Crédito para tomada de posição na ZON (agora NOS) foi aprovado no fim de 2009, apesar de um parecer condicionado da Direcção-Geral de Risco, diz o Correio da Manhã.
O banco público português emprestou à empresária angolana Isabel dos Santos, em Dezembro de 2019, 125 milhões de euros para que a filha de José Eduardo dos Santos pudesse comprar acções da ZON - empresa de telecomunicações que é agora a NOS. Parte dessas acções era da própria CGD (2%), sendo o restante da ZON (4,57% e a Cinveste (3,43%).
O financiamento pela CGD, mesmo autorizado, recebeu um parecer condicionado da Direcção-Geral de Risco, diz o Correio da Manhã deste sábado. As garantias consistiram no "penhor financeiro das acções adquiridas e o aval da engª Isabel dos Santos, consubstanciado numa livrança subscrita pela Kento [empresa financeira da empresária angolana] e avalizada pela própria", anora um relatório do Banco de Portugal, consultado pelo jornal". A Direcção de Risco recomendava que o crédito fosse concedido por um sindicato bancário, para reduzir a exposição do banco público - o que acabou por não acontecer.
O crédito era para ser pago à Caixa em sete anos, mas numa resposta ao CM, fonte ligada à empresária angolana diz que "grande parte já foi amortizado" - o que significa que ainda não foi totalmente pago. No relatório acima citado, datado de 2011, o banco central português dizia que "os fundamentos" para a concessão do empréstimo "não são compatíveis com uma prática prudente da concessão de crédito".
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