terça-feira, 2 de setembro de 2025

Um desvairado chefe de Estado.

É difícil imaginar possível, mas Marcelo Rebelo de Sousa disse mesmo isto, aos tristes discípulos da "Universidade de Verão" (um eufemismo para centro sazonal de aniquilação de neurónios) do PSD:

Há nesta breve afirmação tantas camadas de idiotia que é quase impraticável dissecá-las todas.

O patético e senil chefe de Estado que temos esqueceu-se que a União Soviética já não existe, há coisa de três décadas.

Ignora (ou finge ignorar) que o actual estabelecimento russo é, ao contrário do regime dos sovietes, tradicionalista, nacionalista, conservador e cristão.

Digo 'finge ignorar' porque o que o inquilino do Palácio de Belém odeia realmente nos russos é precisamente isso: o facto de constituírem a antítese do globalismo que ele representa, na sua ínfima escala, fanaticamente.

O infeliz esqueceu-se também da natureza do seu cargo, insultando e difamando um parceiro estratégico do país que dirige, que por acaso até é uma das primeiras potências mundiais.

E a difamação é de tal forma grave, de tal forma baseada em falsas alegações, que há até altas figuras da vida política norte-americana que neste momento correm o risco de ser judicialmente procuradas por terem fundado a fraudulenta narrativa.

Se Portugal fosse apenas um bocadinho menos insignificante, Marcelo teria desencadeado um sério incidente diplomático, no mínimo.

O Presidente desta ridícula república é afinal o derradeiro teórico da conspiração, embora, para cúmulo da estupidez, tenha precisamente acertado numa das poucas teorias da conspiração que são demonstravelmente destituídas de base factual. É espantoso.

Mais a mais, e esquecendo até a anacrónica e disparatada referência soviete, Marcelo Rebelo de Sousa manifesta através destas inqualificáveis e ensandecidas declarações que não está de todo a par da política externa da Casa Branca.

Para além do teatro político do Alasca – que não levou a lado nenhum – que fez afinal Donald Trump para "favorecer estrategicamente a Federação Russa"?

A NATO continua a apoiar, com fervor jacobino e generosidade recordista, a causa ucraniana.

Os poderes instituídos em Washington continuam empenhados em hostilizar a Rússia, com retórica escatológica, ameaças sortidas – económicas e militares -, promessas de ódio eterno e chorudos negócios de armas com a Europa, para que os globalistas daqui possam armar os ucranianos à custa das sua próprias economias.

Nem uma semana passada sobre a cimeira de Anchorage, Trump incentivava Zelensky a bombardear, com armas de fabrico norte-americano, o interior do território russo.

Uma semana antes desse encontro de soma zero no Alasca, e porque não gostou de dois posts de rede social publicados por Dimitry Medvedev, o presidente americano mandou avançar dois submarinos nucleares para as proximidades de Kaliningrad, o enclave russo no Báltico.

Em Julho, ficámos a saber que, num ataque de insanidade que transcende até o belicismo anti-russo de Joe Biden, Donald Trump terá questionado o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky sobre a possibilidade de Kiev bombardear Moscovo e São Petersburgo.

Enquanto ameaça constantemente Moscovo com sanções económicas de amplitude astronómica, o magnata de Queens tem insultado Putin com regularidade, chamando-lhe louco, mentiroso, falso e manhoso, entre outros carinhos.

Será que, aos míopes olhos de Marcelo, a promessa de paz que Trump fez aos seus eleitores, e pela qual tem errática e contraditoriamente batalhado, constitui um favorecimento estratégico da Rússia?

E, já agora, que interesse para Portugal e para os portugueses vê Marcelo Rebelo de Sousa em hostilizar a Rússia? Constitui o Kremlin uma ameaça para o nosso país?

Claro que não e ao contrário: a verdadeira ameaça que enfrentamos é o próprio Marcelo Rebelo de Sousa e a filosofia neo-liberal, leninista-globalista, de que é a imagem cuspida.

É excessivamente doloroso tê-lo como representante político do meu país. 

Paulo Hasse Paixão
Publisher . ContraCultura



Fumar é bom para os intestinos – mas só para alguns

Fumar raramente é referido pelos seus benefícios para a saúde. Mas sabe-se que ajuda as pessoas que sofrem de colite ulcerosa. Um novo estudo explica porquê: tem tudo a ver com a migração das bactérias. Para todos os outros… fumar mata.

Um estudo publicado esta semana no Gut revelou porque é que há pessoas a quem fumar faz bem aos intestinos.

Os cientistas conhecem há cerca de 40 anos este efeito do tabaco nalguns intestinos. Mas também sabem que há um paradoxo: Tanto a colite ulcerosa como a doença de Crohn são Doenças Inflamatórias Intestinais (DII), mas fumar ajuda a primeira, mas prejudica a segunda.

Tal como acontece com grande parte da investigação atual em biologia, num esforço para desvendar estes mistérios, os investigadores do RIKEN Center for Integrative Medical Sciences (Japão) voltaram-se para o intestino e o seu microbioma. Especificamente, quiseram descobrir se o tabaco permite que certos tipos de bactérias intestinais se desenvolvam – o que poderia explicar o efeito do hábito nas DIIs.

Descobriram que certas bactérias, incluindo Streptococcus, que normalmente se encontram na boca, prosperavam na camada mucosa da parede interna do intestino – apenas nos fumadores.

Normalmente, estas bactérias que se encontram na boca passam para o intestino e saem do nosso corpo; não costumam estabelecer-se nos nossos cólons. De alguma forma, fumar deu-lhes um ponto de apoio no intestino.

Para tentar perceber como e porquê, os investigadores analisaram os metabolitos intestinais – os subprodutos do processamento dos alimentos nos intestinos.

Nos fumadores, encontraram níveis elevados de um metabolito chamado hidroquinona que, por sua vez, permitia que as bactérias da boca, incluindo o Streptococcus, permanecessem e crescessem no intestino.

"Os nossos resultados indicam que a deslocação de bactérias da boca para o intestino, particularmente as do género Streptococcus, e a subsequente resposta imunitária no intestino, é o mecanismo através do qual o tabaco ajuda a proteger contra a doença", afirma o líder da investigação, Hiroshi Ohno, em comunicado.

Mas porque é que a presença de bactérias da boca no intestino ajudava as pessoas que sofriam de colite ulcerosa, mas prejudicava as que sofriam de doença de Crohn?

Em estudos com ratos, os investigadores descobriram que as bactérias da boca que se desenvolvem no intestino desencadeiam a ativação de células Th1 auxiliares, uma célula imunitária que pode combater a infeção.

Descobriu-se que nas pessoas que sofriam de colite, as células Th1 combatiam uma resposta imunitária que normalmente conduz à inflamação. Ao reduzir esta inflamação, as células Th1 ajudaram a aliviar os sintomas. No entanto, nos doentes de Crohn, a inflamação é causada pelas próprias células Th1, pelo que a ativação de um maior número destas células no intestino agravou os sintomas.

Importa referir que os investigadores não defendem o tabagismo como tratamento para a colite ulcerosa. No entanto, consideram que esta descoberta trará uma compreensão mais profunda das DII.

ZAP //

O nosso corpo tem 78 órgãos. Podemos sobreviver sem 10 deles; um é completamente inútil

Andamos por aí a circular com quase oito dezenas de órgãos. No entanto, a verdade é que uma parte razoável deles é dispensável – incluindo o nosso  "liquidificador de alimentos" e um que é essencialmente inútil. Não é ideal perdê-los, mas também não é automaticamente uma sentença de morte.

O corpo humano tem nada menos do que 78 órgãos diferentes, mas aparentemente não precisamos deles todos para viver — o que dá bastante jeito, quando os cirurgiões têm de começar a fazer cortes. Literalmente.

"Eis a verdade surpreendente: para muitos destes componentes internos, uma existência plenamente funcional não só é possível, como muitas vezes é surpreendentemente robusta", diz Indraneil Mukherjee, cirurgião no Northwell's Staten Island University Hospital, numa entrevista ao The New York Post.

Ou seja, perder um ou dois destes órgãos não é necessariamente uma sentença de morte. Há mesmo quem tenha perdido 7 órgãos e esteja cá para contar.

Esse é o caso de Louise Altese-Isidori, que depois de os médicos terem descoberto que o seu cancro do ovário se tinha espalhado pelo corpo, foi submetida a uma cirurgia para remover o baço, o apêndice, a vesícula biliar, o útero, os ovários, as trompas de Falópio e todo o revestimento do estômago.

"Tive um cirurgião milagroso", conta Louise ao AOL. "E lutei como uma louca. A miúda de Brooklyn dentro de mim saiu a lutar". Hoje está em remissão e leva uma vida quase normal.

O caso de Louise "é um testemunho da extraordinária capacidade de adaptação do corpo humano e das engenhosas intervenções da medicina moderna", diz Mukherjee.

Pois bem, na sua entrevista ao NYP, Mukherjee elencou 10 órgãos sem os quais passamos bem, muito obrigado. Do "sótão empoeirado" do intestino ao desvio da canalização da bexiga, aqui estão eles.

1. Apêndice: este pequeno saco em forma de verme, preso ao intestino grosso, é "praticamente inútil na vida moderna", explicou Mukherjee. A sua remoção não exige medicação a longo prazo e a maioria das pessoas recupera em poucos dias.

2. Vesícula biliar: este saco que armazena a bílis pode ser retirado sem grande perturbação. "O fígado simplesmente deixa a bílis pingar diretamente no intestino delgado". Algumas pessoas precisam de pequenos ajustes alimentares, mas a vida segue em frente.

3. Rim: temos dois, mas só precisamos de um. "Um rim é geralmente mais do que suficiente para filtrar o sangue e mantê-lo saudável", nota Mukherjee. São necessários controlos ocasionais, mas não medicação vitalícia.

4. Estômago: mistura e armazena os alimentos antes da digestão. Se for removido devido a úlceras, cancro ou cirurgia bariátrica, os alimentos passam diretamente para o intestino delgado. Isso muda tudo. "Conseguimos gerir a nossa vida, mas requer vigilância alimentar constante e apoio médico", explica Mukherjee.

5. Intestino delgado: podemos perder parte do intestino delgado sem grandes problemas. Mas sem uma porção demasiado grande, pode surgir a chamada síndrome do intestino curto, que dificulta a absorção de nutrientes e líquidos. Diarreia, fadiga e até nutrição intravenosa podem tornar-se parte do dia-a-dia. "A vida pode ser sustentada, com muitas mudanças comportamentais".

6. Cólon: sem este órgão, evacuamos mais vezes e mais depressa, mas é suportável. Em alguns casos, as duas extremidades do intestino grosso podem ser ligadas cirurgicamente, noutros casos o paciente usa um saco de colostomia. "Pode levar-se uma vida quase normal, até ir nadar ou dançar em bailes", diz Mukherjee.

7. Ânus: se a saída natural do corpo tiver de ser removida, os médicos criam uma nova através do abdómen. Passa a usar-se um saco de estoma, que requer manutenção, mas funciona. É possível viver de forma ativa, apenas com um sistema diferente.

8. Esófago: Este tubo alimentar pode ser reconstruído com partes do estômago ou do intestino. Engolir torna-se mais complicado. "Temporariamente, pode até ser necessário usar uma sonda de alimentação", explica Mukherjee.

9. Bexiga: se for removida, a urina é desviada para um saco externo ou para uma bolsa interna criada cirurgicamente. "Exige adaptação, mas é possível levar vidas plenas e ativas."

10. Pulmão: um pulmão consegue dar conta do recado, mas a respiração nunca será a mesma. "Pessoas atléticas conseguem compensar melhor", explica Mukherjee, "mas até pequenas constipações ou a poluição podem desequilibrar o sistema."

Provavelmente nunca escolheria separar-se de nenhum destes órgãos. Mas, se acontecer, o corpo humano encontra muitas vezes forma de continuar a sua vidinha — e, por vezes, surpreendentemente bem.

segunda-feira, 1 de setembro de 2025

O REINO DOS CIGANOS É ONDE ELES ESTIVEREM.


 

A PSP não identificou ninguém.

A PSP não deteve ninguém.

A PSP não recolheu as munições disparadas (assim não pode haver inquérito…).

 

CERTAMENTE, ORDENS RECEBIDAS.

 

PORCA MISÉRIA.

 

Mas quando um presidente da república (com problemas mentais? embriagado?) diz ao mundo que Trump é um activo de Putin, porque é que os ciganos não hão-de andar impunemente aos tiros?!?

 

 

A F P

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Guerra de famílias deixa PSP alerta em Lisboa. Homens foram a casa de rival e efectuaram disparos de caçadeira

 

Miguel Curado                                                   29 de Agosto de 2025

 

 

PSP não fez detenções. Ataque foi transmitido em directo na rede social Facebook.              

Uma guerra aberta entre famílias, em Lisboa, está a deixar a PSP em alerta. Depois de ameaças feitas através de uma transmissão em directo na rede social Facebook, dois homens foram mesmo à casa de um rival, no Parque das Nações, efectuando disparos de caçadeira para o ar. O ataque, também reproduzido através da internet, não causou feridos, nem deu origem a detenções.

A ida de um membro de uma das famílias, na noite de quarta-feira, à zona de Chelas, gerou a discórdia. Numa transmissão feita para o Facebook, e filmada através de telemóvel, vários homens da família rival relataram que o homem quis comprar droga na zona. Além disso, asseguram, insultou diversos outros. A ofensa, prometeram, teria de levar a consequências.

Assim, na manhã de quinta-feira, dois membros da família que se diz ofendida deslocaram-se à rua Padre Joaquim Alves Correia, no bairro social do Casal dos Machados, e chamaram o rival. Em nova transmissão feita através das redes sociais, foi possível ver um dos homens a fazer vários disparos de caçadeira, enquanto gritava pelo rival.

Do ataque não resultaram feridos e os dois homens viriam a abandonar o local de carro.

A PSP confirmou oficialmente ao CM ter recebido várias denúncias da situação. "A patrulha não identificou ninguém, nem apreendeu vestígios de munições disparadas", afirmou a fonte da PSP.

Se isto é um presidente

Embriagado? (Como quando, num jantar de 4 horas com a  imprensa internacional, disse que Montenegro era 'rústico' e 'lento').

Com problemas mentais?

Só pode… (c'est à vous de choisir)

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Se isto é um presidente

Se nós estamos habituados a dar um enorme desconto, e dois mandatos, ao prof. Marcelo, o resto da humanidade, que não faz ideia de quem ele é, não sente semelhante obrigação. E Trump também não.

30 ago. 2025, Alberto Gonçalves,

…na impossibilidade de ajudarmos o prof. Marcelo a terminar o mandato com dignidade, cabe-nos esperar que o termine do modo como o exerceu: sem dignidade nenhuma.

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Na passada quinta-feira, no podcast "Ideias Feitas" da Rádio Observador, constatei um facto e fiz uma previsão, ambos a pretexto das afirmações do prof. Marcelo na Universidade de Verão do PSD. O facto, por definição, está correcto. A previsão arrisca-se a falhar. Vamos por partes.

Na primeira parte, um preâmbulo: não imagino o que motiva alguém a convidar o prof. Marcelo para o que quer que não seja uma rábula de comédia involuntária. Dado que não acredito que a comédia involuntária tenha sido o objectivo do PSD, a minha estupefacção mantém-se. Pedir ao prof. Marcelo que discorra sobre um assunto, qualquer assunto, é o mesmo que indigitar o treinador Jorge Jesus para palestrante num colóquio alusivo a James Joyce. Ou provavelmente pior. Há décadas que o prof. Marcelo julga comentar a actualidade, mania que não interrompeu com a entrada em Belém. Desse longo período, não se aproveita uma "análise" (digamos), uma frase, uma palavrinha dentre os milhões de que o prof. Marcelo se aliviou. A história do relógio parado não se aplica ao indivíduo. O prof. Marcelo não está certo duas vezes por dia e não acertou sequer uma vez em meio século. Chega a ser uma proeza, talvez um recorde.

A verdade é que, por descuido ou loucura, o PSD convidou Sua Excelência para o tal evento. E que, instado a despejar palpites perante uma audiência forçada a ouvi-lo, Sua Excelência tinha duas hipóteses: ou despejava trivialidades ou produzia aberrações. Escolheu, e faço o favor de lhe presumir a capacidade de escolha, as
aberrações. Com a descontracção dos iluminados ou dos simples, o prof. Marcelo informou as massas de que Trump "é um activo soviético, ou russo". Isto é, o presidente português acusou o presidente dos EUA de estar ao serviço de uma potência inimiga, ou na versão benigna concorrente, dos EUA e do Ocidente. Irresponsabilidade? Isso exigiria um perpetrador ocasionalmente responsável, com noção de que ultrapassa os seus limites e abusa do seu cargo. Não é o caso.

Aqui, a questão menor é a da legitimidade (à questão maior já lá irei). No referido podcast notei que a legitimidade do prof. Marcelo para acusar Trump de subserviência a Moscovo é nula. No desgraçado currículo do nosso "chefe de Estado" entre aspas, consta um interminável rol de vénias a ditaduras e proto-ditaduras, da China ao Brasil do sr. Lula, de Angola a Cuba, do Qatar à – imagine-se – Rússia do sr. Putin, que o prof. Marcelo visitou, o país e o déspota, por ocasião do "Mundial" da bola e quatro anos após a anexação da Crimeia. E por pudor deixo de fora as Festas do Avante!, os remoques a Israel e a amizade eterna e fraterna com o porta-voz oficioso do Hamas. O ponto é que, ainda que o prof. Marcelo tivesse o lastro democrático e "ocidental" que não tem, o ataque a Trump, independentemente do que possamos pensar de Trump, seria igualmente grotesco,
inacreditável e, achava eu, inofensivo.

A minha tese, que expus com notáveis poder de síntese e ingenuidade no "Ideias Feitas", era a de que a circunstância de o prof. Marcelo ser um absoluto desconhecido depois de Badajoz, Vilar Formoso e Quintanilha evitaria a repercussão dos respectivos disparates, destinados como de costume ao enxovalho dos compatriotas. Erro meu. Justamente porque o mundo civilizado ignora a existência do prof. Marcelo e as idiossincrasias de um sujeito que muda de cuecas na praia e furta batatas fritas em restaurantes, a notícia que correu foi a de que o
representante eleito do povo português chamou "activo soviético (ou russo)" ao representante eleito do povo americano. Se nós estamos habituados a dar um enorme desconto, e dois mandatos, ao prof. Marcelo, o resto da humanidade, que não faz ideia de quem ele é, não sente semelhante obrigação. E o inquilino da Casa Branca também não. Em suma, as agências noticiosas levaram a sério os devaneios de um homem que ninguém leva a sério. Os devaneios espalharam-se. É provável que os devaneios não fiquem impunes.

Convém explicar que nada disto se enquadra na categoria de "incidente diplomático". Incidente diplomático é servir pernil ao rei saudita. Desprovida do contexto, leia-se de informação acerca da incontinência verbal e social do prof. Marcelo, é compreensível que a administração americana tome à letra as declarações de franca hostilidade e actue com hostilidade recíproca e, infelizmente para nós, consequente. A resposta pode surgir nas tarifas, nos vistos, na defesa ou, se tivermos sorte, na mera e persistente desconfiança que se dedica a um pequenino e ingrato aliado. Há remédio? Vejo um, que desgraçadamente nunca será prescrito: promover no estrangeiro uma campanha de divulgação idêntica às do turismo, mas em vez de divulgar castelos e igrejas e comida e praias e florestas em cinzas, divulgava-se o prof. Marcelo, com detalhes biográficos, vídeos dos "melhores" momentos e uma espécie de aviso pedagógico ("Não lhe liguem: ele é assim", ou "É favor não darem importância ao senhor").

Entretanto, e na impossibilidade de ajudarmos o prof. Marcelo a terminar o mandato com dignidade, cabe-nos esperar que o termine do modo como o exerceu: sem dignidade nenhuma.@font-face {font-family:"Cambria Math"; panose-1:2 4 5 3 5 4 6 3 2 4; mso-font-charset:0; mso-generic-font-family:roman; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:-536869121 1107305727 33554432 0 415 0;}@font-face {font-family:Aptos; mso-font-alt:Aptos; mso-font-charset:0; mso-generic-font-family:swiss; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:536871559 3 0 0 415 0;}p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-unhide:no; mso-style-qformat:yes; mso-style-parent:""; margin-top:0cm; margin-right:0cm; margin-bottom:8.0pt; margin-left:0cm; line-height:115%; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; font-family:"Aptos",sans-serif; mso-ascii-font-family:Aptos; mso-ascii-theme-font:minor-latin; mso-fareast-font-family:Aptos; mso-fareast-theme-font:minor-latin; mso-hansi-font-family:Aptos; mso-hansi-theme-font:minor-latin; mso-bidi-font-family:"Times New Roman"; mso-bidi-theme-font:minor-bidi; mso-font-kerning:1.0pt; mso-ligatures:standardcontextual; mso-fareast-language:EN-US;}a:link, span.MsoHyperlink {mso-style-priority:99; color:#467886; mso-themecolor:hyperlink; text-decoration:underline; text-underline:single;}a:visited, span.MsoHyperlinkFollowed {mso-style-noshow:yes; mso-style-priority:99; color:#96607D; mso-themecolor:followedhyperlink; text-decoration:underline; text-underline:single;}.MsoChpDefault {mso-style-type:export-only; mso-default-props:yes; font-size:12.0pt; mso-ansi-font-size:12.0pt; mso-bidi-font-size:12.0pt; font-family:"Aptos",sans-serif; mso-ascii-font-family:Aptos; mso-ascii-theme-font:minor-latin; mso-fareast-font-family:Aptos; mso-fareast-theme-font:minor-latin; mso-hansi-font-family:Aptos; mso-hansi-theme-font:minor-latin; mso-bidi-font-family:"Times New Roman"; mso-bidi-theme-font:minor-bidi; mso-font-kerning:1.0pt; mso-ligatures:standardcontextual; mso-fareast-language:EN-US;}.MsoPapDefault {mso-style-type:export-only; margin-bottom:8.0pt; line-height:115%;}div.WordSection1 {page:WordSection1;}