quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

Municípios. Apesar da pandemia, dívida desceu no ano passado

Passivo exigível dos municípios baixou globalmente 138 milhões de euros em 2020. Mas 218 autarquias conseguiram reduzir as suas dívidas.

Vejamos, quais os municípios e seus gestores:

Fornos de Algores, 2017 – PS, 2021 – PS

Vila Franca do Campo, 2017 – PS, 2021 – PS

Cartaxo, 2017 – PS, 2021 – PSD

Vila Real de Santo António, 2017 – PSD, 2021 – PS

Nordeste, 2017 – PSD, 2021 – PSD

Nazaré, 2017 – PS, 2021 – PS

Fundão, 2017 – PS/BE,PND.MPT.PTP,PAN, 2021 – PSD

Portimão,  2017 – PS, 2021 – PS

Vila Nova de Poiares, 2017 – PS, 2021 – PS, 2021 – PS

Alfândega da Fé, 2017 – PS, 2021 – PS

Alandroal, 2017 – PS, 2021 – PS

Belmonte, 2017 – PS, 2021 – PS

Freixo de Espada à Cinta, 2017 – PSD, 2021 – PS

Reguengos de Monsaraz, 2017 – PS, 2021 – PSD

Paços de Ferreira, 2017 – PS, 2021 – PS

Seia, 2017 – PS, 2021 – PS

Tabuaço, 2017 – CDS/PSD, 2021 – PSD/CDS

Celorico da Beira, 2017 – PSD, 2021 – PSD

Tarouca, 2017 – CDS/PSD, 2021 – PSD

Évora, 2017 - PCP-PEV, 2021 – PCP-PEV


Resumindo: Em 2017 – PS – 12; PSD – 4; CDS/PSD  - 2; PS/BE,PND.MPT.PTP,PAN – 1; PCP-PEV-1


: Em 2021 – PS – 12; PSD – 6; CDS/PSD  - 1; PCP-PEV-1


Num ano fortemente afectado pela pandemia, o passivo exigível dos municípios portugueses baixou globalmente 138 milhões de euros, segundo o Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses, divulgado esta segunda-feira. Assim, de acordo com a investigadora Maria José Fernandes, coordenadora deste estudo anual realizado com o apoio da Ordem dos Contabilistas Certificados (OCC) e do Tribunal de Contas, 218 dos 308 municípios conseguiram baixar em 2020 a respectiva dívida a pagar, o que contribuiu para este decréscimo do passivo exigível municipal. “Verificamos que há uma ligeira baixa no que são alguns dos sectores das receitas autárquicas, também muito fruto, penso, da questão da pandemia, mas há de facto indicadores muito positivos”, disse.

Segundo o anuário, foram 20 os municípios portugueses que excederam, no ano passado, o limite da dívida total definido no Regime Financeiro das Autarquias Locais e das Entidades Intermunicipais (RFALEI). Em pior situação está Fornos de Algodres. “A média nacional dos passivos por habitante foi de 624 euros, tendo o município de Marinha Grande apresentado o menor valor de passivo por habitante (61 euros por habitante) e o município de Fornos de Algodres o maior passivo por habitante (6258 por habitante)”, diz o documento, revelando ainda que, sem incluir as dívidas de outras entidades do grupo autárquico, nem excluir as excepções que não relevam para o limite da dívida, os cálculos referentes ao ano passado mostram que “ainda persistiram 20 municípios que excederam o limite da dívida total”. Por ordem decrescente falamos de Fornos de Algores, Vila Franca do Campo, Cartaxo, Vila Real de Santo António, Nordeste, Nazaré, Fundão, Portimão, Vila Nova de Poiares, Alfândega da Fé, Alandroal, Belmonte, Freixo de Espada à Cinta, Reguengos de Monsaraz, Paços de Ferreira, Seia, Tabuaço, Celorico da Beira, Tarouca e Évora.

Feitas as contas, o índice de dívida total em 2020 é de 55,2%, com 20 municípios que excederam o limite da dívida. Dados que, ainda assim, mostram uma recuperação relativamente a anos anteriores.

Já no que diz respeito às situações de desequilíbrio orçamental, o anuário diz que, “em Dezembro de 2020, 24 municípios apresentaram um montante da receita corrente cobrada bruta inferior à despesa corrente paga acrescida das amortizações médias de empréstimos de médio e longo prazo”. E acrescenta que, “destes municípios, só oito apresentaram o valor absoluto do saldo superior a 5% das receitas correntes totais. Nos restantes 16 municípios, o valor absoluto do saldo foi inferior a 5% das receitas correntes totais”.

EFICIÊNCIA FINANCEIRA “NÃO MUITO FAVORÁVEL”

O relatório conta ainda com mais conclusões: cerca de 77% dos municípios fecharam o ano com uma situação “não muito favorável” relativamente à eficácia e eficiência na gestão financeira. Ou seja, das 308 autarquias, 237 (76,9% do total do universo) apresentaram uma pontuação global inferior a 50% da pontuação total do ranking global e, por isso, “a situação não foi muito favorável” no que diz respeito à eficácia e eficiência na gestão financeira.

O anuário diz ainda que “analisando a evolução da independência financeira por grupos de municípios de acordo com a dimensão, verifica-se que as receitas próprias assumiram um maior peso relativo nos municípios de grande dimensão, representando estas, no período de 2010 a 2020, um valor médio de 64,7% das receitas totais”.

Numa reacção a estes valores,a recém-eleita presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), Luísa Salgueiro diz estar “muito satisfeita por ver que os municípios em Portugal estão a dar uma excelente contribuição para que o país possa ter boa situação financeira.

PADRE PEDE RAPIDEZ COM CRIANÇAS DESAPARECIDAS

João Torres, padre de Priscos, no município de Braga, pediu no domingo passado à PJ celeridade para encontrar crianças desaparecidas, tal como aconteceu com o Ex-banqueiro João Rendeiro, detido na África do Sul. As declarações foram feitas à margem da inauguração do Presépio Vivo de Priscos, que este ano é dedicado às crianças desaparecidas, e na qual estiveram presentes os pais de Rui Pedro, menino desaparecido há 23 anos.

“Devíamos reflectir se os mesmos meios para apanhar este foragido à justiça, ao fim de três meses, se foram os mesmos há 23 anos para procurar o Rui Pedro, porque eu não vejo as autoridades nacionais a terem o mesmo empenho a procurar estas crianças desaparecidas do que têm em outras circunstâncias”, considerou.

O padre disse que o tema deste ano pretende “levar as autoridades a reflectir na prevenção

e nas estratégias a implementar, em colaboração com as entidades responsáveis pela Educação, pela Justiça e pela Segurança” e criticou “a falta de apoio do Estado” para com as famílias que têm pessoas desaparecidas.

Uma afirmação corroborada por Manuel Mendonça, pai de Rui Pedro, que confirmou que nunca houve “qualquer ajuda por parte do Estado”.

As críticas do pároco não ficaram por aqui e o alvo foi a falta de financiamento ao presépio.

“Somos um país de comilões”, disse. “E também a nossa Igreja em Portugal tem que deixar de ser de uma vez por todas um pau mandado da política nacional, a Igreja tem que ter uma voz mais activa”, defendeu.

Comissão liquidatária do BPP gasta mais de quatro milhões de euros por ano ?!?!?!?

Os lesados dizem ainda que o processo não indica quem são os 28 trabalhadores nem o valor de remuneração de cada um deles, acrescentando que se for feita “uma conta rápida”, então, “em média, cada um desses 28 colaboradores custa mais de 70 mil euros anuais, pagos com o dinheiro dos credores”.

Quanto a valores fixos mensais, refere que de concreto o processo apenas refere as remunerações mensais propostas pelo Banco de Portugal e que o tribunal aceitou e fixou para 2021: o presidente, Manuel Paulo, ganha 4650 euros por mês e os vogais José Pedro Simões e José Vítor Almeida ganham cada um 3500 euros mensais.

Recorde-se que, em 2020, a Comissão Liquidatária do BPP teve um prejuízo de 4,2 milhões de euros.

A família bilionária italiana que está produzindo os frascos de vidro para vacina contra Covid.

Uns dos beneficiários do COViD.

Grupo Stevanato ganhou notoriedade ao abastecer a indústria farmacêutica com mais de 2 bilhões de recipientes de vidro para imunizantes em 2020.


As vacinas contra Covid-19 estão sendo produzidas e distribuídas no mundo todo. Além de recursos como seringas e ampolas, as farmacêuticas necessitam de acessórios como frascos de vidro para fazer a substância chegar ao consumidor. Em 2020, a indústria do sector comprou cerca de 12 bilhões de frascos. Diante desta demanda, o Grupo Stevanato ganhou destaque ao fornecer mais de 2 bilhões deles.

Nascido em 1949, em Veneza, como uma empresa familiar, o Grupo Stevanato é um dos maiores produtores mundiais de recipientes de vidro para remédios e cartuchos para canetas de insulina.

Na década de 1960, a companhia era voltada para o sector alimentar, por meio da produção de vinhos. No entanto, quando os seus gestores perceberam que o seu negócio estava se aproximando de uma crise, decidiram investir na fabricação de vidro para atender as necessidades da indústria farmacêutica italiana, que registava rápido crescimento na época. Para acelerar a produção e sair na frente da concorrência, o grupo criou a máquina 3BS, que ganhou o nome dos quatro inventores (Bottaro, Bormioli, Bardelli e Stevanato).

Com esse mecanismo, a fabricação da companhia ficou de 50% a 60% maior do que os concorrentes e todo o lucro foi reinvestido nela. Desse modo, o Grupo Stevanato ganhou espaço num sector novo e em expansão. E abandonou a produção de garrafas e frascos, e passou a se dedicar inteiramente às ampolas.

Depois de se consolidar no seu novo negócio durante a década de 1990, o Grupo Stevanato se tornou uma companhia multinacional a partir dos anos 2000. Até 2020, o grupo produziu mais de 2 bilhões de ampolas por ano e mais de 600 milhões de seringas de peças de plástico, inclusive para exames de diagnóstico. Assim, suas iniciativas conquistaram forte notoriedade nos esforços globais contra a pandemia de Covid-19.

Ainda como propriedade da família fundadora, o Grupo Stevanato encontra-se em um dos seus melhores momentos. Registrou um lucro líquido de US$ 70 milhões e cerca de US$ 675 milhões em vendas em 2019. Sérgio Stevanato, filho do fundador, Giovanni, ocupa o cargo de presidente emérito da directoria e possui 68% da firma. Ao deixar o cargo de CEO, entregou o controle da empresa ao seu filho, Franco Stevanato, que actualmente é o presidente da directoria.

Segundo especialistas, o Grupo Stevanato pretende fazer um IPO (Oferta Pública de Ações, da sigla em inglês) em algum momento nos próximos três anos. Bancos investidores pressionam para que isso aconteça o mais rápido possível, principalmente, com toda a publicidade que surgiu devido à empreitada da pandemia. Após a oferta pública, o grupo deixará de ser uma empresa familiar privada.

https://youtu.be/7n3V6Rqw3ac

Leia mais em: https://forbes.com.br/

segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

Quem é LUÍS MARQUES MENDES?

‘‘FUI SEMPRE LEAL, MAS NUNCA FUI SUBSERVIENTE”

Já foi de tudo no PSD: ministro, líder parlamentar, presidente. Hoje, entra na casa dos portugueses pela televisão. Não se sente poderoso, mas espera fazer “serviço público”, assim com aspas de modéstia, com os seus comentários domingueiros, que são vistos por mais de um milhão de pessoas. Todos os líderes políticos, da esquerda à direita, lhe atendem o telefone. Quem é e o que move Marques Mendes, o comentador mais influente de Portugal?

Já o apreciei mais, pois hoje está um homem do regime e não alguém que pode fazer a diferença.

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LINHAS DE DIVISÃO

A Europa vive mergulhada em profundas divisões.

Por um lado, as linhas vermelhas da pandemia obrigam governos a reforçar restrições e provocam convulsão social. Por outro, nas linhas de fronteira da UE, milhares de desesperados são barrados e vítimas da guerra surda das autoridades.


HAIA, HOLANDA

Desde sexta-feira, 19, várias cidades holandesas têm sido palco de violentas manifestações contra medidas restritivas impostas pelo governo para controlar a subida de novos casos de Covid-19.


VIENA, ÁUSTRIA

Um casal faz uma pausa junto aos stands de um dos tradicionais mercados de Natal da capital austríaca, todos encerrados, depois de as autoridades terem decretado um novo confinamento total, para combater o aumento de novos casos de Covid-19. O país tomou medidas drásticas, entre as quais a obrigatoriedade das vacinas, já a partir de Fevereiro.


BRUZGI-KUZNICA, BIELORRÚSSIA

Um grupo de migrantes passa a noite à beira de uma fogueira, enquanto esperam pela oportunidade de cruzar a fronteira, rumo à Polónia.

Desde o início do ano, as autoridades polacas dizem ter detectado mais 36 mil tentativas de entrada ilegal a partir da Bielorrússia.


BRUXELAS, BÉLGICA

A capital belga tem sido, desde o final da semana passada, um dos principais epicentros dos protestos contra a reintrodução de medidas restritivas na Europa. Os manifestantes contestam, muitas vezes de forma violenta, o uso obrigatório de certificado de vacinação para entrar em espaços públicos.

V I S Ã O

O imbróglio da governação.

POR CECÍLIA MEIRELES / Deputada do CDS-PP


Dizem que em política tudo muda muito depressa. Nem sempre é verdade, mas no último mês as coisas mudaram de facto em ritmo acelerado. Temos agora um Parlamento com uma dissolução já anunciada e eleições à porta. O motivo: a incapacidade de o Governo fazer passar o seu Orçamento do Estado para o ano que vem.

Desde 2016, o PS afirmava-se com arrogância como o partido de Governo, capaz de fazer acordos com praticamente todos os partidos no espectro político. Aliás, dava-se até ao luxo de raras vezes os cumprir. Aprovava orçamentos à esquerda e pseudorreformas com o PSD, numa política de alianças e de acordos aparentemente sem outra estratégia que não fosse a da manutenção do poder e a dum certo statu quo. O resultado dessa estratégia não foi rápido mas foi trágico. O PS acabou num partido incapaz de se entender seja com quem for.

No debate do Orçamento que acabou chumbado, o primeiro-ministro afirmava que tinha muito orgulho em ter rompido com o chamado arco da governação.

Pois o arco tinha esse nome por um motivo. É precisamente porque a teimosia numa governação com o apoio das esquerdas mais radicais conduziu Portugal a uma situação objectiva de ingovernabilidade.

Quando Portugal ainda não só não recuperou da pandemia como ainda discute novas vagas, a geringonça de que o primeiro-ministro se orgulha não conseguiu sequer aprovar um Orçamento do Estado.

A geringonça gosta de ventos de feição; quando as coisas se tornam difíceis, ou quando há sinais de viragem numas autárquicas, rapidamente cada um vai para o seu lado, com mais preocupações eleitorais do que vestígios de sentido de Estado.

E assim continuam, aliás, com os responsáveis do PS e do BE ainda a falarem em entendimentos a seguir às eleições e sem admitirem qualquer sombra de responsabilidade na confusão em que mergulharam o País. É caso para perguntar o óbvio: afinal, se são capazes de se entender, como não foram capazes de aprovar o Orçamento?

Esta ausência de estratégia teve e tem consequências.

Para começar, Portugal é hoje um dos países mais lentos a recuperar da pandemia. Há mais de oito Estados-membros que já recuperaram em 2021 o seu PIB pré-pandemia e prevê-se que, no fim deste ano, mais quatro lá cheguem. Já para nós, o Governo acha muito ambicioso voltarmos ao ponto em que estávamos antes da pandemia lá para 2022.

É o retracto dos anos da geringonça que nunca entendeu que não é possível distribuir riqueza sem a criar e que tem o seu reflexo num País que continua a ser ultrapassado em PIB per capita pelos países do Leste europeu, que aprenderam com muitos sacrifícios o que custam as receitas que em Portugal alguns dos partidos desta geringonça querem ainda aplicar.

Depois, a transformação da política numa espécie de leilão, com todos a fingirem que é possível o Estado dar tudo a todos e que o Estado tem quaisquer recursos que não sejam os que retira aos cidadãos, significou que na maior parte destes anos a carga fiscal aumentou.

Os impostos indirectos, as taxas e as taxinhas proliferaram, passando por tudo, desde o açúcar a florestas e a embalagens de takeaway. Um Governo que começou com um aumento de impostos nos combustíveis, do qual nunca recuou, nem mesmo agora que os preços do gasóleo e da gasolina atingem recordes.

Ao mesmo tempo, a despesa primária sem medidas de emergência deve crescer, e muito. De €84 700 milhões em 2019 para €98 700 milhões em 2022. Ou seja: quase mais quatro pp do PIB.

A economia que cresce muito pouco, mas o Estado não para de crescer muito.

Desta geringonça ficará para a História que caiu exclusivamente pelas suas mãos e não merece de Portugal outra oportunidade.

visao@visao.pt

Inspecção do MNE detecta gastos duplicados no Brasil.

O governo do PS, no seu melhor: os gastos desenfreados ás custas do povo português, de forma irresponsável, pelo titular da pasta do MNE – Augusto Santos Silva!


Durante mais de um ano o consulado português em Salvador da Baía esteve a pagar renda por instalações que não utilizava. O prejuízo rondou os 75 mil euros.

Em Julho de 2020, o consulado de Portugal em Salvador da Baía, no Brasil, inaugurou as novas instalações: mais espaçosas e modernas, dispunham de uma área superior em relação às anteriores e melhores condições de trabalho para a equipa de cinco funcionários. Todavia, de acordo com o relatório final de uma inspecção conduzida pela Inspecção-Geral Diplomática e Consular (IGDC), a que a SÁBADO teve acesso, a mudança provocou uma despesa adicional e inesperada de 74.647 euros.

Motivo: o atraso nas obras do imóvel fez com que, entre Março de 2019 e a mudança, o erário público tivesse de suportar duas rendas. O relatório identificou ainda relações pouco claras entre a então cônsul, Nathalie Viegas, e um segurança/motorista e a insatisfação dos funcionários.

A duplicação de encargos com as instalações foi a situação que mereceu mais críticas dos inspectores. Segundo o relatório da IGDC, em Novembro de 2018 a cônsul-geral assinou o contracto de arrendamento para as novas instalações que permitiriam à representação portuguesa passar de um espaço com 166 m2 para outro de 249 m2 e nove lugares de parque.

Fonte: Sábado

Sentido democrático destes sindicalistas: Sindicato dos diplomatas quer impedir notícias da SÁBADO

Aos sindicalistas, não lhes interessa a verdade, nem a exposição das suas irregularidades, bem como da exposição irregular ou mesmo criminosa, como os seus pares se comportam, supostamente ao serviço de Portugal. Estes tiques totalitários conhece-mo-los e não são aceitáveis, em Portugal, talvez aos sindicalistas que estejam mais próximos, da inspiração soviética, chinesa, venezuelana, cubana, coreia do norte, etc., etc.…

“A ASDP quer impedir a SÁBADO de publicar os nomes de diplomatas alvos de acções disciplinares e pediu a obtenção de um parecer para defender o seu “anonimato”, dificultando o acesso público à informação.”

A Associação Sindical dos Diplomatas Portugueses (ASDP) entende que as notícias da SÁBADO, escritas com base em relatórios da Inspecção Geral Diplomática e Consular (IGDC), que revelam condutas impróprias ou mesmo ilegais de diplomatas portugueses, são lesivas para o bom nome e credibilidade desses representantes do Estado no estrangeiro. Por esse motivo, para além de se queixar à Inspectora Diplomática e Consular, a direcção da ASDP sugeriu a obtenção de um parecer jurídico para defender o anonimato e a privacidade dos diplomatas alvos de acções disciplinares – dificultando dessa forma o direito de acesso à informação.

Funcionários do MNE (Augusto Santos Silva) não pagavam (???) IRS

Duas inspecções à embaixada na Tunísia e ao consulado-geral em Barcelona descobriram que vários trabalhadores não pagavam impostos nem em Portugal nem nos países onde estão colocados - um deles há 21 anos. Desde o governo de António Guterres, de seg,25/out/1999 a sáb, 06/abr/2002.


Além dos privilégios já usufruídos, pela casta diplomática!

Durante vários anos, o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) teve ao seu serviço, em embaixadas e consulados, funcionários que não pagaram impostos sobre o trabalho, nem em Portugal nem nos países onde exerciam funções. Estas situações foram detectadas em duas inspecções à embaixada de Portugal em Tunes e ao consulado-geral em Barcelona, concluídas em 2020 pela Inspecção-Geral Diplomática e Consular (IGDC) e a cujos relatórios finais a SÁBADO teve acesso.

No caso da representação portuguesa na Tunísia, nenhum dos 11 funcionários dos serviços periféricos externos pagava IRS. Já em relação ao consulado português na Catalunha, dois dos seis trabalhadores encontravam-se em situação irregular.

A SÁBADO perguntou ao gabinete do ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, como foi possível estas situações acontecerem nos serviços do Estado, se se mantêm e se foram detectados mais casos do género recentemente. Todavia, não foi possível obter uma resposta.

fonte: https://www.sabado.pt/

sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

Portugal no Japão: muito mais do que biombos, japoneiras e kasutera

Portugal no Japão: muito mais do que biombos, japoneiras e kasutera

Os primeiros europeus com os quais os japoneses tiveram contacto foram os portugueses, que chegaram ao Japão por volta de 1543.

Com os navegadores foram os padres jesuítas e com eles começou uma conversão em larga escala, com primazia pelas elites, num padrão muito seguido no Oriente.

O sucesso da aproximação aos senhores feudais do Japão foi de tal ordem que os portugueses fundaram a cidade costeira de Nagasaki e o seu porto para servir os negócios e a fé. Para além disso, os missionários portugueses levaram

ciência, educação e conhecimento, como aconteceu noutras paragens, sobretudo nos séculos XV e XVI.

Os jesuítas levaram a fé católica, mas respeitaram a diversidade cultural, os costumes e as diferentes religiões existentes, fazendo paulatinamente o seu percurso de pregação e educação, adaptando-se, fazendo esforços para aprendizagem da língua local, numa prática que cumpriu directrizes formais. Deve sublinhar-se que os seus escritos passavam para a Europa uma imagem positiva da civilização japonesa, em especial através das obras do padre Luís Fróis, ainda que evidenciando a dissemelhança das duas culturas.

Os japoneses eram considerados civilizados e a sua cultura enaltecida (por exemplo, espantava o asseio nas casas, com toda a certeza muito superior ao que havia na Europa quinhentista).

Por outro lado, os portugueses introduziram as primeiras armas de fogo, que foram decisivas para colocar termo ao estado permanente de caos e guerra civil e para unificar o Japão.

As mútuas influências sucederam-se.

Até à chegada dos europeus, os japoneses não tinham termo de comparação muito distinto quanto à identidade cultural (e mesmo quanto às características fisionómicas), pois os povos com os quais contactavam eram relativamente próximos e semelhantes.

Claude Lévy-Strauss afirma, no prefácio a uma edição francesa do Tratado das Contradições e Diferenças de Costumes entre a Europa e o Japão, de Luís Fróis, que, mais do que aceitação, houve interesse mútuo, pois a simetria entre as duas culturas terá funcionado como uma pessoa que se vê ao espelho e encontra uma imagem simétrica de si mesmo.

Esta relação marcou tanto a cultura que até a arte japonesa daquele período, mais conhecida pelos famosos biombos, ficou para sempre eternizada como arte Nanban, designação que deriva do nome atribuído aos portugueses, nanban, que significa “bárbaros do Sul” (por terem chegado do Sul).

Claro que este encontro de culturas não está isento de erros, de abusos e de interesses conflituantes.

Em 1580 os Filipes de Espanha passaram a governar Portugal, o que duraria até 1640.

Diluídas as demarcações do Tratado de Tordesilhas, que dividiam o mundo entre Portugal e Espanha (as duas maiores potências mundiais à época) para as explorações marítimas, os espanhóis chegavam ao Japão em 1592.

Com a sua chegada, vindos das Filipinas, instalaram-se os frades franciscanos, que rivalizavam com os jesuítas.

Em 1609 chegaram os holandeses e em 1613 os ingleses, protestantes, lançando fortes campanhas contra o catolicismo e os portugueses.

Por outro lado, crescia o receio dos senhores da guerra face à pregação de igualdade de direitos e deveres que os jesuítas semeavam.

Uma rebelião organizada por camponeses pobres, cristãos, exigindo reformas no país, não agradou aos grandes chefes militares japoneses, que temeram o fim do sistema feudal.

A intolerância dos novos padres face às religiões antigas do Japão e as disputas dos cristãos holandeses e ingleses aprofundaram  desconfiança japonesa.

Não demorou muito até que padres e cristãos fossem perseguidos (ver filme Silêncio, de Martin Scorsese, e ler livro de Shusaku Endo que o inspirou) e o “senhor da guerra” Toyotomi Hideyoshi decretasse a expulsão dos estrangeiros, em especial, portugueses e espanhóis.

Mesmo assim, naquele que foi denominado o Século Cristão do Japão, as duas culturas marcaram-se para sempre.

Por mais que alguns queiram nos dias de hoje apagar ou reescrever a história, ela não foi o que desejamos, mas é o que foi e a memória do que foi.

A alteridade complementar entre portugueses e japoneses, uma espécie de jogo de espelhos, a que alude também o historiador João Paulo Oliveira e Costa, o olhar sobre o outro, é, só por si, um definidor de quem somos. Mas as imagens interpenetram-se e absorvemos muito do outro, se soubermos usufruir dessa complementaridade.

As cartas de Fróis para a Europa relatam outro acontecimento que é uma boa imagem do que aconteceu com as viagens marítimas, ~o encontro entre povos que antes não se conheciam.

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Com os jesuítas estava um homem de pele negra, um moçambicano, que causou furor e admiração, sobretudo junto de Oda Nobunaga, o chefe militar amigo dos portugueses e que quase unificou o Japão.

O motivo de espanto de Nobunaga não foi apenas a cor da pele, que nunca vira, mas os bons modos que Isaac apresentava

Mais, ainda, a força que possuía.

Isaac tornou-se um respeitado samurai ao seu serviço, algo que não era comum entre estrangeiros, e ganhou na pronúncia japonesa o nome de Yasuke.

A identidade faz-se também da natureza e dos objetos com que crescemos.

A botânica mundial, por exemplo, sofreu uma total revolução com as viagens marítimas, as primeiras a permitir o transporte de plantas vivas, e não apenas sementes, a longas distâncias e assim a adaptação a distintas geografias.

Do Japão partiram plantas como a nespereira ou a japoneira (cameleira), tão comum nos pátios da lusofonia.

Para a troca, os jesuítas levaram, por exemplo, as videiras e as uvas, a oliveira, a figueira, o marmeleiro.

Para a gastronomia levaram o açúcar branco, até aí desconhecido, e o pão-de-ló ou pão de Castela (para quem não conhece, um bolo doce), que, pronunciado em japonês, ficou conhecido como kasutera e como emblema identitário da melhor doçaria japonesa.

O consumo de carne de vaca foi uma inovação nos hábitos alimentares japoneses, tendo ficado conhecida como baka.

A famosa tempura resulta da têmpora e terá origem nos peixinhos-da-horta.,

O konpeito resulta do doce tradicional português confeito.

Na língua japonesa ficaram outras palavras como símbolos dessa mistura cultural, como

bateren (padre), bidoro (vidro), birodo (veludo), karuta (carta), kirisutan (cristão), orugan (órgão), butan (botão), pan (pão), koppu (copo), shabon (sabão), tabako (tabaco).

Na lusofonia herdámos, por exemplo, objetos e palavras que também enriqueceram os costumes e a língua:

catana (katana), biombo (byobu), chávena (chawan, palavra sino-japonesa), quimono (kimono), nipónico (nippon), leque

(das Ilhas Léquias), nandina ou avenca japonesa (nandin).

Foi a partir deste primeiro contato, no século XVI, entre Portugal e Japão, que o enriquecimento recíproco de culturas e povos tão distintos foi iniciado (curiosamente, Aveiro, cidade de onde escrevo esta crónica, é cidade irmã de Oita, na Ilha Kyushu, no Japão).

Esta reciprocidade, tão enraizada desde há quase 500 anos, poderá, desejavelmente, constituir-se como um forte alicerce para um contínuo futuro de amizade e cooperação.


Ângelo Ferreira

*** A Nova Portugalidade agradece ao Professor Ângelo Ferreira a autorização para a publicação

desta excelente síntese das relações entre Portugal e o Japão.

Espremidos até ao tutano: um terço do que ganhamos desaparece em impostos

Os portugueses estão sujeitos a uma pesada carga fiscal, mesmo quando têm rendimentos muito baixos. A carga fiscal em Portugal situou-se 1,3 pontos percentuais acima da média do conjunto dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), em 2020, de acordo com uma compilação agora divulgada.

Segundo um relatório estatístico sobre receitas fiscais divulgado pela OCDE, a carga fiscal em Portugal, que foi de 34,8% em 2020, ficou acima da média do conjunto dos países da organização, que foi de 33,5%.

De acordo com a OCDE, a média de 33,5% do peso das receitas fiscais sobre o Produto Interno Bruto (PIB) representou uma subida de 0,1 pontos percentuais face a 2019, sendo que em Portugal o aumento foi de 0,3 pontos.

As variações na carga fiscal são causadas pelas mudanças relativas nas receitas fiscais e contribuições sociais e no PIB nominal. De um ano para o outro, se as receitas crescerem mais do que o PIB (ou caírem menos que o PIB), a carga fiscal aumenta. Por outro lado, se as receitas crescerem menos do que o PIB, ou caírem mais, a carga fiscal diminui, explica a OCDE.

“Assim, a carga fiscal não significa necessariamente que a quantidade de receitas fiscais tenha crescido em termos nominais, ou mesmo reais”, assinala a organização liderada por Mathias Cormann.

Em 2020, “o pequeno aumento da média da carga fiscal na OCDE ocorreu face à pandemia de Covid-19, que levou a perdas alargadas tanto nas receitas fiscais nominais como no PIB nominal”, tendo a razão das perdas sido atribuída ao facto de “na maioria dos países o PIB ter caído mais do que as receitas fiscais nominais”.

O relatório assinala que a Dinamarca registou a maior carga fiscal em 2020 (46,5%), “e com as excepções de 2017 e 2018, em que a da França foi maior, tem tido a maior carga fiscal dos países da OCDE desde 2002”.

“A França teve a segunda maior carga fiscal em 2020 (45,4%). O México teve a menor (17,9%)”, refere a compilação da OCDE agora divulgada, que assinala que “o rácio de receitas fiscais face ao PIB, comparado com 2019, “cresceu em 20 países e decresceu em 16”.

Entre 2019 e 2020, o maior aumento da carga fiscal verificou-se em Espanha (1,9 pontos percentuais), “largamente devido a um aumento nas receitas das contribuições para a Segurança Social face ao PIB (1,5 pontos percentuais)”, depois de uma queda maior das receitas que no produto.

“O segundo maior aumento foi no México (1,6 pontos percentuais), com aumentos em todos os principais tipos de impostos em termos nominais e como percentagem do PIB”, tendo a Islândia sido o país restante com um aumento superior a 1 ponto percentual, refere o texto.

Já a maior queda na carga fiscal entre 2019 e 2020 nos países da OCDE foi registada na Irlanda, com 1,7 pontos percentuais. “O decréscimo na Irlanda foi em grande parte devido à queda das receitas de IVA, depois da redução temporária nas taxas em 2020 e ao impacto da pandemia de Covid-19 na redução da actividade económica”, com menores receitas de contribuições do IRS, contribuições da segurança social, impostos sobre a propriedade e sobre consumos específicos, segundo a OCDE. Também foram observadas descidas acima de 1 ponto percentual no Chile (1,6 pontos percentuais) e na Noruega (1,3).

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https://jornaldiabo.com/destaque/espremidos-ate-ao-tutano-um-terco-do-que-ganhamos-desaparece-em-impostos/

Milionários do desporto

Cristiano Ronaldo é já o 5º desportista mais bem pago de sempre, num top 10 liderado por Michael Jordan e dominado por norte-americanos.


Fortuna pelo ar

Apesar dos seus 58 anos e de já ter terminado a carreira nos idos de 2003, aquele que muitos consideram o melhor basquetebolista de todos os tempos continua a gozar de uma popularidade global. Assim o prova o sucesso, no ano passado, de The Last Dance, a série de documentários sobre a sua vida, produzida pela ESPN e Netflix. A grande fonte de rendimento de Michael Jordan é a milionária associação que mantém com a Nike. Só no último ano fiscal, a Air Jordan, submarca da multinacional norte-americana, facturou €4,16 mil milhões.

De acordo com a revista Forbes, só este acordo rende ao antigo basquetebolista uma verba anual de 100 milhões de dólares, qualquer coisa como €89 milhões.


ATLETAS MAIS BEM PAGOS DE TODOS OS TEMPOS

VALORES EM MILHARES DE MILHÕES DE EUROS

  1. 2,32 Michael Jordan

  2. 1,86 Tiger Woods

  3. 1,33 Arnold Palmer

  4. 1,22 Jack Nicklaus

  5. 1,10 Cristiano Ronaldo

  6. 1,06 Floyd Mayweather

  7. 1,04 LeBron James

  8. 1,01 Lionel Messi

  9. 1 Michael Schumacher

  10. 0,99 Roger Federer


Rendimentos ajustados aos valores da inflação. Inclui ordenados, prémios e outro tipo de ganhos, sejam eles patrocínios, publicidade ou actividades empresariais.


Império CR7

A meio da tabela, e como primeiro desportista não norte-americano do top 10, surge Cristiano Ronaldo. Aos 36 anos, o futebolista português continua a ser um dos mais bem pagos do mundo e o que, de sempre, mais ganhos obtém da milionária Premier League, com  um ordenado semanal de €653 mil. Segundo a revista Forbes, os dois anos de contracto com o Manchester United vão render-lhe a absurda quantia de €60 milhões em ordenados e outros €47 milhões em patrocínios.



Guardados na garagem – €26,5 milhões

No parque automóvel do craque português, é possível encontrar, entre outros, exemplares de Rolls-Royce Phantom, Brabus G V12 900, Bugatti Veyron, Lamborghini Aventador, Ferrari F12 TDF ou Bentley Flying Spur.

A jóia da coroa, porém, é um dos únicos dez Bugatti La Voiture Noire que existem no mundo. Um carro avaliado em €10 milhões…


€432 000 000

É natural que quem ganha muito possa também gastar muito. De acordo com as contas feitas pelo jornal britânico The Sun, entre bens, contas bancárias e participações empresariais, o património líquido do jogador português será de €432 milhões.


Carteira imobiliária – €27 milhões

CR7 tem casas de luxo em Nova Iorque, Madrid, Marbella, Turim, Manchester, Algarve, Gerês, uma mansão na Madeira avaliada em €8,3 milhões e vários apartamentos em Lisboa, um dos quais no valor de €7 milhões.

MANUEL BARROS MOURA mbmoura@visao.pt
FONTE Sportico, Forbes, The Sun e Statista INFOGRAFIA MT/VISÃO
RAIO X