terça-feira, 18 de julho de 2023

Filmes Portugueses

FILMES PORTUGUESES DE TODOS OS TEMPOS


Filmes Portugueses  (ANTIGOS)


 ESTES LINKS que poderÃO neste tempo de preocupações, ajudar a distrair-nos.


Basta clicar nos links abaixo.

A Severa (1930)
https://www.youtube.com/embed/xHU2bLZmNMw  

As Pupilas do Senhor Reitor (1935)

https://youtu.be/sS0jrGEL0uE

Maria Papoila (1937)

 
A Rosa do Adro (1938)


João Ratão (1940)... com Vasco Santana ... 
https://www.youtube.com/watch?v=XEKaYMaW-Ng

^`Pai Tirano (1941)
https://youtu.be/Ba3hvxDoE_c

Ala-Arriba (1942)

Aniki Bóbó (1942)

https://youtu.be/IhJw8fMKLE0 

O Pátio das Cantigas (1942)


Amor de Perdição (1943)
https://youtu.be/dxDxCOxhSGw

 "Amor de Perdição - Resumo Animado" 


Fátima Terra de Fé (1943)
https://www.youtube.com/embed/VluDUyepIn8

A Menina da Rádio (1944)
https://youtu.be/kVbWP3WTM3Q

A Vizinha do Lado (1945)
https://youtu.be/e2700kYUJuQ

José do Telhado (1945)
https://www.youtube.com/embed/NKRqs1X_uZ4 

Camões (1946)
https://www.youtube.com/embed/e8O_NbmUfmY  

Um Homem do Ribatejo (1946)
https://youtu.be/1i6N2YwkY6g

Capas Negras (1947)
https://youtu.be/sOuorPfX8zg

Fado, História de uma Cantadeira (1947)
https://youtu.be/FcktCkBGyQE

O Leão da Estrela (1947)
https://youtu.be/ThxFFOw8moc

 O Leão da Estrela (2019)versão moderna


Frei Luís de Sousa (1950)
https://youtu.be/tSVszbvutKA

O Grande Elias (1950)
https://youtu.be/yWDg51xeGTc

Sonhar é Fácil (1951)

https://www.youtube.com/watch?v=hwtbPv8wfvo&feature=youtu.be 


Eram Duzentos Irmãos (1952)

Chaimite (1953)
https://youtu.be/ZJ2EbVp_NGc

Duas Causas (1953)
https://youtu.be/lm9gB-nipfk

Rosa de Alfama (1953)
https://youtu.be/emLoTla_y4o

Agora é que são elas (1954)

(Filmagem da revista "Agora É Que São Elas", interpretada só por mulheres, levada à cena no Teatro Avenida ... )


O Cerro dos Enforcados (1954)
https://youtu.be/xZJcHAr-8Qs

O Costa d' África (1954)
https://www.youtube.com/watch?v=g3bXfWReVp8  

Quando o Mar Galgou a Terra (1954)

https://youtu.be/X3hSqLK9xnM

O Dinheiro dos Pobres (1956)
https://youtu.be/3Yz-bnYJsPU

Vidas sem Rumo (1956)
https://youtu.be/-vcNpMTAttI

O Tarzan do 5º Esquerdo (1958)

https://youtu.be/ymk6S23PF90


Sangue Toureiro (1958)

A Costureirinha da Sé (1959)

O Passarinho da Ribeira (1959)

O Miúdo da Bica (1963)
https://www.youtube.com/embed/mVKjuE9pkg8 

Os Fidalgos da Casa Mourisca (1963)
https://youtu.be/PQD0anw7SZo

A Canção da Saudade (1964)
https://youtu.be/7KozbPnPfjU

Belarmino (1964)


O Lampião da Estrela (2000) Herman José


AMALIA O MUSICAL CLICAR ABAIXO

ZÉ ANALFABETO VASCO SANTANA


Vasco Santana, O Bom Português (Documentário RTP, 1998)  

 

 Herman José fala sobre Vasco Santana no documentário " O Bom Portugues"      
Herman José fala sobre Vasco Santana no documentário " O Bom Portugues"      
Mulheres da Beira (1923)      
Mulheres da Beira (1923) Filme completo      


Os 3 da Vida Airada 1952-cómico...António Silva e outros...      
Os 3 da Vida Airada 1952

A braçadeira de Neuer

Tendo começado por pregar a tolerância, os lobbies gay transformaram-se em agentes agressivos, que denunciam e atacam quem lhes faça frente.
Neste campeonato da Europa, o guarda-redes alemão Manuel Neuer surgiu com uma braçadeira de capitão com as cores do arco- íris – o símbolo da comunidade LGBTI+ (que raio de sigla!).
Não sei se o homem é ou não homossexual, mas isso não interessa nada: é um assunto da sua vida privada. Pública foi a ostentação da dita braçadeira. A UEFA instaurou-lhe um processo, como é normal – visto não se tratar de uma braçadeira regulamentar –, mas arquivou- -o de imediato, perante o coro de protestos que se levantou.
O argumento foi que se tratava de propaganda a uma 'boa causa'.
Ficámos, portanto, a saber que a UEFA permite a propaganda a 'boas causas'. Se um jogador amanhã quiser usar uma braçadeira de apoio ao Black Lives Matter, ou aos refugiados da Venezuela, ou aos protestantes de Hong-Kong, ou às vítimas da covid na Índia, a UEFA fará o quê? Proibirá?
A UEFA, que tem muitos advogados, devia lá ter alguém com bom senso que explicasse aos confusos dirigentes que as regras se fizeram para ser cumpridas por todos – e não consoante a cor com que se apresentam.
O lobby gay está a tornar-se um problema para a democracia, pois ninguém tem coragem para o afrontar.
As organizações ligadas à homossexualidade podem fazer impunemente tudo o que lhes der na real gana, convictas de que ninguém lhes fará frente.
Tendo começado por pregar a tolerância, transformaram-se em agentes agressivos, que denunciam e atacam quem lhes faça frente.
A propaganda homossexual constitui hoje uma força temível, nacional e internacionalmente.
Que o diga António Costa, que, após a aprovação na Hungria da polémica lei sobre a sexualidade, se apressou a pôr na lapela um pin com as cores do arco-íris, não fosse alguém acusá-lo de homofobia…
Devo confessar modestamente que, de início, não percebi a indignação que por aí ia contra a tal lei.
A senhora von der Leyen, habitualmente contida, considerou-a «uma vergonha».
Fui informar-me melhor, e verifiquei que a lei impede a exposição ou promoção a menores de 18 anos de temas como pornografia, pedofilia, transexualidade, homossexualidade, etc.
Mas porquê o espanto? – interroguei-me.
Nós não temos uma lei que proíbe os menores de 18 anos de assistir a certos espetáculos ou aceder a determinados conteúdos?
E alguém se insurge contra isso?
Esta questão levanta outra, muito delicada: a liberdade de cada país para aprovar livremente as leis que entender – desde que não prejudiquem os outros. A Hungria é um país livre, com um Parlamento eleito, com instituições a funcionar, e esta lei só se refere aos seus cidadãos(e, entre estes, aos menores de 18 anos).
Dir-se-á que a Europa tem valores e todosos membros da União devem respeitá-los.
Mas isso colocar-se-ia com mais acuidade, por exemplo, em relação ao aborto ou à eutanásia, que, segundo muita gente (Igreja Católica incluída), atentam contra o valor supremo da vida.
JOSÉ ANTÓNIO SARAIVA
novo sol - luz

Gaia paga mais de meio milhão de euros em contratos com grupos de media através de empresa com dívida astronómica.

Global Media recebeu 195.000 euros para organizar programa natalício de 2021 em Gaia. O Jornal de Notícia fez a cobertura noticiosa


Notícia do Público, assinada por um jornalista, publicada em 15 de Dezembro, feita no âmbito do contrato com a Gaiurb.



Gaiurb pagou à Cofina 53.000 euros por quatro vídeos, mas somente um (já inactivo) foi divulgado.

Autarquias quase abandonaram a publicação de anúncios na imprensa. Optam agora por chorudos contratos de prestação de serviços para eventos e notícias pagas. Um dos casos mais flagrantes passa-se com a Gaiurb, uma endividada empresa municipal de Vila Nova de Gaia que gere os bairros sociais.

Uma empresa municipal de Vila Nova de Gaia – que em 2020 registou um lucro de apenas 3.495 euros, mas tem um passivo de 6,1 milhões – gastou ao longo do último ano mais de 583 mil euros em contratos com empresas de comunicação social para a realização de eventos e aquisição de conteúdos noticiosos feitos por jornalistas.

No último ano, de acordo com a investigação do PÁGINA UM, a Gaiurb – com competência na gestão urbanística e habitacional deste município nortenho presidido pelo socialista Eduardo Vítor Rodrigues – realizou três contratos com empresas da Global Media (num total de 465.000 euros), um com o Público (no valor de 65.400 euros) e outro com a Cofina (53.000 euros). Todos os contratos foram realizados por ajuste directo, sem visto prévio do Tribunal de Contas.

Segundo o último relatório e contas, a situação financeira em 2020 da Gaiurb – que também é responsável pela gestão municipal dos bairros – não estava particularmente favorável. Com encargos de pessoal extremamente elevados – cerca de 270 empregados representaram um custo de quase 6,6 milhões de euros –, esta empresa municipal apenas não registou fortes prejuízos porque aumentou o seu endividamento de longo prazo em quase 280 mil euros. Além disso, a sua dívida de curto prazo (a exigir pagamento em menos de um ano) é astronómica: quase 3,7 milhões de euros. Apesar disso, no último ano foi usada pela autarquia de Gaia como adjudicante de chorudos contratos com grupos de media, especialmente com a Global Media, a empresa detentora do Jornal de Notícias, Diário de Notícias e TSF.
Com efeito, no caso da Global Media, a Gaiurb estabeleceu um primeiro contrato ainda em Dezembro de 2020 para o evento "Praça de Natal Jogos Santa Casa em Gaia", que incluía a sua divulgação "junto da imprensa e outros meios de comunicação social". O valor do contrato foi fixado em 195.000 euros.

No dia 3 de Dezembro deste ano, o contrato foi renovado, com o mesmo fim, e pelo mesmo valor. No ano passado ainda se apontavam os motivos para o ajusto directo: "não existe alternativa ou substituto razoável" e "inexistência de concorrência". No segundo contrato nada se refere. Estes dois contratos comerciais foram assinados por Domingos de Andrade, simultaneamente administrador e director de conteúdos da Global Media e director da TSF (CP 1723), algo que o Estatuto do Jornalista considera incompatível.

Um outro contrato do grupo Global Media com a Gaiurb foi concretizado em 29 de Março deste ano com a TSF – através da sua empresa Rádio Notícias – por ajuste directo para a produção de 26 episódios semanais, emitidos aos microfones entre Abril e Outubro. Apresentado como sendo uma "parceria TSF/Gaiurb", o programa foi intitulado "Desafios do Urbanismo", e envolveu um pagamento de 75.000 euros, tendo sido conduzido por um jornalista Miguel Midões (CP 4707), mas sem liberdade editorial.

De facto, este contrato comercial – que possui, em nome da Global Media, a assinatura do jornalista Afonso Camões (CP 308), o que constitui uma função incompatível nesta profissão – estipulava, na prática, uma subordinação editorial da TSF perante a Gaiurb. Por exemplo, o ponto 1 da cláusula 5ª determinava que "o prestador de serviços obriga-se a entregar à Gaiurb, EM [empresa municipal] os produtos, serviços e conteúdos informativos a aplicar na execução do contrato, de acordo com as características, especificações e requisitos previstos no anexo ao Caderno de Encargos, que dele fazem, parte integrante".

Por um montante de 65.400 euros, o Público também rubricou contrato com a Gaiurb para o desenvolvimento de algo denominado "Conversas Urbanas". Escreve-se assim "algo", porque o contrato constante do Portal BASE não permite aferir aquilo que foi contratualizado, porque remete para anexos que não são mostrados. Aliás, uma prática cada vez mais habitual.
Este contrato concretizou-se através de 16 podcasts numa rubrica intitulada "Conversas Urbanas", assumida pelo Público como tendo o "apoio da Gaiurb". Saliente-se, contudo, que esse apoio, em concreto, foi exclusivamente monetário, ou seja, uma prestação de serviços de âmbito comercial. Este programa, financiado pela Gaiurb, consistiu sobretudo em entrevistas com especialistas em urbanismo, conduzidas pela jornalista Ana Isabel Pereira (CP 4720) e pelo director-adjunto David Pontes (CP 1255), que assim participaram activamente na execução de um contrato comercial.

Já depois destes podcasts, o Público manteve a rubrica "Conversas Urbanas", e mencionando a referência ao apoio da Gaiurb mesmo em notícias assinadas por jornalistas, como foi o caso de uma recentemente publicada pelo jornalista Mário Barros (CP 7963) sobre o "regresso das casas ilegais".

Por fim, o contrato da Cofina – que não consta ainda no Portal BASE – foi assinado em 10 de Novembro passado, e o único pormenor conhecido, além do valor do ajuste directo (53.000 euros), é que serviu para promover o projecto Meu Bairro, Minha Rua durante 20 dias.

A única referência que o PÁGINA UM encontrou em órgãos de comunicação social da Cofina sobre este projecto foi um vídeo, já inactivo, no Correio da Manhã, na secção de conteúdos pagos denominada C-Studio CM. Na sua página do Facebook, a Gaiurb informa que existiriam quatro vídeos, mas apenas divulgou o primeiro, em 3 de Julho deste ano. Essa informação registou 25 reacções e duas partilhas.
A aquisição de serviços pelas autarquias para a elaboração de conteúdos editoriais ou eventos com uma componente de divulgação noticiosa, tem sido uma fórmula cada vez mais seguida pelos media nacionais, como alternativa financeira à queda do mercado publicitário e à "fuga" de leitores.

Porém, além da forte dependência que estes contratos autárquicos já representam nas contas de alguns dos órgãos de comunicação social – e que, desse modo, podem condicionar a livre "fiscalização" dos seus periódicos –, a participação de jornalistas, mesmo se indirecta, na execução destes contratos coloca profundas dúvidas do ponto de vista ético e sobretudo legal.

Com efeito, o Estatuto dos Jornalistas impede que estes profissionais exerçam "funções de marketing, relações públicas, assessoria de imprensa e consultoria em comunicação ou imagem, bem como de planificação, orientação e execução de estratégias comerciais". No caso específico de Domingos de Andrade e Afonso Camões – que acumulam funções de administração na Global Media com tarefas editoriais, mantendo a carteira profissional –, as suas assinaturas em contratos comerciais constituem, sem dúvida, acções de "planificação, orientação e execução de estratégias comerciais".

No caso dos jornalistas que participam em conteúdos financiados directamente por entidades públicas (Estado e autarquias, por exemplo) ou empresas privadas –, pode também estar em causa incompatibilidades, sobretudo se houver subordinação contratual nos serviços prestados à entidade adjudicante ou se forem emitidas mensagens consideradas como marketing.

Saliente-se que o Estatuto do Jornalista (Lei nº 1/99) refere que, entre outros aspectos, "constitui dever fundamental dos jornalistas (…) recusar funções ou tarefas susceptíveis de comprometer a sua independência e integridade profissional".

Por causa de situações similares às dos contratos da Gaiurb com os media, esta semana, após insistência do PÁGINA UM, a Comissão da Carteira Profissional de Jornalista (CCPJ) informou estar "a analisar as situações descritas sobre o Público, a Global Media e Domingos Andrade para avaliar os pontos que são da sua competência e quais os que, não sendo, justificam a participação à ERC [Entidade Reguladora para a Comunicação Social]". E acrescentou ter já iniciado "também processos de questionamento aos referidos responsáveis", embora anunciando desde já que "irá preservar o sigilo sobre as conclusões" destes inquéritos, bem como "eventuais procedimentos que se entendam por convenientes".

O PÁGINA UM continuará a desenvolver este dossier de investigação, que incluirá averiguar se a CCPJ sempre tomou, ou tomará, diligências formais sobre estas matérias, conforme prometido na passada quarta-feira. Até porque, sendo certo que as diligências anunciadas pela CCPJ serão documentadas – para provar a sua existência – quer sejam por escrito quer por áudio, então serão documentos administrativos, logo acessíveis ao público em geral, e em particular aos jornalistas.

https://paginaum.pt/2021/12/26/gaia-paga-mais-de-meio-milhao-de-euros-em-contratos-com-grupos-de-media-atraves-de-empresa-com-divida-astronomica/

Comissão da Carteira Profissional de Jornalista abre processos a directores editoriais do Público e da Global Media

Contratos comerciais assinados por jornalistas, como Domingos de Andrade (director da TSF), e conteúdos patrocinados ou contratualizados mas executados por profissionais acreditados, levam entidade a averiguar alegadas incompatibilidades. A entidade que regula e disciplina os jornalistas manifesta-se preocupada com "as formas de promoção comercial disfarçadas de jornalismo", mas defende sigilo das suas diligências.


Entre outros casos, a Comissão da Carteira Profissional de Jornalista (CCPJ) anunciou hoje a abertura de um processo de averiguação ao director da TSF, Domingos de Andrade, por este jornalista assinar contratos comerciais como administrador da Global Media, detentora de periódicos como o Diário de Notícias e o Jornal de Notícias. Em causa estará o regime de incompatibilidade previsto pelo Estatuto do Jornalista. A sua violação poderá levar à cassação do título profissional e à aplicação de uma coima até 5.000 euros.

Em resposta a um conjunto de situações anómalas, e documentadas, que o PÁGINA UM tem detectado, a CCPJ – o organismo independente de acreditação e de disciplina dos jornalistas – informou estar "a analisar as situações descritas sobre o Público, a Global Media e Domingos Andrade para avaliar os pontos que são da sua competência e quais os que, não sendo, justificam a participação à ERC [Entidade Reguladora para a Comunicação Social]". E acrescenta ter já iniciado "também processos de questionamento aos referidos responsáveis".

De acordo com o regime de incompatibilidades, previsto em lei desde 1999, os jornalistas – como Domingos de Andrade, detentor da carteira profissional número 1723, e que também acumula o cargo de diretor-geral editorial da Global Media – estão impedidos de exercer "funções de marketing, relações públicas, assessoria de imprensa e consultoria em comunicação ou imagem, bem como de planificação, orientação e execução de estratégias comerciais". A preparação, assinatura e execução de contratos comerciais constitui, sem margem para dúvidas, funções de "planificação, orientação e execução de estratégias comerciais".

O PÁGINA UM detectou já, pelo menos, dois contratos comerciais assinados este ano por Domingos de Andrade como administrador da Global Media, designadamente com a Câmara Municipal de Valongo (para a produção de reportagens, no valor de 74.000 euros) e com a Comunidade Intermunicipal da Beira Alta (para aquisição de serviços de publicidade e divulgação turística para o período do Verão de 2021, no valor de 25.000 euros).

Domingos de Andrade não está, obviamente, impedido de assinar contratos, mas deveria ter suspendido a sua carteira profissional, além de as suas funções de direcção editorial ficarem assim feridas do ponto de vista deontológico.

Domingos de Andrade não será o único jornalista a ser agora escrutinado pela CCPJ – o organismo com tutela disciplinar desta profissão especialmente regulada.

Também o director do Público, Manuel Carvalho, e os directores das diversas publicações da Global Media, nomeadamente Rosália Amorim (Diário de Notícias) e Inês Cardoso (Jornal de Notícias), serão investigados por suspeita da existência de contratos comerciais, sobretudo com autarquias, para a encomenda de conteúdos patrocinados, mas que são escritos por jornalistas – algo estritamente proibido pelo estatuto e pelo código deontológico.

Além disto, poderão ainda ser escrutinadas as suas participações activas, como jornalistas e directoras de órgãos de comunicação social, em eventos comerciais contratualizados entre autarquias e a Global Media.

Na esmagadora maioria dos casos da escrita de conteúdos patrocinados, o PÁGINA UM sabe que os jornalistas chegam a ser forçados a escrever sob anonimato pelas chefias ou administração. O PÁGINA UM já detectou diversos "conteúdos patrocinados" não assinados, e que surgem, depois, republicados integralmente nas secções editoriais já assinados por jornalistas com carteira profissional. Ou seja, os textos originalmente patrocinados foram escritos por jornalistas, constituindo uma violação legal.

A própria CCPJ afirmou ao PÁGINA UM que "tem sido crescente o número de denúncias generalizadas sobre jornalistas obrigados a elaborar conteúdos patrocinados sob anonimato ou sem sequer saberem que os conteúdos que lhes eram encomendados tinham na sua origem contratos comerciais ou de marketing do respetivo órgão de comunicação social."

E acrescentou ainda que tem tomado diligências nos últimos anos, nomeadamente a elaboração de uma directiva sobre conteúdos patrocinados, a solicitação de um estudo à OberCom – Observatório da Comunicação, e a realização de reuniões de sensibilização junto dos directores dos principais órgãos de comunicação social.

Também Afonso Camões – antigo director do Jornal de Notícias e actual director-geral de conteúdos da Global Media – estará eventualmente sob a alçada disciplinar da CCPJ. Apesar de sempre ter mantido a carteira profissional de jornalista (CP 308), Camões também assinou contratos comerciais.

Por exemplo, em Agosto do ano passado, Afonso Camões apôs a sua assinatura no contrato de aquisição de publicidade institucional no âmbito da pandemia entre a Global Media e a Direcção-Geral da Saúde, no valor de 401.485 euros.

Este jornalista, que tem actualmente colunas de opinião regulares no Jornal de Notícias e no Diário de Notícias, escreve com frequência sobre questões relacionadas com a gestão política da actual crise sanitária.

No caso do Público, a situação em concreto, agora em averiguação pela CCPJ, refere-se sobretudo à assinatura de um contrato com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), no valor de 44.135 euros.

Assinado em Outubro passado, esse contrato tinha por objecto a prestação de serviços de "criatividade e marketing no âmbito das Comemorações dos 20 anos da classificação do Douro Património", de publicidade e de "Parceria Editorial com o Jornal Público". Na semana passada, como desfecho deste contrato comercial sob a forma de alegada "parceria editorial", o Público editou uma revista contendo artigos assinados por jornalistas e um editorial do director Manuel Carvalho, fazendo alusão a ser um conteúdo apoiado.

Saliente-se que em aditamento ao seu Livro de Estilo – feito em 2017 pelo então director David Dinis –, o Público considera que os conteúdos apoiados não são comerciais, porque são "editorialmente independentes e produzidos de forma autónoma pela redacção".

Porém, neste caso estamos perante não um conteúdo apoiado por publicidade, como habitualmente, mas sim pago por contrato comercial de prestação de serviços.

Ademais, a revista contém, logo na página 5, um texto do presidente da entidade adjudicante (CCDR-N), António Cunha.

Apesar das anunciadas promessas de fazer diligências para questionar os jornalistas do Público e das publicações da Global Media, o Secretariado da CCPJ promete já que "irá preservar o sigilo sobre as conclusões" destes inquéritos, bem como "eventuais procedimentos que se entendam por convenientes".

A CCPJ alega o sigilo a que os seus membros estão abrangidos por um decreto-lei de 2008. Contudo, sobreposta a esse diploma (decreto-lei) está juridicamente a Lei do Acesso aos Documentos Administrativos, a qual abrange os documentos também emanados pela CCPJ.

Deste modo, o PÁGINA UM irá solicitar, a seu tempo, o acesso às eventuais diligências prometidas pela CCPJ aos jornalistas visados.

Nota: Leonete Botelho, presidente da CCPJ, promete investigar jornalistas por incompatibilidades, incluindo o seu director no Público, mas defende sigilo sobre as conclusões.

https://paginaum.pt/2021/12/22/comissao-da-carteira-profissional-de-jornalista-abre-processos-a-directores-editoriais-do-publico-e-da-global-media/


sábado, 15 de julho de 2023

Teste

Teste que faltava!

O caso de Nilsen Arias e de como Portugal lhe escancarou as portas.

 


Um alto-funcionário da petrolífera estatal Petroecuador, Nilsen Arias, acusado de corrupção e branqueamento de capitais nos Estados Unidos e a ser investigado no Equador, canalizou para Portugal vários milhões de euros em compras de imóveis e obteve a nacionalidade portuguesa para um dos seus filhos. Como ex-responsável pelo comércio internacional da Petroecuador, Arias tinha um estatuto de Pessoa Politicamente Exposta (PEP), o que deveria obrigar a um cuidado redobrado com a origem do dinheiro por parte de bancos, advogados, agências imobiliárias e autoridades, mas aparentemente ninguém lhe levantou problemas.

Uma investigação do Expresso com o jornal equatoriano “El Universo” permitiu apurar que, entre 2015 e 2021, Nilsen Arias, a mulher e os seus dois filhos compraram 13 apartamentos e uma loja em Lisboa, além de uma moradia de luxo na Quinta da Marinha, em Cascais. Alguns desses imóveis foram entretanto revendidos, mas nove apartamentos continuam a ser detidos pela esposa e pelo filho mais velho de Arias, Juan.

Ao todo, a família fez aquisições de €8 milhões em património imobiliário em Portugal ao longo de seis anos. Parte desse dinheiro corresponde a mais-valias realizadas e reinvestidas em novos imóveis, sendo que Arias chegou a recorrer a empréstimos bancários.

Nilsen Arias foi indiciado em janeiro de 2022 por lavagem de dinheiro nos EUA, ao abrigo da lei sobre práticas de corrupção no estrangeiro, por haver bancos e cúmplices norte-americanos implicados num esquema em que empresas internacionais de comércio de petróleo pagaram subornos a Arias e a outros funcionários para serem beneficiadas com contratos e condições especiais por parte da Petroecuador. Um segundo inquérito-crime foi aberto no Equador.

Arias esteve preso em Nova Iorque, mas declarou-se culpado e saiu da cadeia depois de ter pago uma caução, passando a colaborar com a justiça norte-americana. No Equador, as autoridades acreditam que o esquema na petrolífera estatal tenha envolvido subornos de 22 milhões de dólares.

Segundo a acusação norte-americana, Arias trabalhou para a Petroecuador entre 2010 e maio de 2017, mas continuou implicado no esquema de corrupção até agosto de 2021.

Um conjunto de escrituras públicas obtidas pelo Expresso mostram que Arias começou a canalizar dinheiro para Portugal em março de 2015, quando era ainda alto-funcionário da petrolífera. A mulher dele, Patrícia Romero, comprou nessa altura dois apartamentos — um T1 e um T2 — num condomínio do Paço do Lumiar, em Lisboa, por €605 mil. O suficiente para o casal poder concorrer ao programa de vistos gold.

COMO SURFAR A LEI

Embora nem Arias nem o escritório português de advogados (EDGE) contratado para ajudar na compra dos imóveis em Lisboa e Cascais tenham respondido aos pedidos de esclarecimento do Expresso e do “El Universo”, o facto de um dos filhos dele, Nilsen Andres Arias, atualmente com 21 anos, surgir numa informação de 2021 do Registo Central do Beneficiário Efetivo (RCBE) como tendo nacionalidade portuguesa é uma indicação de que o pai aderiu aos vistos gold.

Este regime de Autorização de Residência para Atividade de Investimento (ARI) esteve aberto a estrangeiros que comprassem imóveis no valor de meio milhão de euros em Portugal e abrangia os cônjuges e filhos, sendo possível requerer a nacionalidade portuguesa ao fim de seis anos. No caso de Arias, esse prazo foi atingido em 2021.

Também um irmão de Arias, Cristian, obteve nacionalidade portuguesa, segundo uma informação do RCBE em que ele aparece como sócio dos sobrinhos numa empresa de comércio de produtos saudáveis em Rio de Mouro, a Kinoha.

Os investimentos a sério em Portugal só começaram, no entanto, em 2018, depois de Arias sair da Petroecuador. A lei de branqueamento de capitais então em vigor em Portugal (a lei 83/2017) determinava que o estatuto de Pessoa Politicamente Exposta deixava de se aplicar ao fim de 12 meses depois de se abandonar o cargo.

Em junho de 2018, 13 meses depois de Arias sair da Petroecuador e já não ser formalmente um PEP em Portugal, a mulher dele comprou seis apartamentos num edifício da rua de São José, perto da Avenida da Liberdade, em Lisboa, por um milhão de euros. Essa aquisição foi feita por uma estrutura complexa montada com a ajuda dos advogados da EDGE.

Os seis imóveis foram comprados pela Falcon Pyramid — Investimentos Imobiliários, LDA, uma empresa com sede em Lisboa, detida por uma firma na Madeira, a Million Signs S.A., por sua vez controlada por Patricia Romero através de uma companhia em Singapura, a Asiapt Consultancy PTE. LTD. Em novembro de 2019, todos os apartamentos foram revendidos por 1,9 milhões de euros a outra empresa portuguesa, a Delicate Constellation, Lda., controlada pelo filho mais velho de Arias, Juan.

A compra mais cara foi feita pouco depois, em outubro de 2018, desta vez em nome pessoal e recorrendo a um empréstimo de €1,5 milhões do Novo Banco. Ao todo, Nilsen e Patrícia deram €2,75 milhões por uma moradia com três pisos e um jardim de 1300 m2, incluindo uma piscina, na Quinta da Marinha, numa área deste condomínio mais próxima da praia do Guincho. A casa foi revendida por €4,35 milhões em março do ano passado. O casal desfez-se também em 2021 e 2022 dos dois apartamentos comprados em 2015 no Paço do Lumiar, obtendo uma mais-valia de €147 mil.

Pelo meio, entre 2018 e 2021, Patrícia Romero comprou cinco apartamentos e uma loja num prédio perto do Jardim da Estrela, em Lisboa, por €1,7 milhões, e revendeu três dos imóveis por €1,267 milhões. Hoje mantém ainda três apartamentos nesse edifício, a que se juntam os outros seis andares da rua de São José que estão em nome de Juan.

TEXTO MICAEL PEREIRA E PAUL MENA JORNALISTA DO “EL UNIVERSO”

Expresso

sexta-feira, 14 de julho de 2023

Construção do Extremely Large Telescope avança a bom ritmo. Metade do telescópio já está concluída

 


Espantoso!

O Observatório Europeu do Sul prevê que a construção dos restantes 50% do Extremely Large Telescope decorra mais rapidamente do que a primeira metade, apontando para um prazo de cerca de cinco anos.

Ver aqui :

https://tek.sapo.pt/noticias/ciencia/artigos/construcao-do-extremely-large-telescope-avanca-a-bom-ritmo-metade-do-telescopio-ja-esta-concluido