terça-feira, 21 de maio de 2019

Cinco maneiras de se proteger da desinformação.

1. Se você vir algo, diga algo!
Não acredite em tudo que você lê na Internet. Viu um post aleatório no Facebook com informações chocantes sobre um candidato? Não acredite de primeira! Verifique os fatos com fontes confiáveis e, se achar que encontrou uma desinformação, denuncie imediatamente para a plataforma.


2. Continue acompanhando jornalismo de verdade.
A média tradicional tem que obedecer leis e parâmetros éticos básicos que a tornam muito mais confiável do que um cara aleatório na Internet. Ela não é perfeita, mas checa seus fatos e pode ser responsabilizada! Assinar um jornal de alta qualidade, com jornalismo de verdade, é uma das acções mais poderosas que um cidadão pode fazer hoje.


3. Junte-se à campanha para limpar as redes sociais.
A Avaaz tem um plano simples e eficaz para pressionar os gigantes da tecnologia para curar a epidemia de desinformação nas redes sociais mostrando correcções factuais verificadas independentemente para notícias falsas. Junte-se à campanha.


4. Não desista da democracia!
O objectivo dessas "milícias digitais" é criar um clima de desconfiança para que os cidadãos comuns abandonem a democracia. Quando isso acontece, extremistas fanáticos podem dominá-la. Devemos continuar presentes e votando, encorajando nossos amigos e familiares a fazerem o mesmo e responsabilizando os nossos representantes eleitos.


5. Escolha a esperança na humanidade.
A desinformação se alimenta dos nossos medos mais profundos, apelando para a nossa tendência natural ao pessimismo e revelando o nosso lado mais raivoso e cínico. Mas, se aprendermos a ouvir e considerar sinceramente os argumentos de pessoas que não pensam como nós, com empatia e sabedoria, podemos nos conectar através das nossas diferenças. Temos mais em comum do que nossos medos nos fazem acreditar. Se confiarmos nisso, coisas incríveis podem acontecer.

Peixes perigosos para a saúde

Peixes que não se deve comer.

Peixe gato

Cavalinha

Tilápia

Enguia

Panga

Peixe batata

Badejo

Pâmpano-manteiga

Atum (rabilha e azul)


https://www.youtube.com/watch?v=5Rzq37QW-n0

Peixe, Criação em Águas Turbulentas

Um autêntico filme de terror.

Salmão, Panga, etc.

https://www.youtube.com/watch?v=TVLVFA_FvxA&feature=youtu.be

segunda-feira, 20 de maio de 2019

Já sabe em quem vai votar? Este teste ajuda-o a encontrar o partido certo

Aplicação ajuda-o a encontrar o partido com que mais se identifica, evitando ler os programas eleitorais ou ouvir as entrevistas dos candidatos.

Ocupa apenas poucos minutos e pode ajudar a decidir em que partido votar nas próximas eleições ou a confirmar se de facto está mesmo mais próximo do partido com que (pensa que) mais simpatiza.

No jargão da Ciência Política, o Euandi2019é uma aplicação ou ferramenta de ajuda ao voto que reduz os custos (de tempo ou racionalidade) da tomada de decisão dos eleitores na escolha do partido que lhes está mais próximo.

"Em vez de pedir às pessoas para lerem todos os programas eleitorais, entrevistas dos líderes, dos cabeças de lista, nós fizemos esse trabalho prévio", explica José Santana Pereira, professor de Ciência Política do ISCTE-IUL e um dos líderes do projecto em Portugal.

A aplicação, promovida pelo Instituto Universitário Europeu para as eleições europeias que se aproximam, faz perguntas sobre temas que caracterizam o debate político e as posições ideológicas dos partidos.

A lista é longa e foca assuntos como as despesas do Estado, os impostos, a imigração, os refugiados, casamento entre pessoas do mesmo sexo, drogas, eutanásia, ambiente, crime, política externa, integração europeia…

No final, o resultado diz-lhe, percentualmente, o partido que mais se aproxima das suas posições, mas também o coloca em comparação com as posições de todos os partidos na escala esquerda-direita e liberal-conservador, além de um radar que compara as posições, por temas, de quem responde ao inquérito e do partido que lhe está mais próximo.

José Santana Pereira explica que os critérios de avaliação foram os mesmos em todos os países europeus envolvidos no projecto, sendo que o eleitor português pode comparar as suas opiniões, também, com os partidos de outros países.

A classificação do Euandi2019 para os partidos portugueses revela, por exemplo, que PS, PDR e PAN registam posições praticamente sobrepostas nos eixos esquerda-direita e liberal-conservador.

A coligação Basta surge, como seria de esperar, claramente na extrema-direita, enquanto o novo Aliança, ao contrário do que tem sido apresentado pelo próprio partido, como recorda José Santana Pereira, aparece como um partido claramente de centro (o mais ao centro da política portuguesa, afastado do PSD e CDS-PP que estão bem mais à direita).

Joe! És o Maior.


Eles não te perdoam…

Aos 19 anos, percebeste que ser trolha não dava nada e foste da Madeira para a África do Sul, para te juntares aos teus 2 irmãos mais velhos, que tinham umas cantinas nos bairros pobres do Cabo, onde vendiam enlatados, sumos e bananas madeirenses, à população negra.

Levavas as calças rotas no cu.

Fizeste o mesmo percurso que fizeram outros milhares de madeirenses:

África do Sul, Venezuela e Américas.

Por lá “labutaste” quase 40 anos.

Das cantinas, “dizem” que passaste para os “diamantes”, num tempo em que “eles” se “transacionavam” de todas as maneiras, a todas as horas e por todo o lado…

Há uma dúzia de anos, aportaste à capital do império.

Escorriam-te dólares e diamantes dos bolsos.

Falavas um português mascavado e provocavas apenas gargalhadas.

Mas eles não sabiam que o último a rir, é aquele que ri melhor.

Desataste a ”comprar” tudo:

Vinhas, jornais e pinturas.

Impingiam-te serigrafias e gravuras e garantiam-te, serem raras “obras de arte”.

Serviste o bacalhoa a políticos, jornalistas, pintores e administradores de bancos…

Embriaguez colectiva.

Tinhas de “construir” uma imagem. Aconselharam-te a “comprar” umas entrevistas, em jornais de “referência”, para justificar tanta riqueza…

Assim o fizeste.

O  Expresso e o Público  prestaram-se à “coisa”.

A jornalista encartada perguntou-te:

“Senhor comendador onde é que arranjou tanto dinheiro?”

Respondeste:

Oh baby, sabes, um dia a minister dos diamantes da África do Sul, mandou-me chamar e disse-me:

Oh Joe, my friend,

tenho umas minas de diamantes abandonadas, tu não “quereres” tomar conta daquilo?

Eu “querer” e fiz aí a money, much money....

Em Portugal leram esta “coisa” e o país inteiro, em vez de se rebolar no chão a rir, dividiu-se em 2.

Os néscios, acreditaram.

Os “outros” fingiram acreditar.

Nos teus bolsos brilhavam diamantes…

E continuaste a ”comprar”:

Quintas, bacalhaus, bacalhoas, consciências, silêncios, budas e ações. De Azeitão ao Bombabarral, ninguém te levava a mal...

Joe, you are a best, more best

E quando “nomeaste” o teu “advogado” minister, na Ajuda, houve alguns que perceberam, que o teu money pagara a campanha eleitoral do Sócras e outras...

E que a “coleção” que te impingiram, que pouco vale, havia de ser avaliada em 400 milhões e te haviam de oferecer o CCB.

De mão beijada

Yes, minister...

o céu era o teu limite...

Money, much money...

Joe, tu és muito à frente.

Fizeram-te comendador

“three times”.

Tu agradeceste à Minister:

Oh baby! Thanks...

Ela riu-se muito...

Com o teu minister no bolso e o 1° minister no colo, iniciaste o teu reinado.

Tu não “tinhas” nada, “tinhas” apenas o grande talento de fingir que “tinhas”.

O Alves dos Reis ao pé de ti era um amador...

Desataste a pedir 1000 milhões ao erário público, CGD, para comprares one bank…

Nem aí a malta percebeu.

Até o Benfica querias comprar, a crédito, mas a malta da bola pia fininho...

Ontem, na AR, quando te riste à gargalhada, eles finalmente perceberam que quem ri por fim, é quem ri melhor...

Agora é tarde, muito tarde...

Joe, my frend, tu és um show men. Ainda está para nascer, quem te faça o ninho atrás da orelha.

Só te falta a estátua.

Ainda guardas as calças rotas no cu, com que foste para a África do Sul?

Não te rias...

I like Your smile .

Money...Very money...

Autor desconhecido

Easyjet: Aeroporto de Lisboa “é um caso exasperante”

A economia portuguesa não pode ficar à espera da conclusão das obras do aeroporto de Lisboa e da adaptação do aeroporto do Montijo, para arranjar soluções de aumento de capacidade e atratividade da capital. Fazê-lo é desperdiçar oportunidades “que não vão regressar”, defende o diretor da Easyjet em Portugal.

ANTES DA POSSE

O nosso partido cumpre o que promete.

Só os tolos podem crer que não lutaremos contra a corrupção.

Porque, se há algo certo para nós, é que

a honestidade e a transparência são fundamentais.

para alcançar os nossos ideais

Mostraremos que é uma grande estupidez crer que

as máfias continuarão no governo, como sempre.

Asseguramos sem dúvida que

a justiça social será o alvo da nossa acção.

Apesar disso, há idiotas que imaginam que

se possa governar com as manchas da velha política.

Quando assumirmos o poder, faremos tudo para que

se termine com os marajás e as negociatas.

Não permitiremos de nenhum modo que

as nossas crianças morram de fome.

Cumpriremos os nossos propósitos mesmo que

os recursos económicos do país se esgotem.

Exerceremos o poder até que

Compreendam que

Somos a nova política. DEPOIS DA POSSE

Basta ler o mesmo texto acima, DE BAIXO PARA CIMA

Autor desconhecido

Portugal nas medalhas

Alemanha vai devolver padrão português do século XV à Namíbia

O gesto faz parte da reconciliação com o passado colonial, mas não elimina a exigência de reparações por parte de etnias que foram massacradas pelos alemães.

http://expresso.pt/internacional/2019-05-18-Alemanha-vai-devolver-padrao-portugues-do-seculo-XV-a-Namibia?_gl=1*m1o1ix*_ga*Wmk1bnpYZDNZVHFaalp1dkZQeGlnMEJqM09HbjZoME92anIyamtUd013REtjZXU5dWk3VEw3a1l2VlJMQlVLWg..?utm_source=site&utm_medium=share&utm_campaign=mail

Contos Proibidos - Memórias de um PS desconhecido

Rui Fernando Pereira Mateus (Covilhã, 16 de Abril de 1944), foi um político português, actualmente retirado da política, lecciona nos EUA. Em 1996, na sequência do caso do Fax de Macau e do processo judicial relativo, publicou o livro Contos Proibidos - Memórias de um PS desconhecido (ISBN 972-20-1316-5), Publicações Dom Quixote, Lisboa.


Oferta para leitores interessados.

https://drive.google.com/file/d/1s3m1M8sdnbcTiQyyeW0-ROmc80pCU8UQ/view?usp=sharing

domingo, 19 de maio de 2019

Cena da Taberna

Fernando Pessoa

              

Doutor Fausto?

                FAUSTO:

Sim.

—  O Doutor Fausto?

                FAUSTO: 

O Doutor Fausto, sim: o que há em sê-lo?

— Nada, confesso-o a rir e acreditara-o

Pois o não vira, mas de vós diziam

Serdes versado em artes e matérias

Do mágico e (…) horror (…)

A rir o digo que vos vejo aqui

Entre nós e bebendo como nós.

                FAUSTO: 

Sim, assim é; quem como eu vivia

Aparte logra sempre a negra fama

De bruxo… Há em mim cousa que mostre

Conhecimento d'artes vis e negras

Ou sacerdócio escuro de Satan?

— Nada; olhando bem em vós só vejo

Algo de triste que não é tristeza

No vosso rosto e no vosso olhar

Há uma causa a menos ou a mais

Que em outro... Isto vejo, ou me parece.

Perguntastes-me e rindo respondi.

                FAUSTO:

Agradeço-vos; traçastes-me retrato

Tão completo de bruxo

Que começo a ter medo de mim mesmo.

— Canta, oh Frederico

Aquela canção doida de beber

Chamada «O Bebedor» ou coisa assim.

                FRED:

A do «Bom Bebedor».

                OUTRO:

                                        É essa mesmo.

                TODOS:

Venha, venha a canção.

                FRED:

Lá vai amigos

                                (e depois)

E oxalá que, ao cantá-la, esquecer possa

Ou antes, não lembrar onde a aprendi.

Criança então era feliz. Lá vai:

Bom bebedor, bebe-me bem

Bebe-me, bom bebedor.

Só uma cousa boa esta vida tem

É o vinho: mira-lh’ a cor!

                CORO

A vida é um dia e a morte um horror

Bebe-me, bebe-me, bom bebedor.

Que morra de fome mulher e mãe

Haja vinho, que é o melhor!

                CORO

A vida é um dia e a morte um horror

Bebe-me, bebe-me bom bebedor.

Deixe a guela o vinho lá quando vem

Em lugar dele o estertor.

                CORO

A vida é um dia e a morte um horror

Bebe-me, bebe-me bom bebedor.

A vida sem vinho é um triste horror

Bebe-me, bebe-me bom bebedor.

O, leite, da parra é melhor que o amor

Bebe-me, bebe-me bom bebedor

                CORO

Bom bebedor bebe-lhe bem

Bebe-lhe bom bebedor

Que faz que a mulher ande à gandaia

E a filha seja pior

E a puta da neta levante a saia

Até ao quintal do prior?

O vinho é o mesmo e da mesma cor

Bebe-lhe, bebe-lhe, bom bebedor

                CORO

Bom bebedor, bebe-lhe bem

Bebe-lhe bom bebedor.

Bom bebedor, bebe-lhe rijo

Bom bebedor, bebe-lhe bem;

O vinho que dá? Alegria e mijo,

E a vida não vale melhor

E se a vida é isto e a cova um horror

Bebe-lhe, bebe-lhe, bom bebedor.

                TODOS:

Bravo! Bravo!

                FAUSTO:(saudando)

A quem escreveu essa canção.

Não foi o camarada?

                FRED:

                                        Versos, eu?

Nada aprendi-a, e há o tempo. É pouca coisa,

Uma maneira qualquer de berrar.

                FAUSTO:

Eu sinto-me irrequieto.

                FRED:

                                            Isso é do vinho!

                FAUSTO:

Do vinho?

                FRED:

                Olá se é. A uns dá-lhe assim

A outros doutra maneira. Isso é confuso.

Um velho tio meu que não fazia

Senão beber...

                OUTRO:

                                Fazia bem...

               FRED:

                                                   Pois esse

Dizia ser indício de saúde

Dar o vinho p'ra bulhas e contendas

«Estar irrequieto» como este lhe chama.

s.d.

Fausto - Tragédia Subjectiva. Fernando Pessoa. (Texto estabelecido por Teresa Sobral Cunha. Prefácio de Eduardo Lourenço.) Lisboa: Presença, 1988.  - 139.

sexta-feira, 17 de maio de 2019

Um cheirinho a antigamente.

10.05.2019

Ricardo Araújo Pereira

Confesso grande surpresa pela condenação de João Araújo, um homem cujas capacidades olfactivas são notoriamente pobres: é importante lembrar que a história de José Sócrates e do amigo que lhe emprestava dinheiro nunca lhe cheirou a esturro. Condená-lo por isto é como castigar um cego por não ver bem.

O Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa condenou um cidadão por delito de opinião olfactiva. O delinquente é João Araújo, o advogado de José Sócrates, e a vítima é uma jornalista do Correio da Manhã. Há quatro anos, o advogado disse à jornalista que ela devia tomar mais banho, porque cheirava mal, e o tribunal considerou agora que aquele conselho era criminoso e punível com uma multa que, tudo somado, chega a 12 mil e 600 euros. Há uma fase do crescimento das crianças em que elas adquirem uma súbita relutância em entrar no duche e nós temos de lhes fazer repetidamente a mesma sugestão que Araújo fez à jornalista, pelo que me congratulo com o facto de os tribunais não terem tido conhecimento da conduta criminosa em que incorri há uns anos, caso contrário não teria dinheiro suficiente para indemnizar as minhas filhas.

Muito ignorante em matérias de Direito, não sei como é que se decide um caso destes. Para poder ajuizar correctamente, talvez o tribunal devesse começar por cheirar a jornalista. Feita essa diligência, o juiz teria duas hipóteses: ou considerar que o arguido era mal-educado, embora dissesse a verdade, ou decretar que era simplesmente mentiroso. Em todo o caso, os cheiros costumam ser entendidos como matéria subjectiva, e por isso há que ser sensível ao facto de certos odores serem agradáveis para umas pessoas e nauseantes para outras. Neste caso, confesso grande surpresa pela condenação de João Araújo, um homem cujas capacidades olfactivas são notoriamente pobres: é importante lembrar que a história de José Sócrates e do amigo que lhe emprestava dinheiro nunca lhe cheirou a esturro. Condená-lo por isto é como castigar um cego por não ver bem.

O caso levanta ainda outras questões: até que ponto podemos expender sobre os outros opiniões baseadas no que os nossos sentidos captam? Por exemplo, em vez do olfacto, João Araújo poderia ter usado o tacto: “a senhora é áspera, devia usar mais hidratante”. Haveria lugar a indemnização?

A sentença é uma vitória (mais uma) para aqueles novos activistas que acham que as pessoas são obrigadas a respeitarem-se umas às outras. Eu, que não tenho respeito nenhum por tanta gente, fico bastante preocupado. Antigamente, a boa educação era facultativa. Agora, ser malcriado é um delito punido em tribunal. Resumindo: estou tramado.

(Crónica publicada na VISÃO 1365 de 2 de maio)

Casas de banho escolares – estará a saúde dos nossos filhos comprometida?

Com base num estudo feito pela Unilever.


Os números indicam que as condições de higiene nas casas de banho das escolas públicas não são as melhores. Na higiene e na saúde, descortinamos agora potenciais consequências do mau uso destes espaços.

Quando se fala de casas de banho públicas, a tendência passa por associar os espaços a uma limpeza insuficiente, local degradado e más condições generalizadas. Na escola, o cenário é mais controlado, graças à intervenção dos funcionários que asseguram, com mais ou menos regularidade, os essenciais de limpeza e conservação destes espaços.

Ainda assim, o estudo "Escolas Públicas – Condições de Saneamento e Conservação" dá o alerta: em média, mais de metade dos alunos evitam usar o WC em período escolar. As casas de banho são, aliás, a zona que mais recorrentemente aparece como "zona deficitária", com 32% dos inquiridos a assinalá-la.

Risco de infecções nas casas de banho

A propósito do estudo, quisemos perceber junto de um especialista de medicina geral e familiar quais são, afinal, os riscos de infecção quando se utilizam as casas de banho públicas, nomeadamente em contexto escolar.

O Dr. Viriato Horta é assertivo na sua análise: "É verdade que as sanitas podem propagar doenças, mas também é verdade que o piso à volta delas, as bancadas, os lavatórios (sobretudo os sifões do sistema de escoamento da água), os puxadores das portas e os manípulos das torneiras são locais igualmente perigosos." Admite que o assento das sanitas "é a superfície da casa de banho que mais tempo está em contacto com a pele" e que, por isso, é aqui que se devem centrar os maiores cuidados: "Não basta uma limpeza simples com papel, nem uma lavagem com detergente, sendo necessário o uso de produtos desinfectantes (o que pode ser feito de forma automática por mecanismos Non-Touch)".

Isto pode acontecer através do contacto do vestuário, calçado e mãos sujas com as superfícies, da eliminação de aerossóis de gotículas contaminadas (oriundas dos olhos, da boca e das vias aéreas) quando tossem ou espirram, ou mesmo da eliminação de urina e de fezes. Sobre estes últimos, destaca que, por definição, "as fezes são sempre contaminadas e a urina é estéril, mas pode estar contaminada se houver infecções génito-urinárias". Todos estes factores criam condições para infecções cruzadas.

Nas casas de banho, podem encontrar-se muitos micróbios: bactérias, vírus, fungos e parasitas parecem encontrar nestes espaços o sítio perfeito para se alojarem. Mas então…

Como fugir destas infecções?

Em tom de brincadeira, mas a falar muito a sério, o Dr. Viriato prossegue: "Perante este panorama, parece impossível que uma ida à casa de banho não seja seguida obrigatoriamente por uma visita ao médico para tratar tal variedade de infecções. Porém, se as casas de banho forem devidamente limpas, se as nossas práticas de higiene pessoal forem exemplares (lavagem e secagem adequadas das mãos, minimização dos contactos da pele com as superfícies contaminadas) e o nosso sistema imunitário for competente, será pouco provável ser afectado por infecções cruzadas".
Numa espécie de conselhos para o utilizador, o Dr. Viriato Horta destaca a utilização das sanitas e dos urinóis: "Está provado que os micro-organismos aí presentes são transportados à distância (até cerca de 1 metro e meio) nos salpicos de água (efeito nebulizador ou aerossol) quando o autoclismo é descarregado e disseminam-se pelo assento e pelo tampo da sanita e pelo piso à sua volta, pelas paredes e porta da casa de banho e até pelo bidé, bancada e lavatório, se não houver separação física do cubículo sanitário. Por esta razão, aconselha-se vivamente que nunca se descarregue o autoclismo enquanto ainda se está sentado na sanita ou ainda não se vestiu a roupa, que se feche a tampa da sanita antes da descarga (quando existe tampo) ou que se saia do cubículo imediatamente após o início da descarga, porque a maior força da aerossolização ocorre na parte final da descarga quando quase toda a água já passou o sifão."

Em jeito de conclusão, o médico resume que "o acesso a uma casa de banho limpa, segura e privada é um direito e não um privilégio, mas ainda existem quase 2.500 milhões de pessoas sem conseguir usufruir desse direito, 1.000 milhões das quais ainda defecam ao ar livre. Como vivemos numa época ‘esquizofrénica’, existem mais pessoas com telemóvel do que com sanita, e morrem quase 3 milhões de pessoas anualmente por falta de saneamento, entre as quais se contam 700.000 crianças devido a diarreia".

Para que se consiga resolver este verdadeiro flagelo, a Organização das Nações Unidas reconheceu oficialmente o dia 19 de Novembro como o Dia Mundial da Casa de Banho, também conhecido como o Dia Mundial da Sanita, reforçando o trabalho de outras iniciativas semelhantes que decorrem ao longo do ano com vista a consciencializar a opinião pública para a necessidade de melhores níveis sanitários.

A marca Domestos tenta, também, ser parte das soluções para casas de banho limpas e para boas práticas de higiene. Depois de contribuir para o programa de saneamento da Unicef, doando parte do valor de cada embalagem vendida, foca-se agora em Portugal e nos problemas do território nacional. O passatempo Domestos nas Escolas vai ajudar uma escola pública na melhoria de condições de um WC. Pais, alunos e funcionários: não faltem à chamada para ajudar a vossa escola!

https://www.sabado.pt/c-studio/detalhe/casas-de-banho-escolares--estara-a-saude-dos-nossos-filhos-comprometida?ref=DET_Patrocinados_portugal


Pode obter aqui o documento da unilever. : Casas de banho escolares