O ex-ministro dos Negócios Estrangeiros vai depor por ter dito, há três anos, durante a campanha do Brexit, que a UE custava aos britânicos 350 milhões de libras por semana.
Boris Johnson, o grande favorito à sucessão da primeira-ministra britânica na liderança do Partido Conservador, vai ser julgado por “mentir e enganar a opinião pública britânica” durante a campanha para o referendo sobre a permanência ou não do Reino Unido na União Europeia, em 2016.
Uma juíza chamou o antigo-ministro dos Negócios Estrangeiros e defensor radical do Brexit a por ele ter dito que fazer parte da UE custava aos britânicos 350 milhões de libras por semana.
Os advogados de Johnson já reagiram argumentando que está em curso uma tentativa “vexatória” de reverter o resultado do referendo sobre o Brexit mas a juíza distrital Margot Coleman descartou estes argumentos.
Lê-se na decisão da juíza, citada pelo Independent, que “considerados todos os fatores relevantes, o caso merece uma convocatória, tal como foi pedida”. Johnson será “solicitado a comparecer a este tribunal para uma audiência preliminar, e o caso será então enviado ao Tribunal da Coroa para julgamento”. O político irá responder por “má conduta num cargo público”, o que, no Reino Unido, pode implicar uma pena máxima de prisão perpétua.
Tudo começou com uma ação apresentada por um cidadão britânico: Marcus Ball, de 29 anos disse no início deste mês que o político “usou as plataformas e oportunidades que estavam ao seu dispor em virtude do cargo que ocupava” para alegar que a adesão à UE custava 350 milhões de libras por semana, o que não era verdade.
Lewis Power QC, advogado que representa Ball, disse ao tribunal que Johnson havia deliberadamente enganado o público durante a campanha do referendo na UE, e que repetira a declaração durante as eleições de 2017.
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