terça-feira, 3 de março de 2020

Operação Lex: Cinco desembargadores na teia da corrupção da Relação de Lisboa.

A investigação liderada por Maria José Morgado, que levou à inquirição do juiz Rui Rangel e à apreensão dos seus telemóveis em 2018, deslindou uma teia de tráfico de influências e corrupção no Tribunal da Relação de Lisboa, que envolve, para além de Fátima Galante (ex-mulher de Rangel), três outros desembargadores, avança o Correio da Manhã na edição deste sábado.

Auxiliada por duas procuradoras do DCIAP, Maria José Morgado já terá extraído pelo menos três certidões autónomas do Processo Lex, que visam três magistrados da Relação. Um dos visados será o anterior presidente da Relação de Lisboa, Luís Vaz das Neves, agora jubilado. Segundo apurou o CM, um conjunto de diligências estão em curso de modo a recolher elementos que sustentem a acusação dos processos autónomos.

A acusação contra Rangel e Fátima Galante deverá ser conhecida no próximo mês de março. Rangel é suspeito de receber subornos em troca de decisões favoráveis judiciais que tomava diretamente ou por influências que prometia mover junto de colegas.

Ao desembargador Rui Gonçalves foi distribuído um recurso do empresário de futebol José Veiga (arguido no Processo Lex), que foi condenado em primeira instância mas, acabou absolvido. Noutro caso, o desembargador Orlando Nascimento, atual presidente da Relação de Lisboa, foi o relator de um recurso de Rangel contra o CM. Nas mensagens, o desembargador pede ajuda a Vaz das Neves para controlar o sorteio do processo, de forma a beneficiar o juiz.


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