terça-feira, 9 de junho de 2020

Bases científicas sobre o uso de máscaras para protecção individual e social

    Gabriel Branco

    Director do Serviço de Neurorradiologia do Hospital Egas Moniz


    As máscaras são para ser usadas por pessoas doentes em contacto com pessoas saudáveis, pelos cuidadores de pessoas doentes e por quem desinfecta zonas hospitalares referenciadas, por mais ninguém.

    A população em geral tem sido aconselhada ou obrigada por Lei a usar máscaras que cobrem a boca e nariz, sem que as autoridades responsáveis por essas sugestões ou ordens tenham fundamentado de forma clara as provas da eficácia dessa prática, no que se refere à prevenção de doença respiratória viral.

    Parece ser útil no interesse da saúde pública conhecer os dados científicos disponíveis sobre a eficácia dos diversos de tipo de máscaras na protecção contra estes agentes.

    Existem basicamente 3 tipos de máscaras:

    1. Máscara têxtil reutilizável após lavagem;

    2. Máscara de tipo cirúrgico, de elásticos ou atilhos;

    3. Máscara filtro respiratório, designadas P1 a P3;

      1. As máscaras cirúrgicas foram concebidas para proteger o campo operatório, filtrando 95% das bactérias expiradas, por reterem partículas a partir de 1000 nm. Não foram concebidas como filtros respiratórios de protecção individual.

        A letra P é uma abreviatura de FFP (Filtering Face Piece); estas são as únicas máscaras que podem ser consideradas como filtros respiratórios. A maior parte das máscaras FFP contêm um filtro plástico central, mas muitas máscaras correntemente em uso em Portugal, com código KN300, não têm esse componente, embora possam ser classificadas como P1 ou P2.

        Nos EUA a sigla N95 é equivalente a P2 ou P3 na Europa. Os números 95 e 300 significam que há uma capacidade de filtrar 95% ou mais de partículas de dimensão igual ou superior a 300 nm.

        Revendo a literatura científica, devemos considerar a superioridade dos RCT sobre os artigos gerais. RCT são Estudos Randomizados Controlados e representam o grau de prova máxima que é possível obter em ciências médicas e biologia.

        Especificamente sobre a protecção de máscaras contra os vírus da gripe, destaca-se um grande artigo de revisão crítica sobre a eficácia das máscaras, cuja conclusão passo a citar: “Nenhum dos estudos estabeleceu uma relação conclusiva entre o uso de máscara/respirador e a protecção contra a infecção por gripe (influenza): Influenza Journal (DOI:10.1111/j1750-2659.2011.00307.x)

        A eficácia da máscara cirúrgica é definitivamente colocada em causa num RCT de boa qualidade, que compara a eficácia da máscara cirúrgica com os filtros respiratórios: A cluster randomized clinical trial comparing fit-tested and non fit-tested N95 respirators to medical masks to prevent respiratory virus infection in health care workers. Influenza and Other Respiratory Viruses (DOI:10.1111/j.1750-2659.2010.00198.x)

        De facto, olhando para as especificações técnicas dos fabricantes de máscaras não é surpreendente a falta de provas científicas sobre a eficácia das máscaras das doenças tipo gripal. O Ortomixovirus, que é o agente da gripe A (influenza nos EUA) tem dimensão de 180 nm, portanto abaixo da capacidade filtrante das máscaras. O diâmetro do Coronavirus é de apenas 80 a 120 nm, o que o torna ainda mais difícil de filtrar que o Ortomixovirus.

        Para além disso o Ortomixovirus tem tendência para formar aglomerados filamentosos, o que motiva a formação de partículas maiores, enquanto esse fenómeno não se verifica tanto nos Coronavirus.

        Quanto às máscaras têxteis, o seu uso não só não protege como agrava o risco de infeção viral: A cluster randomized trial of cloth masks compared with medical masks in healthcare workers. BJM Open 2015;5:e006577.doi:10.1136/bmjopen-2014006577).


      Porque é que depressão masculina é raridade!

      Segundo um relatório que esta semana foi entregue no Conselho de Altos Estudos Científicos da Universidade do Michigan (U.S.A.), o resultado duma pesquisa liderada pelo famoso Prof. Dr. Morris A. Benson, apresenta o seguinte parecer final:

          Porque é rara a depressão masculina!

      ·         Não engravidam.

      ·         Os mecânicos não lhes mentem...

      ·         Nunca precisam procurar outra área de Serviços para encontrar uma casa-de-banho limpa.

      ·         Rugas são traços de carácter...

      ·         Barriga é prosperidade!

      ·         Cabelos brancos são charmosos...

      ·         Os sapatos não lhes apertam nos pés.

      ·         Conseguem ir sózinhos à casa-de-banho

      ·         As conversas pelo telefone só duram 30 segundos.

      ·         Para férias de 5 dias, apenas levam uma mochila.

      ·         Se na mesma festa aparecer outro com uma roupa igual, não há problema.

      ·         Cera quente nem cheiro.

      ·         Ficam a assistir a um programa de televisão com um amigo, em total silêncio, durante várias horas, sem ter que pensar: "Ele já deve estar cansado da minha companhia"

      ·         Se alguém se esquece de os convidar para alguma festa, continua a ser seu amigo.

      ·         A roupa íntima que usa pode custar no máximo 20 euros (em pacotes de 3).

      ·         Três pares de sapatos chegam e sobram.

      ·         São incapazes de perceber que a roupa está amarrotada.

      ·         Usam o mesmo corte de cabelo durante anos, aliás décadas, sem problemas.

      ·         Meia dúzia de cervejas geladas e um jogo de futebol na televisão são o suficiente para passarem horas divertidos.

      ·         Os Shoppings Centers não lhes fazem falta nenhuma.

      ·         Podem deixar crescer o bigode.

      ·         Se um amigo lhes chamar gordo, careca, velhadas, etc, isso não lhes abala em nada a amizade. Aliás, é prova de uma grande amizade.

      ·         São capazes comprar os presentes de Natal para 25 pessoas, no dia 24 de Dezembro em, no máximo, 25 minutos!

      ·         Para um churrasco, só precisam de carvão, carne, sal grosso, uma faca e uma tábua e, no máximo umas calças, para limpar os dedos sujos de gordura.

      sexta-feira, 5 de junho de 2020

      Notícia de um divórcio

      Chegou ao fim o meu casamento de 17 anos com o Expresso.

      Teve, como todos os casamentos, os seus momentos de glória e as suas fases mais rotineiras, aqui e ali interrompidas por pequenos conflitos domésticos, rapidamente sarados. No geral, foi bom enquanto durou.

      Em 1990, quando nos casámos, eu tinha 34 anos, dois filhos, bigode, 80 quilos e onze anos de jornalismo, durante os quais vivera três relações mais ou menos estáveis (Norte Desportivo, Comércio do Porto e Semanário) e um número bastante razoável de escapadelas (Jornal do Comércio, Gazeta dos Desportos, Tripeiro, Diabo, Crime, entre outras).

      Em 1990, quando nos casámos, o Expresso estava lamber as feridas da dolorosa e traumatizante separação do grupo de jornalistas liderado por Vicente Jorge Silva, que o tinha traído, primeiro às escondidas, depois à luz do dia, indo para a cama com Belmiro de Azevedo, relação de que resultaria um filho: o Público.

      Tenho muito orgulho de ter integrado a legião de jornalistas (na sua maioria oriundos do Jornal e do Diário de Notícias) contratados pela dupla José António Saraiva/Joaquim Vieira para ajudar a cicatrizar as feridas abertas pela partida do grupo de Vicente.

      Durante os 17 anos que durou o nosso casamento, tive o prazer, a liberdade e a oportunidade de fazer um pouco de tudo. Redigi notícias e escrevi reportagens sobre quase todas as faces da vida - economia, sociedade, desporto e política. Por três vezes fui editor - do Porto (cinco anos), da saudosa Revista (dois anos) e, finalmente, da Economia (três anos).

      Tenho muito orgulho de ter dito que sim sempre que a direcção precisou de mim em Lisboa e me seduziu com desafios novos, apesar de isso me obrigar a viver emigrado.

      Como me gabo de me conhecer razoavelmente bem e me esforço por compreender e antecipar o futuro, fiz sempre questão de sair pelo meu próprio pé das funções que fui chamado a desempenhar.

      Sempre preferi agir a reagir, Sei que sou viciado em adrenalina, arrebatamentos e entusiasmos. Gosto de agarrar grandes empreitadas e de não descansar enquanto não atinjo os meus objectivos.

      Mas também sei que deixo de ser a melhor opção para capitanear um navio assim que a rotina se apodera do meu dia-a-dia e que o projecto que comando entrou em velocidade cruzeiro.

      Não sou daquelas marinheiros que aprecia navegar em mar chão. Prefiro as águas revoltas. Nunca enjoei com a turbulência.

      Tenho muito orgulho nos quatro pontos cardeais que foram a marca de água da minha atitude durante os 17 anos que durou o casamento com o Expresso:

      1. Sempre soube o que estava a fazer Admito (um pouco de modéstia fica sempre bem…) que por vezes a minha estratégia até podia não ser a mais acertada. Mas tive sempre uma estratégia. Antes de começar a navegar tirei sempre um azimute, tracei com cuidado a rota a seguir e apetrechei-me com rotas alternativas;

      2. Nunca tive medo de decidir Ser director, editor ou jornalista significa estar permanentemente a escolher, a avaliar, a decidir. Escolher os temas que tratamos e os que deixamos cair. Avaliar as matérias que merecem destaque. Decidir os assuntos em que empenhamos as nossas forças. Nunca fui contaminado pelo vírus da indecisão. Nunca tive medo de falhar.

      3. Sempre gostei de arriscar Após um Porto-Sporting comparei as estatísticas de Raul Meireles e João Moutinho. O médio portista tinha falhado quase metade dos passes. O sportinguista praticamente não tinha falhado nenhum. À vista desarmada, Moutinho tinha jogado muito melhor do que Meireles. Não foi verdade. Moutinho não falhou passes porque sempre que tinha a bola repassava-a, para trás ou para o lado, para o colega que estava mais perto. Meireles falhou mais porque fez muitos passes a 30 metros de distância, de ruptura, procurando entregar a bola a um colega  desmarcado e assim criar uma situação de golo.

      Num momento em que o factor escasso é a défice de atenção humana, o empate não chega. Acho criminoso passar para o lado, com medo de arriscar e de ser assobiado pelos adeptos. Para ganhar é preciso não ter medo de fazer passes de 30 metros. E não marcamos golos se não arriscarmos atirar à baliza.

      4. Nunca perdi o leitor de vista Nunca na minha vida perdi de vista que neste negócio vivemos em função do nosso cliente: o leitor. E tenho muita pena alguns colegas com menos memória esqueçam por vezes esta verdade de sangue. Sempre que escolho um tema, penso no título, selecciono o ângulo de ataque, preparo a maneira como matéria vai ser apresentada em página, e, finalmente, me sento a escrever, tenho sempre presente que não estou a trabalhar para brilhar juntos dos meus colegas jornalistas ou das minhas fontes. Estou a dar o meu melhor para seduzir e satisfazer o meu cliente leitor.

      Não acho que haja motivo de espanto por o nosso casamento de 17 anos ter chegado ao fim. A relação estava emocionalmente desidratada. Eu e o Expresso já estávamos um bocadinho fartos um do outro. E o Tom Jobim estava carregadinho de razão quando disse que "a única coisa que importa é ser feliz".

      Neste mundo efervescente, abundante em novas novidades de vidas e de costumes, manter um casamento profissional de 17 anos é pouco comum.

      Uma das grandes lições de vida, que o Expresso me proporcionou, aprendi-a com Guterres. Numa campanha para as legislativas que acompanhei como jornalista, o antigo primeiro ministro analisou com esta simplicidade a evolução das relações laborais.

      No tempo dos nossos pais, era normal uma pessoa ter um único emprego durante toda a sua vida.

      (O meu pai conheceu apenas um patrão: o STCP. Entrou para a empresa de transportes colectivos do Porto no final da sua adolescência, como escriturário, e por lá se demorou até ser atirado para a reforma antecipada pela revolução tecnológica da máquina de escrever que tornou dispensável e obsoleta a sua bonita caligrafia)

      Na nossa geração, é normal uma pessoa trabalhar em diferentes empresas mas manter a sua profissão.

      No tempo dos nossos filhos já não será possível atravessar a vida usando como ferramenta uma única profissão.

      Nesta hora em que estou a concluir o divórcio, ainda não sei como vou continuar a minha carreira profissional. Para já, vou agravar a estatística dos desempregados qualificados, que é uma das maiores dores de cabeça para Sócrates.

      Não sei se vou continuar a tentar manter-me no paradigma da minha geração, seguindo como jornalista. Ou se, em alternativa. Vou dar o salto para o da geração dos meus filhos e mudo de profissão.

      No ocaso de 2007, nesta hora em que me estou a divorciar do Expresso, tenho 51 anos, três filhos, 94 quilos e 28 anos de jornalismo - e já não uso bigode.

      Estou com um bocadinho de medo do vazio. Às vezes sinto-me como quando na recruta na Escola Prática de Infantaria, em Mafra, fazia o salto para o escuro - em que saltamos sem ver se o chão está a 20 centímetros ou a dois metros de distância.

      Mas a outra face deste salto do escuro é a injecção de adrenalina que ele desperta. Sinto-me excitado por estar de novo livre. Sinto-me orgulhoso por não ter deixado o meu casamento com o Expresso arrastar-se para o pântano (achei que uma imagem guterrista ficava bem, qual é a vossa opinião?).

      No trabalho, como na vida, prefiro viver apaixonado - e exijo que a paixão seja correspondida.

      FIM

      Jorge Fiel

      PS. A interrupção deste blogue é um dos efeitos secundários deste divórcio. Agradeço, curvado e emocionado, a todas as preclaras e preclaros que através da sua presença activa fizeram do Roupa para Lavar o blogue mais visitado e comentado do Expresso durante o seu curto mas trepidante ano de vida. Sinto muito, mas mesmo muito, orgulho em ter sido o vector deste espaço de contracultura, de ter sido capaz de não estar na linha e de ter tido a coragem para escrever coisas que destoam do cânone e do "mainstream".

      Este filme acaba aqui, mas garanto-vos uma sequela. Como ainda anda por aí muita roupa suja a precisar de ser lavada, vou continuar a centrifugar e inauguro na véspera de Natal uma nova lavandaria, num novo endereço:  lavandaria.blogs.sapo.pt.

      Algumas duras verdades sobre o onanismo

      Inventariar algumas das vantagens competitivas do onanismo sobre a relação sexual tradicional e fornecer enquadramento histórico ao acto da masturbação são os dois objectivos perseguidos por este pequeno e despretensioso texto, que surge como resposta a uma questão lateral abordada no debate sobre a magna e candente questão das regras mínimas de boa educação a observar quando se procede à limpeza do salão.

      Como prolegómeno ao tema, acho imprescindível lançar alguma luz no domínio dos conceitos.

      A Nova Enciclopédia Larousse é taxativa ao afirmar que onanismo e masturbação são sinónimos absolutos - e define o verbo transitivo "masturbar" como o acto de "conseguir o prazer sexual através da excitação manual das partes genitais".

      O Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa alarga, de forma considerável, o âmbito do fenómeno masturbatório ou, se preferirem, onanista.

      "Masturbar", no sábio entender do Houaiss,  é "estimular os próprios órgãos genitais ou os de alguém para (se) dar prazer, para alcançar ou fazer alcançar o orgasmo".

      Dito por outras palavras, o douto Houaiss considera redutora a definição da masturbação como um prazer solitário. A masturbação não se esgota na auto-estimulação e compreende também o acto de estimular manualmente as partes genitais de outra pessoa.

      No entanto, acho que toda a gente está de acordo comigo se eu disser que ninguém melhor do que nós próprios sabe calcular o ritmo a imprimir à estimulação dos nossos genitais por forma a obter um orgasmo mais rápido e melhor.

      Apesar de ninguém ser mais competente que nós no acto da masturbação, deve admitir-se que o jogo da masturbação em simultâneo - o homem masturba a mulher, que por sua vez está a masturbar o homem (os exemplos dados são, propositadamente, de relações hétero e não homo) - encerra em si uma grande simbologia e um enorme potencial erótico..

      Chegados a este ponto, acho importante sabermos que o vocábulo onanismo deriva de Onan, personagem bíblica, um hebreu que não queria ter filhos e, por isso, praticava o coito interrompido com a  mulher, espalhando o seu sémen pelo chão.

      Além de ser um exemplo de desperdício (estão cientificamente comprovados os efeitos benéficos na pele do esperma), este truque não deixa de ser curioso e estar prenhe de actualidade neste momento em que as consciências do nosso país se estão a dividir entre partidários do Sim e do Não no próximo referendo sobre a interrupção voluntária da gravidez.

      A propósito, é fundamental esclarecer que, ao contrário do que muita gente pensa, a masturbação não é uma invenção recente.

      As investigações levadas a cabo pelo reputado arqueólogo britânico Timothy Taylor garantem-nos que o sexo na Pré-História era uma actividade tão divertida quanto nos dias de hoje. Timothy estudou vários objectos com figuras de mulheres que supostamente estavam a dar à luz e concluiu, do alto da sua sabedoria de professor da Universidade de Bradford, que não era nada disso. O que as mulheres estavam  fazer era a masturbar-se, o que vem contrariar a ideia preconcebida de que o sexo na Pré-História cumpria unicamente uma função reprodutora.

      Em resumo, e para concluir sinteticamente, enuncio as quatro maiores vantagens comparativas da masturbação a solo sobre o sexo a dois:

      1. É garantido que não apanha qualquer doença sexualmente transmissível, como a terrível praga da Sida ou os mais populares e históricos esquentamentos;

      2. Pode fantasiar que está  fazer amor com quem lhe apetecer  (Gong Li, Scarlett Johansson e a vizinha do andar de baixo incluídas), fazendo recurso às modalidades, situações e posições que melhor lhe aprouverem;

      3. No final não tem de estar a fazer paleio de circunstância - se quiser pode virar-se logo para o outro lado e começar a ressonar, que no dia a seguir não ouvirá queixas ou recriminações de qualquer espécie;

      4. Usufruirá de uma encantadora descontracção durante a caminhada para o orgasmo, pois ninguém o vai acusar de ser um ejaculador precoce ou sussurrar-lhe ao ouvido: "Querido, está-se a passar alguma coisa?.. É que nunca mais acabas…"

      ROUPA PARA LAVAR

      Expresso

      PARA GUARDAR E IR VENDO COM CALMA...

      PARA GUARDAR E IR VENDO COM CALMA...

      Podem traduzir na língua que quiserem e, se tiverem paciência, asseguro-vos que estarão várias semanas tirando partido desta mensagem.

      PARA QUALQUER UM QUE GOSTE DE VIAJAR OU RECORDAR SÍTIOS JÁ VISITADOS E OS QUE VOS FALTA CONHECER,

      É FABULOSO...



      CATARATAS DE IGUAZÚ - BRASIL:
      http://www.airpano.com/files/Brasil-Argentina-Iguazu-Falls-2012/2-2
      http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Brasil-Argentina-Iguazu-Falls-2008

      GRAN CANION  DO COLORADO - USA:
      http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Grand_Canyon_USA
      http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Horseshoe-Bend-Arizona-USA

      BRYCE CANYON, RIO SAN JUAN RIO UTAH - USA:
      http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Bryce-Canyon-Utah
      http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Goosenecks-Utah-USA
      http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=San-Juan-Colorado-Rivers-Utah-USA

      TORRES PETRONAS KUALA LUMPUR - MALÁSIA:
      http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Kuala-Lumpur-Malaysia

      VENEZA - ITÁLIA:
      http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Italy-Venice

      CHICAGO ILLINOIS - USA
      http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Chicago-Illinois-USA

      PARIS - FRANÇA:
      http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Paris-France
      http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Eiffel-Tower-Paris-France

      PIRÂMIDES DE GIZÉ - EGIPTO:
      http://www.airpano.com/files/Egypt-Cairo-Pyramids/2-2

      ILHA SANTORINI - GRÉCIA:
      http://www.airpano.com/files/Santorini-Greece/2-2

      TAJ-MAHAL AGRA - INDIA
      http://www.airpano.com/files/Taj-Mahal-India/2-2

      SWAMINARAYAN AKSHARDHAM NOVA DELHI - INDIA:
      http://www.airpano.com/files/Akshardham-India/2-2

      COLISEU DE ROMA - ITÁLIA:
      http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Pisa-Tuscany-Central-Italy

      LAS VEGAS DE NOITE - USA:
      http://www.airpano.com/files/Las-Vegas-USA/2-2

      CIUDAD DEL CABO SUDAFRICA:
      http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Cape-Town-Tour-South-Africa

      MOERAKI - NOVA ZELÂNDIA:
      http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Moeraki-Boulders-New-Zealand
      http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=fiordland-new-zealand

      BUKHARA - UZBEKISTÃO:
      http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=bukhara

      LAGO MONO CALIFÓRNIA - USA:
      http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Mono-Lake-California-USA

      CIDADE DO DUBAI:
      http://www.airpano.com/files/UAE-Dubai-City-Virtual-Tour/2-2
      http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Dubai-Palm-Jumeirah-UAE

      ISLÂNDIA:
      http://www.airpano.com/files/Iceland-Langisjor-Veidivotn/2-2

      CASTELO NEUSCHWANSTEIN - ALEMANHA:
      http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Neuschwanstein-Germany

      AMESTERDÃO - HOLANDA:
      http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Holland

      CRISTO DO CORCOVADO RIO DE JANEIRO - BRASIL:
      http://www.airpano.com/files/Christ-the-Redeemer/2-2

      ISTAMBUL - TURQUIA:
      http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Mosques-Istanbul-Turkey

      TORRE DE PISA - ITÁLIA:
      http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Pisa-Tuscany-Central-Italy

      MANHATTAN NEW YORK - USA (DIA E NOITE):
      http://www.airpano.com/files/Manhattan-New-York-Virtual-Tour/2-2
      http://www.airpano.com/files/Millennium-UN-Plaza-Hotel-New-York-Night/2-2
      http://www.airpano.com/files/Millennium-UN-Plaza-Hotel-New-York/2-2
      http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Manhattan-New-York-USA-Night
      http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Statue-of-Liberty-New-York-USA

      PAGODE SHWEDAGON - MYANMAR:
      http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Shwedagon-Pagoda-Myanmar
      http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Balloon-Bagan-Myanmar

      PONTE GOLDEN GATE SAN FRANCISCO - USA:
      http://www.airpano.com/files/San-Francisco-Golden-Gate-USA/2-2
      http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=San-Francisco-California-USA

      ESTÁTUAS MOAI ILHA DE PÁSCOA - CHILE:
      http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Easter-Island

      SAN PETERSBURGO -RÚSSIA:
      http://www.airpano.com/files/Saint-Petersburg-Virtual-Tour/2-2

      MOSCOVO KREMLIM - RÚSSIA:
      http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Moscow-Kremlin-Virtual-Tour
      http://www.airpano.com/360Degree-VideoTour.php?3D=video_360_heli_krokus_city

      BAHÍA HALONG VIETNAM:
      http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Halong-Bay-Vietnam

      SALTO DEL ANGEL CANAIMA - VENEZUELA:
      http://www.airpano.com/files/Angel-Waterfall-Venezuela/2-2
      http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Angel

      LOS 12 APÓSTOLES - AUSTRÁLIA:
      http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=the-twelve-apostles-australia

      CATARATAS VICTORIA FRONTERA ZAMBIA - ZIMBABWE
      http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Victoria-Falls-Zambia-Zimbabwe

      HONG KONG:
      http://www.airpano.com/files/Honkong/2-2
      http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Honkong

      BANGKOK - TAILANDIA:
      http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Bangkok

      HIMALAYA - NEPAL:
      http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Everest-Nepal

      TORONTO E CATARATAS DO NIÁGARA - CANADÁ:
      http://www.airpano.com/files/Toronto-Canada/2-2
      http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Niagara-Falls

      KOTOR - MONTENEGRO:
      http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Montenegro-Virtual-Tour

      ANGKOR E TA - CAMBOJA:
      http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Angkor-Wat-Cambodia
      http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Ta-Prohm-Cambodia

      SYDNEY - AUSTRÁLIA:
      http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Sydney-Australia

      MACHU PICCHU - PERÚ:
      http://www.airpano.com/files/Machu-Picchu-Peru/2-2
      http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Machu-Picchu-Peru

      CIDADE DO VATICANO:
      http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Vatican

      quinta-feira, 4 de junho de 2020

      “O TRAUMA DA MORADA”

      Por Miguel Esteves Cardoso

      "Um dos grandes problemas da nossa sociedade é o trauma da morada. Por exemplo, há uns anos, um grande amigo meu, que morava em Sete Rios, comprou um andar em Carnaxide.

      Fica pertíssimo de Lisboa, é agradável, tem árvores e cafés. Só tinha um problema. Era em Carnaxide.

      Nunca mais ninguém o viu.

      Para quem vive em Lisboa, tinha emigrado para a Mauritânia!

      Acontece o mesmo com todos os sítios acabados em -ide, como Carnide e Moscavide. Rimam com Tide e com Pide e as pessoas não lhes ligam pevide.

      Um palácio com sessenta quartos em Carnide é sempre mais traumático do que umas águas-furtadas em Cascais. É a injustiça do endereço.

      Está-se numa festa e as pessoas perguntam, por boa educação ou por curiosidade, onde é que vivemos. O tamanho e a arquitectura da casa não interessam. Mas morre imediatamente quem disser que mora em Massamá, Brandoa, Cumeada, Agualva-Cacém, Abuxarda, Alfornelos, Murtosa, Angeja… ou em qualquer outro sítio que soe à toponímia de Angola.

      Para não falar na Cova da Piedade, na Coina, no Fogueteiro e na Cruz de Pau. (…)

      Ao ler os nomes de alguns sítios – Penedo, Magoito, Porrais, Venda das Raparigas, compreende-se porque é que Portugal não está preparado para estar na Europa.

      De facto, com sítios chamados Finca Joelhos (concelho de Avis) e Deixa o Resto (Santiago do Cacém), como é que a Europa nos vai considerar?

      Compreende-se logo que o trauma de viver na Damaia ou na Reboleira não é nada comparado com certos nomes portugueses.

      Imagine-se o impacte de dizer "Eu sou da Margalha" (Gavião) no meio de um jantar.

      Veja-se a cena num chá dançante em que um rapaz pergunta delicadamente "E a menina de onde é?", e a menina diz: "Eu sou da Fonte da Rata" (Espinho).

      Já para não falar em “Picha”, no concelho de Pedrógão Grande e de “Rata”, em Arruda dos Vinhos, Beja, Castelo de Paiva, Espinho, Maia, Melgaço, Montemor-o-Novo, Santarém, Santiago do Cacém e Tondela.

      Temos, assim, em Portugal, uma “Picha” para 11 “Ratas”. O que vale é que mesmo ao lado da “Picha”, temos a “Venda da Gaita”...

      E ainda existe “Colhões”, perto de Coimbra, E suponhamos que, para aliviar, o senhor prossiga, perguntando "E onde

      mora, presentemente?", Só para ouvir dizer que a senhora habita na Herdade da Chouriça (Estremoz).

      É terrível. O que não será o choque psicológico da criança que acorda, logo depois do parto, para verificar que acaba de nascer na localidade de Vergão Fundeiro, que fica no concelho de Proença-a-Nova, parece o nome de uma versão transmontana do “Garganta Funda”.

      Aliás, que se pode dizer de um país que conta não com uma Vergadela (em Braga), mas com duas, contando com a Vergadela de Santo Tirso?

      Será ou não exagerado relatar a existência, no concelho de Arouca, de uma Vergadelas?

      É evidente, na nossa cultura, que existe o trauma da "terra".

      Ninguém é do Porto ou de Lisboa.

      Toda a gente é de outra terra qualquer. Geralmente, como veremos, a nossa terra tem um nome profundamente embaraçante, daqueles que fazem apetecer mentir.

      Qualquer bilhete de identidade fica comprometido pela indicação de naturalidade que reze Fonte do Bebe e Vai-te (Oliveira do Bairro).

      É absolutamente impossível explicar este acidente da natureza a amigos estrangeiros ("I am from the Fountain of Drink and Go Away...").

      Apresente-se no aeroporto com o cartão de desembarque a denunciá-lo como sendo originário de Filha Boa.

      Verá que não é bem atendido. Não há limites. Há até um lugar chamado Cabrão, no concelho de Ponte de Lima !!!

      Urge proceder à renomeação de todos estes apeadeiros.

      Há que dar-lhes nomes civilizados e europeus, ou então parecidos com os nomes dos restaurantes giraços, tipo : Não Sei, A Mousse é Caseira, Vai Mais um Rissol. (...)

      Também deve ser difícil arranjar outro país onde se possa fazer um percurso que vá da Fome Aguda à Carne Assada (Sintra) passando pelo Corte Pão e Água (Mértola), sem passar por Poriço (Vila Verde), e acabando a comprar rebuçados em Bombom do Bogadouro (Amarante), depois de ter parado para fazer um chichi em Alçaperna (Lousã).

      terça-feira, 2 de junho de 2020

      Cultivar plantas sem água

      3 de Março de 2016 / Lucas Laursen

      Como os humanos podem sobreviver se o mundo fica mais seco? Aqui está a resposta de um cientista... as chamadas culturas de "ressurreição".

      Desde que a humanidade começou a cultivar nossa própria comida, enfrentamos um inimigo imprevisível: a chuva. Ele vem e vai sem muito aviso, e um campo de folhas verdes exuberantes um ano pode estacar, secar e explodir no próximo. A segurança alimentar e as fortunas dependem da chuva, e em nenhum lugar mais do que na África, onde 96% das terras agrícolas dependem da chuva em vez da irrigação comum em lugares mais desenvolvidos. Tem consequências: a seca contínua da África do Sul - a pior em três décadas - custará pelo menos um quarto de sua safra de milho este ano.

      A bióloga Jill Farrant (TED Talk: Como podemos fazer as culturas sobreviverem sem água) da Universidade da Cidade do Cabo, na África do Sul, diz que a natureza tem muitas respostas para as pessoas que querem cultivar culturas em locais com chuvas imprevisíveis. Ela está trabalhando duro para encontrar uma maneira de pegar características de plantas silvestres raras que se adaptam à dessecação extrema e as usam em culturas alimentares. À medida que o clima da Terra muda e as chuvas se tornam ainda menos previsíveis em alguns lugares, essas respostas se tornarão ainda mais valiosas. "O tipo de agricultura que estou buscando é literalmente para que as pessoas possam sobreviver, pois vai ficar cada vez mais seco", diz Farrant.

      Condições extremas produzem plantas extremamente difíceis. Nos desertos vermelhos enferrujados da África do Sul, montes rochosos íngremes chamados inselbergs levantam-se das planícies como os ossos da Terra. As colinas são remanescentes de uma era geológica anterior, raspadas da maioria do solo e expostas aos elementos. No entanto, nestas e formações similares em desertos ao redor do mundo, algumas plantas ferozes se adaptaram para suportar sob condições em constante mudança.

      https://tedideas.files.wordpress.com/2016/02/jf_clip.gif?w=396

      Farrant as chama de plantas de ressurreição. Durante meses sem água sob um sol severo, eles murcham e contraem até parecerem uma pilha de folhagens cinzas mortas. Mas as chuvas podem reanimá-los em questão de horas. Seus vídeos de lapso de tempo dos reavivamentos parecem alguém tocando uma fita da morte da planta ao contrário.

      A grande diferença entre a flora "tolerante à seca" e essas plantas resistentes: o metabolismo. Muitos tipos diferentes de plantas desenvolveram táticas para resistir a períodos secos. Algumas plantas armazenam reservas de água para vê-las através de uma seca; outros enviam raízes profundas para suprimentos de água subsuperficial. Mas uma vez que essas plantas usam sua reserva armazenada ou aproveitam o suprimento subterrâneo, elas param de crescer e começam a morrer. Eles podem ser capazes de lidar com uma seca de algum comprimento, e muitas pessoas usam o termo "tolerante à seca" para descrever tais plantas, mas eles nunca param de precisar consumir água, então Farrant prefere chamá-las de resistentes à seca.

      As plantas de ressurreição, definidas como aquelas capazes de se recuperar de manter menos de 0,1 gramas de água por grama de massa seca, são diferentes. Eles não têm estruturas de armazenamento de água, e seu nicho em rostos rochosos os impede de tocar águas subterrâneas, então eles desenvolveram a capacidade de mudar seu metabolismo. Quando detectam um período seco prolongado, desviam seus metabolismos, produzindo açúcares e certas proteínas associadas ao estresse e outros materiais em seus tecidos. À medida que a planta seca, esses recursos assumem primeiro as propriedades de um mel, depois de borracha, e finalmente entram em um estado semelhante ao vidro que é "o estado mais estável que a planta pode manter", diz Farrant. Isso retarda o metabolismo da planta e protege seus tecidos dessecados. As plantas também mudam de forma, murchando para minimizar a área superficial através da qual sua água restante pode evaporar. Eles podem se recuperar de meses e anos sem água, dependendo da espécie.

      O que mais pode fazer esse truque de secar e reviver? Sementes - quase todas elas. No início de sua carreira, Farrant estudou "sementes recalcitrantes", como abacates, café e lichia. Embora saborosas, essas sementes são delicadas — elas não podem germinar se secarem (como você deve saber se você já tentou cultivar uma árvore a partir de um poço de abacate). No mundo das sementes, isso as torna raras, porque a maioria das sementes de plantas em floração são bastante robustas. A maioria das sementes pode esperar as estações secas e pouco acolhedoras até que as condições estejam certas e comecem a crescer. No entanto, uma vez que eles começam a crescer, tais plantas parecem não reter a capacidade de apertar o botão de pausa no metabolismo em suas hastes ou folhas. Depois de concluir seu Doutorado em sementes, Farrant começou a investigar se seria possível isolar as propriedades que tornam a maioria das sementes tão resistentes e transferi-las para outros tecidos vegetais. O que Farrant e outros descobriram nas últimas duas décadas é que há muitos genes envolvidos na resposta das plantas da ressurreição à dessecação. Muitos deles são os mesmos que regulam como as sementes se tornam tolerantes à dessecação enquanto ainda anexam sua planta-mãe. Agora eles estão tentando descobrir quais processos de sinalização molecular ativam esses genes de construção de sementes em plantas de ressurreição - e como replicá-los nas culturas. "A maioria dos genes são regulados por um conjunto mestre de genes", diz Farrant. "Estamos olhando para os promotores de genes e qual seria o seu interruptor mestre."

      Agora, para adicionar esses genes resistentes a culturas úteis. Uma vez que Farrant e seus colegas sentem que têm uma melhor noção de quais interruptores jogar, eles terão que encontrar a melhor maneira de fazê-lo em culturas úteis. "Estou tentando três métodos de reprodução", diz Farrant: convencional, modificação genética e edição de genes. Ela diz estar ciente de que muitas pessoas não querem comer culturas geneticamente modificadas, mas ela está avançando com todas as ferramentas disponíveis até que uma funcione. Tanto os agricultores quanto os consumidores podem escolher se usam ou não qualquer versão que prevaleça: "Estou dando às pessoas uma opção". Farrant e outros no negócio da ressurreição se reuniram no ano passado para discutir as melhores espécies de plantas de ressurreição para usar como modelo de laboratório. Assim como pesquisadores médicos usam ratos para testar ideias para tratamentos médicos humanos, botânicos usam plantas relativamente fáceis de crescer em um laboratório ou ambiente de estufa para testar suas ideias para espécies relacionadas. Boea hygrometrica, também conhecida como a violeta rochosa de Queensland, é uma das plantas de ressurreição mais bem estudadas até agora, com um genoma de rascunho publicado no ano passado por uma equipe chinesa. Também no ano passado, Farrant e colegas publicaram um estudo molecular detalhado de outra candidata, Xerophyta viscosa, uma planta sul-africana durona com flores semelhantes a lírios, e ela diz que um genoma está a caminho. Um ou ambos os modelos ajudarão os pesquisadores de dessecação a testar suas ideias — até agora feitas principalmente em laboratório — em gráficos de teste.

      Entender a ciência básica primeiro é fundamental. Há boas razões pelas quais as plantas agrícolas já não usam defesas de proficação. Por exemplo, há um alto custo de energia na mudança de um metabolismo regular para um metabolismo quase sem água. Também será necessário entender que tipo de rendimento os agricultores podem esperar e estabelecer a segurança da planta. "O rendimento nunca será alto", diz Farrant, então essas plantas não serão direcionadas aos agricultores de Iowa que tentam tirar mais dinheiro de campos já exuberantes, mas agricultores de subsistência que precisam de ajuda para sobreviver a uma seca como a atual na África do Sul. "Minha visão é para o agricultor de subsistência", diz Farrant. "Estou mirando culturas de valor africano."

      SOBRE O AUTOR

      Lucas Laursen é um jornalista que aborda como as pessoas usam a ciência, os mercados e a serendipity para testar novas ideias. Escreveu para a Scientific American, IEEE Spectrum, e produziu rádio para Deutsche Welle (em inglês) e NPR's Here and Now.

      G7, adiado ou renovado.

      O Presidente norte-americano adiantou que tinha “a sensação de que o G7 não representa correctamente o que está a acontecer no mundo” e que acredita que o actual formato (Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e Estados Unidos) já está “ultrapassado”.

      Trump disse ainda que gostaria de convidar a Rússia, a Coreia do Sul, a Austrália e a Índia a juntarem-se a uma cimeira alargada no Outono.

      A Rússia foi excluída do que era o G8 em 2014, após a anexação da Crimeia ucraniana, considerada “ilegal” pelo Ocidente, mas Trump disse, em várias ocasiões, que apoia a reintegração da Rússia.

      Como seria a Revolução Russa nas redes sociais.

      A história é escrita pelos vencedores, como diz o ditado, mas como seria se fosse escrito por todos? O jornalista e colega do TED Mikhail Zygar está numa missão para nos mostrar o Projeto1917, uma "rede social para pessoas mortas" que posta os diários reais e cartas de mais de 3.000 pessoas que viveram durante a Revolução Russa. Ao mostrar os pensamentos diários de gente como Lénin, Trotsky e muitas figuras menos célebres, o projeto lança uma nova luz sobre a história como antes era - e como poderia ter sido. Saiba mais sobre essa releitura digital do passado, bem como o mais recente projeto da Zygar sobre o ano transformador de 1968.

      Esta palestra foi apresentada numa conferência oficial ted, e foi apresentada por seus editores na página inicial.

      https://www.ted.com/talks/mikhail_zygar_what_the_russian_revolution_would_have_looked_like_on_social_media

      Quem é Mikhail Zygar?

      É o fundador do Future History, o estúdio digital criativo por trás do Project1917 e 1968.digital.

      Mikhail Zygar é um jornalista, escritor, cineasta e editor-chefe fundador do canal de notícias independente russo Dozhd (2010 - 2015). Antes de Dozhd, Zygar trabalhou para a Newsweek Rússia e o diário de negócios Kommersant,onde cobriu os conflitos na Palestina, Líbano, Iraque, Sérvia e Kosovo. Seu best-seller All the Kremlin's Men é baseado em uma série sem precedentes de entrevistas com o círculo íntimo de Vladimir Putin, apresentando uma visão radicalmente diferente do poder e da política na Rússia. Seu recente livro The Empire Must Die foi lançado em russo e inglês em 2017. Retrata os anos que antecederam a revolução russa e o drama vívido da breve e exótica experiência da Rússia com a sociedade civil antes de ser varrida pela Revolução Comunista.

      segunda-feira, 1 de junho de 2020

      Construindo juntos o novo jornalismo europeu

      por Catherine, Gian-Paolo, Paul e Equipe Voxeurop

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      Sobre Voxeurop

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