da ausência de um museu dos Descobrimentos. Durante anos, o tema não era controverso, “apenas” faltavam edifícios à altura, material para lá colocar, orçamento, oportunidade e, como se diz agora, vontade política. Com um programa próprio, o belo Museu da Marinha está longe de satisfazer. O Padrão não cumpre os objectivos. A maravilhosa Torre de Belém e os imponentes Jerónimos não se destinam a museu, apesar de poderem dar uma ajuda. A Casa da Cordoaria está para ali à espera. Esquerda e direita comungavam na mesma intenção. Os nacionalistas pensavam mais em padrões, pelourinhos, caravelas, expansão da fé e glórias militares. Os mais materialistas cogitavam em mercados, matérias-primas, colonização e escravatura. Hoje, a coisa fia mais fino. Há séria polémica. Os antigos defensores da liberdade transformaram-se em polícias e inquisidores. Descobrimentos e Descobertas deixaram de ser admitidos pelos bem pensantes, em detrimento de Colonização e Escravatura. O suposto ponto de vista das vítimas substituiu o alegado ponto de vista dos opressores. O lado negro das Descobertas foi transformado em lado primordial. A existir, o museu é cada vez mais dos Escravos e cada vez menos dos Descobrimentos. À ideologia dominante não ocorre que esse museu deva ser de tudo o que explica, acontece e sucede aos Descobrimentos: de Camões à ciência, do colonialismo à globalização e do comércio à escravatura. Nada deve faltar a um museu dos Descobrimentos, que recorda, estuda e comemora as mais importantes páginas da história de Portugal e que, como as histórias de todos os países, têm os seus lados negros e violentos, à mistura com empreendimentos excepcionais. Mas há muita gente que quer condicionar o pensamento contemporâneo, dominar a cultura actual, limitar as interpretações da história, determinar o que se deve estudar e regular o modo como se deve pensar. Uns dizem com ar sério que não se deve fazer o Museu dos Descobrimentos, mas sim o da Escravatura ou do Colonialismo. A verdade é que, se existissem os dois, teríamos um país tolerante. Se existisse só um com os dois lados da questão, teríamos um país tolerante e inteligente. Se existir um em vez do outro, teremos um país intolerante e estúpido. Se não existir nenhum, como agora, então teremos o país habitual, envergonhado e ignorante. Outros sugerem a construção de um memorial dedicado à escravatura. Privado, da sociedade civil, da autarquia ou do Estado, qualquer solução pode ser boa e compreensível, desde que não seja alternativa fanática. O que se tem visto por aí com museus e memoriais do Antifascismo, da Resistência, da Liberdade e da República, não revela bons pergaminhos. O antifascismo e o anti-racismo têm sido consagrados em Portugal como sinónimos de liberdade e de democracia, o que não é verdade.


Negar o ciclo dos Descobrimentos ou até o termo vulgar que ficou para a história é tão prepotente quanto negar a cobiça que coexistiu com esses descobrimentos. O que os marxistas contemporâneos, os anti-racistas com programa, os intelectuais do Bloco de Esquerda, os idiotas úteis e os correctíssimos cientistas de tantas disciplinas pretendem fazer com a cultura e a história é igual ao que fizeram os anteriores beatos, fascistas e sacerdotes do poder. São igualmente facciosos, intolerantes e fanáticos. A polémica dos museus foi recentemente enriquecida por uma nova história. A do Museu Salazar ou do Estado Novo. A ideia surgiu nas cabeças de familiares, de habitantes de Santa Comba e de vereadores do mesmo município. Não se imagina o que será, dada a ausência de objectos interessantes. A maior parte do acervo do ditador ficou nos arquivos da Presidência de Conselho de Ministros, visto o senhor confundir intimamente a sua vida com a do seu país. Tal documentação, de grande valor, habita hoje, e muito bem, a Torre do Tombo. Mas tudo parece indicar que alguns munícipes querem explorar o turismo e as fontes de interesse daquele pobre concelho. Um vereador chegou a dizer que o Museu Salazar era importante para a “sustentabilidade e a atractividade” do concelho!


Se a ideia, o trabalho, os custos e a responsabilidade são dos familiares, não se vê razão válida para impedir esse museu, tal como pretendem tantos peticionários indignados. Se esses esforços forem da câmara, também não se vê argumento para impedir a obra, desde que haja democracia na decisão, o que é fácil obter por intermédio da vereação e da assembleia. Mas o mundo é como é. Na praça pública, com argumentos pobres, multiplicam-se os pedidos para proibir esse museu. Proibir o Museu Salazar, tal como ele proibiu tantos? É essa a diferença entre os dois regimes, os que ele proibiu proíbem-no agora? O Estado democrático não deve financiar o Museu Salazar, mas também não deve proibi-lo. O Estado democrático não pode tratar Salazar tal como ele tratou a democracia: proibindo-a! Nós não podemos tratar Salazar tal como ele nos tratou a nós! O Estado democrático pode financiar museus que tenham a liberdade como valor. Tal como pode financiar instituições museológicas relativas à independência nacional, aos feitos militares, às batalhas pela independência, à luta contra os opressores estrangeiros (mouros, franceses ou espanhóis, por exemplo), aos descobrimentos, à colonização, à monarquia ou à República. Como pode organizar instituições dedicadas ao estudo de fenómenos que são hoje questionados, como a Inquisição, a expulsão dos judeus, a escravatura, o encerramento das ordens e dos mosteiros, a expulsão dos religiosos, a censura ou a polícia política. Mas não faz sentido o Estado democrático apoiar iniciativas destinadas a louvar quem oprimiu a liberdade e quem lutou contra a democracia. Assim como não faz sentido que o Estado democrático proíba os privados, as pessoas e outras comunidades de festejar o que quiserem, desde que sem apoio do Estado. O debate público sobre a criação de novos museus é revelador do estado de espírito dos povos e da sociedade. Mas temos obrigação de conhecer um pouco melhor a tentação totalitária que espreita em cada esquina. Sabemos que os museus podem não ser neutros. Que pode haver contrabando político e ideológico em centros de interpretação. Que o patriotismo pode esconder vícios e mitos nefastos. E que em nome da liberdade também se mata, oprime e proíbe. Como sabemos que em nome de Deus e da Pátria se cometeram inúmeros crimes. Tantos quantos foram cometidos em nome do mercado e da fortuna. Ou em nome da liberdade e da igualdade!

António Barreto - Sociólogo

Descoberto um novo segredo sobre os Manuscritos do Mar Morto.

Há novos detalhes sobre o Pergaminho do Templo, o maior dos Manuscritos do Mar Morto, descobertos em meados do século XX.

Os investigadores encontraram uma variedade de sais usados exclusivamente neste texto que favoreceu a sua conservação durante mais de 2.000 anos.

O pergaminho, de oito metros de comprimento, atraiu a atenção dos arqueólogos pela sua excepcional magreza e cor de marfim brilhante. De acordo com o estudo, publicado este mês na revista especializada Applied Sciences And Engineering, o rolo possui uma estrutura em camadas que consiste num material à base de colágeno e outra camada inorgânica atípica de sulfatos e outros minerais descobertos após a recente análise química.

Os autores do estudo apontam para “uma tecnologia de fabricação antiga única”, na qual este pergaminho foi modificado adicionando uma camada inorgânica como superfície de escrita. Os resultados da investigação resolvem o mistério que, durante anos, ninguém conseguiu explicar: por que razão o documento é tão diferente dos outros e, apesar de encontrado no mesmo local, conseguiu sobreviver em melhores condições.

Além disso, o entendimento dos minerais utilizados é de grande importância no “desenvolvimento de métodos de conservação apropriados para a preservação desses valiosos documentos históricos”, acrescentam os especialistas.

Os textos, também conhecidos como Rolls o Qumran, são uma colecção de milhares de fragmentos de mais de 900 manuscritos com dois milénios de idade, incluindo cópias de textos da Bíblia Hebraica, encontrados em 1946 em doze cavernas.

A maioria dos manuscritos foi escrita num material baseado em pele de animal, descrito como um híbrido de pergaminho e couro. A produção de superfícies de escrita incluiu quatro etapas principais: depilação, desbaste, secagem e acabamento de tensão.

No início de Janeiro de 2018, uma das últimas partes dos Manuscritos que ainda permanecia por traduzir, foi decifrada por investigadores da Universidade de Haifa, em Israel. Em Março, o Museu de Israel expôs, pela primeira vez, um dos mais antigos e intrigantes manuscritos bíblicos que narra a partida de Noé após o dilúvio.

Nas duas últimas décadas, foram encontrados mais fragmentos dos Manuscritos, nomeadamente em mercados de antiguidades, o que lançou suspeitas sobre a origem e autenticidade. Alguns fragmentos foram adquiridos pelos fundadores do Museu da Bíblia.

Os arqueólogos continuam, contudo, à procura de sinais dos Manuscritos e há quem acredite que pode haver outras cavernas por descobrir com estes misteriosos pergaminhos escondidos.

Detalhe do primeiro dos Manuscritos do Mar Morto, encontrado em 1947

Em Março, PS chumbou proposta de Erasmus para o Interior do PSD.

Este fim-de-semana, PS e PSD bateram com a cabeça para reclamar a autoria de uma ideia de um programa que permita aos estudantes universitários fazerem intercâmbio para o interior do país.

No sábado, António Costa aproveitou um comício em Vila Real, Trás-os-Montes, para anunciar que queria criar um Erasmus Interior, que permitisse aos alunos conhecer “outros territórios, saberes e espaços”.

No domingo, Rui Rio respondeu que a proposta era do PSD e já tinha quase um ano, o Erasmus+Interior. O que Rio não disse foi que a proposta já tinha sido levada à Assembleia da República, em Março, e foi chumbada pelo PS, BE, PCP e PEV (com a abstenção do PAN), de acordo com o Público.

Na altura, o pacote legislativo do PSD para o ensino superior tinha como objectivo reforçar os incentivos à frequência do ensino superior no interior do país e propunha a atribuição de uma bolsa de mil euros para que os alunos frequentassem um semestre numa universidade no interior do país.

Também a atribuição de uma bolsa de estudos é, aliás, um dos elementos que distingue as propostas daquilo que já existe no país: o programa Almeida Garrett.

“O Programa Almeida Garrett é um programa de mobilidade interna de estudantes do ensino superior público universitário, visando promover a qualidade e reforçar a dimensão nacional do Ensino Superior. Não existe a atribuição de bolsas de estudo para apoiar a mobilidade dos alunos seleccionados.”, pode ler-se na página da Universidade de Coimbra dedicada ao programa de intercâmbio que abrange 15 universidades portuguesas.

Ainda que não haja obrigação de realizar mobilidade para o interior do país, a hipótese já é dada aos estudantes portugueses que o desejem, por iniciativa das instituições públicas de ensino superior com assento no Conselho de Reitores das Universidades Públicas (CRUP).

Também em relação à coincidência de PSD e PS defenderem a mesma medida, declarou: “O doutor António Costa terá lido bem o programa do PSD e reproduzido bem uma ideia de que gostou”, numa alusão a uma leitura que o líder socialista terá feito erradamente de o PSD querer avançar para um TGV entre Lisboa e Porto.

Nelson Mandela

Quando Nelson Mandela estudava direito na universidade, um professor branco, cujo sobrenome era Peters, não gostava muito dele.

Um dia, o Sr. Peters estava almoçando na sala de jantar quando Mandela veio junto com a bandeja e sentou-se ao lado do professor.

O professor disse:

"Senhor Mandela, você não entende, um porco e um pássaro não se sentam juntos para comer"

Mandela olhou para ele como um pai seria uma criança rude e calmamente respondeu:

* "Você não se preocupa professor. Eu vou voar", * & ele foi e se sentou em outra mesa.

Mr. Peters, avermelhado de raiva, decidiu se vingar.

No dia seguinte, na aula, ele fez a seguinte pergunta:

"Sr. Mandela, se você estivesse andando na rua e encontrasse um pacote, e dentro houvesse um saco de sabedoria e outro saco com dinheiro, qual você levaria?"

Sem hesitar, Mandela respondeu: "Aquele com o dinheiro, é claro".

Sr. Peters, sorrindo sarcasticamente disse:

"Eu, no seu lugar, teria tomado a sabedoria."

Nelson Mandela deu de ombros e respondeu: "Cada um pega o que não tem".

O Sr. Peters, a essa altura, estava prestes a se recuperar, fervendo de fúria. Tão grande foi a sua raiva que ele escreveu na folha do exame de Nelson Mandela a palavra "IDIOTA" *

e deu para o futuro ícone de luta.

Mandela pegou a folha de exame e sentou-se em sua mesa, tentando manter a calma enquanto contemplava seu próximo passo.

Poucos minutos depois, Nelson Mandela levantou-se, caminhou até o professor e disse-lhe em um tom educado digno,

"Sr. Peters, * você assinou seu nome na folha *, mas esqueceu de me dar minha nota."

sábado, 7 de setembro de 2019

A ternura de António Costa para com Catarina Martins.

Vê-se bem nesta foto.

NUNO FOX/Lusa

O debate que se esperava e praticamente não houve. Uma pequena alfinetada para cada lado, só para justificar o debate e não defraudar as expectativas, mas o que se viu foi uma mão cheia de nada, ou seja… estão combinados e bem (para eles e não para o país), para o futuro!

Há doentes com cancro “a correr risco de vida” por recusa de medicamentos do Infarmed.

O Infarmed está a recusar medicamentos inovadores que permitem combater vários cancros, porque os peritos da autoridade nacional do medicamento consideram que na fase inicial da doença não há “risco imediato de vida”, mas apenas “risco de vida”. O tratamento só é autorizado quando já existem metástases, noticia a edição do Expresso deste sábado, que cita uma denúncia do Colégio de Oncologia à Ordem dos Médicos.

PS/Coimbra usou fotografia com Marcelo em folheto de campanha.

A promiscuidade entre ambos já leva a que um órgão institucional, como seja a presidência da republica ajude de uma forma nunca antes imaginada, um governo do PS.

A Federação Distrital do PS de Coimbra utilizou uma fotografia com Marcelo Rebelo de Sousa num folheto de campanha eleitoral. A imagem foi difundida nas redes sociais pelo deputado do Partido Social Democrata (PSD) Cristóvão Norte. Ao lado de Marcelo Rebelo de Sousa surge Pedro Coimbra, presidente da Federação Distrital do Partido Socialista de Coimbra. O Presidente pediu já a retirada da fotografia e o PS assim fez, tendo mandado destruir o folheto e pedindo desculpa através da sua direcção de campanha e de António Costa, secretário-geral do partido e primeiro-ministro, noticia a Agência Lusa.

Ver imagem no Twitter

Na vida, existem 2 tipos de ladrões

1-O ladrão comum: é aquele que rouba o seu dinheiro, sua carteira, os seus bens, etc.2-O ladrão político: é aquele que rouba o seu futuro, seus sonhos, seu conhecimento,

seu salário, sua educação, sua saúde, sua força, seu sorriso, etc.”

A grande diferença entre estes dois tipos de ladrões, é que o ladrão comum

escolhe-o a si para roubar os seus bens, enquanto o ladrão político é você

que o escolhe, para ele o roubar.

A outra grande diferença, não menos importante, é que o ladrão comum é

procurado pela polícia, enquanto o ladrão político é geralmente protegido

pela polícia.Agora que estamos perto de eleições, pense bem antes de escolher o“seu“ ladrão…

quarta-feira, 4 de setembro de 2019

Avalie as respostas de Rui Rio na entrevista à TVI: #RioBEM ou #RioMAL

As soluções para os problemas do país vão convencê-lo? Comente nas redes sociais com as hashtags #RioBEM e #RioMAL a entrevista de Rui Rio, que se candidata a primeiro-ministro pelo PSD.

https://tvi24.iol.pt/politica/psd/avalie-as-respostas-de-rui-rio-na-entrevista-a-tvi-riobem-ou-riomal

A concentração de poder em 5 capítulos

Metade da sociedade, a que paga a conta, é confrontada com a desigualdade de oportunidades, a degradação dos serviços públicos, a estagnação económica e um peso cada vez mais esmagador dos impostos.

1. Como todos sabemos, Portugal é uma das nações mais antigas da Europa e um dos traços distintivos ao longo da sua história tem sido a recorrente concentração de poder. Temos uma tradição de contar com instituições económicas e políticas de natureza extrativa, que concentram o poder nas mãos de alguns, que focados no curto prazo, extraem o máximo de dividendos económicos, para por sua vez consolidarem e perenizarem o seu poder político. A chegada da democracia, 45 anos atrás, deveria ter permitido resolver este flagelo, mas infelizmente apenas o mitigou.

2. Comecemos pela História. A Época dos Descobrimentos foi essencialmente marcada por um Monopólio da Coroa, que recebia em primeira mão as colossais rendas resultantes do comércio colonial. Para manter o controlo destas rendas, a Coroa e a Igreja procuraram manter um domínio político absoluto, centralizando, na medida do possível, todas as decisões fundamentais.

Depois, quando em várias partes da Europa, os filósofos começavam a pensar em sistemas económicos e políticos mais inclusivos e sustentáveis, como o que viria a ficar conhecido como Democracia Liberal, Portugal continuava a insistir na velha lógica extrativa, já convertida em cultura nacional, degradando progressivamente o Império, que por altura das Invasões Francesas já era incapaz de se defender sozinho. Seguiu-se uma guerra civil, e uma sucessão de bancarrotas igualmente relacionadas à construção de infra-estruturas modernas (estradas e linhas de caminhos-de-ferro) sem sustentabilidade financeira. A decadência continuou e a monarquia foi finalmente substituída por uma República incapaz de dar resposta aos anseios da população e gerar o tão aguardado progresso. A desastrosa participação na Primeira Guerra Mundial e o decorrente caos político levaram a que o poder acabasse entregue ao Estado Novo com o seu referencial fascista. E o Dr. Salazar, juntamente com o Cardeal Cerejeira, reforçaram com zelo uma estrutura política e económica baseada em monopólios, ferozmente defensora de um status-quo económico e social que fechou o País sobre si mesmo, numa economia sem concorrência, num ambiente político asfixiante, com uma população pouco letrada e qualificada, onde muitos passavam fome, não encontrando melhor remédio que a emigração em massa.

3. Finalmente, a 25 de Abril de 1974, veio a Revolução que poria termo a 48 anos de Ditadura. Contudo a cultura extractiva adaptou-se, simplesmente mudando de protagonistas. A direita ultra-conservadora do Estado Novo foi substituída pela esquerda, que começou por ocupar a indústria e os campos alentejanos e acabou a nacionalizar praticamente todas as grandes empresas que existiam na altura, reforçando os monopólios, impondo decisões de cima para baixo, e instrumentalizando a sociedade civil para reforçar e manter o seu poder, tal como tinham feito praticamente todos os regimes políticos anteriores.

Ainda assim, a democracia que resultou do 25 de Abril de 1974 conseguiu melhorar substancialmente o nível de vida das pessoas e recentrar Portugal no espaço europeu. Mas, infelizmente o regime Democrático, que tem na sua essência o princípio da separação de poderes, não trouxe o fim a esta história.

A cultura extrativa foi-se adaptando às novas realidades e manteve-se viva nas instituições políticas, no tecido económico e social, estando à vista de todos.

4. Resultando em que do lado político temos o Estado, que continua a ser a principal fonte de financiamento no país, como se o dinheiro fosse seu, e que gere essa vantagem para ganhar eleições, focado no curto prazo, muitas vezes sem preocupação pelo crescimento e sustentabilidade da economia. Do outro lado temos uma parte da sociedade que quer extrair o máximo de recursos do Estado, sem contrapartida de mérito ou aumento da produtividade e que vota em quem der o que eles querem. Para que o extrativismo funcione é preciso alguém para pagar a conta, a fonte de dinheiro. Que primeiro foi encontrada na União Europeia e na dívida e que agora inclui também os contribuintes. O extrativismo inclui o desprezo por quem paga a conta, seja esquecendo que o dinheiro do Estado vem dos contribuintes portugueses e europeus, seja no desrespeito das boas práticas de administração dos recursos do estado, nomeadamente na extrema opacidade relativa aos processos de tomada de decisão, na produção de demasiadas leis que chegam imprecisas, incompletas ou impossíveis de aplicar, cheias de convenientes buracos que permitem a perpetuação de esquemas e a impunidade dos infractores, ou no investimento em comunicação do estado para premiar os órgãos de comunicação mais amigáveis e menos curiosos.

E enquanto esta lógica extrativa se autoalimenta, a outra metade da sociedade, a que paga a conta, é confrontada com crescente desigualdade de oportunidades, o enfraquecimento da sociedade civil, a degradação dos serviços públicos, a estagnação económica e um peso cada vez mais esmagador dos impostos.

5. Por tudo isto é fundamental continuar a reforçar a sociedade civil e limitar a concentração de poder à volta do Estado. Um dos alicerces de uma Democracia Liberal é a separação de poderes, mas para além disso, o Liberalismo defende que numa sociedade evoluída e dinâmica, o poder deve estar realmente partilhado com a sociedade civil. Esse poder deve primeiramente fluir dos cidadãos para o Estado e não exclusivamente do Estado para os cidadãos. O Estado deve servir todos os cidadãos de forma equitativa e não apenas as suas clientelas políticas, desprezando todos os outros. O Estado tem que se preocupar com os mais desfavorecidos e ajudá-los a ultrapassar momentos difíceis, e não perpetuar situações de dependência. Deve promover a meritocracia e não o carreirismo por simples antiguidade. Deve promover o dinamismo empresarial e a sã concorrência e não esmagar as empresas e os seus funcionários com impostos e leis mal feitas que aumentam os riscos e os custos. Deve ser absolutamente transparente na forma como gasta o dinheiro dos contribuintes.
Está na hora de dar mais um passo no desenvolvimento da nossa Democracia. Eu decidi lutar por um Estado mais pequeno, simples, eficiente, meritocrático, transparente e ao serviço de todos. Por isso decidi envolver-me no novo partido Iniciativa Liberal.

Que o próximo capítulo seja o último e afirme a separação de poderes e tenhamos uma sociedade, um país, onde a Liberdade e a Responsabilidade sejam uma realidade.

Paulo Chaves Alves

Membro da Iniciativa Liberal

terça-feira, 3 de setembro de 2019

As noivas do Babush

Há muito se antecipava a aproximação entre PS e PAN. Depois do PS do "animal feroz", ainda agora Costa assegurou que “a causa de sucesso desta solução governativa é que ninguém teve de engolir sapos".

É a grande novidade saída das Eleições Europeias. Depois do romance com o Bloco de Esquerda e o PCP, o PS do babush António Costa tem nova companhia para futuros flirts coligativos, o PAN. O facto dos votos no Pessoas-Animais-Natureza terem procriado como coelhos deixa o partido à espreita, qual suricata, de uma oportunidade para integrar uma coligação vindoura. Até porque em relação aos actuais parceiros de geringonça o primeiro- ministro afirmou que “Aquilo em que conseguimos convergir tem sido suficiente para uma muito boa amizade, mas insuficiente para podermos ter um casamento.” Ou seja, para já não há casório, mas BE, PCP e agora PAN são uma espécie de noivas de Santo António Costa, vá.

No entanto, a julgar pela votação alcançada domingo passado, para o PCP isto de ser uma noiva do Babush revelou-se mais parecido com ser uma noiva do Daesh. De início deve ter sido muito emocionante, sim senhor, havia aquela excitação da transgressão e do perigo e tal, mas para os comunistas, em menos de nada, tudo se transformou num resultado eleitoral verdadeiramente aterrador.

Agora, já se antecipava há muito esta aproximação entre PS e PAN. Desde logo porque inevitavelmente o PAN tem um fraquinho pelo partido outrora dirigido pelo “animal feroz”. Depois porque ainda anteontem António Costa assegurou que “a causa de sucesso desta solução governativa é que ninguém teve de engolir sapos. Acho que isto é uma qualidade importante.” Não há dúvida que o primeiro-ministro escolheu o momento exacto para destacar a importância que dá ao facto de nenhum batráquio ter sido deglutido durante a vigência da actual coligação, tocando assim fundo o coração dos militantes da defesa dos animais.

Bom, mas se é verdade que PAN, PS e BE estiveram bem neste acto eleitoral, quem esteve assombrosa foi a abstenção. O que me leva a crer que é altura de ratificar a proposta do PAN de alargar a idade de voto para os 16 anos. Aliás, para mim alargava-se a idade para os 13 anos. É sabido que a única coisa que agrada mais aos jovens destas idades do que borrifarem- se para o que os pais dizem é borrifarem-se para o que os pais dizem enquanto contrariam de propósito os seus progenitores. Ora, podendo votar, esta canalhada iria às urnas aos magotes só para provocar os pais abstencionistas. E na volta, para azucrinarem ainda mais um bocadinho, votavam em partidos que realmente apresentassem projectos para o país. Se o encontrassem no boletim.

Mas atenção, esta não é a única iniciativa inovadora do PAN. O eurodeputado eleito pelo partido, Francisco Guerreiro, é apaixonado por plogging, actividade que, dizem, consiste em recolher lixo ao mesmo tempo que se faz exercício. Lá está, isto não é mera reciclagem de detritos. É aqui que o PAN é disruptivo. Não há dúvida que o plogging também é reciclar lixo, mas é fundamentalmente reciclar terminologia laboral gasta. No meu tempo recolher lixo enquanto se fazia exercício era ser almeida. Mas não, agora vai-se a ver e é plogging.

A propósito de porcaria, o resultado eleitoral do PSD e do CDS foi aquilo a que em ciência política se convencionou designar por “bosta”. Realmente os partidos de extrema-esquerda fartaram-se de avisar para a chegada da extrema-direita. Parecia descabido, mas afinal a previsão não falhou por muito. É facto que nestas eleições não assistimos à afirmação da extrema-direita, mas pode-se afirmar que assistimos à extrema-unção da direita.