sexta-feira, 8 de julho de 2022

Carta da Aldeia (tal&qual)

Cresce em Portugal, desde há uns anos, uma nova tribo urbana: a dos autodenominados ciclistas. Evidentemente, não me refiro aos ciclistas-ciclistas mesmo, aos rapazes do Penedo, de Lousa, de Manteigas, que trepam as madrugadas da serra, à força de perna e pulmão, longe do lixo e do ruído, entrelaçados na mãe-natura, por puro gozo, ou às mocinhas que devaneiam suas pasteleiras por veredas de flores e bosques encantados, pedalando entre sonhos, alfazemas e silvados de amoras. Não: refiro-me à tribo folclórica dos maduros citadinos que se tornaram clientes compulsivos da “fileira da bicicleta”, rendosíssimo negócio.

Dir-me-ão que é simples e autêntica a sua afeição às duas rodas. Mas ao olhar para o espalhafato e a artilharia de que se rodeiam, à fantochada com que se mascaram e à peça de teatro que montam sempre que fingem montar uma bicicleta, não consigo acreditar nestes bravos do pelotão.

Dir-me-ão que é verdadeiro o seu apego à velha máxima de Juvenal, mens sana in corpore sano. Mas olhando para as suas exuberantes licras, verdadeiros sacos de plástico com que se vestem e dentro dos quais fermentam velhos eflúvios em decomposição, combinando secreções pútridas com excreções fétidas, tenho dificuldade em acreditar nestes bandos de pardais à solta.

Dir-me-ão ainda que eles buscam os grandes espaços ecológicos, o diálogo supremo com o perfeito ambiente. Mas ao ver como insistem em encafuar-se no meio do trânsito compacto dos fins de semana e nos passeios dos tristes, pelas estradas mais movimentadas das metrópoles, entre filas ondeantes de carros, competindo com nuvens de ar poluído e buzinas impacientes, compreender-se-á o meu cepticismo sobre o seu apregoado amor à natureza.

Perdoem-me a franqueza: do que eles gostam, mesmo, é do estardalhaço em que se pintam, do desaforo tribal em que se envolvem, do pequeno poder de que se sentem donos quando saem à rua em suas licras para licrar o mundo com sua licrante e alicraminosa omnipresença. Chiça penico!

Já os tenho apanhado por aí, na estrada, pequenos tiranetes obrigando toda a gente a andar a dez à hora e a formar penosas filas atrás do pelotão. A sensação de superioridade deve ser enorme, para se disporem a receber em troca os gases dos tubos de escape das muitas pessoas que molestam. ¿E que dizer daquele risinho sardónico com que nos deixam finalmente passar, ao cabo de quilómetros e quilómetros de sadismo rodoviário?

Nada tenho contra o desporto do pedal e das duas rodas. Bem pelo contrário: considero-me um ciclista razoável, praticante de seis décadas com uns tantos joelhos e cotovelos esfolados no cadastro. Mas nunca me passou pela cabeça que o genuíno prazer da bicicleta, que eu conheço de calções de caqui, camisa aberta e cabelos ao vento, por montes e valados, pudesse vir um dia a transformar-se na palhaçada que é o autodenominado ciclismo desta tribo urbana. 

Pude há dias observar de perto um grupo destes maduros e aperceber-me da parafernália de que precisam para fingir que andam a praticar um desporto saudável: sapatilhas de pitons, soquetes com calcanhar de bisel, calções e camisola em plástico viscoso, pernitos e manguitos, mochila, luvas aderentes, creme hidratante e cantil de água energizada, câmaras de ar suplentes, conta-quilómetros, velocímetro, GPS, óculos-mosca e capacete em forma de cabeça de abóbora. Vistos assim, completos em todos os seus atavios, pareciam extraterrestres que tivessem vindo ao carnaval de Torres – fora de época!

Não sei que mais deplorar em tudo isto: hesito entre o grotesco da mascarada, a confusão da nuvem com Juno e a escravização da tribo no altar do negócio. O esforço, o tempo e o dinheiro gastos no exercício seriam bem melhor usados num belo passeio de pasteleira, corpo livre campos fora, longe do lixo e do ruído.

Tenham juízo, rapazes: façam ciclismo, sim, mas de verdade. E deixem de infernizar a vida às pessoas.


600 Km de calvário.

O Tal&Qual resolveu testar no terreno a famosa política ferroviária do ministro Pedro Nuno Santos e meteu-se no comboio em Santa Apolónia com destino a Madrid. Íamos dando em doidos! Penámos mais de onze horas para percorrer os 600 quilómetros de linha, com três mudanças de composição – em contraste com os 60 minutos em qualquer avião ‘low cost’. Desde que acabou a ligação ferroviária directa entre as duas capitais ibéricas, a viagem por caminho de ferro transformou-se num longo calvário. Num dos troços parámos em todas as 16 estações e viajámos a uma média de 58 km/h. Exausto, o repórter escreveu ao ministro…

Caro Pedro Nuno Santos,

Escrevo-lhe, mal sentado e aos solavancos, a bordo de uma velha automotora que se arroja carris afora, barulhenta e cansada, na incerteza se vou chegar ao destino. É uma máquina movida a ‘diesel’, importada da Holanda nos anos 50 do século passado. Era originalmente vermelha e tinha bancos de madeira. As oficinas da CP, que a necessidade especializou na arte de fazer do velho novo, prolongaram-lhe o tempo de vida. Até que a automotora, irremediavelmente derreada sob o peso da idade, ganhou o estatuto de antiguidade com interesse histórico e foi retirada de circulação. Voltaram a dar-lhe vida. Percorre a linha do leste, entre o Entroncamento e Badajoz, uma vez por dia, ida e volta.

Já não é encarnada e perdeu os bancos de madeira. Agora, é verde. Os novos assentos, almofadados e coloridos, ficaram acanhados – ainda que os passageiros não tenham a corpulência de lutadores de ‘sumo’. Parada na linha 8 da estação do Entroncamento, a automotora resplandece orgulhosa ao sol. Nem uma arreliadora marca do tempo. Ninguém diz que a pintura imaculada esconde quase 75 anos de esforço. Brilha como nova. Mas é tudo fogo de vista.

Quando o chefe da estação dá ordem de partida, o maquinista acelera – mas a automotora hesita no arranque como um idoso trôpego: falta-lhe entusiasmo. Se o barulho do motor fosse proporcional à força produzida, teria a velocidade de um foguete. Mas não. Vai indo, lentamente, pouca-terra-pouca-terra, parece que se desconjunta, treme, e lá vai a baloiçar, desengonçada, ganhando embalagem.

Lisboa e Madrid, separadas por apenas 600 quilómetros, não têm uma ligação directa por caminho-de-ferro. A separação entre as duas capitais ibéricas vai no sentido contrário da política da Comissão Europeia que aposta nas viagens ferroviárias de longa distância e transfronteiriças – em desfavor do avião e do automóvel, mais poluentes, emissores de maior quantidade de gases com efeito de estufa.

Por estes dias, em que tanto se fala de transição energética, não é possível repetir a gloriosa viagem de 8 de Outubro de 1881 – quando o rei D. Luís, de Portugal, e D. Afonso XII, de Espanha, inauguraram a primeira ligação directa as duas capitais. O monarca português seguiu pelo ramal do Marvão, inaugurado meses antes, no Alto Alentejo, e o soberano espanhol partiu da estação das Delicias (hoje, um museu ferroviário), em Madrid: encontraram-se na povoação espanhola de Valência de Alcântara.

Hoje, quase 150 anos depois da viagem histórica, ir de Lisboa a Madrid é uma aventura para dar em doido. A rede ferroviária ibérica é uma prenda para as companhias de aviação de baixo preço – e elas agradecem de mãos postas aos céus. Até o viajante com um irreprimível temor a aviões há de preferir a inquietação de cruzar os céus ao enfadonho destino de subir o Ribatejo, entrar na Beira Baixa, descer o Alto Alentejo, atravessar a Estremadura espanhola e chegar, por fim, a Castela e à cidade de Madrid. Uma hora no ar passa num instante. Mas a longa jornada sobre carris, que obriga a três mudanças de comboio, dura para cima de 11 horas – uma eternidade.

Cinco anos depois da viagem real, inaugurava-se a linha Sud Expresso – um comboio com restaurante e carruagens-cama que permitia viajar de Lisboa a Salamanca, Madrid, Paris e Calais. Em 1943, ainda a tempestade da Segunda Guerra Mundial incendiava a Europa, o Lusitânia Comboio Hotel começou a ligar diariamente as duas capitais: partia de Lisboa às 10 da noite – primeiro, do Rossio; mais tarde de Santa Apolónia – e chegava a Madrid pelas oito da manhã.

Amália Rodrigues viajou no Lusitânia, escassos meses depois da inauguração da linha, na primeira vez que saiu do país. Foi cantar numa festa da representação diplomática portuguesa em Madrid a convite do embaixador Pedro Theotónio Pereira. Levou os seus acompanhadores habituais, Armandinho (guitarra) e Santos Moreira (viola). Não perdeu o comboio por pouco. Conseguiu saltar para a carruagem mesmo em cima do apito de partida. Simone de Oliveira representou Portugal no Festival da Eurovisão de 1969, realizado em Madrid, com a canção ‘Desfolhada’. A representação portuguesa apanhou um avião para Espanha. Regressou a Lisboa pelo mesmo comboio.


O Lusitânia Comboio Hotel, uma parceria entre a CP e a empresa espanhola Renfe, era deficitário – e o prejuízo repartido pelas duas partes. A pandemia virou o mundo de patas ao ar. A população foi obrigada a confinar-se, as fronteiras foram encerradas e as viagens canceladas. O comboio foi suspenso. Quando as medidas de controlo sanitário foram levantadas, você, caro Pedro, esperava que o Lusitânia voltasse aos carris. Mas do outro lado da fronteira as notícias não eram boas – tão más como o vento e tão malvadas como o casamento.  Os espanhóis, à pala do deve e haver do negócio, cancelaram o comboio. E o Pedro, vai-me perdoar a franqueza, não teve argumentos para convencer ‘nuestros hermanos’ de que a suspensão desse autêntico hotel sobre rodas era uma provocação.

Estivesse você nas boas graças do primeiro-ministro, voluntarioso como é, já teria mandado a CP comprar o comboio a Espanha. Mas o tempo não lhe corre de feição. A trapalhada que arranjou com o aeroporto, tão oportuna para o Governo como uma mosca afogada no prato da sopa, aconselha prudência. Arranje lá maneira de pôr o Lusitânia nos eixos, ou outro comboio qualquer que assegure uma ligação directa a Madrid, que as coisas tal como estão não lembra ao diabo!

Abandonei Santa Apolónia às oito e um quarto da manhã de domingo, a bordo de um ronceiro Intercidades com destino à Guarda. Apeei-me no Entroncamento, à tabela, mais minuto menos minuto, cerca das nove e 24. Esperava-me a velha automotora recauchutada, comprovado milagre da engenharia, capaz, segundo o maquinista, de andar a 100 à hora. Mas o estado da linha impõe cautela. Os 175 quilómetros entre o Entroncamento e Badajoz são habitualmente percorridos em três horas – à estonteante média de 58 quilómetros por hora. Partiu, como previsto, à dez horas e vinte e quatro minutos. Seguia a bordo um grupo de três turistas, mochilas às costas, estafados, com o mesmo destino final – Madrid.

É um passeio agradável. O comboio pachorrento acompanha o Tejo entre a Barquinha e a Praia do Ribatejo. A vista, invulgarmente bela, é um regalo. A automotora baloiça como um berço e os três turistas, embalados, dormem indiferentes ao rio e ao castelo de Almourol. O comboio pára em todas as 16 estações. A maior parte está abandonada. Os bilhetes são cobrados a bordo. Os trocos são um problema. Mas os poucos passageiros que entram aqui e ali são conhecidos dos revisores e levam o dinheiro à conta.

A velha automotora com ar de nova passa por Abrantes, Ponte de Sor, Portalegre. À medida que desce o Alentejo, sem pressa, a caminho de Elvas, a paisagem altera-se. A planície estende-se agora à frente dos olhos, seca e desolada. As únicas manchas esverdeadas entre a imensidão cor de palha são as copas dos sobreiros e azinheiras.

Já agora, caro Pedro, diga lá à sua colega da Agricultura que as varas de porcos pretos de focinho no chão, a esgravatarem a terra à sombra dos montados, não são de cá. Vêm de Espanha. Os produtores espanhóis tomam a terra de renda, trazem os animais e deixam-nos ali a engordar à conta da bolota. Quando os porcos atingem o peso conveniente, são carregados para o outro lado da fronteira – onde acabam no matadouro.

É quase uma da tarde, duas horas em Espanha, e ainda não chegámos a Elvas. O comboio espanhol para Puertollano, estação de transbordo para Madrid, parte de Badajoz às duas e meia. A preguiçosa automotora, se conseguir cumprir o horário, chegará a Elvas à uma em ponto, hora portuguesa, e a Badajoz quinze minutos depois – escasso quarto de hora antes da partida do comboio espanhol. “Geralmente, chegamos a horas”, diz o revisor, confiante. Olha para o relógio – e confirma: “Estamos à tabela”.

“À tabela”, neste caso, significa um atraso de dois ou três minutos. A relíquia de ferro, que há muito reclama merecido descanso, esfalfou-se com sacrifício entre o Entroncamento e Badajoz – e conseguiu superar a prova no tempo previsto. Mas sabe o que me fazem lembrar os seus comboios, caro Pedro Nuno Santos? Fazem-me lembrar a Lili Caneças: parecem novas, mas são velhas. Tirando um ou outro caso de modernidade, o resto foi resgatado à ferrugem dos anos – legítimas antiguidades dignas do museu ferroviário recuperadas para o serviço à custa de cirurgias por talentosos serralheiros.

O comboio espanhol, focinho aguçado, imponente, parece pronto a disparar por ali a fora a desafiar a barreira do som. É um engano. Os espanhóis têm a segunda maior rede de alta velocidade do mundo, a seguir à China, mas ela não se aproxima da fronteira portuguesa – nem está previsto que venha a aproximar-se nos tempos mais próximos. Mas isso já o Pedro Nuno sabe…

Aquele comboio espanhol estacionado na estação de Badajoz assemelha-se a um furioso TGV, mas anda à mesma velocidade dos demais. Tem quatro horas e meia de viagem pela frente – até Puertollano. Faz 14 paragens pelo caminho: pára em todas as estações e apeadeiros. Apenas em escassos troços da linha atinge os 120 quilómetros por hora. É confortável. Não abana, não treme, não chocalha – e é silencioso. Não tem ‘wi-fi’, apenas uma tomada em cada banco para carregar baterias.

A paisagem espanhola é diferente. Atravessa-se em Portugal hectares e hectares de terra ao abandono – ou, pelo menos, descurada. Aqui, é ao contrário. Estremadura fora, até em Castela, é difícil encontrar uma leira de terra que não esteja cultivada.

O comboio chega ao destino, às 19h05, com escassos três minutos de atraso. Em Puertollano cruzam-se linhas de toda a sorte de Espanha. É altura do último transbordo antes de Madrid.  A operação é demorada. Toda a bagagem tem que passar pelo ‘raio-X’ antes do embarque. Após o brutal atentado terrorista na maior estação ferroviária da capital, em 11 de Março de 2005, que provocou 192 mortos e quase dois milhares de feridos, os passageiros para Atocha têm de ir à revista. O comboio enche-se em Puertollano com viajantes desembarcados do TGV procedente de Sevilha. Arrancou para Madrid às 19h20, com um ligeiro atraso. Chegou, finalmente, a Atocha pouco passava das oito e meia da noite, hora espanhola, a tempo do jantar. Mais de onze horas depois de ter partido de Santa Apolónia…

Não sei, caro Pedro Nuno, se você devia ter sido demitido pelo caldinho do aeroporto que arranjou ao primeiro-ministro. Mas sei que merecia fazer esta viagem de quase meio dia, em quatro comboios, entre Lisboa e Madrid.

Do seu,

Manuel Catarino

https://talequal.pt/600-km-de-calvario/

https://youtu.be/xy-TxcBMM7c

PS: Eu fiz esta viagem,por mais de uma vez,em férias de Verão e não me recordo de precisar de mudar vez alguma. Como escreve o jornalista, saia á noite e chegava d e madrugada, o que era óptimo.Dormia no comboio e chegava a Madrid, no inicio do dia. O regresso era do mesmo modo.

quinta-feira, 7 de julho de 2022

IMPOSTO ÚNICO DE CIRCULAÇÃO. O imposto estupidamente cobrado.

O Imposto Único de Circulação (IUC) extingue o Imposto Municipal sobre Veículos, Imposto de Circulação e o Imposto de Camionagem e, ao contrário dos seus antecessores, este é devido pela propriedade do veículo, independentemente do seu efectivo uso ou fruição.
Deixa também de existir o dístico para afixação no veículo (“selo do carro”) servindo o recibo de pagamento como prova da liquidação do imposto, pelo que o mesmo deve acompanhar a restante documentação do veículo.
Estão sujeitos ao imposto os proprietários dos veículos e os locatários financeiros, bem como os adquirentes com Reserva de Propriedade.
Ao contrário do extinto Imposto Municipal sobre Veículos, o pagamento anual do IUC deixa de ser efectuado num prazo único, comum a todos os veículos, passando a ter de ser pago no mês de aniversário da matrícula do veículo, à excepção das embarcações e aeronaves. Esta alteração de prazo leva a que o período de pagamento se distribua por todo o ano civil.




Isenção do pagamento do Imposto Único de Circulação

Nem todos os proprietários de veículos estão sujeitos ao pagamento deste imposto. Em certos casos há direito à isenção do IUC, previstos no código do IUC. Confirme se é o seu caso:

  • Pessoas com deficiência cujo grau de incapacidade seja igual ou superior a 60% em relação a veículos da categoria B que possuam nível de emissão de CO2 NEDC até 180 g/km ou a ou um nível de emissão de CO2 WLTP até 205 g/km ou a veículos das categorias A e E. A isenção de cidadãos portadores de deficiência só pode ser usufruída por cada beneficiário em relação a um veículo e é reconhecida, anualmente, em qualquer serviço de finanças. A isenção tem um limite económico de 240€.
  • Pessoas colectivas de utilidade pública e instituições particulares de solidariedade social.
  • Veículos da administração central, regional, local e das forças militares e de segurança, bem como os veículos adquiridos pelas associações humanitárias de bombeiros ou câmaras municipais para o cumprimento das missões de protecção, socorro, assistência, apoio e combate a incêndios, atribuídas aos seus corpos de bombeiros.
  • Automóveis e motociclos da propriedade de Estados estrangeiros.
  • Automóveis e motociclos que, tendo mais de 30 anos e constituindo peças de museus públicos, só ocasionalmente sejam objecto de uso e não efectuem deslocações anuais superiores a 500 quilómetros.
  • Veículos das categorias A, C, D e E que, tendo mais de 30 anos e sendo considerados de interesse histórico pelas entidades competentes, só ocasionalmente sejam objecto de uso e não efectuem deslocações anuais superiores a 500 quilómetros
  • Veículos não motorizados, exclusivamente eléctricos ou movidos a energias renováveis não combustíveis.
  • Ambulâncias, veículos funerários e tractores agrícolas.
  • Táxis matriculados depois de Julho 2007 que possuam um nível de emissão de CO2 NEDC até 180 g/km ou um nível de emissão de CO2WLTP até 205 g/km, e táxis matriculados antes de Junho de 2007.

Isto é o que a lei actualmente exige, quer o proprietário ande 10 km ou 40.000 km!  Dá muito trabalho aos governantes raciocinarem um pouco e adequarem o imposto á realidade dos cidadãos?!

Outra solução e mais correcta seria:

- Acabar com o IUC, tal como está e reinventa-lo de modo a que este seja substituído por uma chamada taxa de quilómetro, onde o proprietário paga de acordo com o número de quilómetros que o proprietário dirigiu naquele ano. Não mais valor fixo, mas custos variáveis. Este sistema é mais justo. Na vida quotidiana, cada o proprietário também paga pelo que usa,.Pensemos nas compras e nas roupas. Os motoristas assim não pagarão mais por possuir o seu carro, mas por usá-lo.

Sabendo quantos km foram percorridos pelos portugueses, e o acumulado das taxas recebidas, dividindo um pelo outro dará cerca de 0,02€, por km percorrido.

quarta-feira, 6 de julho de 2022

Claude Grison: "Desenvolvi mais de 50 plantas para a recuperação de solos degradados".

É a inventora da ecocatálise, processo que usa plantas para recuperar solos afectados por actividades de mineração ou industriais, e que permite aproveitar os metais extraídos na indústria farmacêutica ou da cosmética. A investigadora venceu o prémio Inventor Europeu.

Claude Grison é a inventora da ecocatálise, o processo que permite usar substâncias acumuladas por plantas que limpam solos e águas contaminados em indústrias como a farmacêutica e a cosmética. A invenção valeu-lhe o prémio Inventor Europeu na categoria de Investigação, atribuído pelo Instituto Europeu de Patentes. As plantas não só recuperam solos danificados pela actividade mineira e águas afectadas por poluição de fábricas, como os metais que acumulam podem ser reaproveitados para uso humano.

Vinda da química, como é que começou a trabalhar com ecologia?
Interessei-me pela primeira vez pela interface ecologia-química depois de falar com quatro jovens estudantes do liceu Joffre em 2008. Foi para ajudá-los numa competição que decidi mudar os assuntos que estudava e criar um novo tema, nesta interface entre a química e ecologia. Dois destes alunos tornaram-se engenheiros agrónomos, outro é veterinário e o último é químico. 

A sua invenção limpa os solos e a água ao mesmo tempo que fornece metais e moléculas a muitas indústrias. Como funciona?
O primeiro passo foca-se na reabilitação ecológica de locais alvo de exploração mineira através da fitoextração [extração de substâncias através das raízes das plantas], tratamento de efluentes industriais através de fitotecnologias curativas, chamados rizofiltração e bioabsorção. Para conseguir criar uma saída económica viável para estes programas de restauro ecológico, transformei biomassa rica em metais em ferramentas úteis para uma nova química sustentável. Ao aproveitar a vantagem da capacidade notável de certas plantas em concentrar metais nos rebentos ou raízes, explorei o uso direto de metais derivados de resíduos de plantas contaminadas como catalisadores [substâncias que aumentam a velocidade das reações químicas]. Chamam-se ecocatalisadores. Podem ser usados em fármacos, biocosméticos e agentes de biocontrolo.

Que metais podem ser extraídos através de ecocatalisadores?
Estas fitotecnologias flexíveis e robustas podem ser aplicadas em diferentes contextos: na captação de metais estratégicos como paládio e ródio, que são raros e cujos preços estão a explodir; na recuperação de metais primários como zinco, manganésio, níquel, cobre e cobalto, cujo esgotamento global é preocupante ou na acumulação em plantas de elementos tóxicos (arsénio, cádmio ou chumbo).

E como são reaproveitados estes elementos?
As partes aéreas de plantas hiperacumuladoras [que se adaptam ao stress causado pela concentração de metais no seu próprio ambiente] e de pó de plantas que absorveram metal foram consideradas fontes naturais destes catalisadores metálicos. As folhas, as raízes e o pó de plantas enriquecido com elementos metálicos são transformados em catalisadores metálicos, chamados ecocatalisadores, para uso na química orgânica.

Em Portugal, a prospeção de lítio originou protestos das populações que seriam afetadas pelas minas. Estes ecocatalisadores podem proporcionar uma mineração "limpa"?
Um ecocatalisador rico em lítio seria interessante em química verde. Porém, o primeiro passo é o desenvolvimento de uma biotecnologia capaz de concentrar lítio. Estamos agora a estudar esta possibilidade. É um grande desafio.

Que plantas são usadas para recuperar solos contaminados pela mineração?
A recuperação baseia-se na capacidade das plantas hiperacumuladoras, que são específicas. Estudei e desenvolvi mais de 50 plantas para a recuperação de solos degradados ou contaminados, que são capazes de absorver zinco, manganésio, níquel e cobre.

E para recuperar ecossistemas aquáticos?
Eu usei duas tecnologias: rizofiltração e bioabsorção. A primeira baseou-se no uso de plantas aquáticas abundantes e específicas que têm uma capacidade excecional para concentrar poluentes nas raízes. Como exemplos, posso dar a hortelã-da-água (M. aquatica), a tábua-larga (T. latifolia), a pistia (P. stratiotes) e o nenúfar-branco (Nymphaea alba L.). As suas raízes exibem uma estrutura química ideal naturalmente rica em carboxilatos, que são elementos metálicos complexos. Tal deve-se a uma acumulação passiva, não ativa. Por isso, desenvolvi um método para usar raízes em pó em vez das plantas vivas para a bioabsorção de poluentes metálicos. O pó de raízes foi usado como um filtro de plantas para limpar águas poluídas por indústrias ou atividades de exploração mineira, agrícola ou de pedreiras. A bioabsorção e a rizofiltração apresentaram uma eficácia semelhante, sendo que a primeira tem a vantagem de usar um biomaterial não-vivo, armazenável e disponível.

As plantas usadas para limpar os solos onde foi feita mineração têm uma esperança de vida mais pequena?
Os fenómenos de adaptação natural de certas plantas e micro-organismos associados são comuns. As poucas plantas que se desenvolvem nestes solos adaptaram-se à poluição de metais. A fitoextração ajuda a estabilizar e a descontaminar gradualmente o solo através do sistema de raízes, a limitar o impacto dos depósitos de partículas de metal ao formar uma cobertura natural no solo e a proteger a sua camada superficial. Sete locais no sul de França e na Nova Caledónia foram lugares de teste únicos. São exemplos para outros que incluem Cuba, Grécia, Espanha, Portugal, República Democrática do Congo, Gabão, Estados Unidos e por aí além. A recuperação de locais degradados e/ou contaminados por atividades de mineração é para ser levada a cabo a longo termo. O estado dos locais, o planeamento sustentável e sábio das operações, o crescimento das plantas em solos afetados, o respeito pela biodiversidade local, a monitorização dos transplantes, a taxa de acumulação devem ser considerados. Neste contexto, é claro que a recuperação económica dos solos é essencial para apoiar esses esforços ao longo do tempo. Tal envolve uma garantia de sustentabilidade e assim sendo, o sucesso.

É verdade que foi extraída uma substância que é usada para tratar o cancro?
Diferentes ecocatalisadores foram utilizados como novos catalisadores na reação de Biginelli, que cria dihidropirimidinonas e tem uma importância crescente na química medicinal. As dihidropirimidinonas têm sido objeto de interesse porque exibem traços biológicos entusiasmantes como a modulação de canais de cálcio, ao inibir seletivamente o adrenoreceptor α1a e ao atingir a maquinaria da mitose (fase de divisão das células).

Tem duas start-ups operacionais. O que faz cada uma?
A Bioinspir produz ingredientes através da ecocatálise e vende os seus produtos em diferentes empresas francesas da área dos cosméticos e química fina (aplicada à farmacêutica, biofarmacêutica e agroquímica). Os Bioprotection Laboratories são os criadores de um repelente de mosquitos eficaz e 100% natural.

Quantas patentes já foram registadas?
A patente inicial da ecocatálise já levou ao registo de mais de 30 patentes nos últimos anos.

E quais são os seus próximos objetivos e projetos?
Esta invenção é só um passo: a sua transferência para a esfera sócio-económica continua por conseguir. Trata-se de um projeto gigante!

https://www.sabado.pt/

As surpreendentes causas por trás da epidemia de resistência à insulina

O fato de que a resistência à insulina se tornou uma pandemia global também é um tema de debate recente. A resistência à insulina é um culpado preocupante em doenças como obesidade, pré-diabetes, diabetes tipo 2 e demência.

Mas qual é a causa raiz da resistência à insulina?

“A resistência à insulina é uma pandemia da qual você nunca ouviu falar”, disse o Dr. Benjamin Bikman, cientista e pesquisador da Universidade Brigham Young, uma das principais universidades privadas de pesquisa do país.

A gravidade da situação da resistência à insulina nos últimos anos é ainda mais evidente a partir de um estudo publicado no Journal o Epidemiology and Global Health pela Universidade dos Emirados Árabes Unidos em 2020.

Foto do Epoch Times

Em países com alta prevalência, mais de uma em cada 10 pessoas tem diabetes tipo 2. Quanto mais desenvolvida economicamente a região, maior a prevalência de diabetes. Apesar de uma série de medidas de saúde pública, a prevalência em alguns países desenvolvidos ainda está aumentando significativamente, e sua tendência de crescimento não mostra sinais de desaceleração.

A resistência à insulina, além de ser a causa do diabetes tipo 2, também está directamente relacionada à patogênese de muitas doenças crónicas. A prevalência de resistência à insulina na população leva a uma prevalência de muitas doenças crónicas, como obesidade, diabetes e doenças vasculares.

Além disso, muitas pessoas experimentam resistência à insulina, algumas até por muitos anos, sem qualquer consciência. Quando um dia, os resultados de seus exames de sangue mostram anormalidades, pode já ter evoluído para pré-diabetes ou diabetes, e até mesmo com outras doenças crónicas e complicações. É só então que eles ficam chocados: a resistência à insulina que estava silenciosamente latente em seus corpos se transformou em uma doença persistente.

Um aviso silencioso do pâncreas

Logo atrás do estômago e próximo ao fígado, há um órgão que se parece um pouco com uma espiga de milho: o pâncreas.

O pâncreas reduz o açúcar no sangue produzindo um hormônio chamado insulina, que envia o excesso de açúcar para as células. Após uma refeição, o açúcar no sangue aumenta e a secreção de insulina aumenta, com o objectivo de manter o açúcar no sangue estável. Após o exercício ou fome prolongada, seu nível de açúcar no sangue cairá e o nível de insulina diminuirá de acordo.

O pâncreas é um perfeccionista. Em todos os momentos, para manter o açúcar no sangue em um nível normal, a quantidade de insulina produzida é precisa, nem mais nem menos.

No entanto, quando ocorre resistência à insulina, as células tornam-se menos sensíveis à insulina. A quantidade original de insulina secretada não será mais suficiente para baixar o açúcar no sangue. Neste ponto, o pâncreas está sob pressão para baixar o açúcar no sangue, então tenta desesperadamente produzir mais insulina para realizar sua tarefa.

Foto do Epoch Times

Podemos fazer uma analogia com a economia. O sistema de equilíbrio de insulina e açúcar no sangue em uma pessoa saudável é como uma economia saudável. A resistência à insulina é como a inflação. Por exemplo, o pâncreas pode diminuir o nível de açúcar no sangue em uma certa quantidade desembolsando uma “moeda de insulina”. No entanto, com resistência à insulina, são necessárias 10 “moedas de insulina” para obter o mesmo efeito.

E as pessoas não podem sentir a resistência à insulina directamente.

A princípio, tudo no corpo parece bem e o açúcar no sangue está dentro da faixa normal. No entanto, dentro do corpo é uma história diferente: o pâncreas está sobrecarregado há muito tempo e sua capacidade de produção de insulina é maximizada e, eventualmente, a glicemia de jejum começará a subir.

Isso pode ser uma pista de que o corpo está claramente dando sobre a resistência à insulina. Além disso, o nível elevado de triglicerídeos no sangue também é um indicador. Ao verificar os níveis de insulina e triglicerídeos no sangue, a resistência à insulina pode ser detectada precocemente, antes do início do diabetes tipo 2.

As surpreendentes razões para a resistência à insulina

Muitas pessoas acreditam que a resistência à insulina se deve ao consumo excessivo de açúcar e doces ou à obesidade; e que a solução é comer muitos vegetais, frutas de baixo índice glicémico e reduzir a ingestão de carboidratos refinados.

Sem o conhecimento deles, existem alguns factores-chave ocultos e desconhecidos que causam resistência à insulina.

  • Pesticidas em frutas e legumes

Quando você come maçãs para baixar o açúcar no sangue, você pode ter ignorado os pesticidas nas cascas de maçã. Esses pesticidas podem desencadear resistência à insulina, aumentando directamente o risco de diabetes.

Os pesticidas são comumente usados ​​na produção em escala comercial de produtos agrícolas modernos. Os três principais efeitos dos pesticidas são insecticida, bactericida e herbicida. Embora todos os países tenham estabelecido limites máximos para os níveis de resíduos de pesticidas nos alimentos, os resíduos de pesticidas estão presentes em quase todas as frutas e legumes que as pessoas compram no mercado. Ao cuidar de seu próprio quintal, você também pode estar exposto a pesticidas, como insecticidas e herbicidas.

Os pesticidas não são bem metabolizados ou excretados pelo corpo humano, e mesmo pequenas doses podem se acumular no corpo ao longo do tempo. Os resíduos de pesticidas foram amplamente medidos no sangue humano, gordura corporal e leite materno.

A Pesquisa Nacional de Saúde e Exame 1999-2002 descobriu que mais de 80% das pessoas tinham seis contaminantes químicos no sangue, a maioria dos quais eram pesticidas e herbicidas clorados comumente usados.

Os pesquisadores descobriram ainda que o risco de diabetes aumentava à medida que o nível de pesticidas no sangue aumentava.

Pessoas com níveis baixos e moderados de pesticidas no sangue tinham 14 a 15 vezes o risco de desenvolver diabetes em comparação com aqueles com níveis muito baixos. Pessoas com altos níveis de pesticidas no sangue tinham 38 vezes mais risco de desenvolver diabetes.

Uma associação tão significativa é suficiente para desafiar estudos epidemiológicos.

  • Hormônios ambientais

Na verdade, além dos pesticidas, os omnipresentes “hormônios ambientais” modernos também podem aumentar a resistência à insulina.

Talvez você não esteja familiarizado com o termo “hormônios ambientais”, mas certamente já ouviu falar de plastificantes e conservantes, que fazem parte da família dos hormônios ambientais.

Os hormônios ambientais também são chamados de produtos químicos desreguladores endócrinos (EDCs). Como a estrutura molecular dessas substâncias é semelhante à dos hormônios endócrinos, se entrarem no corpo, o corpo os considerará como “seus” e agirá de acordo com suas instruções. Isso resulta em interrupção do sistema endócrino e disfunção das funções corporais.

Os hormônios ambientais estão escondidos em todos os cantos da vida. Eles podem ser encontrados em vários materiais decorativos, copos e garrafas plásticas, recipientes para viagem, embalagens de alimentos com laminação plástica, latas com revestimento interno, agentes de limpeza, cosméticos, cremes dentais, batons, desinfectantes para as mãos e outros itens do dia a dia. As pessoas estão cercadas por hormônios ambientais, enquanto desconhecem seus perigos.

A Comissão Europeia examinou 575 produtos químicos e descobriu que 320 deles poderiam interferir no sistema endócrino, enquanto o FDA descobriu que mais de 1.800 hormônios ambientais poderiam interferir nele.

Uma revisão publicada no The Lancet em 2020 destacou a associação de hormônios ambientais com inúmeras doenças não infecciosas, como obesidade, diabetes tipo 2, doenças da tireoide, distúrbios do neurodesenvolvimento, cânceres hormônio-dependentes (por exemplo, câncer de mama) e distúrbios reprodutivos. Também pede o restabelecimento de requisitos e padrões regulatórios para essas substâncias, para reduzir a exposição das pessoas a elas.

Vários dos hormônios ambientais que comumente encontramos na vida incluem:

  • Hormônios ambientais em plásticos: ftalatos e bisfenol A

Os ftalatos são um dos plastificantes mais usados. Eles são os plastificantes para produtos plásticos de PVC e, como não se ligam quimicamente ao PVC, podem continuar sendo transferidos para o meio ambiente. Embora os ftalatos possam ser metabolizados pelo corpo humano a curto prazo através da urina e do sangue, a realidade é que estamos constantemente expostos a essas substâncias através da nossa exposição a produtos plásticos.

Eles podem induzir a formação de gordura e respostas inflamatórias no corpo, aumentar a resistência à insulina e contribuir para o desenvolvimento de diabetes tipo 2. Pessoas com altas concentrações urinárias de ftalato são 48% mais propensas a desenvolver diabetes tipo 2.

O bisfenol A (BPA) é provavelmente um dos produtos químicos mais produzidos no mundo. Pode não ocorrer a você que o recibo que você recebe quando compra algo também contém BPA, que pode entrar em seu corpo através do contacto com a pele e da respiração. Também pode infiltrar-se nos alimentos dos recipientes e, eventualmente, ser comido por você.

Alguns pesquisadores franceses acompanharam 755 indivíduos saudáveis ​​por mais de nove anos. Os resultados mostraram que pessoas com níveis progressivamente mais altos de BPA na urina tiveram um risco aumentado de 56% a 156% de desenvolver diabetes tipo 2, em comparação com aquelas com níveis mais baixos.

  • Revestimento antiaderente: substâncias perfluoroalquil

Substâncias perfluoroalquil (PFAS) são um grande grupo de fluoroquímicos artificiais, incluindo principalmente ácido perfluorooctanóico (PFOA) e ácido perfluorooctanosulfônico (PFOS). Eles são encontrados nos revestimentos internos de panelas e latas antiaderentes, bem como nas embalagens de hambúrgueres. Eles também são encontrados em nossos sabonetes para as mãos e sabonetes líquidos . Ao contrário dos plastificantes, que podem ser metabolizados de forma relativamente rápida, os PFASs são resistentes ao calor e ao ácido, e muito resistentes à degradação, e podem se acumular e permanecer no corpo humano por anos. Alguns tipos de PFASs podem até passar pela placenta e entrar no feto.

Pesquisadores nos Estados Unidos conduziram um estudo de uma década em quase 1.000 pessoas e descobriram que dobrar a quantidade de PFOA no sangue de uma pessoa estava associada a um aumento de 14% no risco de diabetes.

No entanto, outra conclusão desse experimento também vale a pena ser observada: se a pessoa adopta um estilo de vida mais saudável, como controle de peso, modificação da dieta e exercícios adequados, mesmo que a concentração dessas substâncias no sangue aumente, o risco de contrair diabetes diminui. não aumentar.

Isso mostra que, embora os hormônios ambientais estejam se acumulando ao nosso redor, ainda podemos nos proteger de danos por meio de um estilo de vida saudável.

Foto do Epoch Times

  • Conservantes: triclosan e parabeno

O triclosan é usado como conservante antibacteriano em cremes dentais, sabonetes para as mãos, sabonete líquido e muitos outros produtos de limpeza. O triclosan interrompe a síntese de lipídios bacterianos e a integridade da membrana celular, inibindo assim o crescimento de microrganismos. No entanto, se escovarmos os dentes, tomarmos banho e lavarmos as mãos com produtos que contenham triclosan, esse hormônio ambiental entrará em nosso corpo através da mucosa oral e da pele e afectará nossa secreção hormonal.

Outro conservante, o parabeno, também é antibacteriano e relativamente barato, por isso é comumente usado como conservante nas necessidades diárias e até mesmo em alimentos e remédios.

Os parabenos têm efeitos semelhantes aos do estrogénio. Depois de entrar no corpo humano, eles são armazenados nos adipócitos junto com o estrogénio natural, aumentando assim o nível geral de estrogénio no corpo. O acúmulo de estrogénio no corpo não apenas interrompe o metabolismo de gordura e açúcar do corpo, tornando as pessoas mais susceptíveis ao diabetes, mas também aumenta o risco de câncer de mama.

https://www.theepochtimes.com/insulin-resistant_4572058.html?utm_source=newsnoe&utm_campaign=breaking-2022-07-05-3&utm_medium=email&est=BqGfZl0cXXKGjRyX31LeuN9f6ueC5tRLlbOx0uIJeHMVtqX0cHj7mDu1ao4%3D

DEBITUÁRIO

Onde para a Ana Margarida de Carvalho?

Ana Margarida de Carvalho afastada da revista Visão de forma "humilhante"

17/12/2016

Segue abaixo, na íntegra, a mensagem que a jornalista publicou no Facebook:

DEBITUÁRIO

Havia um autor famoso que dizia 'fala sobre o que quiseres, mas não escrevas sobre a vidinha'. Pois venho desobedecer-lhe, é justamente da vidinha que eu venho aqui tratar. Da minha. E quero, antes de tudo, agradecer a tantos e tantos amigos e colegas (alguns distantes) que se interessaram e quiseram saber e me telefonaram e mandaram mensagens. Nem imaginam como foi importante para mim. Não vou esquecer. Os que não me falaram, não se preocupem, eu já esqueci.

1º- Não deve haver nada mais inglório do que acabar uma carreira de 24 de jornalismo num gabinete de um director de recursos humanos.

2º- Não deve haver nada mais inglório do que ter de enfrentar sozinha um destes seres anónimos e transitórios, sem uma única palavra de explicação, de apoio e de solidariedade de quem devia e podia.

3º- Não deve haver nada mais inglório do que ser destratada e desconsiderada e humilhada e coagida a assinar um contracto de rescisão, tudo menos amigável.

4º- Este meu despedimento não foi a pior coisa que me aconteceu naquela redacção. Foi apenas a última.

5º- Não guardo qualquer ressentimento em relação a esta direcção. É tão má como qualquer outra anterior (sem contar obviamente com a do Carlos Cáceres Monteiro, o único director, grande-repórter, líder que conheci). Estes apenas fazem o que lhes mandam- e mal. São outros seres anónimos e transitórios. E estão assustados (no sentido brechtiano do termo)

6º- Cometi um erro: foi levar o jornalismo demasiado a sério, quando ele não queria ser levado a sério.

7º- Não, cometi, dois erros: o de a certa altura da minha vida ter colocado o jornalismo à frente de tudo. Da literatura, sim (comecei a escrever muito tarde), dos meus próprios filhos, quando eram pequenos - e isto dói.

8º- Terceiro erro (há sempre um terceiro): estava sempre tão atolada em trabalho, tão concentrada nas reportagens, nas entrevistas, numa correria, cheia de entusiasmos - o que não faz mal nenhum porque era muito nova, tinha muita energia, mas tinha muita ingenuidade também. Resultado: nunca dei conta, a tempo, de como a incompetência e falta de talento estão associadas, por sua vez, a um talento desmesurado para a intriga e para o 'mau coleguismo'. Palavra que não fazia ideia de que a inveja podia ser uma força tão mobilizadora.

9º- No jornalismo conheci as piores pessoas, as mais cobardes, as mais desleais, as mais mesquinhas, as mais medíocres, as mais desinteressantes, as mais incompetentes, as mais desonestas, algumas nem sabia que podiam existir (achava que era só nos livros, enfim)… Mas depois conheci pessoas maravilhosas que se tornaram amigas de infância. E isso vale tudo e apaga o resto.

10º- Por causa do jornalismo contactei de perto com personalidades admiráveis, fui a sítios onde jamais iria, conheci mundos outros. Nunca cometi nenhum erro grosseiro, nunca falhei um prazo, nunca me atrasei na entrega de algum trabalho… Devo-lhe muito, mas não farei as pazes com o jornalismo tão cedo. Talvez um dia. Porque o trabalho é um direito, não apenas um dever, a minha vontade é, juro, ir-me embora, sair do país, ir fazer voluntariado para um sítio longínquo e perigoso, onde não me considerem «dispensável». . Bom… depois do Natal logo vejo…

Obrigada a todos os que chegaram até aqui

Governo indica jornalista e escritora Ana Margarida de Carvalho para CGI da  RTP | Televisão | PÚBLICO

terça-feira, 5 de julho de 2022

O pai e o filho.

Era um filho que não gostava de viver na casa do pai, pela constante ′'irritação'′ da sua parte.

′′Se não vai usá-lo, desliga o ventilador ′′

′′A TV está ligada na sala onde não está ninguém.. Desligue!"

′′Feche a porta′′

′′Não gaste tanto a água′′

O filho não gostava que o pai o incomodasse com essas pequenas coisas.

Ele teve que tolerar até certo dia em que recebeu um convite para uma entrevista de emprego.

''Assim que conseguir o emprego, vou sair desta cidade. Não vou ouvir mais uma reclamação do meu pai."

Foi o que ele pensou…

Quando saiu para a entrevista, o pai aconselhou:

′′Responda às perguntas que lhe forem feitas sem hesitação. Mesmo que não saiba a resposta, mencione com confiança."

O filho chegou no local da entrevista e percebeu que não havia seguranças na porta. Embora a porta estivesse aberta para fora, provavelmente era um incómodo para as pessoas que passavam ou entravam por aí.

Ele fechou a porta e entrou no escritório.

Em ambos os lados do caminho, ele pôde ver lindas flores, mas o jardineiro deixara a chave aberta e a água na mangueira não parava de correr.

A água transbordava na rua…

Ele levantou a mangueira, trocou de lugar e colocou perto de outras plantas que precisavam dela.

Não havia ninguém na área da recepção, no entanto, havia um anúncio onde dizia que a entrevista seria no primeiro andar.

Subiu lentamente as escadas.

A luz ainda estava acesa às 10 da manhã, provavelmente desde a noite anterior…

Ele lembrou-se do aviso do pai:

′′ Por que sai da sala sem apagar a luz?"

Parecia que eu podia ouvi-lo agora. Mesmo se sentindo incomodado com este pensamento, procurou o interruptor e apagou a luz.

Em cima, num grande salão, viu mais pessoas sentadas esperando por sua vez. Ele olhou para o número de pessoas e perguntou se eu tinha alguma hipótese de conseguir o emprego.

Entrou no corredor com um pouco de nervos e pisou no tapete de ′′Bem-vinda", colocado perto da porta, mas percebeu estar de cabeça para baixo.

Endireitou então o mesmo tapete.

Hábitos são difíceis de esquecer.

Ele viu que nas fileiras na frente havia muitas pessoas amontoadas esperando, enquanto as filas de trás estavam vazias e vários ventiladores estavam com esses bancos.

Ele ouviu a voz do pai de novo:

′′Por que os ventiladores estão conectados na área onde ninguém está?"

Desligou os ventiladores que não eram necessários e sentou em uma das cadeiras vazias. Viu muitos homens entrarem na sala de entrevista e saírem imediatamente por outra porta.

Então, não havia como alguém adivinhar o que estava a perguntar na entrevista. Quando chegou a vez dele, ele parou diante do entrevistador com alguma preocupação.

O responsável pegou os seus papéis e sem olhar, perguntou:

- Quando você pode começar a trabalhar?

Ele pensou:

′′Será uma pergunta capciosa que está a ser feita na entrevista ou é sério que estão-me a oferecer o trabalho?"

Ao que o chefe disse:

- Não fazemos perguntas a ninguém aqui, pois acreditamos que através delas não poderemos avaliar as habilidades de alguém. Portanto, o nosso teste é avaliar as atitudes da pessoa.

Fizemos alguns testes baseados no comportamento dos candidatos e observamos todos através de câmaras.

Nenhum dos que vieram aqui fez nada para consertar a porta, a mangueira, o tapete de Boas-vindas, desligar os ventiladores ou as luzes que estavam inutilmente..

Foi o único que fez isso, por isso decidimos seleccionar-te para o trabalho, - disse o chefe.

Ele sempre se incomodava com a disciplina do seu pai, mas até esse momento ele percebeu que, graças a isso, ele conseguiu o seu primeiro emprego.

A sua irritação e raiva pelo seu pai desapareceram completamente, decidiu que levaria o seu pai também para o trabalho e retornou para casa feliz.

Tudo o que os nossos pais nos dizem é apenas para nosso bem, desejando um futuro brilhante para nós!

Para nos tornarmos um ser humano de valor, precisamos aceitar repreensões, correcções e orientação, que eliminem os maus hábitos e comportamentos. É isso que os nossos pais fazem quando nos disciplinam.

O nosso pai é nosso professor quando temos cinco anos; um ′′ vilão ′′ quando temos cerca de vinte anos e um guia a vida inteira.

As mães podem ir à casa dos filhos quando envelhecer; mas o pai não sabe fazer isso.

Não adianta machucar pais quando eles estão vivos e lamentar quando eles forem embora.

Trate-os sempre bem.

Durante quanto tempo deve guardar facturas

O tempo mínimo para guardar facturas pode variar. Depende da categoria do bem ou serviço que lhe está associado. Saiba tudo.

Muitos cidadãos sentem dúvidas em relação à necessidade de guardar facturas, bem como acerca do respectivo prazo. A verdade é que não há uma resposta única e tudo vai depender da categoria e do bem ou serviço que deu origem àquele documento.

Comecemos então por esclarecer um ponto prévio. Todas as facturas relacionadas com o IRS, que solicita com o número de contribuinte e que surgem automaticamente no portal e-factura, podem ser descartadas.

Mas, atenção para este ponto, se precisar de inserir algum desses documentos manualmente, então o respectivo comprovativo deve ser guardado durante quatro anos.

Caso o comerciante venha a carregar a factura, e esta depois apareça em duplicado no seu e-factura, já pode desfazer-se do comprovativo em papel.
Quanto às restantes facturas, relativas a compras, pagamento de serviços, ou para fins de garantia, há sempre um período mínimo pelo qual devem ser guardadas, sendo que os prazos variam com a natureza do bem adquirido ou serviço prestado.
Para os particulares, os prazos podem variar entre os 6 meses e os 5 anos. Para as empresas, as regras são mais rígidas.


PRAZOS PARA GUARDAR FATURAS NO CASO DOS PARTICULARES

6 meses

As facturas relativas a despesas com alimentação e alojamento devem ser conservadas durante seis meses, período após o qual o comerciante não pode exigir comprovativo de que a despesa foi paga.
Porém, para efeitos de IRS, as facturas relativas a estes gastos podem ter de ser guardadas por mais tempo, conforme explicado mais abaixo.
Da mesma forma, as facturas que digam respeito a despesas com serviços públicos essenciais, nos quais se consideram a electricidade, a água, o gás, a Internet ou telefone, devem ser preservadas por igual período (seis meses).
Este é o prazo após o qual prescreve o direito de recebimento do montante relativo a estes serviços, de acordo com a
Lei dos Serviços Públicos (artigo 10.º). Assim, caso esses prestadores lhe queiram cobrar consumos com mais de meio ano, saiba que, segundo essa lei, não tem que os pagar.

1 ano

Quando se trata de obras domésticas, nomeadamente serviços prestados por um canalizador, pintor, pedreiro ou electricista, as facturas devem ser mantidas durante um ano, pois esse é o prazo para apresentar reclamação, no caso de uma anomalia.

2 anos

O prazo para guardar facturas de serviços de reparação automóvel é de dois anos, correspondente ao período de garantia que lhes está associado.

O mesmo tempo se aplica aos serviços prestados por profissionais liberais, nos quais se destacam os advogados ou médicos privados, que têm um período de dois anos para reclamar o pagamento relativo aos seus serviços.

3 anos

A compra de bens móveis – como, por exemplo, electrodomésticos, mobiliário ou telemóveis – é um dos casos no qual as facturas devem ser guardadas por três anos, período que, actualmente, corresponde à sua garantia.
Não obstante, se o prazo da garantia for superior, a factura deve ser conservada por igual período. Tratando-se de um bem usado, o prazo de garantia poderá ser reduzido para dois anos, não sendo necessário guardar a factura por mais tempo.

Também uma instituição pública de saúde dispõe de três anos para reclamar o pagamento de eventuais despesas, pelo que se aconselha a conservar as facturas de saúde durante este período.

4 anos

Todos os documentos relativos a despesas inseridas manualmente no e-Factura para efeitos de IRS devem ser mantidos por quatro anos, período até ao qual poderá ser alvo de inspecção por parte da Autoridade Tributária. Este prazo é estabelecido pelo n.º 6 do art.º 3º do DL 198/2012.
Já para as facturas que entram automaticamente no e-Factura esse prazo não se aplica, uma vez que não existe obrigatoriedade de manter o comprovativo em papel. Ainda assim, por precaução, os especialistas aconselham a conservar também esses documentos até, pelo menos, à liquidação da declaração de rendimentos.
Quanto aos comprovativos de pagamento do
Imposto Único de Circulação, que servem de salvaguarda no caso de o Fisco, por algum motivo, os solicitar, devem ser igualmente mantidos pelo prazo de quatro anos.

5 anos

Para quem for dono de um imóvel, no caso de contratar um serviço de empreitada, deve guardar a respectiva factura por, pelo menos, cinco anos. Igual período se aplica aos comprovativos de pagamento de rendas ou condomínios.

PRAZOS PARA GUARDAR FATURAS NO CASO DAS EMPRESAS

Os documentos de suporte ao IRC devem ser mantidos por um período de 12 anos, em oposição aos 10 anos que vigoravam antes de 2014.

Os documentos relativos ao apuramento do IVA devem ser conservados por 10 anos.


João Parreira

26 Mai, 2022

https://www.e-konomista.pt/guardar-faturas/

segunda-feira, 4 de julho de 2022

Escrita do Alvão: o primeiro alfabeto do mundo foi criado há 6 mil anos em Trás-os-Montes

Escrita do Alvão: o primeiro alfabeto do mundo foi criado há 6 mil anos em Trás-os-Montes. Acredita-se que a história do alfabeto se tenha iniciado no Egipto Antigo, quando já havia decorrido mais de um milénio da história da escrita.

escrita do Alvão

O primeiro alfabeto consonantal teria surgido por volta de 2000 a.C., representando o idioma dos trabalhadores semitas no Egipto, e que foi influenciado pelos princípios alfabéticos da escrita hierática egípcia. Quase todos os alfabetos do mundo hoje em dia descendem directamente deste desenvolvimento, ou foram inspirados por ele.

O alfabeto mais utilizado no mundo é o alfabeto latino, derivado do alfabeto grego, o primeiro alfabeto ”real”, por designar de maneira consistente letras tanto a consoantes quanto a vogais. O alfabeto grego, por sua vez, veio do alfabeto fenício, que na realidade era um abjad – um sistema no qual cada símbolo representa uma consoante.

Alerto os meus leitores para o facto de não se dever confundir escrita com alfabeto. A escrita terá sido inventada pelos Sumérios. O alfabeto é uma forma evoluída e padronizada de representar sons que foi criada posteriormente para uniformizar a escrita.

Os historiadores aceitam o Fenício como o alfabeto mais primitivo e rudimentar que se conhece, com cerca de 5 mil anos de antiguidade. Começam, no entanto, a surgir outras hipóteses, levantadas sobretudo por achados arqueológicos ainda por decifrar, que apontam para um surgimento anterior aos Fenícios e, o Alfabeto do Alvão, com 6 mil anos, é o melhor candidato a ser considerado o Alfabeto mais antigo do mundo.

Nos finais do século XIX, no Alvão, Nordeste de Portugal, nas mágicas terras de Trás-os-Montes, encontraram-se, junto a um dólmen, uma série de pedras esculpidas e gravadas com signos idênticos aos de Glozel e com uma antiguidade de mais de 6.000 anos, no mínimo.

Esta descoberta foi tão extraordinária que, no princípio, se duvidava dela. Só depois, após a descoberta de Glozel (França) é que foi considerada a sua autenticidade. As pedras do Alvão têm formas de animais e de homens e estão gravadas, claramente, com signos alfabéticos que no início foram considerados ibéricos.

Em 1927, José Teixeira Rego, em “Os Alfabetos do Alvão e de Glozel, Vol. III, trabalhos da Sociedade Portuguesa de Antropologia e Etnologia, Porto, diz: Glozel é sem dúvida autêntico e tem uma estreita ligação com o Alvão”.

https://www.vortexmag.net/

CARTA DE UMA MÃE ALENTEJANA

Mê querido filho:

Ponho-te estas poucas linhas que é para saberes que tôu viva.

Escrevo devagar porque sei que não gostas de ler depressa. Se receberes esta carta, é porque chegou. Se ela não chegar, avisa-me que eu mando outra.

O tê pai leu no jornal que a maioria dos acidentes ocorrem a 1 km de casa. Por isso, mudámo-nos pra mais longe.

Sobre o casaco que querias, o tê tio disse que seria muito caro mandar-to pelo correio por causa dos botões de ferro que pesam muito. Assim, arranquei os botões e meti-os no bolso. Quando chegar aí prega-os de novo.

No outro dia, houve uma explosão na botija de gás aqui na cozinha. O pai e eu fomos atirados pelo ar e caímos fora de casa. Que emoção: foi a primeira vez, em muitos anos que o tê pai e eu saímos juntos.

Sobre o nosso cão, o Joli, anteontem foi atropelado e tiveram de lhe cortar o rabo, por isso toma cuidado quando atravessares a rua.

Na semana passada, o médico veio visitar-me e colocou na minha boca um tubo de vidro. Disse para ficar com ele por duas horas sem falar.

O tê Pai ofereceu-se para comprar o tubo.

A tua irmã Maria vai ser mãe, mas ainda não sabemos se é menino ou menina. Portanto, nã sei se vais ser tio ou tia.

O tê mano Antóino deu-me hoje muito trabalho. Fechou o carro e deixou as chaves lá dentro. Tive de ir a casa, pegar a suplente para a abrir. Por sorte, cheguei antes de começar a chuva, pois a capota estava aberta.

Se vires o Sr. Alcino, diz-lhe que mando lembranças. Se nã o vires, nã lhe digas nada.

Tua Mãe Mariana

__________

PS: Era para te mandar os 100 euros que me pediste, mas quando me lembrei já tinha fechado o envelope.

Desculpa a minha lêtra, mas eu tenho andado muito rouca.

Partilhado por: «O SALOIO» – Mafra | 29/06/2022.

Secretário-Geral da ONU: 'Tempestade perfeita de crises globais aumentará a desigualdade mundial'

O fosso crescente entre Norte e Sul não é só 'moralmente inaceitável', mas também politicamente perigoso, alerta António Guterres

A humanidade está enfrentando uma 'tempestade perfeita' de crises que resultarão no aumento da desigualdade entre o Norte e o Sul, alerta o secretário-geral da ONU, António Guterres.

Ele vê não apenas as crescentes contradições como 'moralmente inaceitáveis', mas também como perigosas porque aumentam as ameaças à paz e à segurança em um mundo dominado por conflitos.

As crises globais de alimentos, energia e financeiras desencadeadas pela guerra na Ucrânia agora estão atingindo fortemente os países que já estavam lutando com as consequências da pandemia e da crise climática. O efeito geral é que agora se inverteu um período de crescente equalização entre países desenvolvidos e em desenvolvimento, diz António Guterres.

"As desigualdades ainda estão crescendo internamente nos países, e agora estão crescendo de maneira moralmente inaceitável entre Norte e Sul - isso cria uma lacuna que pode ser muito perigosa do ponto de vista da paz e da segurança", disse ele.As crises globais de alimentos, energia e financeiras desencadeadas pela guerra na Ucrânia agora estão atingindo fortemente os países que já estavam lutando com as consequências da pandemia e da crise climática.  O efeito geral é que agora se inverteu um período de crescente equalização entre países desenvolvidos e em desenvolvimento, diz António Guterres.

https://www.information.dk/udland/2022/07/fns-generalsekretaer-perfekt-storm-globale-kriser-oege-verdens-ulighed?lst_frnt

Assalto a um banco

Ladrões entraram num banco e um gritou para todos ouvirem:

- “Ninguém reaja, porque o dinheiro é do Banco, mas suas vidas pertencem a vocês!”

Todos no banco ficaram em silêncio e lentamente se deitaram no chão.

Isso se chama, MUDANÇA DE MENTALIDADE

Uma mulher ao longe gritou:

- "Meu Amor, não seja mal comigo”.

O ladrão respondeu:

- "comporte-se, isso é um assalto, não um romance!"

Isso se chama PROFISSIONALISMO

O ladrão mais jovem disse ao ladrão mais velho:

- "Ei cara, vamos contar quanto temos!"

O ladrão mais velho, respondeu:

- "Não seja estúpido, é muito dinheiro para contar agora, vamos esperar o noticiário informar quanto o banco perdeu."

Isso se chama, EXPERIÊNCIA

Depois que os ladrões foram embora, o supervisor do banco disse ao gerente que deveriam chamar a polícia com urgência. O gerente respondeu:

- "Calma, vamos incluir no assalto os desfalques que fizemos”. O supervisor concordou.

Isso se chama, GESTÃO ESTRATÉGICA

No dia seguinte, foi noticiado que foram roubados 80 milhões do banco, mas os ladrões só contaram 10 milhões! Os bandidos pensaram:

- "Arriscamos nossas vidas por 10 milhões, enquanto o gerente do banco roubou 70 milhões num piscar de olhos!”

Isso se chama CONHECIMENTO

O gerente do banco ficou satisfeito, pois todos os seus desfalques foram encobertos pelo assalto. O banco também, pois foi ressarcido pela seguradora.

Isso se chama, APROVEITAR AS OPORTUNIDADES!

É EXATAMENTE O QUE OS POLÍTICOS FAZEM COM O POVO!

sexta-feira, 1 de julho de 2022

Sobre F. William Engdahl

F. William Engdahl é economista político e fundador da Engdahl Strategic Risk Consulting, prestando consultoria de risco estratégico geopolítico para empresas e instituições financeiras. Ele se especializou por mais de trinta e sete anos em análise geopolítica de eventos globais e é um cidadão americano que vive e trabalha na Alemanha desde 1985.

O Sr. Engdahl foi professor de economia na Universidade Rhein-Main na Alemanha e foi Professor Visitante de Economia Política na Universidade de Tecnologia Química de Pequim.

É autor do best-seller internacional sobre petróleo e geopolítica, A Century of War: Anglo-American Oil Politics, publicado também em alemão, francês, inglês, chinês, russo, tcheco, coreano, turco, croata e esloveno. Em 2010 ele publicou Gods of Money: Wall Street and the Death of the American Century e em 2013 uma nova edição de seu best-seller Seeds of Destruction: The Hidden Agenda of Genetic Manipulation completando uma trilogia sobre o poder do petróleo, alimentos e dinheiro ao controle. Seu livro, Target China: How Washington and Wall Street Plan to Cage the Asian Dragon apareceu em 2014, e The Lost Hegemon: Quem os deuses iriam destruir foi lançado no verão de 2015 e também foi um best-seller internacional.

Depois de se formar em política pela Universidade de Princeton (EUA) e estudar economia comparada na Universidade de Estocolmo, Engdahl trabalhou como economista independente e jornalista de pesquisa em Nova York e depois na Europa, cobrindo as áreas de política energética em todo o mundo; comércio global; políticas alimentares da UE, o comércio de grãos; política do FMI; questões de dívida do Terceiro Mundo; a política dos fundos de hedge e a crise do dólar de 2007-2015.

Ele contribui regularmente para várias publicações internacionais e mídia eletrônica sobre economia e assuntos políticos, incluindo US Coast to Coast AM, Asia Times, FinancialSense.com, The Real News, Russia Today (RT) TV, Rossiya 1, Asia Inc., CCTV na China, Nihon Keizai Shimbun do Japão, European Banker e Globus na Croácia.

O Sr. Engdahl foi palestrante de destaque em várias conferências internacionais, incluindo o discurso principal do Terceiro Fórum Nishan de 2014 sobre Civilizações Mundiais em Jinan, China; Retiro Anual do London Centre for Energy Policy Studies, como convidado pessoal do Exmo. Sheikh Zaki Yamani; Conselho Empresarial Turco-Eurasiano de Istambul, Fórum de Investidores Globais (GIF), Montreaux Suíça; Banco Negara Indonésia; o Instituto Russo de Estudos Estratégicos; o Simpósio de Energia do Ministério da Ciência e Tecnologia da China (MOST) e a Câmara de Comércio e Economia da Croácia.

Atualmente vive na Alemanha, trabalhando como consultor de economistas de risco político para grandes bancos europeus e investidores privados e escrevendo e dando palestras. Uma amostra de seus escritos está disponível em www.williamengdahl.com.

biografia em https://www.amazon.com/F-William-Engdahl/e/B00J4PGE4S/ref=aufs_dp_fta_dsk