Na eutanásia, trata-se de cruzar mais uma linha vermelha relacionada com a “sacralização” da vida humana. Ficará assim provado que não há limites para o exercício do poder político sobre a sociedade
A política portuguesa é agora assim: numa semana, estamos a discutir Joacine Katar Moreira; e na outra semana, a “eutanásia”. Os temas variam, o que não varia é a pressa e a confusão com que tudo passa, seja trivial, como a devolução de uns manipansos coloniais, seja fundamental, como a possibilidade de pessoas serem mortas nos hospitais e clínicas do país. No caso da eutanásia, são os seus proponentes que exigem rapidez e não se incomodam com equívocos. Duas horas do tempo parlamentar parece-lhes mais do que suficiente para aviar o assunto. Para eles, não existem dúvidas.
Rui Ramos
Observador
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