sexta-feira, 2 de outubro de 2020
Caro Dr. Marcelo Rebelo de Sousa,
Votem nele em Janeiro de 2021 e depois queixem-se…
Eis o ‘meu resumo’ da carta anexa que alguém escreveu a Marcelo Rebelo de Sousa:
Não estamos interessados nas suas selfies, nos seus banhos de mar, nas suas compras de supermercado!
O povo Português quer que faça o que prometeu, sob juramento; defender Portugal e o seu Povo, a sua história e de todos quantos em vão, lutaram e pereceram.
Tal como na pandemia, quando o Povo mais precisou de um líder, o Sr. Presidente abandonou-nos!
Caro Dr. Marcelo Rebelo de Sousa,
Excelência,
Sou Portuguesa, filha de pais Portugueses, nascida com muito orgulho em África, na longínqua e saudosa Lourenço Marques.
Carrego comigo a história do nosso Povo, o nosso glorioso Povo que sem medo partiu para o desconhecido e aportou em metade do Mundo, trazendo um conhecimento infinito.
Tenho orgulho em ser Portuguesa, tenho orgulho em D. Afonso Henriques fundador deste nosso pequeno/grande País, tenho orgulho em João Gonçalves Zarco e Tristão Vaz Teixeira, Bartolomeu Perestrelo, Gil Eanes, Álvaro Fernandes, Diogo de Teive, Fernão Pó, Lopo Gonçalves, Vasco da Gama, Fernão Mendes Pinto, Diogo Zeimoto e Cristovão Borralho.
Tenho orgulho em Luís Vaz de Camões que descreveu em tão belos cantos, esta epopeia que foi a descoberta do caminho marítimo para a Índia.
Tenho orgulho nos missionários que levaram a longínquos territórios a Palavra de Deus, fomentaram a permuta de valores morais, económicos e culturais; Franciscanos, Dominicanos, Jesuítas e mais tarde Agostinhos.
Como disse D. Eurico Nogueira acerca de Missionários e mártires,” São homens... que enobrecem um povo e ajudam a escrever a história de uma Nação.”
Duarte Pacheco Pereira, S. Francisco Xavier, Padre Serafim Leite, Padre António Vieira e tantos outros.
O Povo Português é um povo trabalhador, honesto, generoso, tolerante, empático e também por isso, onde quer que esteja constrói metrópoles únicas, multirraciais e multiculturais.
Não podemos negar a guerra nas províncias ultramarinas e não posso deixar de a condenar, mas nada podemos fazer para apagar o passado, apenas retirar ilações dos erros cometidos.
A minha vivência com a guerra resumiu-se apenas às visitas semanais desde tenra idade ao Hospital Militar de Lourenço Marques. Vivi de perto o sofrimento de jovens de todas as raças, e estratos sociais, portugueses, a quem foram amputados os sonhos e a felicidade, roubada a juventude e a vida.
Deixaram-me marcas profundas; tornei-me médica, ortopedista tão e só, porque prometi aos que visitei durante anos a fio, deles cuidar e aprendi que o ódio não se combate com armas mas com Amor.
Fui educada a respeitar e honrar os valores morais e éticos, a Família, o meu País, valores estes que transmito a todos os que me rodeiam, onde o ódio, o racismo e a intolerância não têm lugar.
Dos anos em África, aprendi a conviver com todas as raças sem distinção.
Estudei em escolas públicas onde me foi ensinado o Respeito, Honestidade, Humildade, Senso de Justiça, Empatia e onde orgulhosa e diariamente cantava A Portuguesa.
Infelizmente assisti á instalação da revolta e do ódio.
Assisti á destruição de um país por um bando de racistas e extremistas que massacraram famílias inteiras, de brancos, varas de porcos brancos foram exterminadas, explorações aviárias onde só as galinhas não brancas foram poupadas, manadas de gado, idem.
Assisti á fuga de milhares apenas com a roupa no corpo para fugirem de morte certa.
Assisti ao desmascarar dos incitadores, universitários de esquerda, brancos, pintados com graxa que fomentaram o ódio, a destruição e a morte.
Tal como hoje, assisti ao vandalismo da nossa história que também foi e sempre, fará parte da história de um país agora independente.
Deixei família, deixei amigos, deixei a terra que me viu nascer, mas não deixei o sentimento, mantive o amor pela terra e suas gentes.
Conto-lhe um pouco da minha história, Sr. Presidente, porque honro o meu passado, honro a minha Pátria. Honro o meu País, Portugal.
Honro os feitos dos Portugueses pelo Mundo, honro a difusão do Evangelho pelos missionários portugueses, tenho orgulho em ser Portuguesa!
Sr. Presidente, o senhor jurou perante o Povo Português;
“Juro por minha honra desempenhar fielmente as funções em que fico investido e defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa. Constituição de 1976, Art. 127.º[1]
A Constituição define como tarefas principais do Estado ( artigo9.º):
....Garantir os direitos e liberdades fundamentais e o respeito pelos princípios do Estado de direito democrático;
....Proteger e valorizar o património cultural do povo português, .....
Sr. Presidente, o Povo Português não é racista, somos um Povo multirracial e multicultural, ordeiro, infelizmente com franjas radicalistas que exploram todas as oportunidades para promover o niilismo, o ódio e conflito.
Perante a destruição gratuita e desmedida do nosso Património Histórico e Cultural desencadeada pelos protestos de um movimento importado, Black Lives Matter; Estátua do Padre António Vieira, Monumento da Praça do Imperio no Porto, Monumento a Camões em Constância, Estátua do Cónego Melo em Braga, pede-lhe o Povo Português que defenda a nossa História, a nossa Identidade...Não estamos interessados nas suas selfies, nos seus banhos de mar, nas suas compras de supermercado!O povo Português quer que faça o que prometeu, sob juramento; defender Portugal e o seu Povo, a sua história e de todos quantos em vão, lutaram e pereceram.
Tal como na pandemia, quando o Povo mais precisou de um líder, o Sr. Presidente abandonou-nos!Paula Helena
Fernando Teixeira
A Educação dogmática e o direito dos pais
Henrique Monteiro – ‘EXPRESSO’ – 20/8/2020
AQUI
Os pais devem ter direito a proteger os seus filhos de ideologias e crenças que não comungam, quando estas nem são apresentadas com contraditório? Parece-me evidente!
E se há opção de não ir à disciplina de 'Religião e Moral', porque será obrigatório estar presente, sob pena de ficar retido, quando se explicam aspectos sobre o sexo e o género de que muita gente discorda?
Entrou num dos tribunais administrativos do país uma providência cautelar movida por um casal que reivindica um direito constitucional básico: educar os filhos. Acontece que o director da escola pública que frequentam, respaldado pelo Ministério da Educação, entende que eles não têm tal direito. O tribunal deu provimento ao pedido, devendo agora os visados contestar. É um caso, sem dúvida, para seguir.
Em causa está a disciplina ‘Cidadania e Desenvolvimento’. A questão central tem a ver com o ‘género’, motivado pela chamada ideologia de género, que os seus defensores argumentam não existir. Mas já lá iremos.
No artº36 nº5 da nossa Constituição afirma-se taxativamente o seguinte: “Os pais têm o direito e o dever de educação e manutenção dos filhos”, pelo que a pretensão daqueles pais será mais de que um direito. É, pela lei fundamental, um dever que lhes é cometido.
No artº 43º nº2 da CRP, afirma-se igualmente que “O Estado não pode programar a educação e a cultura segundo quaisquer diretrizes filosóficas, estéticas, políticas, ideológicas ou religiosas”. No nº1, assegura-se “a liberdade de aprender e de ensinar”. No mesmo sentido, a Lei de Bases da Educação é clara em condicionar à liberdade de consciência a "aquisição de noções de educação cívica e moral", aspeto não referido para nenhuma outra matéria integrante do ensino básico.
Munidos destes limites impositivos pelas leis constitucionais e estruturantes (como a Lei de Bases), vejamos o que se escreve no ‘Guia de Educação Género e Cidadania’, elaborado pela Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género, que depende da presidência do Conselho de Ministros. O que aqui fica descrito, destina-se ao 3º Ciclo do Ensino Básico e obrigatório (ou seja 7º, 8º e 9º anos), a que corresponderá uma faixa etária dos 12 ao 15 anos, ou um pouco mais.
No capítulo dedicado ao ‘Género’ afirma-se que o termo sexo se utiliza para distinguir “os indivíduos com base na sua pertença a uma das categorias biológicas: sexo feminino e sexo masculino”. Parece óbvio que as crianças isto já sabem. O que é necessário, então ensinar-lhes? Que o termo género designa “referências e significações atribuídas aos indivíduos a partir do conhecimento da sua categoria sexual de pertença. Trata-se, neste caso, da construção de categorias sociais decorrentes das diferenças anatómicas e fisiológicas”.
Para quem não percebeu muito bem esta língua de trapos, eu traduzo. Os indivíduos nascem com um sexo biológico, mas a igualdade de género visa contrariar todas as referências e todos os significados que se dão tradicionalmente ao facto de se ser menino ou menina. Não é dizer que os homens têm de fazer a lide da casa em pé de igualdade com as mulheres. Nem é dizer que as mulheres têm direito a ir para o Exército, Polícia, ou qualquer outra coisa do estilo. É mais profundo. É dizer que aquilo que tradicionalmente consideramos (no sentido de os rapazes gostarem mais de jogar à bola e as meninas de brincar com bonecas) é uma construção social que deve ser contrariada de modo a que não haja papéis predefinidos na sociedade para homens e mulheres.
A teoria pode apanhar alguns bem-intencionados desprevenidos. Podemos concordar com ela, mas temos de, por um lado, conhecer as consequências desta ideia e de, por outro, reconhecer que ela é uma construção ideológica, daquelas que a Constituição proíbe que se enfie pela cabeça abaixo dos estudantes.
Por isso mesmo, a disciplina de ‘Religião e Moral’ é facultativa. De facto, por muito que haja vasta bibliografia sobre a existência de Deus, muita gente não é crente nem há prova científica sobre a sua existência, que é baseada na fé. Muita gente, por isso, incentiva os filhos a não frequentar a disciplina. Em relação a ‘Cidadania e Desenvolvimento’, aqueles pais não defendem que a presença seja facultativa; apenas que haja objeção de consciência e que os filhos não frequentem estas aulas. O que os seus filhos fizeram. Sendo excelentes alunos, o Conselho de Turma atendeu o desejo dos pais e determinou a sua passagem de ano. Porém, o diretor do agrupamento escolar desautorizou o Conselho e fê-los reprovar, por despacho, alegando que não podiam faltar a tais aulas. Mais - coisa que brada aos céus - pelo desejo do diretor eles teriam de recuar dois anos.
Os pais, naturalmente, foram para a Justiça, vencendo o primeiro embate. Estou convicto de que têm razão. A teoria de género é mais ideológica (e sem carga histórica) do que a Religião. Sobretudo, tem mais consequências imprevisíveis, que aliás estão à vista. É também mais dogmática. No citado opúsculo (Guia) são citados apenas autores que dão a ‘ideologia de género’ por boa. Não há um arremedo de contraditório. Aquela parte que se coloca em todas as boas teses e começa por “outros autores, porém, defendem que…”. Nada disso! Chega-se a afirmar isto: “Ann Oakley propôs, em 1972, que se efetuasse a distinção entre os termos sexo e género, distinção essa que passou a servir de referência para as Ciências Sociais”. Mas as ciências sociais não têm correntes de pensamento? Não têm pessoas que se opõem, vigorosa e tenazmente, às teorias da estimada Ann, que sendo professora de um Instituto feminista em Londres, se define como ativista? Também muito citada é Jeanne Block, de Berkeley, psicóloga que se dedicou justamente ao papel do sexo na socialização, e é uma referência nesta área, e Joan Scott, de Princeton, uma historiadora que a partir de 1980 se dedicou ao estudo dos acontecimentos históricos na perspetiva do género. Há ainda alguns autores e estudiosos menos influentes no mundo, como o sociólogo Miguel Vale de Almeida ou a antropóloga social Teresa Joaquim. Em conjunto, todos estes nomes partilham uma ideia legítima, mas muito discutível e já muito rebatida: que todas as diferenças entre homens e mulheres nascem de construções sociais. Mais: de construções sociais que esta geração deve desconstruir, porque mesmo que sejam construções sociais naturais, isto é, determinadas por necessidades de sobrevivência da espécie, vindas de há milhares de anos, isso não lhes interessa.
Daqui decorre que se um homem se 'sentir' mulher pode mudar de género sem mudar de sexo. Estranho? Nem por isso, é o que mais há por aí. Este tipo de pensamento é egocêntrico e nem precisa que o reconhecimento seja dos outros: basta o auto-reconhecimento. E assim, os géneros são tantos que são designados por LGBTIQ+, correspondendo cada letra a um deles e o mais a etc.
Não vou debater a validade de tal teoria. Apenas sublinho o seu dogmatismo, exclusivismo e sectarismo ao não colocar em cima da mesa aqueles autores, não menos prestigiados, que se opõem a esta mundivisão fragmentária e tribalista da sociedade.
Volto ao início: os pais viram a providência cautelar ser atendida e querem ter o direito a educar os filhos noutra perspetiva, numa área em que não há consenso científico, antes imposição de uma agenda não inclusiva e nada consensual. Veremos o que nos diz a Justiça. E aquela parte do PS e do Governo que não se rendeu completamente às teorias folclóricas e dogmáticas que pululam em certa esquerda.
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São agora, os direitos dos pais que o PS quer eliminar.
Como quer também – e está em curso, com a desculpa do Vírus Chinês – reduzir ao mínimo a LIBERDADE INDIVIDUAL.
O seu OBJECTIVO é ter um ESTADO POLICIAL a controlar um REBANHO de Eleitores.
Utilização de Ervas Aromáticas e Similares para a Redução do Consumo de Sal
Comunicados e Despachos da Directora-Geral da Saúde.
As ervas aromáticas ou ervas-de-cheiro são plantas, geralmente de pequenas dimensões, que apresentam diversas utilizações e propriedades. Devido à sua composição nutricional e funções que desempenham na saúde, as ervas aromáticas são um excelente substituto do SAL, conferindo sabores, aromas e cor às refeições. A utilização de ervas aromáticas na redução da ingestão de sal na dieta poderá influenciar dupla e positivamente a saúde, quer pela redução da quantidade de sal nos alimentos, quer pelas propriedades benéficas que apresentam para a saúde. No entanto, para manterem as suas propriedades, as ervas só devem ser adicionadas aos alimentos no fim da sua preparação, uma vez que a maioria das suas propriedades é perdida pela acção do calor. São muito utilizadas em saladas, sopas, marinadas, carnes, peixes, chás, compotas, entre outros. As ervas aromáticas são fornecedoras de proteínas, vitaminas (A, C e complexo B), minerais (cálcio, fósforo, sódio, potássio e ferro), fibras, componentes voláteis (óleos essenciais) e substâncias fitoquímicas (substâncias bioativas presentes nas plantas em pequenas quantidades, que actuam como antioxidantes, bactericidas, antivírus, fitoesteróis e indutores ou inibidores de enzimas). Vários estudos indicam que as substâncias fitoquímicas parecem ser as responsáveis pelas propriedades atribuídas às ervas aromáticas, nomeadamente: prevenção do aparecimento de cancro, funcionamento cardiovascular, reprodutivo e nervoso e ainda como estimulante do sistema digestivo e potenciador do sistema imunitário. Muitas ervas aromáticas são conhecidas como excelentes fontes de antioxidantes naturais, podendo contribuir para a ingestão diária de antioxidantes. Os compostos fenólicos são os antioxidantes primários presentes nas ervas aromáticas (orégão, tomilho, manjerona, sálvia, manjericão, funcho, coentro) Normalmente, na cozinha, as ervas aromáticas são utilizadas frescas, mas são também comercializadas secas, embora percam algumas propriedades. De qualquer modo, não devem confundir-se com as especiarias, que são em geral utilizadas secas e, muitas vezes, reduzidas a pó…
quinta-feira, 1 de outubro de 2020
Gastar = Bom; Investir = Mau
por José Mendonça da Cruz, em 29.09.20 (corta-fitas.blogs.sapo.pt)
O primeiro-ministro decidiu hoje que do rio de dinheiro que poderia vir da UE só utilizará o que vier a fundo perdido; o que serviria para investir na economia e recuperar, ele não quer porque teria que pagar depois. Diz ele.
Ora, nós já sabíamos que António Costa não é um estadista, e, aliás, nem é bem um primeiro-ministro. É apenas um oportunista que cozinhou alianças para estar onde está; e que gasta o que for preciso do dinheiro dos outros para lá ficar, ainda que isso signifique zero-retorno e pesadas hipotecas futuras.
Nós sabíamos -- Costa e Silva talvez não -- que o «plano de recuperação» Costa e Silva, feito sobre o joelho em dois dias, não valia mais do que uma rábula teatral.
Temos agora a certeza, confirmada pelo próprio António Costa, de que António Costa não tem uma ideia na cabeça, e o seu ministro da economia também. E o amigo autor do grandioso plano decerto não se ofenderá do pouco caso que fazem dos seus projetos e alucinações, pois decerto sabe os amigos que tem.
Eles, que viveram de secção socialista em federação socialista, de federação socialista em comissão socialista, de comissão socialista em conselho socialista ou câmara socialista ou geringonça socialista, não sabem investir, porque ignoram o que seja investir -- uma ignorância que começa no desprezo d`«o privado» (para citar um grunho), que investe e arrisca para criar riqueza, com a qual paga os juros do capital e o saque fiscal.
De maneira que ficamos assim: nesta crise esmagadora e brutal, Costa traz de Bruxelas apenas o que puder gastar nas suas conveniências, e de que não lhe peçam demasiadas contas - que são, evidentemente, umas prebendas para clientes, uns tostões para o funcionalismo paralítico, umas «apostas» para amigos e consócios. Vai dar-se bem.
Já tem a tonta da presidente da Comissão a dizer que o plano dele serve de print para todos; já tem os jornais entusiásticos que comprou cheios de jornalistas comprados com amor [eles aplaudem até quando morrem 18 velhos num lar, aplaudem sempre por sobre falências e cadáveres]; e tem uma oposição inexistente e um presidente a quem, em vésperas eleitorais, não convém nada acordar (excepto para dizer que van der Leyen é fantástica e gosta de Portugal -- são os afectos, compreendem?). E o povo ? O povo, como diria um parisiense, bééééé´...
Portugal iria perder esta oportunidade?, perguntavam alguns. A oportunidade é António Costa.
Já perdeu!
CAMARADAS E CAMARADOS
Durante a Convenção do Bloco de Esquerda, o deputado Pedro Filipe Soares iniciou a sua intervenção com o seguinte vocativo: “Camaradas e Camarados”. A expressão causou algum espanto e não poucos sorrisos, mas não demorou muito tempo a percebermos que, para além de se não tratar de um lapso, estávamos no limiar de um novo cenário civilizacional. Em artigo publicado no jornal Público de 20 de Novembro, Pedro Filipe Soares justifica a originalidade da expressão argumentando que “o modelo patriarcal e machista de sociedade modela os idiomas”.
Depois das consolidadas críticas ao “politicamente correcto”, está aberta a caça ao “gramaticalmente correcto”.
Habituados aos termos camarada e camaradagem, é altura de os militares se irem preparando para as necessárias mudanças no dispositivo.
Assim – começando pelo princípio – passará a haver recrutas e recrutos, soldados e soldadas. Não se riam!
Na instrução, as recrutas armar-se-ão de espingarda e os recrutos de espingardo. A primeira poderá ter baioneta calada e o segundo baioneto calado. Elas terão uma mochila e eles um mochilo. Eles segurarão os calços com um cinto e elas segurarão as calças com uma cinta. Na cabeça usarão boina ou boino.
Quando forem para o campo, os recrutos montarão bivaco e as recrutas montarão bivaca. No quartel, as recrutas dormirão numa caserna e os recrutos num caserno. Eles irão comer ao refeitório e elas à refeitória.
Para começar o dia, haverá dois toques: o de alvorada e o de alvorado. Há noite, do mesmo modo, haverá toque de silêncio e de silência.
Nas patentes, também haverá identificação do género: caba/cabo; sargenta/sargento; tenenta/tenento; capitoa/capitão; majora/major; coronela/coronel, etc. Nas unidades haverá um comandante ou comandanta; o primeiro deve ser competente e inteligente e a segunda competenta e inteligenta.
Se se portarem bem, as recrutas poderão ir de licença e os recrutos de licenço.
No final da instrução, haverá juramenta de bandeira e juramento de bandeiro. Todos desfilarão garbosamente, eles com o passo certo e elas com a passa certa.
Uff!
David Martelo – 22 de Novembro de 2018
domingo, 20 de setembro de 2020
O menino Tonecas, mestre de Cidadania e Desenvolvimento Socialistas
O problema não está na disciplina mas sim naquilo em que ela se transformou num país em que um partido, o PS, se comporta como dono do Estado e faz dos serviços públicos uma extensão do seu poder.
Lição n.º 1. O primeiro-ministro integra a comissão de honra de Luís Filipe Vieira à presidência do Benfica. Não há incompatibilidade. É o chamado direito à sua “contradição íntima” explica a ministra da Justiça, Francisca Van Dunem.
Luís Filipe Vieira retira o primeiro-ministro da sua comissão de honra. A ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, não explicou mais nada mas deve tratar-se do exercício do direito à coerência pública por parte de Luís Filipe Vieira, como diria, não duvido, o menino Tonecas.
O menino Tonecas, aquele que nunca cumpria com o seu dever mas arranjava uma resposta ardilosa para todas as situações e validava uma coisa e o seu contrário, tornou-se na figura tutelar do momento. A ministra da Justiça, com a sua desastrada referência a Mitterrand para dar conta das contradições de António Costa, é apenas mais um protagonista a confirmar o que se me foi tornando uma evidência perante as palavras e os actos dos nosso governantes, Presidente da República e dra. Graça Freitas incluídos: todos eles, tal como o menino Tonecas, estão imbuídos de uma lógica imbatível que não serve rigorosamente para mais nada, a não ser, claro, para justificar o respectivo protagonismo.
Lição n.º 2. Para atalharmos caminho convém que fixemos um ponto à laia de sumário: a escola é, em Portugal, neste momento, um local de transmissão de algum conhecimento e de muita ideologia. Em caso de dúvida, a ideologia prevalece. Como não podia deixar de ser, a disciplina de Cidadania e Desenvolvimento tornou-se um espaço por excelência de doutrinação.
Mas o invólucro ideológico está longe de se restringir a esta disciplina. Do Português à História, e com particular destaque para os estudos dito do meio, as crianças e adolescentes são doutrinados num ranço maçónico-progressista que os leva a papaguear sem pensar frases como esta retirada de uma manual de Geografia de 12.º ano, no caso intitulado Visão do Mundo mas que não está de modo algum solitário nesta sua perspectiva política: “A questão principal do processo de globalização é que ela corresponde a uma forma de capitalismo ultra-liberal. Os Estados dos países pobres não garantem níveis salariais justos, fazendo com que o nível económico não se traduza em melhorias apreciáveis nas condições de vida”.
A situação também não é nova, os exemplos do fervor ideológico não faltaram ao longo do século XX na escola portuguesa: as questões da identidade de género sucedem-se aos anúncios do apocalipse por causa da industrialização (capitalista, naturalmente), que por sua vez sucedeu ao homem que havia de ser novo na sociedade igualitária, que por sua vez fora antecedido pelo combate à sociedade de consumo…
A diferença está portanto não no uso da escola para transmitir ideologia mas sim em agora a doutrinação se ter transformado numa das suas principais prioridades, ultrapassando a própria transmissão de conhecimento. Como logo se viu em 2016, quando o PS, BE e PCP reduziram em 57 por cento o financiamento dos contratos de associação que mantinham com vários colégios privados a qualidade do ensino não era a questão prioritária do governo das esquerdas. Agora, em 2020, face ao caso da família que não autoriza os seus filhos a frequentar a disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, a vertente ideológica do Ministério da Educação tornou-se mais óbvia. Afinal, o problema não está na disciplina mas sim naquilo em que ela se transformou num país em que um partido, o PS, se comporta como dono do Estado e faz dos serviços públicos uma extensão do seu poder. Parafraseando Elisa Ferreira e o seu inesquecível “Esqueceram-se de vos dizer que o dinheiro é do Estado, é do PS” esqueceram-se de vos dizer que a disciplina de Cidadania e Desenvolvimento é do PS.
Lição n.º 3. A idiotia a que nos está a conduzir a desvalorização do conhecimento está bem estampada naqueles cartazes da EDP em que uns jovens apresentados como “Geração Zero” apelam sorridentes a um mundo com “Zero CO2”. Ou seja,helena a um mundo em que estariam mortos eles e as árvores que alegadamente querem defender. Não interessa não saber para que serve o CO2 e como ele é indispensável à vida, o que conta é que dizer “Zero CO2” é um bom slogan.
Helena Matos
Observador
sábado, 19 de setembro de 2020
“Google Maps humano” vai permitir explorar todas as células do corpo (e ajudar na cura de doenças)
Está a ser construido um Google Maps para o corpo humano. O projeto, que está a ser desenvolvido por uma equipa internacional de cientistas, deverá permitir aos utilizadores explorar o corpo humano a nível celular.
O corpo humano é composto por milhões de células que são invisíveis a olho nu. Embora a ciência moderna já tenha descoberto uma grande parte do mistério de como estas células interagem, a verdade é que ainda não se sabe muito.
Um grupo de investigadores decidiu perceber melhor como é que essas células se ligam, como interagem e como se organizam em tecidos e órgãos dentro dos nossos corpos. Por isso criaram um “Google Maps do corpo” que permite que qualquer pessoa possa entender como funcionam as células do corpo humano, revela o Interesting Engineering.
Jonathan Silverstein, professor de Informática Biomédica da Escola de Medicina da Universidade de Pittsburgh, disse em comunicado de imprensa que “até ao momento, os métodos de analisar o corpo humano são, em geral, limitados”. O investigador faz parte do grupo de cientistas que está a trabalhar na criação do fantástico mapa 3D interativo.
O Programa Atlas BioMolecular Humano (HuBMAP) é composto por 18 equipas, e visa criar uma espécie de atlas que pode ser usado por médicos para auxiliar na visualização de células, estudar e compreender o corpo humano com um nível incrível de detalhe.
Um mapa completo do corpo humano terá vários usos no mundo real e pode, por exemplo, ajudar os médicos no desenvolvimento ou progressão de uma doença, bem como ajuda-los a visualizar o corpo dos seus pacientes.
Para mapear o corpo humano, os investigadores reuniram amostras de sangue de doadores em diferentes partes do corpo. Essas amostras são combinadas digitalmente para criar o mapa 3D do corpo humano.
Silverstein assume que este projeto está a ser muito desafiante. “Já fiz muitos projetos na minha carreira, mas este é sem dúvida o mais emocionante, porque o mapa pode ser usado de muitas formas, e isso é uma descoberta simplesmente extraordinária”, dizendo ainda que este pode ser um passo gigante no tratamento de doenças.
Esta semana, o HuBMAP divulgou os primeiros dados da análise, que podem ser encontrados em aqui.
quinta-feira, 17 de setembro de 2020
Causas da morte dos Reis Portugueses
Curiosidade e , porque não, conhecimento!
"Entre os 34 reis que ocuparam o trono português, apenas um atingiu e excedeu os 80 anos de idade: a rainha reinante, D. Maria I; somente outros três atingiram e excederam os 70 anos: D. Afonso I, D João I e Filipe II de Espanha.
1ª Dinastia
- D. Afonso Henriques, senilidade, morre com 76 anos, encontra-se sepultado na Igreja de St.ª Cruz de Coimbra;
- D. Sancho I, lepra (?), morre com 57 anos, encontra-se sepultado na Igreja de St.ª Cruz de Coimbra;
- D. Afonso II, lepra, morre com 38 anos, encontra-se sepultado no Mosteiro de Alcobaça;
- D. Sancho II, lepra (?), morre com 45 anos, encontra-se sepultado na Catedral de Toledo;
- D. Afonso III, reumatismo, morre com 69 anos, encontra-se sepultado no Mosteiro de Alcobaça;
- D. Dinis, (?), morre com 64 anos, encontra-se sepultado no Mosteiro de Odivelas;
- D. Afonso IV, (?), morre com 67 anos, encontra-se sepultado na Sé de Lisboa;
- D. Pedro I, epilepsia, morre com 47 anos, encontra-se sepultado no Mosteiro de Alcobaça;
- D. Fernando, tuberculose, morre com 38 anos, encontra-se sepultado na Igreja de S. Francisco de Santarém.
(média dinástica de vida 56 anos).
2ª Dinastia:
- D. João I, senilidade, morre com 76 anos, encontra-se sepultado no Mosteiro da Batalha;
- D. Duarte, peste, morre com 47 anos, encontra-se sepultado no Mosteiro da Batalha;
- D. Afonso V, psiconeurose, morre com 49 anos, encontra-se sepultado no Mosteiro da Batalha;
- D. João II, nefrite, morre com 40 anos, encontra-se sepultado no Mosteiro da Batalha;
- D. Manuel I, peste, morre com 52 anos, encontra-se sepultado no Mosteiro dos Jerónimos;
- D. João III, trombose cerebral, morre com 55 anos, encontra-se sepultado no Mosteiro dos Jerónimos;
- D. Sebastião, morte violenta, morre com 24 anos, encontra-se sepultado no Mosteiro dos Jerónimos;
“Ficou tal túmulo no transepto da Igreja dos Jerónimos, do lado da Epístola, onde se vê ainda hoje (…)”.
“ Que o sebastianismo se instaurasse como uma espécie de religião patriótica, enquanto durou o cativeiro espanhol, compreende-se.
Mas que ele se mantenha durante quatro séculos, aguardando-se a manhã de nevoeiro em que o infeliz monarca há-de surgir, isto é que já custa a compreender”.
“Desde o milagre de Ourique (…) e o envenenamento de todos os filhos do infante D.Pedro até ao carácter intriguista e maldoso do 1º Duque de Bragança, o qual “com certeira seta matou o seu irmão, D. Pedro”, em Alfarrobeira; desde o feitio justiceiro do sanguinário D. Pedro I até à ineficácia das vastas reformas pombalinas, a nossa História anda cheia de lendas e de especulações, que cumpre eliminar.”
- D. Henrique, tuberculose, morre com 68 anos, encontra-se sepultado no Mosteiro dos Jerónimos.
(média dinástica de vida 51 anos).
3ª Dinastia:
reis castelhanos
- Filipe II, gota, morre com 71 anos, encontra-se sepultado no Panteão do Escorial;
- Filipe III, erisipela, morre com 43 anos, encontra-se sepultado no Panteão do Escorial;
- Filipe IV, neurastenia, morre com 60 anos, encontra-se sepultado no Panteão do Escorial.
(média dinástica de vida 58 anos).
4ª Dinastia:
- D. João IV, litíase vesical, morre com 52 anos, encontra-se sepultado no Panteão de S. Vicente de Fora;
- D. Afonso VI, tuberculose, morre com 40 anos, encontra-se sepultado no Panteão de S. Vicente de Fora;
- D. Pedro II, Tuberculose? Sífilis? *, morre com 58 anos, encontra-se sepultado no Panteão de S. Vicente de Fora;
- D. João V, epilepsia, morre com 61 anos, encontra-se sepultado no Panteão de S. Vicente de Fora;
- D. José, trombose cerebral, morre com 63 anos, encontra-se sepultado no Panteão de S. Vicente de Fora;
- D. Maria I, psicopatia, morre com 82 anos, encontra-se sepultada na Basílica da Estrela;
- D. João VI, envenenado, de acordo com recentes investigações (ano de 2000) realizadas por especialistas às vísceras do rei*, morre com 59 anos, encontra-se sepultado no Panteão de S. Vicente de Fora;
- D. Pedro IV, tuberculose, morre com 36 anos, encontra-se sepultado na Catedral de Petrópolis, Brasil;
- D. Miguel, edema pulmonar? enfarte do miocárdio?*, morre com 64 anos, encontra-se sepultado no Panteão de S. Vicente de Fora;
- D. Maria II, parto distócico, morre com 34 anos, encontra-se sepultada no Panteão de S. Vicente de Fora;
- D. Pedro V, febre tifóide, morre com 24 anos, encontra-se sepultado no Panteão de S. Vicente de Fora;
- D Luís, neurosífilis*, morre com 51 anos, encontra-se sepultado no Panteão de S. Vicente de Fora;
- D. Carlos, morte violenta, morre com 45 anos, encontra-se sepultado no Panteão de S. Vicente de Fora;
- D. Manuel II, edema da laringe, morre com 43 anos; encontra-se sepultado no Panteão de S. Vicente de Fora.
(média dinástica de vida 51 anos).
(ref. “Causas de Morte dos Reis Portugueses”, J.T.Montalvão Machado)
* In “A Doença e a Morte dos Reis e Raínhas da Dinastia de Bragança” - José Barata.
quarta-feira, 16 de setembro de 2020
Costa e Medina sobrevivem à comissão.
António Costa Silva apresentou o plano estratégico e foi um tremendo sucesso. Aquilo foi a hora e meia mais soporífera de que tenho memória e eu assisti a imensos jogos do Benfica na década de 90.
Prossegue a polémica em torno da presença de António Costa e Fernando Medina na Comissão de Honra da candidatura de Luís Filipe Vieira à presidência do Benfica. Francamente, não acho que tal se possa atribuir à má vontade dos portugueses. Julgo que a culpa é do facto de, neste caso, a palavra “comissão” aparecer a par dos nomes de detentores de importantes cargos políticos. Nestas circunstâncias, como que condicionados por experiências passadas traumáticas, o termo “comissão” não nos remete propriamente para “Comissão de Honra”. Remete, sim, para coisas como “documentos”, “fotocópias mais miúdas”, ou mesmo “robalos”. Ou seja, sendo indiscutível que este caso envolve um problema ético, a principal razão do acosso ao Primeiro-Ministro e ao presidente da Câmara de Lisboa é, na verdade, de natureza semântica.
E na linha da frente da censura à presença de Costa e Medina na Comissão de Honra de Luís Filipe Vieira está Ana Pugna-pela-transparência-dos-detentores-de-cargos-públicos Gomes. A candidata a Presidente, Ana Com-ela-injustiças-nem-pensar Gomes, aproveitou o seu espaço de opinião na SIC Notícias para dizer que espera ver consequências desta decisão. Já o facto de manter um espaço de opinião televisivo enquanto é candidata à Presidência não pareceu a Ana Não-deixa-passar-em-claro-quaisquer-incompatibilidades Gomes minimamente estranho. Começa bem a sua campanha eleitoral, Ana Coerência-é-muito-gira-mas-é-para-os-outros Gomes, a receber uma inédita aula de contenção de Marcelo Rebelo de Sousa, que saiu da TVI quando se candidatou à Presidência da República.
Bom, mas se no plano pessoal António Costa tem em mãos este tema delicado, já em termos políticos as coisas correm pelo melhor. Isto porque ontem António Costa Silva apresentou o plano estratégico para os próximos dez anos e foi um tremendo sucesso. Não o plano em si, que se pode resumir sinteticamente num “Acho que devíamos fazer, tipo, cenas fixes”. O grande êxito foi mesmo o verborreico Costa Silva. Aquilo foi a hora e meia mais soporífera de que tenho memória e eu assisti a imensos jogos do Benfica na década de 90. O que abre espaço a uma excelente oportunidade. Na minha opinião, o que há a fazer é o seguinte. Convidamos todos os líderes europeus para mais uma apresentação de Costa Silva. Mas, desta feita, em vez da apresentação durar escassos 90 minutos, deixamos o Costa Silva espraiar-se durante, digamos, 20 anos. Quando os líderes europeus acordarem e voltarem ao trabalho nos seus países, talvez Portugal tenha recuperado algum do terreno que perdemos para os parceiros europeus nas últimas décadas. Com sorte, quem sabe não recuperamos para aí uns 6 meses.
A propósito de estadistas de projecção internacional, há escândalo no mundo da diplomacia. Donald Trump foi proposto para prémio Nobel da Paz. Para Prémio Nobel da Paz! Como é possível? Quem foram os fascistas que propuseram tal heresia? Eu digo-vos quem foram. Os culpados são – fixem estes nomes – Christian Tybring-Gjedde, deputado norueguês, e Magnus Jacobsson, deputado sueco. Obviamente, dois nazis, execráveis ovelhas ranhosas, que só confirmam a regra da exemplaridade dos cidadãos da Noruega e Suécia, países-fetiche para tudo quanto é progressista que se preze. Realmente, a quem mais passaria pela cabeça atribuir o prémio Nobel da Paz a Donald Trump? Só porque o homem mediou o histórico acordo de abertura de relações entre Israel e os Emiratos Árabes Unidos. Grande coisa. E porque patrocinou o tratado de normalização de relações entre o Kosovo e a Sérvia. Quem nunca? E porque foi fundamental no acordo entre Israel e Kosovo, que fará deste o primeiro país de maioria muçulmana a abrir uma embaixada em Jerusalém. Isso também eu! E porque é expectável que, em breve, interceda pela normalização das relações entre Sudão, Bahrein e Oman e Israel. Sempre quero ver isso. Incrível, como qualquer pormenorzinho irrelevante serve a estes fascistas para promoverem o Trump. Esse… esse… esse indivíduo com um cabelo meio esquisito.
Tiago Dores
https://observador.pt/opiniao/costa-e-medina-sobrevivem-a-comissao/
terça-feira, 1 de setembro de 2020
Gangues de imigrantes assolam a Dinamarca e a única solução é a deportação: Ex-ministro da imigração
Além de sua falta de vontade de se integrar à sociedade dinamarquesa, o maior problema que os imigrantes representam é que eles cometem duas vezes e meia mais crimes, muitos deles violentos, escreve o Ex-ministro da imigração Inger Støjberg em um comentário no portal de notícias BT , com sede em Copenhague .
“É melhor ser honesto e ser franco: a imigração não-ocidental e, portanto, principalmente muçulmana, prejudicou a Dinamarca muito mais do que beneficiou”, escreveu ela no BT.
Ela diz que, apesar da integração de alguns migrantes, é difícil ignorar o dano que a imigração causou à sociedade dinamarquesa.
Støjberg diz que esses males sociais variam, incluindo “exigências de direitos especiais em escolas, locais de trabalho e piscinas; utilização de benefícios sociais; falta de vontade de contribuir; desrespeito pelas autoridades e comportamento criminoso em nossas ruas”.
Crime de migrantes domina na Dinamarca
Støjberg acredita que a razão para a longa lista de problemas que o número excessivo de estrangeiros coloca é, obviamente, em primeiro lugar, que muitas pessoas vêm para a Dinamarca, mas também que os dinamarqueses não conseguiram impor a essas pessoas um comportamento adequado e respeito pela maneira dinamarquesa da vida. Ela afirma que um problema muito claro colocado pela imigração não-ocidental é o crime.
“Há uma forte representação excessiva de criminosos de países não ocidentais, como as estatísticas de crimes indicam claramente”, escreve Støjberg. “Imigrantes e descendentes de países não ocidentais estão super-representados em 255% em relação à sua parcela real da população na Dinamarca.”
Estatísticas de anos anteriores também parecem apoiar suas alegações. Por exemplo, em 2012, a polícia nacional dinamarquesa informou que as taxas de condenação por 1.000 residentes na Dinamarca totalizaram 12,9 para cidadãos dinamarqueses, 114,4 para cidadãos somalis e 54,3 para cidadãos vindos de outros países.
E não apenas os imigrantes estão desproporcionalmente representados nas estatísticas de crimes, mas também estão envolvidos em crimes de alto perfil. Em outras palavras, Støjberg afirma que os migrantes não estão apenas sendo presos por um pacote roubado de chiclete no supermercado local.
“Não, são tiroteios nas ruas a céu aberto, é uma loucura dirigir nas cidades do interior e são ataques injustificados de grupos a pessoas inocentes. Parte deste crime é crime de gangue regular. As gangues de imigrantes têm uma propensão à violência que nunca conhecemos antes na Dinamarca”, escreveu ela.
Os migrantes de segunda geração também não estão necessariamente se integrando bem. As estatísticas mostram que os homens de segunda geração de descendência não ocidental têm visto um grau crescente de criminalidade, com dados mostrando um aumento de 60% nos crimes cometidos por esse grupo demográfico entre 2007 e 2012.
Alguns comentaristas liberais tentaram identificar a super-representação de migrantes na Dinamarca com base na idade mais jovem e nos níveis de pobreza de muitos homens migrantes, no entanto, pesquisas mostraram que os migrantes são amplamente super-representados no crime, mesmo quando esses fatores são levados em consideração.
A BT examinou os dados e descobriu , por exemplo, que os somalis são 3,5 vezes mais propensos a cometer um crime violento do que os homens dinamarqueses da mesma idade e nível de renda. Os somalis tiveram a maior taxa de criminalidade entre 2014 e 2018, em relação à sua população, mas foram seguidos por iraquianos e turcos.
'Há realmente apenas uma solução para esses estrangeiros criminosos endurecidos: deportação da Dinamarca'
Ela também descreveu como outro portal de notícias dinamarquês Weekendavisen publicou um longo artigo sobre como os remanescentes da gangue de imigrantes desmantelada Exército Negro em Vollsmose caçam e maltratam, entre outros, os sem-teto da região. Pessoas sem-teto, por exemplo, são obrigadas a entregar seus benefícios em dinheiro, vender drogas e são abusadas e até têm seus dedos cortados se não obedecerem.
“É completamente escandaloso tratar os mais fracos da sociedade dessa maneira e mostra o cinismo e a falta de integração com que esses estrangeiros agem em relação ao resto da sociedade dinamarquesa”, escreveu Støjberg. “Imagine viver sua vida dessa maneira miserável. As gangues de imigrantes são e serão um fator desestabilizador tanto por causa da inaudita prontidão para a violência que demonstram, mas também pelo fato de não manterem a violência 'dentro de suas próprias fileiras', mas também transborda para os inocentes. ”
Ela também apontou uma série de assassinatos recentes que chegaram às primeiras páginas dos jornais em todo o país, incluindo o que ela escreveu foi um assassinato recente de gangue que resultou simplesmente de um espectador inocente gritando com membros de gangues.
Støjberg também diz que agressões graves a agentes penitenciários, não apenas durante o horário de trabalho, mas também durante o tempo livre dos agentes, também são fenômenos completamente novos na sociedade dinamarquesa.
Um dos piores casos foi quando um agente penitenciário foi baleado do lado de fora da prisão de Nyborg por um ex-membro da gangue de imigrantes Black Army.
“Há realmente apenas uma solução para esses estrangeiros criminosos endurecidos: deportação da Dinamarca”, afirmou. “ Toda a experiência mostra que os programas de ressocialização são um desperdício de energia contra esse tipo de criminoso. Precisamos agir de forma mais consistente com estrangeiros criminosos. São pessoas que não contribuem em nada para a sociedade e das quais podemos prescindir tão incrivelmente facilmente na Dinamarca.”
Støjberg acredita que dentro desses grupos há pouco desejo de reabilitação. De fato, muitos deles mostram uma hostilidade esmagadora em relação à sociedade dinamarquesa.
“Eles riem de nós quando tentamos incorporá-los à sociedade no melhor sentido, porque a questão é justamente que eles não querem fazer parte da Dinamarca. Mas a risada presunçosa desaparece e se transforma em desespero e lágrimas quando eles se sentam no banco dos réus no tribunal com uma sentença de expulsão pairando sobre suas cabeças.”
Støjberg é membro do Folketing desde 2001 pelo Partido Liberal. De 2015 a 2019, foi Ministra das Relações Exteriores e Integração no governo minoritário de Lars Løkke Rasmussen.
Imagem do título: A ex-ministra da imigração dinamarquesa Inger Støjberg. (foto: Niels Christian Vilmann)
Esperança, disse ela
Tal como a senhora ministra espera capacidade de controlo do PCP, também deveria esperar que qualquer organizador de concertos, espectáculos e festivais fosse capaz “de cumprir as regras da DGS"
01 set 2020, Laurinda Alves – ‘Observador’
Curiosa formulação esta, da ministra da Saúde, que se declara ao país em ‘modo esperança’ e abusivamente assume que todos nós, cidadãos, esperamos com ela, o mesmo que ela.
E o que espera a senhora ministra da Saúde? Que a organização da festa do Avante “tenha a capacidade de implementar e cumprir as regras da DGS”. Pilatos não diria melhor. E assim como ele lavou dali as suas mãos, também Marta Temido faz o mesmo, esquecendo que o bom exemplo de lavar as mãos se aplica hoje em dia a quase tudo menos ao caso ‘festa do Avante’.
E se a organização não tiver capacidade? E se falhar no cumprimento das regras? E se se estiver nas tintas? Ou se nem sequer as quiser cumprir por discordar delas? E se o pior acontecer, o que é que nós podemos esperar?
Marta Temido lava as mãos e, enquanto as lava e volta a lavar, espera para ver o que acontece.
Gostava de ver se outros ministros, com outras tutelas, eram capazes de declarar ao país que ficam confiantes, simplesmente à espera, em temas críticos para o país. Que tal os ministros da Justiça e da Administração Interna declararem ao país que esperam que não haja ladrões nem roubos, crimes, agressões, corrupção e violência doméstica porque as leis estão certas e até foram feitas recomendações escritas neste sentido?
E que aconteceria se ficassem tranquilamente sentados nos seus gabinetes, à espera que não houvesse incêndios por haver legislação mais que suficiente e a Protecção Civil estar vigilante e a produzir recomendações claras? Ou se esperassem que por haver um código da estrada publicado e revisto periodicamente deixasse de haver mortos na estrada, acidentes e infracções?
E se o ministro da Educação decidisse esperar que nesta pandemia, e para sempre, todas as crianças e jovens estudassem, aprendessem e tivessem boas notas só porque há leis e regras que obviamente todos os professores conhecem, acatam e cumprem? E mais, se esperasse que os professores, suposta e confiadamente bons avaliadores e exímios executores das ditas regras, se aliassem a todos os pais do país, na esperança de que todos se mobilizariam para colaborar com todos e, quem sabe, até com o próprio ministério?
Marta Temido espera e confia cegamente. Faz questão de dizer que “a leitura das regras e a sua análise cabe também à organização”. E justifica a crença, diria mesmo a fé inabalável, ‘na organização’: “quisemos propositadamente que a organização tivesse tempo para as conhecer, para as apreciar e agora vamos esperar que haja o seu cumprimento”.
Esperamos?
Agora, que já todos percebemos que a festa vai avante (desculpem, mas não resisto ao trocadilho) e se contam os dias e as horas para a abertura do recinto, eu sei o que é que espero, senhora ministra. Espero que a senhora se mexa e verifique activamente se o partido comunista, conhecido pelo voluntarismo dos seus militantes e pela sua capacidade de multiplicar postos de controlo e vigilância, vai mesmo cumprir escrupulosamente as regras e recomendações.
Espero que a festa do Avante não seja responsável por acentuar a curva de contágios nem por agravar os surtos provocados pela pandemia. Espero que as autoridades e os controladores do partido controlem como sempre controlaram, espero que tirem a temperatura a quem entra e que verifiquem o uso de máscaras entre quem circula. Espero que tenham casas de banho suficientes e voluntários e funcionários disponíveis para as limpar e desinfectar entre cada uso, antes de entrar o utente seguinte. Espero que haja incontáveis bocas de água para todos poderem manter as mãos lavadas e espero que não esgote o desinfectante.
Espero muita coisa e espero acima de tudo que ‘a organização’ esteja a pensar seriamente em tudo, prevendo milimetricamente cada detalhe de cada coisa, acautelando a saúde dos participantes, mas também de quem habita o perímetro. Ah! E espero que no regresso a casa e às suas comunidades de norte a sul do país, os militantes e visitantes voltem apenas com a coroa de glória por terem participado na sua grande festa, mas não transportem consigo nenhum vírus com coroa.
Já não espero, evidentemente, que haja apenas uma pessoa em cada 8 metros quadrados nos espaços abertos, nem uma pessoa por cada 20 metros quadrados nos espaços cobertos porque isso não está a acontecer em lado nenhum. Jerónimo de Sousa tem razão quando argumenta que isso não acontece nas praias e outros espaços públicos e aí estamos de acordo: o sol quando nasce é para todos.
Enfim, sinceramente espero que corra tudo bem e que a festa não gere novos surtos. Seria um escândalo nacional e um embaraço internacional. E seria certamente um hara kiri para o PCP.
Gostaria, no entanto, de poder esperar muitas outras coisas, para além daquelas que a senhora ministra da Saúde passivamente espera. Espero ativamente que deixe de haver um tratamento discricionário da esperança.
Tal como a senhora ministra espera capacidade de avaliação, implementação e controlo do partido comunista, também deveria esperar que todo e qualquer organizador de concertos, espetáculos, festivais, feiras, congressos, eventos e atividades que mobilizam milhares de pessoas fosse capaz “de implementar e cumprir as regras da DGS”.
Afinal o sol quando nasce não é para todos, mas apenas para aqueles em quem a senhora ministra põe toda a sua confiança e esperança.
Esperança, disse ela
Tal como a senhora ministra espera capacidade de controlo do PCP, também deveria esperar que qualquer organizador de concertos, espectáculos e festivais fosse capaz “de cumprir as regras da DGS"
01 set 2020, Laurinda Alves – ‘Observador’