Um administrador de Empresa adepto da doutrina neoliberal recebeu um convite para assistir a um concerto e ouvir a "Sinfonia Incompleta" de Franz Schubert.
Estando impossibilitado de comparecer, deu o convite ao seu Consultor para a Organização, Sistemas e Métodos.
Na manhã seguinte o administrador perguntou-lhe se tinha gostado do concerto. Ao invés de comentários sobre o que ouvira e vira, recebeu o seguinte Relatório:
R. nº 13/04
De: Organização, Sistemas Métodos
Para: Administração
Refª: Schubert - Sinfonia Incompleta
1- Por um período considerável de tempo, os músicos com oboé não tinham nada para fazer. O seu número deveria ser reduzido e o seu trabalho redistribuído pelos restantes membros da orquestra, evitando-se assim estes picos de inactividade;
2- Todos os violinos da primeira secção, doze ao todo, tocavam notas idênticas. Isso parece ser uma duplicação desnecessária de esforços e o número de violinos nessa secção deveria ser drasticamente reduzido. Se for necessário um volume de som alto, isso poderia ser obtido através do uso de um amplificador;
3- Muito esforço foi despendido ao tocarem semitons. Isto parece ser um preciosismo desnecessário e seria recomendável que as notas fossem executadas no tom mais próximo. Se isso fosse feito, poder-se-iam utilizar estagiários em vez de profissionais;
4- Não há utilidade prática em repetir com os metais a mesma passagem já tocada pelas cordas. Se toda esta redundância fosse eliminada, o concerto poderia ser reduzido de duas horas para apenas vinte minutos;
5- Enfim, resumindo as observações dos pontos anteriores, podemos concluir que se o Sr. Schubert tivesse dado um pouco de atenção a estes pontos, talvez tivesse tido tempo para terminar a sua sinfonia.
Desconheço a autoria, mas está fantástico.
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