A reacção dos internautas foi tal que nem a enorme máquina de censura chinesa na internet, a Great Firewall, foi capaz de dar conta das reacções. Publicações tornaram-se virais antes de serem apagadas.
Primeiro o símbolo de hashtag. Depois, os caracteres han. Quero liberdade de expressão: 1,8 milhões de visualizações. Queremos liberdade de expressão: 2 milhões de visualizações. A censura chinesa, rápida a apagar da internet o rasto de manifestações anti-censura ou anti-regime, foi incapaz de reagir em tempo útil. E o seu falhanço permitiu que a indignação com a morte do médico que alertou para o surto do novo coronavírus enchesse a Weibo, a principal rede social chinesa, de protestos.
De cada vez que um hashtag era apagado, surgia outro. Até mesmo a frase “o governo de Wuhan deve um pedido de desculpas ao Dr. Li Wenliang” teve milhares de visualizações antes de desaparecer para sempre no espaço.
▲Li Wenliang alertou para o início do surto. Foi admoestado pela polícia chinesa e obrigado a assinar um documento onde admitia ter violado a lei e "perturbado seriamente a ordem social". Não sobreviveu ao coronavírus.
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