terça-feira, 9 de dezembro de 2025

Testaram a autonomia real de 140 elétricos. Todas as marcas mentem (umas mais que outras)

O Governo australiano lançou uma iniciativa para proteger os
consumidores. Os primeiros resultados são tudo menos tranquilizadores.

Ensaios independentes de autonomia em carros elétricos demonstraram que
nenhum dos modelos testados consegue percorrer a distância anunciada
pelo fabricante, de acordo com testes recentes conduzidos pela
Australian Automobile Association.

A conclusão volta a colocar a autonomia real dos veículos elétricos no
centro das decisões de compra e do desenvolvimento do próprio sector,
cujo crescimento tem sido travado pela dificuldade em mitigar a chamada
"ansiedade da autonomia".

No âmbito do programa governamental australiano  Real-World Testing,
cada veículo é submetido a um percurso de 93 quilómetros que combina
troços urbanos, estradas rurais e autoestradas em redor de Geelong.

O objetivo é comparar o desempenho anunciado com o comportamento em
utilização quotidiana – um contraste fundamental para aferir a
eficiência real de cada modelo e a sua capacidade de corresponder às
expectativas dos condutores.

Entre o conjunto de veículos analisados, a Tesla registou para já o
menor desvio. O Model Y, homologado para 466 quilómetros, ficou 16
quilómetros aquém em condução real. Apesar de esta diferença ser
reduzida face a outros modelos, o resultado confirma que não foi
atingida a autonomia indicada na documentação oficial.

Bem pior foi o desempenho do MG4, que apresentou a maior variação
detetada: ficou 124 quilómetros abaixo dos 405 quilómetros anunciados,
um desvio de 31%.

Também se verificaram diferenças significativas no Kia EV3, que ficou 67
quilómetros aquém do valor homologado, e no Smart #1, que falhou o
objetivo em 53 quilómetros, o que representa uma quebra de 13%.

O diretor-geral da Australian Automobile Association, Michael Bradley,
sublinha a utilidade destes dados para quem pondera comprar um carro
elétrico.

"Estes resultados dão aos consumidores uma indicação independente da
autonomia real, o que significa que agora sabem que carros cumprem o que
é anunciado e quais não cumprem", afirmou Bradley, citado pelo El
Confidencial.

Segundo a associação, dispor deste tipo de medições ajuda a reduzir a
ansiedade relacionada com a carga e contribui para uma utilização mais
segura e confiável deste tipo de veículos.

A iniciativa, financiada com verbas federais e criada na sequência do
escândalo de manipulação de emissões revelado em 2015 na Volkswagen, já
avaliou 140 dos 200 veículos previstos.

O projeto detetou ainda que a maioria dos modelos híbridos e a combustão
consomem mais energia ou combustível do que o indicado nas fichas
oficiais, reforçando a importância de testes independentes para garantir
transparência e fiabilidade.

https://realworld.org.au/

Por que precisamos de testes no mundo real?
Todos os novos modelos de carros vendidos na Austrália foram testados em
condições controladas de laboratório  para avaliar seu consumo de
combustível e emissões.
Em 2017, a Associação Automobilística Australiana realizou um programa
piloto de testes em condições reais, que testou 30 veículos em vias
públicas.
Os australianos merecem saber como os veículos se comportam nas estradas.

Ao longo de quatro anos, de 2023 a 2027, o Programa de Testes em
Condições Reais avaliará até 200 marcas diferentes de carros,
utilitários e vans em condições representativas de estrada.
Esses testes fornecem informações precisas e relevantes para permitir
que consumidores, empresas e frotas tomem decisões mais bem informadas
na compra de veículos leves novos.

O programa começou com foco em veículos a gasolina, diesel e híbridos.
Em 2025, o programa expandiu-se para testar veículos elétricos a
bateria. Os procedimentos de teste para veículos elétricos híbridos
plug-in estão em desenvolvimento.

O Programa de Testes em Condições Reais é uma iniciativa do Governo
Australiano gerida pela Associação Automobilística Australiana.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

O mapa dos dialectos e falares de Portugal Continental (1958)

 de Maria Helena Santos Silva, feito sob a orientação e com a colaboração de Manuel de Paiva Boléo, publicado na obra Estudos de Linguística Portuguesa e Românica (1974).

Pode ser um gráfico de mapa e a texto que diz "& Minhe DIALECTOS 民 E FALARES DE PORTUGAL CONTINENTAL adaptado partr do mapa elaborado em 1958 Helene Helena Helona ariertacão Santos Slva ariertaçăo Manuel dePaiva Boléo で司〇 DIALECTOS Guadramilés 森者 포과조 Rionores Mirandes Barranquenho FALARES AhoMinto MINHOTO た.、 ስምምትው お: a Pora TRANSMON- TANO TAPρ BEIRÃO Barrarcas BAO MONDEGO Aoaledrjora MERIDIONAL Algardo ESCALA mK04_a02_9e นงงลัล"

terça-feira, 2 de dezembro de 2025

"O INIGMA PASSOS COELHO


Ao contrário de quem governa, não precisa de uma maioria ou de meios. Pode manifestar a insatisfação com um simples gesto ou uma frase. Há muita gente em Portugal que gostaria que regressasse e há muita gente, os insiders do costume cheios de informação privilegiada, que conspiraria para que regressasse. São boutades de salão que só Passos Coelho poderá concretizar ou confirmar.
A força, e poderia dizer-se força moral, de Passos Coelho tem outra fonte que não o campo de intriga do PSD ou o ninho de vespas da política. Ninguém no partido dele levantará a mão contra ele, por temor e fraqueza.

A força de ter-se mantido, desde que foi afastado do poder pela coligação de esquerda de António Costa, invisível e incorruptível. Não deslizou para os quadros de uma grande empresa, não faz parte de assembleias gerais ou conselhos de administração, não fugiu para um cargo internacional, não enriqueceu sem causa. Não aceitou ser comentador num canal de televisão, e tenho a certeza de que muitos o contratariam por quantias superiores às de um primeiro-ministro. Mantém uma casa nos subúrbios, teve perdas pessoais que encaixou sem lamento, não controla a figura pública com a obsessão das figuras públicas, não escreveu livros confessionais ou outros. E decerto o convidaram a escrever as memórias da troika. Não está nas redes, a aparafusar indignações. Não vai às televisões explicar-se. Não dá entrevistas. Não se lhe conhecem crimes ou comportamentos desviantes, muito menos onde o dinheiro estaria envolvido. Escreve uns prefácios, faz umas apresentações de livros, diz umas coisas, não muitas. É breve e conciso e, pasme-se, coerente. É um enigma.

Com o tempo, e o silêncio, aquilo que parecia falta de ambição, como continuar a viver nos subúrbios sem vontade de sair, tornou-se convicção de pedra. O homem não pode ser comprado. Não pode ser convencido. Ideologicamente, é o que era no tempo da troika, um liberal de direita, com horror aos pactos com socialistas e às políticas socialistas. Teria razões não ideológicas para isso, os socialistas organizaram-se contra ele depois de ter ganho as eleições e demonstraram a incapacidade para governar com o luxo da maioria absoluta. É um político que acredita que o Estado é um fator de subdesenvolvimento se não for removido à força do processo económico e burocrático. E responde pelas decisões da troika e do seu governo, mesmo quando essas decisões não lhe podem ser imputadas e sim a incompletos ministros e secretários de Estado. Teve oportunistas a rodeá-lo? Claro. Os oportunistas construíram carreiras férteis e lucrativas sobre a oportunidade, ele não. Não é cosmopolita. A austeridade é uma vocação.

O que no passado era debilidade do instinto político, tornou-se com o tempo e a incompetência dos outros atores uma força que em Portugal ninguém tem. Se Montenegro falhasse, ou os imponderáveis do costume surgissem, e Montenegro não deve ser subestimado como sobrevivente, Passos Coelho teria o país na mão.

A estagnação tornar-se-á insuportável. Na estagnação vivemos agora, negociando minúcias que impedem a mudança. É preciso que tudo mude para que tudo fique como dantes. Não seria o mesmo Passos Coelho dos anos passados. O tempo e o silêncio endureceram-no, nota-se na fisionomia. Se não se deixasse tomar pelo ressentimento, seria o único e formidável adversário de André Ventura no futuro. E o único que impediria Ventura de ser primeiro-ministro.

E não, não é um populista, é o contrário de um populista."

Clara Ferreira Alves

quinta-feira, 27 de novembro de 2025

Rei da Sala de Aula.

Respeito. De figura de autoridade rígida a promotor compassivo do bem-estar: durante décadas, o papel do professor tem se tornado mais ameno – mas agora está diante de uma viragem.
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Rei da Sala de Aula

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No final da década de 1970, os alunos da Dalgasskolen em Skive recebiam aulas de matemática do diretor e vice-diretor, Jørgen Guldberg, já de idade avançada. Seu olhar era capaz de subjugar até os alunos mais teimosos, e as aulas transcorriam com uma disciplina quase militar. A atmosfera mudava completamente quando as crianças entravam no ginásio, onde o jovem Hans Svenning Larsen dava aulas. Vestido casualmente, ele brincava com os alunos e até encontrava tempo para abraçá-los.

Durante décadas, os professores têm se tornado mais tolerantes com seus alunos, mas agora enfrentam uma mudança radical: o governo quer corrigir a crescente perda de autoridade dos professores, e o Ministro da Educação, Mattias Tesfaye (S), quer dar aos docentes mais poderes para intervir fisicamente com alunos que perturbam as aulas. A proposta é uma tentativa de agir contra crianças que, segundo Tesfaye, receberam uma "educação péssima" e não respeitam seus professores.

weekendavisen


quarta-feira, 26 de novembro de 2025

Indústria alemã em queda livre: emprego no sector automóvel atinge mínimos históricos.

A força de trabalho industrial da Alemanha encolheu significativamente no último ano, com o sector automóvel a enfrentar as perdas mais severas, de acordo com novos dados divulgados pelo Gabinete Federal de Estatística (Destatis) na quinta-feira.

No final do terceiro trimestre de 2025, a indústria automóvel empregava menos 48.700 pessoas do que no ano anterior, uma queda de 6,3% — a maior entre todos os principais sectores industriais com mais de 200.000 colaboradores.

Com 721.400 pessoas empregadas, o número de colaboradores do sector desceu para o nível mais baixo desde o segundo trimestre de 2011, quando era de 718.000. Apesar da contracção, a indústria automóvel mantém-se como o segundo maior empregador industrial da Alemanha, atrás da engenharia mecânica, que contava com aproximadamente 934.200 colaboradores no final do terceiro trimestre.

Em todo o sector da indústria transformadora, cerca de 5,43 milhões de pessoas estavam empregadas — uma quebra de 120.300, ou 2,2%, face ao ano anterior.

Os fornecedores sofreram os cortes mais acentuados no sector automóvel. Os fabricantes de veículos e motores empregavam 446.800 pessoas, uma queda de 3,8% em relação ao ano anterior. O emprego no segmento de fabrico de carroçarias e reboques caiu 4%, para 39.200. A contracção mais acentuada ocorreu entre os produtores de peças e acessórios para veículos automóveis, onde o emprego caiu 11,1%, para pouco menos de 235.400. Os cortes também se espalharam pela maioria dos outros grandes sectores industriais. A produção e o processamento de metal registaram uma quebra de 5,4%, restando 215.400 colaboradores no final do terceiro trimestre. O emprego no fabrico de equipamentos de processamento de dados, electrónicos e ópticos, caiu 3%, para 310.300. A indústria dos plásticos teve uma contracção de 2,6%, para 321.400, enquanto os fabricantes de produtos metálicos registaram uma quebra de 2,5%, para 491.500.

A engenharia mecânica apresentou uma tendência em linha com a média do sector, com o emprego a cair 2,2%, para cerca de 934.200. Alguns sectores tiveram cortes mais moderados: a indústria química contraiu 1,2%, para 323.600 colaboradores, e o emprego no fabrico de equipamento eléctrico caiu 0,4%, para 387.500.

Das Balkendiagramm mit der Überschrift 'Beschäftigte in der Industrie' zeigt die prozentuale Veränderung der Beschäftigtenzahlen ausgewählter Industriezweige zum Ende des 3. Quartals 2024 gegenüber dem Ende des 3. Quartals 2025. Die Balken sind horizontal angeordnet und farblich in Blautönen dargestellt. Die Automobilindustrie weist mit -6,3 % den stärksten Rückgang auf, gefolgt von der Metallerzeugung und -bearbeitung mit -5,4 %. Weitere Branchen mit Rückgängen sind die Herstellung von Datenverarbeitungsgeräten, elektronischen und optischen Erzeugnissen (-3,0 %), die Kunststoffindustrie (-2,6 %), die Herstellung von Metallerzeugnissen (-2,5 %), der Maschinenbau (-2,2 %), das verarbeitende Gewerbe insgesamt (-2,2 %), die chemische Industrie (-1,2 %) und die Herstellung von elektrischer Ausrüstung (-0,4 %). Einzig die Nahrungsmittelindustrie zeigt einen Anstieg von 1,8 %. Unten links befindet sich das Logo des Statistischen Bundesamts (Destatis) mit dem Jahr 2025.

A indústria alimentar destaca-se como o único grande sector industrial a registar crescimento de emprego, que aumentou em 8.800 postos de trabalho, ou 1,8%, atingindo 510.500 trabalhadores no final do terceiro trimestre.

O Destatis observa que, embora o sector automóvel continue a ser um pilar da indústria alemã, a escala das recentes perdas de emprego representa o nível mais baixo em 14 anos.

Nos últimos anos, o panorama geral da economia alemã tem sido de estagnação. Nos últimos oito trimestres, quatro registaram contracção, incluindo crescimento nulo no terceiro trimestre e -0,2% no segundo trimestre de 2025.

Apesar das suas vãs promessas, o chanceler Friedrich Merz está a observar uma economia em ruínas, com as falências a aumentarem 20% em Julho e o desemprego a atingir quase 3 milhões de alemães, sendo que ambos os números representam máximos de 10 anos.

Embora o país não esteja tecnicamente em recessão — o que exigiria dois trimestres consecutivos de contracção do crescimento —, os líderes empresariais deram o alarme e apelaram a medidas radicais para conter a crise, por parte do governo de coligação liderado pela CDU.

Em Agosto, a Câmara de Comércio e Indústria da Alemanha (DIHK) enviou um sério alerta ao chanceler Friedrich Merz, argumentando que "as coisas não podem continuar assim". A CEO Helena Melnikov escreveu a este propósito:

"A economia alemã está mais mergulhada na crise do que muitos gostariam de admitir. Isto não pode continuar. É crucial que a produtividade e o desempenho económico cresçam mais rapidamente do que as despesas sociais. Isto não pode ser conseguido através de aumentos de impostos, mas apenas através de reformas estruturais. Numa situação em que já estão a ser contraídos milhares de milhões em empréstimos, o aumento de impostos é um sinal completamente errado".

Mas Merz, como globalista empedernido, parece muito mais interessado em fazer a guerra à Rússia e em reprimir a liberdade de expressão do que em desenvolver aquela que já foi uma das mais dinâmicas economias do mundo.

Segundo a CBS, menos de 10% das moradias sociais são destinadas a refugiados.

Quase 8% das habitações sociais pertencentes a empresas habitacionais holandesas que ficaram disponíveis em 2023 e foram destinadas a refugiados com autorização de residência, de acordo com novos dados do Instituto Nacional de Estatística (CBS) .

A distribuição de casas sociais foi uma questão política importante durante a recente campanha eleitoral, e o atual governo interino quer que os conselhos parem de dar "prioridade" aos refugiados em relação aos outros, embora os números mostrem que isso não acontece.

Cerca de 18.000 pessoas que atualmente vivem em alojamentos formais para refugiados deveriam ter-se mudado para casas regulares, mas não podem fazê-lo devido à escassez de casas.

Um total de 161.000 casas pertencentes à associação ficaram disponíveis em 2023. Destas, 148.290 foram destinadas a outras pessoas na lista de espera e 12.729 a famílias de refugiados.

Em 2023, dois em cada três novos contratos de aluguer para casas sociais envolviam pessoas solteiras, e apenas 7% delas eram refugiadas.

Segundo a Aedes, organização que representa associações de habitação, cerca de 10% das casas que ficaram disponíveis em 2024 foram destinadas a refugiados aprovados, informou a emissora NOS.

Os conselhos locais são responsáveis ​​por fornecer alojamento para refugiados com autorizações de residência e também podem decidir quais grupos terão prioridade no acesso a habitações sociais escassas.

Mas, apesar do que afirmam os grupos de extrema-direita, os refugiados não têm atualmente prioridade sobre os cidadãos holandeses no que diz respeito à disponibilidade de alojamento. E, se lhes for oferecido um alojamento, devem aceitá-lo, mesmo que não satisfaça completamente as suas necessidades.

Caso se recusem, poderão ser despejados do alojamento para refugiados onde se encontram atualmente.





Bruxelas alerta os Países Baixos para que controlem os gastos após aumento de 7,3%.

A Comissão Europeia informou ao governo holandês que este precisa tomar medidas para cortar os gastos públicos ou corre o risco de ultrapassar os limites acordados.

As projeções mais recentes indicam que os gastos devem aumentar 7,3% este ano, mais que o dobro do teto de 3,5% para 2025.

Prevê-se também que os Países Baixos ultrapassem o limite em 2026, aumentando as suas despesas em 4,5%, enquanto o máximo permitido pela UE é de 3,3%.

Prevê-se que o défice orçamental aumente de 1,9% este ano para 2,7% em 2026, aproximando-se do limite de 3% estabelecido por Bruxelas. Os Estados-Membros da UE que ultrapassarem este limite deverão aumentar os impostos ou reduzir as despesas para colmatar o défice.

O D66 e o ​​CDA, os dois partidos que estão atualmente a elaborar o quadro para um acordo de coligação, afirmaram na quarta-feira que têm uma margem orçamental limitada para mais despesas.

Fundo de nitrogénio

Ambos os partidos estão empenhados em investir mais em defesa e habitação, enquanto o D66 também pretende fazer investimentos significativos em educação e tecnologia. O CDA quer restaurar o fundo de transição para o nitrogénio, que subsidiaria reformas na agricultura e em outros setores para reduzir as emissões de compostos nitrogenados.

Pieter Hasekamp, ​​diretor da agência de planeamento económico CPB, reuniu-se com as partes para aconselhá-las de que "mais de tudo não vai funcionar" e que elas precisariam fazer escolhas difíceis.

"A economia holandesa só consegue suportar um certo aumento nos gastos", disse ele. "Chega um momento em que a receita e a despesa deixam de estar em equilíbrio."

O líder do distrito 66, Rob Jetten, disse: "Fomos alertados de que houve uma ênfase muito forte no último ano em gastar dinheiro aqui e agora, enquanto não se pensou o suficiente em investir em nossa capacidade de geração de receita futura."




O sonho dos portugueses, quando precisam de um serviço do estado!

Acreditem, o cliente nunca mais volta! infelizmente os portugueses tem de voltar, sempre que os fp queiram, Ad eternum!

Há uns anos, Sam Walton, fundador da maior rede de retalho do mundo, a Wal-Mart, abriu um programa de treino para os seus funcionários, com muita sabedoria. Quando todos esperavam uma palestra sobre vendas e atendimento, ele iniciou com as seguintes palavras: 
"Eu sou o homem que vai a um restaurante, senta-se à mesa e espera pacientemente, enquanto o empregado faz tudo, menos anotar meu pedido.
Eu sou o homem que vai a uma loja e espera calado, enquanto os vendedores terminam as suas conversas particulares. 
Eu sou o homem que entra num posto de gasolina e nunca usa a buzina, mas espera pacientemente que o empregado termine a leitura do seu jornal. 
Eu sou o homem que explica a sua desesperada urgência por uma peça, mas não reclama que a recebe somente após três semanas de espera. 
Eu sou o homem que, quando entra num estabelecimento comercial, parece estar pedindo um favor, implorando por um sorriso ou esperando apenas ser visto. 
Você deve estar pensando que eu sou uma pessoa quieta, paciente, do tipo que nunca cria problemas... Engana-se.
Sabe quem eu sou? Eu sou o cliente que nunca mais volta! 
Divirto-me vendo milhões gastos todos os anos em anúncios de toda ordem, para levar-me de novo à sua empresa. Sendo que quando fui lá  pela primeira vez, tudo o que deveriam ter feito era apenas uma pequena gentileza, simples e barata: tratar-me com um pouco mais de cortesia.
Só existe um chefe: o CLIENTE. E ele pode demitir todas as pessoas da empresa, do presidente ao faxineiro, simplesmente levando o seu dinheiro para gastar noutro lugar."

O desemprego na Finlândia atinge o nível mais alto desde 2009.

Um cliente está à procura de trabalho no escritório de serviços de emprego de Helsínquia. Foto: Roni Rekomaa / Lehtikuva

A taxa de desemprego na Finlândia subiu para 10,3% em outubro de 2025, marcando o valor mais alto da série estatística atual, que remonta a 2009. Os dados , divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística da Finlândia (Statistics Finland), revelaram um aumento acentuado tanto no desemprego quanto no emprego, impulsionado por mudanças na participação dos jovens no mercado de trabalho e pelo aumento de empregos de meio período.

O número de desempregados entre 15 e 74 anos aumentou em 48.000 em comparação com outubro de 2024, atingindo um total de 276.000. O aumento foi mais acentuado entre as mulheres, com 37.000 mulheres a mais desempregadas, em comparação com 12.000 homens a mais desempregados no mesmo período.

Ao mesmo tempo, o número de pessoas empregadas também aumentou em 25.000, elevando o total para 2.611.000. 

Pertti Taskinen , atuário sénior do Instituto Nacional de Estatística da Finlândia, afirmou que a busca por emprego por parte dos estudantes contribuiu significativamente para o aumento do desemprego, particularmente entre os grupos etários mais jovens.

"Os jovens entre 15 e 24 anos apresentaram um aumento significativo na participação no mercado de trabalho em outubro. Isso provavelmente está ligado ao maior número de estudantes procurando emprego. O aumento do desemprego se explica em grande parte por essa mudança, embora o número de desempregados também tenha aumentado entre aqueles com idades entre 55 e 64 anos", disse ele em uma coletiva de imprensa em Kajaani.

O desemprego juvenil registou um aumento significativo. A taxa de desemprego entre jovens de 15 a 24 anos subiu 6,3 pontos percentuais em relação ao ano anterior, atingindo 22,5%. Dentro dessa faixa etária, 11,6% estavam desempregados em relação ao total da população nessa faixa etária.

O número de mulheres empregadas aumentou em 24.000 ao longo do ano. A taxa de emprego para mulheres entre 20 e 64 anos subiu para 76,7%, um aumento de 0,9 ponto percentual. Em contrapartida, os homens na mesma faixa etária registaram uma queda de 0,5 ponto percentual, com sua taxa de emprego caindo para 76,0%.

O número de pessoas que trabalham em regime de tempo parcial atingiu um recorde histórico. Em outubro, 539.000 pessoas empregadas trabalhavam em regime de tempo parcial, representando 20,7% do total de indivíduos empregados.

O número total de pessoas fora da força de trabalho também diminuiu. Em outubro, havia 1.284.000 indivíduos fora da força de trabalho, uma redução de 60.000 em relação ao ano anterior. O número de mulheres fora da força de trabalho caiu em 56.000 e o número de homens diminuiu em 5.000.

O relatório do Instituto Nacional de Estatística da Finlândia também observa que o aumento do emprego ocorreu principalmente no setor público.


Finlândia submetida ao procedimento de défice da UE devido ao aumento da dívida.

A Finlândia será incluída no Procedimento de Défice Excessivo (PDE) da União Europeia, após a Comissão Europeia confirmar que o país está a violar as regras económicas fundamentais do bloco em matéria de dívida e défices orçamentais.

A Comissão anunciou a proposta esta semana, após novos dados mostrarem que o déficit orçamentário da Finlândia ultrapassou 3% do PIB e que a previsão é de que seu nível de endividamento suba acima de 90% no próximo ano. O Plano de Desenvolvimento Económico (EDP) visa garantir que os Estados-Membros cumpram os critérios fiscais da UE, que limitam a dívida nacional a 60% do PIB e os déficits anuais a 3%.


O déficit da Finlândia atingiu 4,3% em 2024 e a previsão é de que permaneça acima desse patamar neste ano. A relação dívida/PIB do país ficou em 88,1% e a previsão é de que suba para 92,3% até 2027.

O procedimento formal deverá ser iniciado no início de 2026, com os ministros das Finanças da UE a tomarem a decisão final em janeiro. Uma vez em vigor, a Finlândia deverá apresentar os seus planos de ajustamento orçamental à Comissão até abril.

Petteri Orpo , primeiro-ministro da Finlândia, afirmou que o desenvolvimento era esperado e atribuiu a deterioração da situação fiscal do país principalmente às consequências econômicas da guerra da Rússia na Ucrânia. Em artigo publicado no X , ele disse que o programa de consolidação do governo ajudou a evitar uma espiral de endividamento ainda maior, mas que a estabilização da economia levará anos.

"Nem mesmo 10 mil milhões de euros em ajustamentos reparam os danos causados", escreveu Orpo. "As nossas ações foram corretas. Este trabalho deve continuar."

A Comissão aplica flexibilidade às despesas militares ao avaliar os níveis de déficit. A Alemanha, que também ultrapassou o limite de 3%, evitou o Déficit de Energia Renovável (EDP) porque 0,5 ponto percentual do seu déficit estava ligado a investimentos em defesa. No caso da Finlândia, apenas um ponto percentual do déficit de 4,3% foi atribuído à defesa, o que não foi suficiente para compensar a ultrapassagem do limite.

O Protocolo Adicional Europeu (PAE) não impõe sanções imediatas, mas obriga o país a reduzir o seu défice para menos de 3% dentro de um prazo específico. A Comissão Europeia divulgará esse prazo em dezembro. As sanções, como multas ou a suspensão de fundos da UE, permanecem teóricas e não foram aplicadas em casos anteriores.

A Finlândia enfrentou esse procedimento pela última vez após a crise financeira de 2008. O caso foi arquivado em 2011, quando dados revisados ​​mostraram que o país havia permanecido dentro dos limites estabelecidos.

O procedimento iminente coloca a Finlândia ao lado de outros nove Estados-Membros da UE que já estão sob escrutínio semelhante: Áustria, Bélgica, França, Itália, Hungria, Malta, Polónia, Eslováquia e Roménia.

A Comissão Europeia tem se concentrado principalmente nos déficits anuais ao lançar os Planos de Desenvolvimento Económico (PDEs), embora tenha permitido alguma flexibilidade em relação à dívida total devido às pressões fiscais pós-pandemia. Alguns países, como a Itália e a Hungria, têm atualmente metas permitidas bem acima da regra dos 3%.

A próxima recomendação da Comissão definirá metas individuais para a Finlândia com base em sua situação específica. Embora não sejam impostos cortes obrigatórios de gastos ou aumentos de impostos, o país deve atingir a redução do déficit dentro do prazo acordado. Um cenário possível é que o déficit seja controlado até 2028, o que afetaria o planeamento orçamentário do próximo governo em 2027.

No início deste ano, a Finlândia escapou por pouco da EDP devido a exceções relacionadas à defesa.