sexta-feira, 10 de março de 2023
Funcionários do Fisco ficavam com “perdidos e achados” do aeroporto de Lisboa.
Pergunta: Quem fica com os produtos, que são encomendados do estrangeiro, e não são levantados, porque os funcionários pedem impostos, taxas, etc, e o encomendador não os paga, dentro dos prazos que “eles” próprios estipulam, e perde-os, para os CTT ?
…………………………………………………………………………………………………
Suspeitos transportavam objectos avaliados em cerca de 65 mil euros “em malas e mochilas que levavam vazias para o local de trabalho”.
Há 16 funcionários da Autoridade Tributária (AT) suspeitos de se terem apropriado de centenas de objectos deixados nos “perdidos e achados” do aeroporto de Lisboa, entre Abril de 2018 e Junho de 2020, divulgou esta quinta-feira o Jornal de Notícias. A estes suspeitos, que estão a ser julgados por peculato, juntam-se outras sete pessoas, que respondem por receptação, devido a terem ficado com os “presentes” dos armazéns da Alfândega, que seriam apelidados de “El Corte Inglés” pelos arguidos.
Ana Paula Silva, de 64 anos, na altura coordenadora do sector de controlo de passageiros e bagagens, negou na primeira sessão do julgamento, há uma semana, que todos os bens de que é suspeita de se ter apropriado tenham sido retirados dos “perdidos e achados”. Mas admitiu que a subtracção de objetos, depois dos 90 dias para serem reclamados, era uma prática generalizada.
Só na casa da então coordenadora, agora reformada, foram apreendidos bens avaliados em 13.992 euros — incluindo mais 50 relógios e 13 telemóveis.
A outros tantos equipamentos, admitiu em tribunal ter dado a sua “autorização” aos funcionários para também os levar. Um deles é Adalberto Gonçalves, de 68 anos e igualmente aposentado, que tinha na sua residência 88 objectos, incluindo tablets, telemóveis, cremes e maquilhagem.
No total, foram apreendidos aos 23 arguidos, em 2020, objectos avaliados em cerca de 65 mil euros. Legalmente, os bens deveriam ter sido doados, vendidos, destruídos ou afectos aos serviços do Estado.
O Ministério Público aponta que os 16 funcionários da Autoridade Tributária terão aproveitado as “lacunas” e “falta de controlo e fiscalização” para “fazer seus os objectos”, transportando-os em malas e mochilas que levavam vazias para o local de trabalho. O julgamento continua esta quinta-feira, em Lisboa.
‘Sites do Governo estão vulneráveis a ciberataques’
A notícia:
Há 12 sites de organismos do Governo inseguros que deixam plataformas e utilizadores expostos a ataques informáticos. O problema reside na falta de certificado SSL, que expirou ou foi contratado a entidades não certificadas. Gabinete do secretário de Estado da Modernização Administrativa, Mário Campolargo, admite situação e garante que o problema está a ser resolvido, mas nega vulnerabilidade. Deco dá conselhos para evitar correr riscos.
Comentário Pessoal:
Mas alguém com conhecimentos ‘aceitáveis’ de informática pensa que são só 12 os ‘websites’ da função pública expostos a ataques de ‘hackers’ qualificados?!
Devem ter-se enganado…eventualmente queriam dizer 120…
quinta-feira, 9 de março de 2023
Galamba contratou um especialista de 23 anos (e da JS)
As más línguas dizem que foi uma aquisição intima, mas vale o que vale.Será que acompanhou Galamba no novo cargo?
Luís Lopes foi o candidato socialista em Sernancelhe, mas perdeu. Foi nomeado para exercer funções no gabinete secretário de Estado Adjunto e da Energia oito dias depois das autárquicas.
O secretário de Estado Adjunto e da Energia, João Galamba, nomeou para técnico especialista do seu gabinete o jovem Luís Lopes, de 23 anos, com efeito a partir de 4 de Outubro. A nomeação ainda não consta do site em que o Governo divulga as nomeações, mas foi publicada em Diário da República dia 12.
Mas quem é Luís Lopes? O currículo no decreto de nomeação é vago: é "gestor" (é licenciado e mestre em Gestão e, tendo iniciado o curso em 2016 presume-se que tenha terminado o percurso académico em 2021),"tendo prestado serviços em empresas portuguesas e no Parlamento Europeu" (PE). Não especifica que serviços, que empresas, ou por quanto tempo. O recém-formado terá um salário de 2.201 euros.
Mas Luís Lopes é também militante da JS de Viseu, onde nasceu, embora a família tenha ligações a Trancoso. Uma fonte política local explica assim a sua candidatura autárquica a Sernancelhe: "O PS pura e simplesmente não tinha candidato nem a Tabuaço, nem a Sernancelhe, teve de se ir à procura." Em Tabuaço, avançou Carlos Portugal, em Sernancelhe, Luís Lopes - que é enteado de Carlos Portugal, Ex-enfermeiro director do Centro Hospitalar Tondela-Viseu e ligado ao PS distrital. Em Sernancelhe, o PSD bateu o recorde nacional do partido, com 81,89% dos votos, e Luís Lopes obteve 9,3%.
Empresas não, escritório sim
A SÁBADO questionou o gabinete de João Galamba sobre como chegou ao conhecimento de Luís Lopes e das suas competências e pediu a clarificação do currículo do nomeado (em que empresas trabalhou, em que cargos e em que períodos). A resposta destaca o "percurso académico exímio" do nomeado, tendo-se licenciado com 16 valores e mestrado com 17. Mas não há referência às empresas invocadas no CV, apenas a que, paralelamente à tese, "exerceu funções de business developer numa sociedade de advogados", sem indicar qual.
No Parlamento Europeu "exerceu funções" (não é especificado que funções ou com que vínculo profissional, se estágio ou outro), "principalmente nos comités Economic and Monetary Affairs e Regional Development. Nestes comités teve oportunidade de participar ativamente em relatórios como o da União Bancária e o Fundo para uma Transição Justa, o qual se reveste de grande importância para a área de intervenção deste membro do Governo." Sobre como chegou o governante ao conhecimento de Luís Lopes, não houve resposta.
Questionado, o próprio Luís Lopes respondeu apenas: "Relativamente ao meu CV, relembro que ao abrigo do DL n.º 11/2012, de 20 de janeiro, no artigo 11, o ponto 1 diz ‘os membros dos gabinetes são livremente designados e exonerados por despacho do membro do governo respetivo’." Cita ainda o artigo 12 para notar que do despacho de designação consta "obrigatoriamente a identificação do designado, nota curricular", mas nada concretiza do seu currículo, como "gestor", ou no PE. "Resta-me dizer que não tenho nada para acrescentar em relação ao despacho."
No governo, mas também no Ministério do Ambiente e Ação Climática, há outros casos de especialistas precoces. No mesmo gabinete, já houve outras nomeações de sub-30. Ana Afonso de Matos (ex-vereadora sem pelouro, pelo PS, em Almada) foi contratada em 2019 com 24 anos, Rui Ferreira de Almeida (da JS Oeiras) com 26. E o ministro do Ambiente, Matos Fernandes, nomeou o técnico especialista Gonçalo Santos (presidiu à Associação de Estudantes da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa) aos 21 anos.
-------------------------------------------------------------------
Corpo emitente: Ambiente e Ação Climática - Gabinete do Secretário de Estado do Ambiente e da Energia
Fonte: Diário da República n.º 10/2023, Série II de 2023-01-13
Data: 2023-01-13
Parte: C
Documento na página oficial do DRE
Sumário
Louvor 40/2023, de 13 de Janeiro
Louva Luís Miguel Rodrigues Lopes, técnico especialista do Gabinete
25 de novembro de 2021
A BURLA DA SEGURANÇA SOCIAL
Desde há muito tempo (algures no ‘século passado’) que o governo descobre, sempre que lhe dá jeito, que, a continuarem as pessoas a reformarem-se e a viver cada vez mais, a Segurança Social vai falir, se se mantiverem as fórmulas matemáticas para o cálculo das pensões.
E altera – perante a complacência geral – a fórmula de cálculo, reduzindo o valor das pensões que se verificarem a partir dessa data.
Como sei por experiência própria que a matemática é a ciência exacta por excelência (que não hajam dúvidas) estamos perante uma enorme burla, pois, por um motivo ou por outro, NUNCA, repito, NUNCA, a Segurança Social deu prejuízo algum e tem acumulado um fundo financeiro gigantesco.
Em 2021, o LUCRO foi ‘só’ de 968 milhões de euros (a razão dada desta vez foram as contribuições dos imigrantes, dando a ideia de que foi uma excepção; mas todos sabemos que o nº de imigrantes continuará a aumentar progressivamente…).
Portanto, a Segurança Social, é mais um imposto disfarçado.
QUE O DIGAM claramente e acabem com a burla.
Entretanto, o fundo financeiro da Segurança Social, já dá para o ‘tio Patinhas’ se afogar!
OS VISTOS ‘GOLD’
Objectivos:
Para estrangeiros – obter residência em Portugal para ele e para a ‘família’. Para Portugal – fonte de ‘dinheiro fácil’…
Quanto custa?
O Visto Gold Português apresenta diferentes opções de investimento. Para cada uma delas, há uma medida de preço diferente. No entanto, o custo do investimento mínimo necessário para obter a residência portuguesa é de 250 mil euros, podendo chegar a 1,5 milhão de euros.
Quantos estrangeiros já o obtiveram (nos últimos 10 anos)?
10.254, dos quais 5.033 são chineses (mais os familiares…).
Quantos postos de trabalho foram criados (como alternativa a só entregar dinheiro)?
20 (ah ah ah…).
Quanto dinheiro ‘entrou para os cofres’?
Uns 10.000 milhões de euros…
Já sabe o que é reduflação? menos quantidade e o mesmo preço - Minuto Consumidor
Para combater a inflação algumas empresas estão a adoptar a estratégia da reduflação: menos qualidade e mesmo (ou mais alto) preço. Conheça ao que tem de estar atento neste espaço dedicado a responder às dúvidas dos consumidores.
Nos dias que passam é difícil tirar da cabeça a palavra “inflação”. A média da inflação em 2022 alcançou os 7,8%, valor que contrasta com a média da inflação de 2021, que se fixou nos 1,3%.
Por causa da escalada da inflação, os consumidores estão a comprar os mesmos produtos, mas a gastar muito mais dinheiro. É geral, está a acontecer em todos os sectores, e nós já lhe demos algumas dicas para poupar ao máximo.
Mas a inflação traz muitas vezes inerente a reduflação, uma estratégia empresarial. Este conceito não é tão falado, nem tão notório. A reduflação acontece quando o tamanho dos produtos é diminuído e o seu preço continua o mesmo - ou até aumenta - é como uma inflação dissimulada.
A maior parte das vezes são diferenças que o próprio consumidor não consegue notar à primeira vista. Esta prática já é comentada de forma generalizada há alguns anos, em frases como “os sacos das batatas fritas cada vez têm mais ar do que batatas” ou “este gelado já foi maior”, a verdade é que esta prática se tem alargado a diferentes áreas e a DECO PRO TESTE já o confirmou em marcas conhecidas por todos.
A prática não constitui um crime desde que a informação no rótulo e na etiqueta do preço estejam correctas. A verdade é que é raro o consumidor reparar na redução de algumas gramas do produto, o que leva esta prática a ser considerada enganosa, já que induz os consumidores em erro. Mas se as informações estiverem correctas, é legal.
A justificação nunca chega ao consumidor e como não há fiscalização, é muito difícil encontrar o “culpado”.
Segundo a DECO PRO TESTE, um cabaz de 63 produtos alimentares essenciais custa agora mais €45 do que há um ano. Neste momento, são precisos mais de €230,38 para comprar este conjunto de produtos considerados de primeira necessidade. Estes valores representam uma subida de 24,4% relativamente ao dia 23 de Fevereiro de 2022, véspera da invasão da Rússia à Ucrânia.
Para poupar no supermercado, faça uma lista do que realmente precisa e siga-a à risca. Compare os preços por unidade -é a melhor forma de conseguir fugir à reduflação - aproveite as promoções e opte por marcas brancas quando a qualidade é assegurada. Evite o desperdício e poupe ao mesmo tempo ao aproveitar os produtos que tem no frigorifico e na despensa para pratos novos.
O "Minuto Consumidor" é um projecto onde procuramos, todas as semanas, responder às suas dúvidas. Para acompanhar no Expresso Online e na antena da SIC Notícias, com o apoio da DECO Proteste.
Envie as suas dúvidas para minutoconsumidor@deco.proteste.pt
quarta-feira, 8 de março de 2023
Bateria inovadora de CO2 consegue armazenar energia solar e eólica
Adriana Santos – Outubro/2022
E se o dióxido de carbono, um dos grandes vilões do século XXI, puder ser usado para apoiar a transição energética, ajudando a que se consiga atingir a neutralidade carbónica?
A Energy Dome, uma empresa italiana, tem vindo a desenvolver uma bateria de CO2 que utiliza o composto químico para guardar energia.
Bateria de CO2 da Energy Dome© AWAY magazine
A bateria de CO2 é um sistema de armazenamento de energia de longa duração, criado com
o objectivo de ser uma solução flexível para garantir que as energias verdes são mais estáveis.
Como funciona esta bateria? Em primeiro lugar, é importante sublinhar que não é um
elemento pequeno, como as baterias dos telemóveis ou dos veículos. Esta proposta da Energy
Dome é de grande escala e é apoiada por uma instalação composta por vários elementos,
como uma cúpula e recipientes para armazenar o dióxido de carbono.
Bateria inovadora de CO2 consegue armazenar energia solar e eólica© Fornecido por Away
O dióxido de carbono circula dentro desta construção, passando do estado gasoso para o
líquido quando está a retirar energia da rede e do estado líquido para o gasoso quando está a
injectar na rede. Quando não está a ser usada, a energia fica armazenada no CO2 em estado
líquido.
Uma das grandes vantagens desta tecnologia, refere a empresa italiana, é que todos os
elementos para a sua construção estão disponíveis no mercado, o que permite uma
implantação rápida da bateria.
Além disso, o CO2, pelas suas características, é um fluído que armazena energia sem ter um
custo muito elevado e que passa do estado gasoso para o líquido sob pressão à temperatura
ambiente, sem haver necessidade de serem atingidas temperaturas extremas.
Bateria inovadora de CO2 consegue armazenar energia solar e eólica© Fornecido por Away
De acordo com a Energy Dome, a instalação não provoca danos no local onde é instalada e
garante uma grande eficiência energética.
A primeira bateria de CO2 da Energy Dome foi inaugurada na Sardenha, em Itália, em
Junho deste ano e marcou o início da fase de comercialização do produto.
Bateria de CO2 vai ser testada em ambiente real com energias renováveis
No final de Setembro, a Energy Dome e a Ørsted, empresa de energia verde, anunciaram um
memorando de entendimento para estudar a instalação de uma bateria de CO2 com
capacidade de armazenamento de 20 MW/200 MWh num dos parques de renováveis da
Ørsted. O projecto prevê a possibilidade de a tecnologia ser usada em outras localizações.
O projecto tem como objectivo ajudar a mitigar as oscilações de fornecimento de energia,
inerente às renováveis, e garantir estabilidade na rede.
A construção da primeira bateria de CO2 num parque de energia renovável da Ørsted
deverá começar na segunda metade de 2024 e apesar de não ter sido divulgada a localização
certa, já se sabe que será na Europa.
(Imagens: Energy Dome)
Escolas e comboios parados. As pessoas estão fartas das greves?
Os professores estão em greve há várias semanas. Funcionários judiciais e da CP também. Sociólogo avisa que efeitos de greves longas podem ser nefastos para o poder negocial por reduzirem o apoio popular.
Irá a duração prolongada das greves afectar as reivindicações dos profissionais? Elísio Estanque, sociólogo, investigador e professor na Universidade de Coimbra, crê que os grevistas têm mérito nas reivindicações que fazem, mas avisa que greves longas (como as dos professores ou funcionários judiciais ou da CP) contribuem para a redução do apoio popular, essencial para a negociação.
Estanque começa por recordar que "os sectores do funcionalismo público e dos transportes são, sem dúvida, dos que na última década estiveram mais activos na acção reivindicativa e grevista", dando o exemplo dos pilotos, trabalhadores da TAP ou camionistas, além do dos professores, enfermeiros ou médicos.
Relativamente à actual greve dos professores, o sociólogo detalha que "há particularidades que se devem a uma liderança que ganhou impacto e prestígio entre os professores", referindo-se aos líderes sindicais deste sector, que conseguem galvanizar os professores para fazerem greve.
Estanque, que acredita existirem "boas razões para os professores estarem descontentes e exaustos", lembra, no entanto, que "evidentemente que o prolongamento excessivo da paralisação atinge largos milhares de famílias que (mesmo compreendendo as razões da greve) começam a cansar-se da situação que se reflecte e prejudica as suas vidas".
E este cansaço é bastante prejudicial, já que "o poder societal é uma das principais fontes de poder dos sindicatos", segundo o especialista. "Acontece que nos últimos tempos a sociedade olha com desconfiança para a acção sindical, para as lideranças que se perpetuam ao longo de décadas, para a influência partidária e para o aproveitamento político dos sindicatos e das acções grevistas. Com excepção dos assalariados directamente envolvidos, a sociedade reage com desconfiança, principalmente os sectores directamente atingidos e que vêem as suas vidas e rotinas prejudicadas", explica o sociólogo à SÁBADO, dando as greves dos transportes ou dos professores como exemplos.
O sociólogo acredita que o "campo mediático também não é isento de responsabilidade no ambiente criado em torno do Governo PS e do primeiro-ministro" e com os manifestantes. Ao mesmo tempo, Estanque acredita que "os casos lamentáveis envolvendo figuras do actual governo precipitaram um desgaste prematuro que prejudica a tomada de medidas e as reformas prometidas que contribuem para o actual ruído na conjuntura política", defendendo que a imagem do Governo está cansada e poucos são os que acreditam que tenha verdadeiras soluções a apresentar.
Elísio Estanque fala ainda do papel dos sectores mais radicais (da extrema-direita em particular) que "estimulam e manobram [o descontentamento dos portugueses] no sentido de aumentar a instabilidade no país, esperando daí retirar vantagem política". "De um lado temos as legítimas reivindicações relacionadas com a indiferença do poder ao longo de décadas face aos milhares de professores em permanente situação de vulnerabilidade, com vínculos precários e outros com a progressão nas carreiras bloqueada. De outro lado, temos o aproveitamento político, os grupos organizados que estão mais focados no desgaste do Governo ou mesmo na criação da instabilidade e caos social", analisa Estanque.
O sociólogo sublinha ainda que "nos últimos anos, greves no sector público e nos transportes tornaram-se recorrentes" e que têm como principais reivindicações "salários, salários em atraso, horários de trabalho, carreiras profissionais". No entanto, verifica-se uma "crescente descoincidência entre sectores com maior degradação das condições de trabalho e mais precários (com pouca capacidade organizativa e reivindicativa), e os sectores mais estáveis da força de trabalho com maior capacidade negocial e de mobilização, como são os casos de professores, funcionários públicos e em alguns segmentos industriais mais qualificados, caso da Autoeuropa, por exemplo, onde em 2017 ocorreu uma paralisação que durou semanas, embora com várias interrupções, e que terminou com um acordo que concedeu algumas garantias ".
Diogo Barreto
Sábado
TD: IRLANDA PAGANDO 60% A MAIS PELA ELETRICIDADE DO QUE QUALQUER OUTRO PAÍS DA UE
O governo “colocou a carroça na frente dos bois” fechando fábricas de energia de combustível fóssil em funcionamento antes de ter uma alternativa de trabalho pronta, afirmou um TD.
As observações foram feitas no Dáil na terça-feira pelo Independent TD Richard O'Donoghue, durante um debate sobre a atual crise energética.
As pessoas não se importam se [a energia da Irlanda] é fornecida por energia eólica, energia solar ou qualquer outra fonte de energia verde”, disse o Limerick TD.
“Mas, como tudo, o Governo põe a carroça à frente dos bois. O Ministro de Estado, Deputado James Browne, sabe que a Irlanda está pagando 60% a mais por eletricidade do que qualquer outro país europeu?”
Provavelmente, isso se referia a um relatório de maio passado da Bonkers.ie, que descobriu que os preços líquidos da eletricidade irlandesa eram 60% mais altos do que a média da UE. Segundo o Eurostat, a Irlanda tem o quarto preço de eletricidade mais alto da UE.
"Por que é que?" perguntou O'Donoghue.
“O governo decidiu fechar as fábricas que forneciam energia, mesmo que funcionassem na grama.
“…foi desmontado e vendido para outros países, restabelecido para fornecer energia para outros países e agora hoje existe uma legislação de emergência para construir fábricas e operar geradores a diesel para a energia que nos falta. Você já ouviu algo tão ridículo?
O TD continuou dizendo que o governo “não faz ideia” de como funciona o setor de energia.
“Se você quer energia verde, coloque a infraestrutura em primeiro lugar”, disse ele.
“O governo está cheio de prazos, mas sem infraestrutura. O governo empurra os prazos sem infraestrutura. Ele empurra a mudança, sem nenhuma outra mudança em vigor, para que possamos mudar para ele.
“O governo empurrou a inflação para o teto porque não tem alternativas.”
O deputado disse que se houvesse alternativas funcionais ao atual modelo energético, as pessoas mudariam para essas alternativas.
“Mas não”, disse ele.
“O Governo pressiona pelas alternativas que não existem, que estão nas nuvens e pede sacrifício até poder introduzir as alternativas, que estão daqui a uma década. Isso não é planear o futuro, é destruir as pessoas que o governo está aqui para proteger no futuro.”
Respondendo aos comentários do Deputado e de outros, o Ministro Júnior do Fianna Fáil, James Brown, disse que o governo está “profundamente ciente” e “preocupado” com as pressões sobre empresas e indivíduos devido à crise energética.
“É uma prioridade para o governo fornecer apoios para aliviar essa pressão”, disse ele, acrescentando que o governo forneceu 2,4 bilhões de euros em apoios no ano passado para ajudar as famílias com esses custos.
“O governo forneceu e continuará a fornecer apoio às pessoas e empresas afetadas pelos altos preços da energia sem precedentes”, acrescentou.
Retracto de uma Desconhecida de Daniel Silva
Sinopse
Na nova e deslumbrante obra-prima de Daniel Silva, autor número um do top de vendas do The New York Times, Gabriel Allon embrenha-se numa aventura trepidante para descobrir o maior falsificador de arte de todos os tempos.
Após o seu afastamento dos serviços secretos israelitas, o lendário espião e restaurador de arte Gabriel Allon instala-se discretamente em Veneza, o único lugar onde conseguiu ter paz. A sua bela esposa, Chiara, dirige a Restauro Tiepolo e os seus dois filhos de tenra idade frequentam uma scuola elementare do bairro. Enquanto isso, Gabriel dedica os dias a deambular pela ruas e pelos canais da cidade aquática, libertando-se dos demónios do seu passado trágico e violento.
Mas quando Julian Isherwood, o extravagante e marchand de arte londrino, lhe pede para investigar as circunstâncias que rodeiam a redescoberta e lucrativa venda de um quadro centenário, Gabriel não demora a descobrir que a obra em questão, o retracto de uma mulher anónima atribuído a Anton van Dyck, é quase com toda a certeza uma falsificação feita com uma mestria diabólica.
Para encontrar a misteriosa personagem que pintou o quadro — e desvendar uma fraude multimilionária na cúspide do mundo da arte —, Gabriel arquiteta um dos planos mais complexos da sua carreira. E para ser bem-sucedido, vai ter de se converter na imagem especular do homem que persegue: o maior falsificador de quadros da história.
Kilim Afegão Old style Tapete
124x183 cm
As cores do tapete serão vistas de forma diferente dependendo do ângulo de visualização.
tapetes afegãos
O Afeganistão está situado no sul da Ásia, fazendo fronteira com o Irã e o Turquemenistão a oeste, o Uzbequistão e o Tadzjiquistão ao norte, juntamente com o Paquistão e a China a leste. A capital da cidade é Cabul e a maior parte do país é coberta por montanhas. Apenas um décimo da área do país é frutífero, mas ao mesmo tempo entre os mais frutíferos do mundo. A população, os afegãos , representam a maioria dos diversos grupos étnicos (tribos), onde os pashtuns são os maiores. Outros grandes grupos étnicos são os Tadjics, os Hazars e os Uzbekis.
O país esteve por muitos anos obstruído por conflitos internos e internacionais com grandes potências ocidentais. Desde 2004, quando uma nova constituição foi estabelecida, o país é governado por um presidente.
Dois dos tapetes mais populares do Afeganistão são Khal Mohammadi e Afghan Aqche . Khal Mohammadi são feitos à mão pelos turcomanos no norte do Afeganistão e, em alguns casos, também podem ser feitos à mão no Paquistão pelos turcomanos que cruzaram as fronteiras com o Paquistão. As cores primárias são o vermelho escuro em diferentes nuances. Os motivos que ocorrem são göls (padrão de elefante) e octogonais (em forma de oito), muitas vezes com flores curvilíneas em azul escuro, ocre e bege. Os tapetes afegãos Aqche são feitos à mão pelos turcomanos no centro e norte do Afeganistão.
Pilha, urdidura e trama consistem em lã, cabra e às vezes também crina de cavalo.
Informação técnica Khal Mohammadi :
Pêlo: lã
Urdidura: lã Nó
: simétrico
Densidade do nó: 150 000 - 230 000 nós por metro quadrado
Tamanhos: de 100x150 a 250x350 cm, 80x120 a 80x400 cm
Exemplo
Informação técnica Afghan Aqche:
Pêlo: lã
Urdidura: lã Nó
: simétrico
Densidade do nó: 80 000 - 180 000 nós por metro quadrado
Tamanhos: de 100x150 a 250x350 cm, 80x120 a 80x300 cm
Exemplo
A Cortina de Ferro de Anne Applebaum
SINOPSE
No final da Segunda Guerra Mundial, a União Soviética controlava um vastíssimo território na Europa de Leste. Estaline e a sua polícia secreta estavam determinados em transformar doze países radicalmente diferentes num novo sistema político e moral: o comunismo.
Anne Applebaum (vencedora do Prémio Pulitzer com Gulag) apresenta nestas páginas o trabalho definitivo sobre como surgiu a Cortina de Ferro e como era a vida do outro lado. A autora descreve em pormenor o modo como os partidos políticos, a Igreja, os meios de comunicação, as organizações juvenis, em suma, todas as instituições da sociedade civil foram rapidamente desmanteladas. Explica como a polícia secreta foi organizada e como todas as formas de oposição foram atacadas e destruídas. Como resultado, num período de tempo surpreendentemente curto, a Europa de Leste foi completamente estalinizada.
Recorrendo a documentos que estiveram inacessíveis por muito tempo e a fontes desconhecidas no Ocidente, Anne Applebaum segue as táticas comunistas a caminho do poder, as ameaças, os abusos e os assassínios. Conta ainda histórias individuais para mostrar as opções que foram apresentadas aos intervenientes: lutar, fugir ou colaborar.
A Cortina de Ferro constitui uma espantosa história de um período brutal e uma lembrança preocupante de quão vulneráveis são as sociedades livres.
CRÍTICAS
«A Cortina de Ferro é um livro excecionalmente importante que desafia de forma eficaz muitos dos mitos das origens da Guerra Fria. Um trabalho sábio, percetivo, notavelmente objetivo e brilhantemente pesquisado.»
Antony Beevor, autor de Rússia – Revolução e Guerra Civil (1917-1921), A Queda de Berlim (1945), A Segunda Guerra Mundial
«Este livro de ótima leitura de Anne Applebaum distingue-se pela sua capacidade de descrever e evocar a experiência pessoal e humana da sovietização em detalhes vívidos, com base em extensas pesquisas originais e entrevistas com aqueles que se lembram.»
Timothy Garton Ash, autor de Liberdade de Expressão – Dez princípios para um mundo interligado e Free World – A América, a Europa e o Futuro do Ocidente
«Despende-se tanto esforço a tentar compreender a democratização nos dias de hoje, e tão pouco se faz para tentar compreender os processos opostos. Anne Applebaum corrige esse desequilíbrio, explicando como e por que motivo as sociedades sucumbem ao domínio totalitário. A Cortina de Ferro é uma descrição profunda e eloquente dos acontecimentos que ocorreram há pouco tempo e em lugares não muito distantes – eventos que contêm muitas lições para o presente.»
Fareed Zakaria, autor de O Mundo Pós-Americano
CRÍTICAS DE IMPRENSA
«Um relato tragicamente íntimo da imposição do comunismo na Europa Central. Eis um mundo em que as autoridades políticas encerram sociedades de canto coral, clubes de observação de aves, tudo o que possa alimentar uma esfera social independente. A história é contada com engenho e com domínio científico.»
David Frum, The Daily Beast «A Cortina de Ferro de Anne Applebaum é certamente a melhor obra de história moderna que já li.»
A. N. Wilson, Financial Times