sexta-feira, 3 de novembro de 2023

Orçamento Assustador (2024)

A maratona da discussão e aprovação do Orçamento do Estado para o próximo ano de 2024 começou já há duas semanas, tendo-se realizado o debate parlamentar da discussão e aprovação na generalidade, nas segunda e terças-feiras, dias 30 e 31 de Outubro.
À hora que escrevo esta crónica não sei ainda qual o desfecho da votação. Porém, com um Governo do Partido Socialista, suportado por uma maioria absoluta de deputados (embora conseguida por apenas 41% dos votos), quase todos pouco exigentes senão mesmo acefalamente palmistas – como faz de forma brilhante todos os dias o seu líder parlamentar – fácil será de prever a aprovação na generalidade deste Orçamento.
Curiosamente, a data não poderia ser mais adequada, pois este é mesmo um Orçamento perfeitamente “halloweenesco”. Só não se trata de nenhuma brincadeira carnavalesca, nem tampouco de uma mentirinha inócua que apenas assusta, sem fazer mal. Pelo contrário, este Orçamento “Halloween” para 2024 é absolutamente sinistro e fatal para o país.
Assim, temos um ministro das Finanças que não se apresenta mascarado de Michael Myers, mas, antes, é, ele próprio, uma arrepiante encarnação portuguesa do conhecido vilão. Aqui, “Medina Myers”, numa estranha versão de um sociopata económico. Alguém que desenvolveu de forma fulminante um transtorno de personalidade anti-económico-social muito grave. Que pretende liquidar, irreversivelmente, a economia portuguesa, bem como resgatar não apenas a página – dita virada – da austeridade, como imprimir na acção política do Governo todo um manual com vários capítulos de um severo neo-austeritarismo que vai impor com o beneplácito do mestre do ilusionismo político e primeiro de todos os ministros, António Costa.
Um impiedoso regime austerizante que nem Vítor Gaspar – naqueles aflitivos e obscurantistas momentos em que não havia dinheiro para mandar cantar um cego e nem sequer para pagar salários aos funcionários públicos, em virtude da inesquecível bancarrota “socratina” de 2011 – alguma vez conseguiu idealizar e ponderar pôr em prática...
O diabo



 

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