Aplicação ajuda-o a encontrar o partido com que mais se identifica, evitando ler os programas eleitorais ou ouvir as entrevistas dos candidatos.
Ocupa apenas poucos minutos e pode ajudar a decidir em que partido votar nas próximas eleições ou a confirmar se de facto está mesmo mais próximo do partido com que (pensa que) mais simpatiza.
No jargão da Ciência Política, o Euandi2019é uma aplicação ou ferramenta de ajuda ao voto que reduz os custos (de tempo ou racionalidade) da tomada de decisão dos eleitores na escolha do partido que lhes está mais próximo.
"Em vez de pedir às pessoas para lerem todos os programas eleitorais, entrevistas dos líderes, dos cabeças de lista, nós fizemos esse trabalho prévio", explica José Santana Pereira, professor de Ciência Política do ISCTE-IUL e um dos líderes do projecto em Portugal.
A aplicação, promovida pelo Instituto Universitário Europeu para as eleições europeias que se aproximam, faz perguntas sobre temas que caracterizam o debate político e as posições ideológicas dos partidos.
A lista é longa e foca assuntos como as despesas do Estado, os impostos, a imigração, os refugiados, casamento entre pessoas do mesmo sexo, drogas, eutanásia, ambiente, crime, política externa, integração europeia…
No final, o resultado diz-lhe, percentualmente, o partido que mais se aproxima das suas posições, mas também o coloca em comparação com as posições de todos os partidos na escala esquerda-direita e liberal-conservador, além de um radar que compara as posições, por temas, de quem responde ao inquérito e do partido que lhe está mais próximo.
José Santana Pereira explica que os critérios de avaliação foram os mesmos em todos os países europeus envolvidos no projecto, sendo que o eleitor português pode comparar as suas opiniões, também, com os partidos de outros países.
A classificação do Euandi2019 para os partidos portugueses revela, por exemplo, que PS, PDR e PAN registam posições praticamente sobrepostas nos eixos esquerda-direita e liberal-conservador.
A coligação Basta surge, como seria de esperar, claramente na extrema-direita, enquanto o novo Aliança, ao contrário do que tem sido apresentado pelo próprio partido, como recorda José Santana Pereira, aparece como um partido claramente de centro (o mais ao centro da política portuguesa, afastado do PSD e CDS-PP que estão bem mais à direita).
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