quarta-feira, 11 de março de 2020
Sinfonia nº 8 em si menor, D. 759, “Inacabada”
Um administrador de Empresa adepto da doutrina neoliberal recebeu um convite para assistir a um concerto e ouvir a "Sinfonia Incompleta" de Franz Schubert.
Estando impossibilitado de comparecer, deu o convite ao seu Consultor para a Organização, Sistemas e Métodos.
Na manhã seguinte o administrador perguntou-lhe se tinha gostado do concerto. Ao invés de comentários sobre o que ouvira e vira, recebeu o seguinte Relatório:
R. nº 13/04
De: Organização, Sistemas Métodos
Para: Administração
Refª: Schubert - Sinfonia Incompleta
1- Por um período considerável de tempo, os músicos com oboé não tinham nada para fazer. O seu número deveria ser reduzido e o seu trabalho redistribuído pelos restantes membros da orquestra, evitando-se assim estes picos de inactividade;
2- Todos os violinos da primeira secção, doze ao todo, tocavam notas idênticas. Isso parece ser uma duplicação desnecessária de esforços e o número de violinos nessa secção deveria ser drasticamente reduzido. Se for necessário um volume de som alto, isso poderia ser obtido através do uso de um amplificador;
3- Muito esforço foi despendido ao tocarem semitons. Isto parece ser um preciosismo desnecessário e seria recomendável que as notas fossem executadas no tom mais próximo. Se isso fosse feito, poder-se-iam utilizar estagiários em vez de profissionais;
4- Não há utilidade prática em repetir com os metais a mesma passagem já tocada pelas cordas. Se toda esta redundância fosse eliminada, o concerto poderia ser reduzido de duas horas para apenas vinte minutos;
5- Enfim, resumindo as observações dos pontos anteriores, podemos concluir que se o Sr. Schubert tivesse dado um pouco de atenção a estes pontos, talvez tivesse tido tempo para terminar a sua sinfonia.
Desconheço a autoria, mas está fantástico.
terça-feira, 10 de março de 2020
Indemnizações a futebolistas alarmam seguradoras e clubes.
O caso Brassard abriu o caminho em 2003.
As seguradoras queixam-se de perdas substanciais e os prémios pagos pelos clubes ultrapassam os 18 milhões de euros anuais. Sá Pinto, Liedson ou Abel Ferreira são alguns dos Ex-futebolistas a quem os tribunais deram razão por lesões ocorridas anos antes.
“As seguradoras discordam dos valores das indemnizações calculadas, em muitos casos, com base em elevadas remunerações.”
“1,3 valor, em milhões de euros, que Abel Ferreira recebeu de indemnização por uma lesão, diluído numa pensão mensal actualizada anualmente”
“Existem muitos outros custos que podem e devem ser reduzidos, como, por exemplo, os custos crescentes com a intermediação”
“O meu caso tomou proporções tais, que levou o Governo a mudar a lei.” Fernando Brassard Ex-futebolista”
O caso Brassard abriu o caminho em 2003. Antigo jogador e agora treinador de guarda-redes na Federação Portuguesa de Futebol recebeu uma pensão vitalícia de 3300 euros mensais por causa de uma lesão contraída num treino. Antigo jogador e agora treinador de guarda-redes na Federação Portuguesa de Futebol recebeu uma pensão vitalícia de 3300 euros mensais por causa de uma lesão contraída num treino.
“A UE está a fazer o sonho de Trump: militarizar a fronteira”
Gerald Knaus Considerado o arquitecto do plano entre a União Europeia e a Turquia, defende uma segunda versão do acordo aproveitando o que funcionou e melhorando o que falhou.
“Este é um momento de grande perigo, não só para o regime de refugiados que vigora desde 1951 mas para o Estado de direito que é o que une a UE”.
“Se algo que está nos tratados europeus, nas convenções internacionais, pode ser abolido, o que impede os países de abolir o direito de liberdade de expressão?”
Aeroporto de Lisboa: ética precisa-se.
“Felizmente, os engenheiros têm uma Ordem que saberá avaliar quem, neste caso, violou os seus estatutos”
Opinião: O engenheiro Pompeu Santos escreveu um artigo de opinião na edição de 24 de Fevereiro do PÚBLICO com o sugestivo título “Aeroporto de Lisboa: ética precisa-se”, onde tece um conjunto de considerações sobre a proposta de um aeroporto em Alverca que, por serem falsas, exigem correcção. Por outro lado, não se cingindo a uma análise técnica da questão, resolveu questionar a idoneidade profissional dos engenheiros que subscrevem essa proposta, considerando que os mesmos “desprestigiam a engenharia e a confiança dos cidadãos nela”. Dadas as incorrecções propaladas pelo eng.º Pompeu Santos e as insinuações que faz, somos a requerer o direito de resposta que nos assiste. Comecemos pelos factos. Não é verdade que a pista proposta para o Mouchão da Póvoa, frente a Alverca, se situe “dentro do Tejo”. A pista desenvolve-se, toda ela, sobre uma parte do terreno do mouchão, que se encontra completamente inviabilizado no seu aproveitamento agrícola desde que, em 2016, um dique de protecção colapsou e nada foi feito para evitar a completa salinização do mouchão. Aliás, só devido a esse facto é que se começou a encarar a possibilidade de aproveitar essa área para aí localizar uma pista com 4200m, tal como previa o caderno de encargos da privatização da ANA, e que o designado aeroporto do Montijo não respeita. Por outro lado, o eng.º Pompeu Santos contesta que a “estimativa de custo do aeroporto em Alverca (tenha um) valor de 1750 milhões de euros”, comparando-o com o valor de €4 a 5 milhões estimado para o aeroporto de Alcochete (CTA), concluindo daí que essa estimativa “não é séria”. O eng.º Pompeu Santos omite duas coisas nesta sua comparação. A primeira é que no CTA a área a terraplanar para a construção das suas duas pistas é incomensuravelmente maior do que a área necessária para a pista de Alverca, sendo este valor da mesma ordem de grandeza da do Montijo, localizado em solos do mesmo tipo, caso seja executado o taxiway que o caderno de encargos exige. Em segundo lugar, omite que o processo construtivo proposto para a pista de Alverca é idêntico ao realizado no aeroporto da Madeira, com a diferença de aí os pilares terem cerca de 50m de altura (contra os 6m em Alverca), assentes sobre estacas com uma profundidade que varia entre os 30 e os 40m. Ora, foram exactamente estes valores que foram considerados pelo eng.º Segadães Tavares (autor do projecto do aeroporto da Madeira) para estimar o custo da pista em Alverca, sendo que as áreas de segurança envolventes da pista de Alverca, com 60m de largura, podem aqui ser realizadas em aterro, ao invés das áreas de segurança da pista do aeroporto da Madeira em que se desenvolvem numa laje de betão armado suportada por pilares assentes em estacas. Segue-se a questão da possibilidade de subida do nível do Tejo e a eventual inundação da pista de Alverca, atendendo a que o mouchão se desenvolve em cotas da ordem dos 2m. Como atrás referido, a pista ficaria à cota de 6m, com folga acima do nível de máxima cheia do Tejo conjugada com o nível de preia-mar de águas vivas acrescida da subida do nível médio do mar de acordo com os cenários oficiais mais pessimistas do IPCC. Contrariamente ao que afirma o eng.º Pompeu Santos, nunca os subscritores da proposta de Alverca manifestaram a sua preocupação “com a possibilidade de, com a subida do nível do mar, o aeroporto do Montijo vir a inundar”, pois, como é sabido, um dos custos da sua realização reside precisamente em elevar a área da plataforma aeroportuária para a cota de 5m. Em Alverca, a cota seria ainda superior (6m). Trata-se, por isso, de uma manobra de desinformação para iludir os leitores sobre o que está verdadeiramente em causa. O mais surpreendente, porém, é a afirmação de que, caso o aeroporto de Alverca fosse realizado, “teria de ser construída uma nova auto-estrada até Lisboa”, dado que o tráfego gerado pelo novo aeroporto (apontado como sendo “da ordem de 50 a 60 mil passageiros (?) por dia”) esgotaria a capacidade da A1. Ora, essa situação nunca ocorreria devido a um conjunto de razões, que são omitidas pelo eng.º Pompeu Santos. Desde logo porque a acessibilidade a Alverca pode ser feita pela CREL (para todo o tráfego dos corredores de Loures, Sintra e Cascais, que geram mais de 40% do tráfego na Portela, não utilizando por isso a A1), como pelo IC2, que funciona como alternativa à A1 para o tráfego de Lisboa. Mas o mais importante é que Alverca tem uma estação de comboio contígua, da Linha do Norte, quadruplicada até Lisboa, que permite ligações à estação do Oriente, Santa Apolónia e a todas as estações da linha de Cintura, e daí às linhas do Metropolitano de Lisboa (ML). Numa altura em que se fala em potenciar a utilização do transporte colectivo (e em que a chegada do ML à Portela se revelou um sucesso em termos de procura), esta possibilidade é indiferente ao eng.º Pompeu Santos. Por último, a proposta do aeroporto em Alverca prevê a construção de um comboio ligeiro automático que o liga ao da Portela, ao mesmo tempo que serve um parque de estacionamento dissuasor servido pela CRIL e IC2. Pelos vistos, esta possibilidade também não entra nas “contas” do eng.º Pompeu Santos. Para além desta forma (essa sim pouco séria) de abordar a alternativa de Alverca, o que não pode deixar de se lamentar é o facto de estas questões terem sido discutidas e esclarecidas num debate realizado a 16 de Janeiro na Casa da Imprensa, para o qual o eng.º Pompeu Santos foi convidado a defender o aeroporto do Montijo, e onde lhe foram demonstrados os erros em que baseava a sua crítica à alternativa de Alverca. Ao contrário do seu artigo, nunca nesse debate se pôs em causa a sua idoneidade, centrando-se a discussão nas questões técnicas relativas a cada uma das soluções e nas suas implicações para o aeroporto e população de Lisboa. Quanto à necessidade de ética no exercício da profissão de engenheiro, felizmente, os engenheiros nacionais têm uma Ordem profissional que saberá avaliar quem, neste caso, violou os seus estatutos.
António Segadães Tavares engenheiro civil, autor dos projectos premiados da ampliação do aeroporto da Madeira e do Pavilhão de Portugal da Expo 98, entre outros
António Carmona Rodrigues engenheiro civil, professor da UNL, Ex-presidente da Câmara Municipal de Lisboa
António Gonçalves Henriques, engenheiro civil, professor do IST, Ex-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente Fernando Nunes da Silva engenheiro civil, urbanista, professor do IST
José Furtado, engenheiro civil especialista em planeamento estratégico de infra-estruturas de transporte
Luís Póvoas Janeiro professor da Universidade Católica
Ricardo Reis professor da Universidade Católica
Rui Vallejo de Carvalho professor da Universidade Católica
QUEM DÁ MAIS?
As pessoas podem ter à frente alguém de bem ou um burlão.
JOANA AMARAL DIAS
Os portugueses já suspeitavam, agora confirmaram: os tribunais são centrais de negócios, praças onde se mercadeja um dos bens fundacionais de qualquer democracia: a Justiça.
A reboque da Operação Lex ficou claro que os sorteios dos processos podem ser dirigidos com a precisão de um bisturi para favorecimentos (vão corrigir isto?!) ou que ética e incompatibilidades são vocábulos vazios mesmo em instâncias superiores.
Se os cidadãos já acumulavam queixas sobre a Justiça agora interiorizam que sentar-se diante de um Juiz é como jogar à Roleta Russa.
Para deliberar algo decisivo para as suas vidas, tanto pode estar à sua frente alguém de bem, um magistrado honesto, como pode estar um burlão ou devasso, a agir numa rede pútrida, alguém que sentencia em função de quanto lhe pagam. E levar um tiro no meio dos olhos.
Isto bastaria para pôr em causa o Estado de Direito porque as imprescindíveis confiança e credibilidade no sistema judicial não sobrevivem a esta dinamitagem.
Mas fica em risco o regime quando a classe política dominante e um determinado status quo classifica mais este caso como excepção ou o governo prefere contratar mais estudos sobre a corrupção em vez de investir na fiscalização e controlo.
Pois é. O espectáculo vai continuar.
Um quarto dos ministros e secretários de Estado tem ligações a empresas.
O regabofe á custa do Estado continua, como é normal e já expectável, quando o PS governa.
Cerca de um quarto dos ministros e secretários de Estado do actual Governo têm ligações directas ou indirectas a empresas. Alguns deles não declararam a ligação empresarial da pessoa com quem vivem.
Sete dos 20 ministros e 12 dos 50 secretários de Estado têm participações directas ou indirectas no capital das empresas. Assim sendo, cerca de um quarto deles é sócio ou vive maritalmente com quem o seja. A notícia é avançada esta terça-feira pelo jornal Público.
O matutino realça que entre estes governantes, há alguns que apenas declaram uma parte e outros que não declaram qualquer ligação empresarial da pessoa com quem vivem. A lei obriga a que sejam descritos os cargos sociais e a identificação das sociedades em cujo capital o governante “por si, pelo cônjuge ou unido de facto disponha de capital e também a quantificação dessa participação”.
Além disso, a larga maioria dos governantes só concluiu o processo de declaração já depois do prazo inscrito na lei. Apenas cinco ministros cumpriram o prazo de 60 dias após a tomada de posse.
Um dos casos mais mediáticos da ligação de secretários de Estado a empresas é o de Nuno Artur Neves Melo da Silva, que vendeu a Produções Fictícias ao sobrinho pouco tempo antes de tomar posse. O secretário de Estado do Cinema, Audiovisual e Media vai ser ouvido no Parlamento em breve.
O secretário de Estado da Conservação da Natureza, das Florestas e do Ordenamento do Território, João Paulo Marçal Lopes Catarino, é também accionista de três empresas: duas de construção civil e mediação imobiliária. A mulher, por sua vez, é ainda a sócia-gerente da Aeroflora, que tem seis contractos com entidades estatais no valor de 118 mil euros.
A mulher do actual secretário de Estado da Mobilidade, Eduardo Nuno Rodrigues e Pinheiro, Vilma Marlene da Silva tem uma participação numa empresa de consultoria em planeamento que já recebeu do Estado 1,945 milhões de euros em 32 contractos.
Estes são apenas alguns dos casos em que os ministros ou secretários de Estado estão envolvidos directa ou indirectamente com empresas. Há ainda quem se tenha esquecido de declarar todos os cargos que ocupou nos últimos três anos, como pede o formulário do registo de interesses.
sexta-feira, 6 de março de 2020
Impasse da OPEP acentua queda do petróleo
Veja-se o que o governo da Troika governativa, rouba aos portugueses, com impostos e taxas. Os combustíveis continuam a preços de países ricos!
futuro local do Aeroporto de Alcochete.
O futuro local do aeroporto onde, há mais de vinte e cinco anos, se fez a maior concentração de TT, na europa.
A minha filha Rita, que foi comigo a essa concentração, de pé no estribo do meu Patrol…
Carnaval em Espanha - 1
fui brindado com umas coreografias muito bonitas, na minha viagem carnavalesca, aos "nuestros hermanos"
Ordens profissionais batem o pé à intenção do PS lhes tirar poder
Esta preocupação governamental se for seria é bem vista, pois as ordens, são autênticos grupos de interesses e benefícios, para alguns. São salazarentos nos princípios. Ordem dos Médicos - 1938; Ordem dos Engenheiros - 1936; Ordem dos Advogados - 1926; Ordem dos Médicos Dentistas - 1998; Ordem dos Enfermeiros - 1998; Ordem dos Economistas - 1988; e a cereja no topo é Ordem dos Notários - 2015!
Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, Ordem dos Arquitectos, Ordem dos Médicos Dentistas, Ordem dos Despachantes Oficiais, etc..
CNOP, Conselho Nacional das Ordens Profissionais foi fundada para quê?!
A regulação das profissões??? O ministério da educação e o do ensino superior servem para quê? Os órgãos que controlam o respeito pelas leis laborais servem para quê? Quem define as politicas no país, são os deputados e os governos ou são as ordens, com os seus particulares interesses? Os trabalhadores tem sindicatos para os defender, e as leis do país e das convenções internacionais, em que Portugal está assente!
Alguém já sede ao trabalho de analisar os milhões de euros que entram nestas ordens anualmente, e onde ele é gasto?