quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020
“A ciência, tal como o amor, é um meio para alcançar a transcendência”
O novo livro de Ann Druyan chega a 31 de Março às livrarias portuguesas, editado pela Gradiva, ao mesmo tempo que vai sendo publicado pelo mundo inteiro. Baseando-se na nova série televisiva Cosmos — Mundos Possíveis, de que Ann Druyan é também criadora, o livro narra a história do Universo desde o Big Bang passando pela transformação da matéria em vida.
Bruxelas avisa Boris Johnson de que o acordo de saída tem de ser cumprido.
Ministros dos 27 aprovam novo mandato para o negociador Michel Barnier, e fixam os termos para a relação futura com Londres.
“As negociações da desejável parceria futura têm como premissa a efectiva implementação do acordo de saída e dos seus três protocolos” Anexo à autorização para as negociações com o Reino Unido
Servir Loures com o comboio é melhor do que com o metro, e “traz brinde”!
1. O Parlamento bloqueou há dias o projecto de construção da linha circular do Metropolitano de Lisboa (ML), num aparente atropelo às competências executivas do Governo. A motivação para esta acção do Parlamento vem do desejo de promover outras opções para a rede do ML, e nomeadamente a expansão da linha amarela para Loures, conforme desejo repetidamente expresso pela autarquia. É normal que a autarquia, e em particular o seu presidente, queiram ter o metro: isso dá estatuto e valoriza a marca. Mas reconhecer a necessidade de um bom serviço de transporte pesado no corredor de Loures é uma coisa, e optar pelo metro sem comparar cuidadosamente essa com outras opções é outra. As decisões em matéria de infra-estruturas de transporte pesado — praticamente irreversíveis — devem ser sempre tomadas com base em avaliações num contexto estratégico, a nível da rede, e não troço a troço (como aliás o Governo tinha feito para justificar a opção pela linha circular, ficando assim mais exposto às críticas contra a opção tomada).
2. Além da alta capacidade dos veículos, o metro é um sistema que tem como características principais uma elevada frequência de serviço ao longo de todo o dia, estações relativamente próximas (raramente mais de 1km entre estações) e serviços que param sempre em todas as estações — do que decorre que o material circulante precisa de ter boa capacidade de aceleração, mas não grande velocidade de ponta. É por isso que o metro serve bem espaços territoriais de forte densidade de procura e diversidade funcional ao longo de todo o percurso, condições essenciais para justificar a elevada capacidade e frequência de serviço ao longo de todo o dia.
A expansão do metro para Odivelas foi um erro, precisamente porque não estão reunidas estas condições. O resultado está à vista: fora das horas de ponta só metade dos comboios vão até Odivelas, com a outra metade a ter o seu terminus no Campo Grande. Ao prolongar a linha para Loures, esse erro seria agravado, provocando maior quantidade de material circulante a ser usado em condições muito ineficientes. E depois de chegar a Loures, para onde se reclamaria a próxima extensão do Metro? Com uma linha ferroviária suburbana servem-se centros populacionais descontínuos, com distâncias de alguns quilómetros entre estações consecutivas, e com frequências de serviço que variam mais ao longo do dia. Como a extensão das linhas é maior, há possibilidade de realizar serviços mais rápidos, parando só em algumas estações. Por tudo isto, a ênfase para o material circulante é mais na velocidade e menos na aceleração. Servir antenas longas com o metro é, além disso, pior para os clientes do que servi-los com o comboio suburbano, já que com o Metro têm tempos de percurso agravados por causa do maior número de paragens e das menores velocidades de ponta.
3. Dada a urgência, uma linha suburbana para Loures poderia, numa primeira fase, dar ligação à rede do ML na estação do Senhor Roubado, onde parece haver muito mais espaço para essa interface que junto à estação de Odivelas. Daí para norte, há condições para servir Santo António dos Cavaleiros (a cerca de 3,5km) e Loures (mais cerca de 2km). Mas não se faz uma linha ferroviária suburbana com apenas 5,5km, e esta deveria ser prolongada, quer para noroeste, em ligação à Linha do Oeste, quer para sul, em busca da maior conectividade com a rede de Lisboa. A extensão deste troço de Loures até à Linha do Oeste é o “brinde” a que o título alude, na medida em que permite, por um lado, desencravar aquela linha histórica tão maltratada e que mal sobrevive, estrangulada pelo seu desaguar na Linha de Sintra, e por outro dar escala apropriada à ligação entre Lisboa e Loures. Haveria assim que seguir de Loures para noroeste e amarrar à Linha do Oeste num ponto próximo da Malveira, possivelmente com uma ou duas estações intermédias. A forte rugosidade do terreno impõe estudo cuidadoso do traçado e certamente também a construção de parte desse traçado em túnel, mas teríamos uma extensão adicional de cerca de 14km entre Loures e a Linha do Oeste. Estão em curso os projectos de modernização, incluindo electrificação, da Linha do Oeste a sul das Caldas da Rainha. Para além dos benefícios desses projectos, só com esta reorientação da Linha do Oeste para o eixo de Loures seria possível reduzir em mais de 20 minutos o tempo de percurso entre Caldas, Torres Vedras ou Malveira e o primeiro contacto com a rede do ML e, mais importante ainda, um aumento muito significativo do número de serviços nessa ligação, hoje reduzida a dois por sentido na ponta da manhã e outros dois na ponta da tarde. Obter-se-ia assim uma mudança radical do quadro da acessibilidade metropolitana no corredor de Loures e na região do Oeste, corrigindo o reconhecido Défice de cobertura deste corredor.
4. É consensual que qualquer linha ferroviária suburbana deve ter forte conectividade com a rede de distribuição urbana, o que no caso de Lisboa quer dizer várias linhas da rede do ML e a linha de cintura ferroviária. A partir do Senhor Roubado para sul, duas opções merecem ser estudadas: — uma em que a linha vinda de Loures embebe directamente na linha de Cintura, para o que as melhores condições parecem existir na zona de Marvila (sendo a distribuição urbana feita sobre aquela linha, que tem várias ligações com a rede do ML, mas que está próxima da saturação). Neste percurso, poderia dar ligação ao ML em Alvalade (linha verde/circular) e Belavista (linha vermelha) e ainda ligar à falada nova travessia ferroviária do Tejo, a caminho do Barreiro; — e outra, mais ousada mas mais conexa, em que a linha de Loures atravessaria a cidade para amarrar à travessia do Tejo na Ponte 25 de Abril, próximo da estação do Alvito (na encosta de Monsanto), com duas ou três estações na cidade que assegurariam serviço directo a fortes geradores de procura e a desejada conectividade com a rede do ML e a linha de cintura. Opções interessantes nesse caminho parecem ser a zona da Cidade Universitária (linha amarela/ circular), Sete Rios/Jardim Zoológico (linha de cintura e linha azul) e a zona de Amoreiras/Campo de Ourique (ligação à linha vermelha que para lá está apontada, mas com dificuldades acrescidas devidas à diferença de cotas). Qualquer destas opções implica a construção de 8 a 8,5km de via nova. As vantagens da exploração ferroviária suburbana em linhas diametrais (desde que com cargas similares) relativamente às radiais são conhecidas e exploradas desde o século XIX no centro da Europa e na AML desde a criação dos serviços Sintra-Azambuja há cerca de vinte anos. A criação de uma linha com serviços diametrais entre Torres Vedras e Setúbal, com os serviços mais curtos que se vierem a mostrar adequados, seria certamente um ganho muito forte para a coerência estrutural da nossa rede metropolitana de transporte colectivo pesado e para o serviço que esta presta à região. Assim, é de facto urgente dotar o município de Loures com serviço ferroviário, mas é claramente preferível — quer para a região no seu todo, quer para os próprios munícipes de Loures — fazê-lo com uma nova linha suburbana do que a extensão da linha do metro até lá.
José Manuel Viegas
Professor catedrático (aposentado) do Instituto Superior Técnico
quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020
Banco das sementes
Localizado numa ilha norueguesa – a "caixa-forte" no Árctico - o mais importante banco de sementes no mundo continua a receber milhares de variedades, de sementes, incluindo arroz e milho. Com mudanças climáticas, aumenta o stock de espécies armazenadas no local.
Fundado em 2008, o Svalbard Global Seed Vault foi pensado para armazenar o maior número possível de sementes de plantas consumidas por humanos.
Na caixa-forte de sementes mais importante do mundo, uma espécie de arca de Noé botânica, o maior carregamento já feito de uma única vez conta também com sementes brasileiras. Criado para armazenar cópias de segurança de milhares de tipos de alimentos, o Svalbard Global Seed Vault, construído em território árctico da Noruega, recebe 3.438 variedades de sementes colectadas no Brasil nesta terça-feira (25/02).
A colecção reúne sementes recolhidas ao longo dos últimos 50 anos por agricultores brasileiros, embaladas em pacotes especiais e distribuídas em 11 caixas. São variedades de arroz, milho, pimenta, cebola, abóbora, pepino, melão e melancia acondicionadas para resistir ao tempo e manter por séculos a capacidade de germinar.
"É um património do nosso povo", comenta a bióloga Rosa Lia Barbieri, pesquisadora da Empresa Brasileira de Pesquisa Agro-pecuária (Embrapa). O órgão está na lista das 36 organizações que fazem parte desse novo depósito de amostras na Noruega.
"São sementes tradicionais cultivadas por agricultores e colectadas ao longo das últimas décadas. Algumas delas não são mais cultivadas, mas foram há 50 anos, por exemplo, e temos tudo isso guardado no nosso banco", afirma a bióloga.
Numa das ilhas do remoto arquipélago de Svalbard, que dá nome ao banco de sementes, Barbieri acompanha a entrega. "Os bancos funcionam como uma estratégia para segurança alimentar e até segurança nacional", diz.
Em caso de catástrofes que arrasem plantações ou de doenças novas, a variação genética guardada pode ser usada como fonte na busca por alternativas, pontua a pesquisadora sobre a relevância do trabalho.
Com a nova remessa e um reforço técnico recente em suas estruturas, o banco global de Svalbard ultrapassa a marca de um milhão de variedades guardadas. Para os administradores, o número recorde de contribuições recebidas em 2020 reflecte duas grandes preocupações: temores sobre o impacto das mudanças climáticas no cultivo de alimentos e a perda da biodiversidade.
"Ter uma diversidade e fontes genéticas de plantas à disposição para pesquisa e melhoramento genético é essencial para o desenvolvimento de novas variedades que serão necessárias para o abastecimento futuro de alimentos num clima que está mudando", detalha à DW Brasil Åsmund Asdal, coordenador do Svalbard Global Seed Vault.
Resistência à prova
Fundada em Fevereiro de 2008, a estrutura, mantida pelo governo da Noruega em parceria com a organização internacional Crop Trust, foi pensada para armazenar o maior número possível de sementes de plantas consumidas por humanos.
Amostras de praticamente todos os países do globo são guardadas a uma temperatura de -18 ºC. Do lado de fora, rochas e solo congelados permanentemente, o permafrost, garantem as condições ideais para que as sementes não percam suas propriedades – mesmo se houver falha de energia no prédio.
A primeira remessa de amostras brasileiras – milho, arroz e feijão –chegou ao forte norueguês em 2012. Desta vez, 125 quilos de sementes serão depositadas. Das 3.438 variedades recebidas, 3.037 são só de arroz.
"Poderemos recorrer a elas no caso de alguma catástrofe climática, como seca, enchente, destruírem plantações", cita Barbieri. "Estamos passando por um momento em que o clima está mudando", argumenta.
O que está armazenado no Svalbard Global Seed Vault é praticamente uma segunda cópia de segurança dos mais de 1.700 bancos de sementes espalhados pelo mundo. No Brasil, além do sistema da Embrapa, organizações estaduais de pesquisa, universidades, associações de agricultores, bancos comunitários e ONGs mantêm colecções.
"As cópias que conservamos são importantes caso alguns desses bancos, por alguma razão, perca suas sementes", explica Asdal.
De volta às origens
O Svalbard Global Seed Vault já foi accionado por motivo de guerra. O pedido veio do Centro Internacional para Pesquisa em Agricultura em Áreas Secas (Icarda, na sigla em inglês), que em meio ao conflito civil na Síria, precisou mover sua sede de Aleppo para o Líbano e o Marrocos.
"Eles usaram as sementes que mantínhamos para criar um novo banco genético funcional", detalha Åsmund Asdal.
Já em território brasileiro, as colecções mantidas pela Embrapa ajudaram populações a recuperar espécies de plantas perdidas com o avanço da monocultura e até com o massacre de populações indígenas.
Na década de 1990, em busca de variedades de milho usadas no passado pelo povo krahô, o indigenista Fernando Schiavini, da Fundação Nacional do Índio (Funai), e caciques recorreram à Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, em Brasília. As colecções mantidas pelos pesquisadores eram fruto de colectas feitas em expedições durante os anos de 1978 e 1979.
Flávia Londres, da Articulação Nacional de Agro-ecologia (ANA) acompanhou o início da parceria. "Ela foi muito importante para o resgate do milho tradicional para os krahô e não só isso, mas também de outras espécies que já tinham sido perdidas", comenta.
https://www.dw.com/pt-br/brasil-envia-sementes-tradicionais-para-caixa-forte-no-ártico/a-52520792A alteração climática já está afectar a Europa.
Os principais perigos climáticos já estão a afectar a Europa e continuarão a fazê-lo cada vez mais, tal como é revelado numa série de mapas publicados pela Agência Europeia do Ambiente (AEA).
Publicado em 25 Fevereiro 2020 às 23:05
Emanuela Barbiroglio
Os impactos, calculados através de diferentes cenários de emissões de gases de efeito estufa e modelos climáticos, só podem ser reduzidos mantendo o aumento da temperatura global bem abaixo de 2 °C, como exige o Acordo de Paris.
“A alteração climática já está a afectar-nos e será cada vez mais grave no futuro, mesmo que os esforços a nível global para reduzir as emissões sejam eficazes”, revela a AEA. “No entanto, o impacto será muito menos severo se os esforços para reduzir as emissões forem bem-sucedidos. […] Qualquer cenário com emissões mais elevadas levaria a uma alteração climática consideravelmente maior.”
Os mapas da AEA mostram, nomeadamente, cenários baseados em secas progressivas, insegurança alimentar, chuvas fortes, incêndios florestais e aumento do nível do mar, todos eles interligados.
Grande parte da Europa experienciou mais secas, meteorológicas e hidrológicas, ao longo do século XXI. O maior aumento previsto está projectado para o sul da Europa, “onde a concorrência entre os utilizadores de água, como a agricultura, as indústrias, o turismo e os agregados, vai aumentar” e causará perdas significantes para a agricultura.
Na verdade, entre outras, esta questão está ligada às alterações no sector da agricultura. Embora a segurança alimentar não esteja actualmente em risco, “ os impactos de cascata da alteração climática fora da Europa podem afectar ainda mais o rendimento agrícola e os níveis de preços na Europa através de alterações nos padrões comerciais”, explica a AEA. Uma vez que os rendimentos dos agricultores são cada vez mais influenciados pelas políticas em vigor, estes podem proteger-se, por exemplo, ao adaptar as variedades cultivadas, alterar os períodos de sementeira e ao melhorar a irrigação.
Por outro lado, a maior intensidade da chuva em grande parte da Europa levaria, por sua vez, ao aumento do risco de cheias. A Europa Central e Oriental poderão ver aumentos de chuva intensa de até 35%, seguida pelo sul da Europa com aumentos de até 25%.
Relativamente aos incêndios florestais, sem precedentes em vários países europeus, o perigo coincidiu com secas e ondas de calor recorde em 2017 e 2018. O aumento previsto no sul da Europa é de cerca de 30 a 40% mesmo num cenário de baixas emissões, mas a prevenção melhorada e a supressão eficaz dos incêndios podem ajudar.
Por fim, todas as regiões costeiras na Europa verificaram um aumento no nível absoluto do mar e a maioria das regiões verificou-o no nível do mar relativo à terra. O relatório especial do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) sobre o oceano e a criosfera prevê um aumento no nível do mar entre 0,29 m e 1,10 m ao longo do século XXI. As áreas em risco incluem as zonas costeiras da Bélgica, dos Países Baixos, do noroeste da Alemanha, da Dinamarca, do sul da Suécia, do sul e oeste da França e do nordeste da Itália em Veneza.
De um modo geral, o aquecimento global está a levar a impactos adversos em todos os aspectos da sociedade europeia. É por este motivo que têm de ser priorizadas medidas de adaptação. “A minimização dos riscos da alteração climática global requer acções específicas para a adaptação aos impactos da alteração climática, bem como acções para reduzir as emissões de gases de efeito estufa”, sugere a AEA.
Continuar e ver infografias em: https://voxeurop.eu/pt-pt/a-alteracao-climatica-ja-esta-afetar-a-europa/
quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020
Portugal está falido, avisam economistas alemães.
Todos vemos para onde este governo, e o anterior, nos levam, e por ignorância ou um problema de formação defeituosa existem muitos a concordar com a trajectória, esquecendo-se ou negligenciando, que da próxima vez já não existe nada para vender, o desemprego vai ser brutal, as falências das empresas serão catastróficas e os bancos não aguentarão!
A quem todos aqueles apoiantes do facilitismo recorrerão nessa altura?
Estes são os principais rostos do lado negro da bancarrota, para onde leva os portugueses.
Este é o rosto do padrinho desta desgraça, que nos vai bater á porta!
Da Alemanha chegam sérios avisos a Portugal e críticas ao governo de António Costa pela voz de dois reputados economistas. Um defende mesmo que o país está “falido” e que a saída do Euro pode ser a única alternativa de salvação.
Esta opinião é defendida pelo Ex-economista chefe do Deutsche Bank, Thomas Mayer, que, em declarações divulgadas pela Rádio Renascença, constata que é preciso chamar os “bois pelos nomes” e assumir que Portugal está “falido”.
Para o comprovar, Mayer nota que “basta olhar para a dívida pública portuguesa, superior a 130% do Produto Interno Bruto (PIB)”, conforme realça a Renascença.
Este economista nota ainda que se não fosse o rating da agência financeira DBRS, o país estaria em sérios apuros. “Assim que a DBRS reduzir o rating, Portugal deixa de se conseguir financiar no mercado”, alerta Mayer que diz também, que o crescimento de 1,5% previsto pelo governo, para 2017, é demasiado baixo.
Mayer critica ainda o fim das reformas iniciadas pelo governo de Passos Coelho, alinhando pelo discurso do ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schäuble, e defende que Portugal devia adoptar medidas como “mais horas de trabalho, mercados de trabalho mais flexíveis, talvez uma taxa de desemprego mais alta temporariamente”.
Caso contrário, “resta uma única alternativa, sair do Euro”, salienta Mayer.
Para o Ex-consultor do Boston Consulting Group, Daniel Stelter, também citado pela Renascença, o mais “racional seria sentarmo-nos, reestruturar a dívida, fazer reformas”. “E olharmo-nos olhos nos olhos e perguntar: quem consegue aguentar o espartilho do Euro e quem não consegue”, conclui.
segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020
Cinco maneiras de alimentar o mundo em 2050
A agricultura está enfrentando um desafio sem precedentes – aqui estão cinco coisas que precisamos mudar.
A nossa população global continua a subir, algumas estimativas sugerem que poderia alcançar impressionantes 10 bilhões de pessoas até 2050. Para alimentar tantas pessoas, precisaremos produzir quantidades recordes de alimentos.
A escala do desafio é épica. Com apenas 30 estações de plantio e colheita restantes antes que a população pudesse atingir esse valor de 10 bilhões, é claro que a agricultura como sabemos tem que mudar, se quisermos ter alguma esperança de alimentar o planeta.
Nos últimos seis meses viajei por toda a Europa falando com cientistas e engenheiros pioneiros, líderes de pensamento globais, varejistas experientes e, claro, agricultores experientes e resilientes, para a bbc World News e a bbc Future series, Follow the Food. O objectivo é examinar um caminhão-carga de problemas em torno do fornecimento de alimentos e encontrar algumas soluções potenciais para o nosso futuro.
Essa tão necessária transformação – não apenas da agricultura, mas de toda a nossa cadeia de suprimentos alimentares – já está em andamento. Aqui estão cinco soluções que podem nos ajudar a nos preparar para alimentar os 10 bilhões.
Criando agricultores robôs
Antes de gritar na sua tela sobre robôs tomando nossos empregos, me esqueça. Muitos agricultores dizem que o tempo no campo, sentaram-se em um tractor por horas, não é apenas repetitivo e chato, mas rouba-os do tempo que poderiam estar gastando em outros trabalhos-chave que precisam fazer para gerenciar seus negócios.
A Small Robot Company criou três pequenos robôs: Tom, Dick e Harry. Tom tira imagens geografadas de plantas na fiel, que são enviadas de volta para análise. Isso leva Dick a se aventurar a pulverizar – com precisão – culturas individuais, eliminando a necessidade de campos de pulverização de cobertores e evitando o escoamento poluente desnecessário e economizando recursos. Harry é o robô de plantio, completo com uma broca robótica. Juntos, eles realizam as tarefas monótonas convencionalmente feitas por um humano – com maior precisão e menos desperdício.
Preservando sujeira preciosa
Uma das razões pelas quais pequenos robôs móveis podem ser boas notícias para a agricultura é que eles podem substituir muito do trabalho feito por grandes tractores convencionais. Tractores comuns são pesados. Quando eles rolam pelo campo eles compactam o solo. Isso esmaga as lacunas dentro, reduzindo o tamanho dos poros que seguram ar e água. Essa compactação afecta significativamente a capacidade do solo de segurar a água e, portanto, a capacidade de uma cultura de levar isso para cima, juntamente com os nutrientes.
Usar robôs menores e mais leves para fazer os trabalhos actualmente realizados por tractores poderia ajudar enormemente a reduzir essas questões. Agora, um pequeno robô não pode puxar máquinas grandes e pesadas como um leme ou cultivador. Mas eles não estão procurando simplesmente repetir métodos tradicionais de agricultura.
Dando ao desperdício uma segunda chance
Um dos fatos mais chocantes que aprendi é a quantidade de comida boa e comestível que é desperdiçada. De acordo com as Nações Unidas, "Estima-se que um terço de todos os alimentos produzidos acaba apodrecendo nas lixeiras de consumidores e varejistas, ou estragando devido às más práticas de transporte e colheita".
Um país com grande problema de desperdício são os Países Baixos – o segundo maior exportador de produtos agrícolas (em valor) depois dos EUA. A grande escala do fluxo de alimentos através dos Países Baixos significa que o desperdício é um grande problema. O governo holandês prometeu tornar-se o primeiro país europeu a reduzir pela metade a quantidade de alimentos descartados até 2030.
Há inúmeras ideias e iniciativas brilhantes na esperança de ajudar, mas uma abordagem que eu achei brilhante foi usar aplicativos como "Bom demais para Ir". Este aplicativo permite que os varejistas mudem alimentos destinados à lixeira – mas isso ainda é perfeitamente comestível – para os clientes a um custo reduzido.
Retardando o processo de envelhecimento
Ainda não podemos voltar atrás, mas, pelo menos em frutas, podemos diminuir o mostrador.
As bananas que como em casa no Reino Unido poderiam ter viajado do Equador, República Dominicana, Costa Rica ou um campo ainda mais distante. Para chegar até mim eles terão sido escolhidos de verde, talvez passaram 40 dias em um barco, e então acabaram no supermercado onde, para serem escolhidos na prateleira, eles têm que ser um amarelo perfeito, sem manchas pretas ou manchas marrons. É preciso uma gestão incrível e cuidadosa para conseguir.
Se uma banana amadurece muito cedo no processo, ela libera gás etileno, que desencadeia o amadurecimento em outras bananas. Só é preciso uma banana madura desonesto para derrubar 15% de um carregamento. É uma enorme pilha de bananas desperdiçadas.
O que alguns cientistas em Norwich, Reino Unido, estão fazendo é editar o genoma das bananas – modificando letras específicas em seu DNA – para que elas produzam muito menos etileno. Isso poderia levar a menos desperdício no caminho e estender a vida útil da banana no supermercado. Em algumas partes do mundo, isso poderia se traduzir em cadeias de suprimentos reais. Mas em outros lugares, como a UE, as culturas editadas por genes são muito rigorosamente reguladas com um longo processo de aprovação.
Fazendo escolhas mais inteligentes
Passar tempo com agricultores, produtores, varejistas e consumidores, vi rapidamente como nossas formas actuais de crescer, processar e vender alimentos simplesmente não são escaláveis ou sustentáveis.
A única maneira de alimentar mos 10 bilhões de pessoas até 2050 é se as indústrias agrícola alimentistas e alimentares se tornarem muito mais sustentáveis. E isso requer mudanças em todo o modelo de crescimento, processamento, transporte, armazenamento e venda. Significa que muitas empresas e governos precisam agir. Mas nós também.
Seja indo ao mercado e escolhendo o veg mais "feio" para o jantar, encorajando os supermercados a mudar sua rotulagem para nos mostrar a pegada de carbono ou água de nossa comida (para que você possa escolher um abacate que é usado menos de nossa água fresca rapidamente esgotando fornecimento para crescer), ou usando novas tecnologias para evitar desperdícios, há tanto que podemos fazer para valorizar nossos alimentos e valorizar seus produtores.
Construir um mundo alimentado pela agricultura sustentável é uma tarefa assustadora. Mas agricultores, cientistas, engenheiros, varejistas, líderes empresariais e governos estão todos se unindo para garantir que tenhamos comida suficiente no futuro. E certamente pensarei em que mudanças posso fazer em um nível individual para participar do esforço.
--
Greg Foot é apresentador da série deTV Follow the Food da BBC World News . Estas são as opiniões e reflexões pessoais de Greg Foot.
Este artigo faz parte de uma nova série multimídia, Follow the Food by BBC Future em colaboração com a BBC World News. Siga o Alimento investiga como a agricultura está respondendo aos profundos desafios das mudanças climáticas, da degradação ambiental e de uma crescente população global.
Siga os traços alimentares que emergem respostas a esses problemas – tanto de alta tecnologia quanto de baixa tecnologia, local e global – de agricultores, produtores e pesquisadores de seis continentes.
Direitos autorais de imagem: Getty Images
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O ABC do vinho
Com a ajuda do Pingo Doce.
O mundo dos vinhos é fascinante, mas é também complexo e, por vezes, torna-se difícil perceber toda a terminologia associada. Consulte este pequeno glossário e descubra mais sobre vinho.
A
Acidez | Característica indispensável para o equilíbrio dos vinhos, contribuindo para o seu sabor, frescura e capacidade de conservação em garrafa
B
Barrica | Barril (normalmente de carvalho) onde o vinho é afinado e envelhecido
C
Chardonnay | Uma das mais famosas castas de vinho branco do mundo, originária de França
D
D.O.C. | Denominação de Origem Controlada. São sempre vinhos de qualidade superior e pretende-se que representem a tipicidade de cada região, pois normalmente obrigam à utilização de castas típicas da região de onde provêm. Antes de entrarem no mercado têm de ser provados e certificados por um painel de provadores oficiais numa prova cega que atesta a sua qualidade. Caso não passem nessa prova, não podem ser comercializados com D.O.C.
E
Exuberante | Expressão normalmente usada para descrever um vinho jovem e intenso de aromas e sabores.
F
Fácil | Diz-se do vinho agradável, mas simples, sem complexidade.
Fim de boca | Sensação final que o vinho deixa na boca. Um grande vinho tem sempre um longo final, persistente. Os vinhos menos ambiciosos têm normalmente um final mais curto.
Frutado | Vinho com aromas de fruta, por exemplo frutos citrinos (laranja, limão) ou tropicais (manga, ananás) no caso dos vinhos brancos, ou ainda os frutos silvestres (amoras, framboesas), no caso dos tintos.
G
Granito | Solos ricos em granito, como os da região do Dão, originam muitas vezes vinhos com aromas minerais.
H
Hectare | Unidade de medida, aplicada igualmente às áreas de vinha.
I
IG | Indicação Geográfica: Pode ser usada a designação IG (por exemplo IG Beira Atlântico) ou Regional (por exemplo, Regional Alentejano). São vinhos de qualidade superior, tal como os DOC, mas sujeitos a regras menos apertadas, sendo possível, por exemplo, a utilização de inúmeras variedades de uva para os fazer, incluindo estrangeiras. Têm igualmente de passar por um painel de provadores.
J
Jovem | Vinho geralmente frutado, fresco, muitas vezes indicado para beber enquanto jovem. Mas a designação também se aplica ao vinho recém-produzido, que pode envelhecer com nobreza.
L
Leve | Vinho ligeiro, que se caracteriza pelo seu baixo teor alcoólico e pouco corpo.
Limpidez | Qualidade transversal a quase todos os vinhos que consiste num aspecto límpido e cristalino do vinho.
M
Macio | Vinho suave, com poucos taninos, que produz na boca sensações de macieza.
N
Novo | Vinho produzido no ano actual ou com, no máximo, um ano de colheita.
O
Oxidado | Vinho que sofreu oxidação, por contacto com o ar, resultando defeituoso.
P
Pesado | Vinho encorpado mas sem fineza, com pouca acidez.
Q
Quente | A sensação de calor causada pelo elevado grau de álcool de um vinho.
R
Redondo | Vinho com bom balanço, envolvente, suave. Equilibrado, que mostra harmonia entre todas as suas componentes.
Refrescante | Com acidez agradável, proporcionando na boca uma sensação de frescura.
S
Sedoso | Semelhante a aveludado.
T
Tanino | Componente própria da uva que dá uma certa aspereza aos vinhos. O tanino é importante para o bom envelhecimento do vinho.
U
Untuoso | Vinho sedoso, cremoso, denso.
V
Vintage | A designação genérica corresponde à data de colheita. Aplicada ao vinho do Porto, indica um vinho feito com uvas de um determinado ano, normalmente um ano excepcional. Obrigatoriamente engarrafado dois anos após a vindima.
sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020
E o direito de ter dúvidas, não temos?
Na eutanásia, trata-se de cruzar mais uma linha vermelha relacionada com a “sacralização” da vida humana. Ficará assim provado que não há limites para o exercício do poder político sobre a sociedade
A política portuguesa é agora assim: numa semana, estamos a discutir Joacine Katar Moreira; e na outra semana, a “eutanásia”. Os temas variam, o que não varia é a pressa e a confusão com que tudo passa, seja trivial, como a devolução de uns manipansos coloniais, seja fundamental, como a possibilidade de pessoas serem mortas nos hospitais e clínicas do país. No caso da eutanásia, são os seus proponentes que exigem rapidez e não se incomodam com equívocos. Duas horas do tempo parlamentar parece-lhes mais do que suficiente para aviar o assunto. Para eles, não existem dúvidas.
Rui Ramos
Observador
PCP acusa Metro de Lisboa de aprovar concurso e incluir linha circular.
As autoridades tem o dever de investigar esta situação gravosa e de má-fé, pelo que parece!
Partido diz ter sido assinado um contracto depois de o projecto da linha circular ter sido suspenso.
O PCP acusou ontem o Metro de Lisboa de ter aprovado um concurso de sinalização para incluir na linha circular, que foi suspensa pelo Parlamento na semana passada. De acordo com o deputado Bruno Dias, do PCP, o Metro de Lisboa assinou um contracto de fornecimento de material circulante e substituição do sistema de sinalização, tendo alterado e aprovado o concurso com o objectivo de passar a abranger duas futuras estações – Estrela e Santos – que fariam parte da linha circular.
O partido sublinhou que o momento em que a aprovação do concurso aconteceu foi “particularmente incompreensível” – um sábado, dois dias depois de o Orçamento do Estado ter dado prioridade à ligação a Loures e à zona ocidental de Lisboa. “Tem de haver seriedade no debate político e responsabilidades sobre as decisões”, sublinhou Bruno Dias no Parlamento.
Em comunicado, o Metro de Lisboa defendeu-se, referindo que esse contracto tem por objectivo a “aquisição de material circulante” para modernizar o actual sistema de sinalização ferroviária, bem como para o aumento da frota da empresa. “Ocontracto prevê a aquisição de um novo sistema de sinalização e a aquisição de 42 carruagens, pelo valor de 114,5 milhões de euros. Vai melhorar a oferta de comboios e serviços do Metropolitano de Lisboa, permitindo mais conforto e acessibilidade”, lê-se no comunicado.
No passado dia 5 de Fevereiro, os deputados aprovaram no Parlamento a suspensão da linha circular do Metro de Lisboa durante a votação do Orçamento do Estado, indo ao encontro da proposta do PAN e do PCP. O PS foi o único partido a opor-se, com a presidente do seu grupo parlamentar, Ana Catarina Mendes, a acusar o PSD de “tremenda irresponsabilidade” por apoiar estas propostas. https://ionline.sapo.pt/artigo/686149/pcp-acusa-metro-de-lisboa-de-aprovar-concurso-e-incluir-linha-circular?seccao=Portugal_i
quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020
Foi no partido do Mestre André que eu comprei um bigodinho.
O problema dum tipo se dar com nazis é que é impossível que não lhe ponham a alcunha “o tipo que se dá com nazis”. A não ser que possua um atributo físico tão saliente que suplante a amizade com nazis.
“Eu proponho que a própria deputada Joacine seja devolvida ao seu país de origem. Seria muito mais tranquilo para todos… inclusivamente para o seu partido! Mas sobretudo para Portugal”.
A generalidade das opiniões sobre o post publicado por André Ventura no seu Facebook, diz que isto é como ordenar a Joacine Katar Moreira “vai para a tua terra!”. Não me parece. “Vai para a tua terra!” é uma ordem e implica que Joacine obedeça. Ora, como já se percebeu, Joacine não vai a lado nenhum por obrigação, só faz o que lhe apetece. Daí Ventura falar em devolução. Não só aproveita para retirar agência a Joacine, tratando-a como uma encomenda (referir-se a um africano como uma mercadoria é um conceito racista com carga histórica que deve agradar a alguns dos seus eleitores), como ainda evita ter de se dirigir pessoalmente a ela. É que “vai para a tua terra!” seria uma interpelação directa e Ventura não tem audácia para isso. Prefere dizer “seja devolvida”, sem especificar, digamos, o fiscal alfandegário. Ventura acumula a cobardia de mandar bocas online, a miúfa de o fazer indirectamente e a tibieza de não se comprometer em pessoa. Parece um esquilo a aforrar para o Inverno, só que, em vez de avelãs, atafulha as bochechas com pusilanimidade.
É por isso que não faz sentido dizer que o post é conversa de tasca. Na tasca fala-se cara a cara e quem o faz tem de encarar o alvo, sem medo – e sem vergonha do mau hálito causado pela ingestão prolongada de zurrapa. Ventura não tem coragem para se dirigir a Joacine e dizer-lhe o que escreveu na Internet. Nem sequer num daqueles apartes chistosos com que os deputados pontuam as intervenções uns dos outros. Isto é só bravata de teclado. É facebazófia.
Entretanto, tem-se dito que André Ventura e Joacine Katar Moreira se alimentam mutuamente. Que, com as suas polémicas, chamam a atenção mediática um para o outro. Isso até pode já ter acontecido, mas neste caso da resposta de Ventura a uma proposta de JKM, só se pode dizer que se alimentam um ao outro na medida em que um agricultor alimenta uma galinha com milho, enquanto a galinha vai alimentar o agricultor com a sua própria chicha. O que o agricultor faz nem é bem alimentação, é engorda.
Querer equivaler uma resposta racista a uma proposta política é uma forma de justificá-la. Com as devidas distâncias, é mais ou menos o que fazem aqueles que, depois dos ataques ao Charlie Hebdo ou à Porta dos Fundo, têm o cuidado de, ao mesmo tempo que condenam o atentado, referir sonsamente que os desenhos eram “ataques ao Islão” ou o filme era um “ataque à Igreja”. O objectivo dessa equivalência é justificar a violência, dizendo que se trata de uma resposta a uma ofensa muito grave.
Como é óbvio, não estou a dizer que a resposta de Ventura é igual a um atentado. Não é, evidentemente. Apesar de cobardolas, Ventura não responde com violência. Já alguns dos seus correligionários são do tipo que tem esse péssimo hábito. Sejam os dirigentes do Chega que militaram em organizações nazis, sejam os apoiantes que fazem a saudação romana em comícios do partido, como aquele entusiasta das imagens que surgiram de um comício do Chega, que faz um vigoroso sieg heil! a Ventura.
Na fita “Indiana Jones e a Grande Cruzada”, assim que o herói descobre que há nazis nas redondezas, diz: “Nazis. I hate these guys”. Não precisa de esperar para descobrir o que andam a fazer por ali, não lhes dá o benefício da dúvida. E reparem que Indiana Jones é arqueólogo. O seu trabalho é escavar túmulos onde malta bera fez todo o tipo de maldades ao longo da história. Mesmo assim, abomina nazis acima de todos.
O problema de um tipo se dar com nazis é que é impossível que não lhe ponham a alcunha “o tipo que se dá com nazis”. A não ser que possua um atributo físico tão saliente que suplante a amizade com nazis como característica definidora. Ainda assim não tenho certeza, o nazismo é uma espécie de gene dominante. Mesmo um coxo vesgo que conviva com nazis, vai ficar conhecido como o “coxo vesgo que se dá com nazis”.
José Diogo Quintela – Observador
O Impacto Global da Doença Respiratória - Asma
Livro “O Impacto Global da Doença Respiratória”
Fórum Internacional de Sociedades Respiratórias
Editado pela OMS.