quarta-feira, 24 de abril de 2019

Diferença entre NIB e IBAN

    O NIB e o IBAN são ambos códigos identificadores de contas bancárias, mas desde 1 de Fevereiro de 2016 que o NIB deixou de poder ser usado nas transferências bancárias, tendo sido substituído pelo IBAN. Na prática, o fim do NIB significa que deixaram de ser os Bancos a ter a responsabilidade de conversão automática do NIB em IBAN, como já acontecia nas transferências entre contas de países diferentes. Mas, afinal, qual é a diferença entre NIB e IBAN?


    NIB

    NIB representa as siglas de Número de Identificação Bancária, ou seja, é a versão portuguesa do BBAN (Basic Bank Account Number). O NIB é formado por 21 dígitos que representam o seguinte:

  • Os primeiros quatro são referentes ao código do agente financeiro – o Banco – atribuído pelo Banco de Portugal;

  • Os quatro seguintes são uma referência de quatro dígitos atribuídos pelo Prestador de Serviços de Pagamento, ou seja, o seu balcão;

  • Seguem-se 11 dígitos relativos aos números de conta, diferentes de cliente para cliente;

  • Os dois últimos números são dígitos de controlo.

    Se sempre se questionou sobre a semelhança no início do NIB e IBAN de algumas pessoas, acaba de descobrir o porquê. Várias pessoas partilham o mesmo Banco. E dentro do mesmo banco, algumas abriram conta no mesmo balcão, por isso os primeiros algarismos do seu NIB e IBAN são iguais.


    IBAN

    O IBAN (International Bank Account Number – Número Internacional de Conta Bancária) é um identificador internacional do número de uma conta à ordem, através do qual é possível identificar o país, o Banco e a conta do beneficiário. É constituído por 25 dígitos compostos por:

  • Código do país – no nosso caso é o “PT”;

  • Dois dígitos de controlo – no caso português, são sempre “50”;

  • BBAN português – ou seja, o NIB.

    A título de exemplo, um IBAN em Portugal será qualquer coisa como: PT50 XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX. Os “X” representam os 21 dígitos do NIB.

    Vantagens do IBAN

    O IBAN apresenta vantagens relativamente ao NIB, tais como:

  • Possibilitar uma melhoraria na eficácia do serviço prestado pelos Bancos em transferências internacionais;

  • Uniformizar e simplificar os critérios de transferência a crédito e débito entre dois bancos nacionais ou internacionais.

    Assim, conclui-se que, de uma forma muito simples e que praticamente não muda nada para os clientes, as transações passam a ser menos trabalhosas para os Bancos.

terça-feira, 23 de abril de 2019

Governo prepara agravamento do IMI, já em 2020.

O Imposto Municipal sobre Imóveis deverá aumentar a partir de Janeiro de 2020. O Governo está a preparar uma alteração nas regras, que resulta num agravamento do imposto.

A Autoridade Tributária irá reavaliar o coeficiente de localização dos prédios até ao final do mês de Agosto. A ideia é equiparar o valor patrimonial tributário das casas a 85% do preço médio de mercados na zona. Com o aumento do preço das casas, o mais provável é que a revisão do coeficiente leve a um aumento do IMI.

O coeficiente de localização é, segundo explica o CM, um dos factores que mais contribui para o agravamento do Imposto Municipal sobre Imóveis. Após revisto, o coeficiente entrará em vigor em Janeiro do próximo ano.

A actualização do coeficiente de localização será feita por peritos imobiliários já definidos, com o apoio das autarquias locais e dos serviços de Finanças. Os trabalhos no terreno irão começar no próximo mês de Maio e terão em conta as reclamações já feitas por contribuintes em relação ao valor patrimonial tributário dos seus imóveis.

Além disso, outros critérios de revisão do coeficiente de localização passam pelas acessibilidades, transportes, equipamentos sociais, entre outros. O ECO explica também que a avaliação dos peritos será feita consoante a utilização para habitação, comércio, serviços e indústria.

O Banco de Portugal e os Contractos de Milhões Com Advogados. Notícia do J. Económico.

Na minha posição de ignorante, confesso que gostava que alguém me informasse se o Banco de Portugal na sua estrutura organizacional tem ou não tem um Departamento Jurídico. E, em caso afirmativo, o que fazem os juristas que lá estão (estarão a coçar os tintins?). Bem, verdade seja dita, eu cá na minha ignorância achava que o B.P., como banco central português, tinha esse departamento e -tendo- considerava que os seus advogados estariam apetrechados com a formação jurídica na área económico/financeira bastante para prestarem o tal apoio que o B.P. teve necessidade de contratar com os escritórios de advogados. Advogados que, como já sabíamos e agora confirmamos, são pagos a peso de ouro.

Vá lá, haja alguém caridoso que me ajude, porque isto ultrapassa a minha compreensão.


Pagamento de três milhões de euros à Gonçalves Pereira ainda fica aquém do valor que o banco central se comprometeu a pagar no ano passado à Vieira de Almeida & Associados.

O Banco de Portugal já assinou este ano contractos de prestação de serviços com sociedades de advogados num valor superior de 3,3 milhões de euros, que serão pagos ao longo de 2019 e dos próximos anos.

O maior contracto foi celebrado com a Cuatrecasas Gonçalves Pereira, num valor de três milhões de euros relativos a três anos de assessoria e patrocínio jurídicos. Em causa estão essencialmente, segundo fonte oficial do Banco de Portugal, litígios relacionados com a resolução do BANIF e com o “caso Oak Finance”.

O contracto tem data de 26 de Março de 2019 e faz referência “a uma deliberação da Comissão Executiva para os Assuntos Administrativos e de Pessoal (CEAAP), competente em termos de delegação de competências do Conselho de Administração do Banco de Portugal”, por sua vez datada de 19 de Março de 2019. Apesar disso, lê-se que “reporta os seus efeitos a 31 de Janeiro de 2018 e mantém-se em vigor pelo prazo de dois anos”.

Um ano, pelo contrário, é o período de vigência de outro contracto de serviços de assessoria jurídica, celebrado nesse caso pelo banco central com a sociedade de advogados Antas da Cunha, Ecija & Associados, num valor de 220 mil euros, que prevê “apoio no processo de implementação jurídica do plano de acção de adequação ao Regime Geral de Protecção de Dados”.

E a 22 de Janeiro foi assinado outro contracto de serviços de assessoria e patrocínio forense com a Pérez Lorca Abogados, que tem dois anos de duração e implica o pagamento de 150 mil euros, “no âmbito do contencioso decorrente da resolução do Banco Espírito Santo, em particular nos processos judiciais pendentes na jurisdição espanhola”.

Ainda no ano passado o Banco de Portugal chegou a acordo com a Vieira de Almeida & Associados para um contracto de três anos (com efeitos a partir de 28 de Dezembro de 2017), no valor máximo de 4,850 milhões de euros. Em causa está litigância relacionada com a resolução do Banco Espírito Santo conduzida pela sociedade de advogados.

https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/banco-de-portugal-ja-assinou-contratos-superiores-a-33-milhoes-de-euros-com-advogados-em-2019-435734

Ausência ao trabalho por morte de familiar

Uma quinta-feira destas, o Costa chega ao Conselho de Ministros e diz-lhe a assessora:

- Senhor Primeiro Ministro, hoje temos muita gente a faltar...
- Então?
- Houve muita gente a ligar de manhã, a avisar que hoje não podia vir...
- Quem?
- Olhe... O Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social não pode vir porque lhe morreu o Pai.
- Ok...
- A Ministra da Presidência e da Modernização Administrativa não pode vir porque lhe morreu o Avô.
- Ok...
- O Ministro dos Negócios Estrangeiros não pode vir porque lhe morreu um cunhado.
- Ok...
- O Ministro da Defesa Nacional não pode vir porque lhe morreu um primo.
- Ok...
- O Ministro da Administração Interna não pode vir porque lhe morreu um irmão.
- Ok...
- A Ministra da Justiça não pode vir porque lhe morreu um tio.
- Ok...
- O Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior não pode vir porque lhe morreu o sogro.
- Ok...
- A Ministra da Saúde não pode vir porque lhe morreu um sobrinho.

- Desculpe lá, mas como é que morreu tanta gente no mesmo dia?!?
- Senhor Primeiro Ministro, só morreu uma pessoa... Mas como eles são todos familia...


Sem vírus. www.avast.com

segunda-feira, 22 de abril de 2019

DICAS DE POUPANÇA

O SEU SEGURO AUTOMÓVEL SEGURA MAIS DO QUE VOCÊ PENSA

Muitos milhares de portugueses estão a pagar seguro automóvel e nunca acionam uma determinada cobertura por não saberem que têm esse direito. Podem poupar centenas ou milhares de euros numa emergência quando estão de férias, mas as seguradoras não fazem muita questão de realçar que essa cobertura existe

Muitos de nós pagamos seguros e nunca chegamos a usá-los, porque... nem sabemos que existem. Se tem um seguro automóvel, há uma cobertura que pode usar em caso de emergência, e que poderá ajudá-lo a poupar centenas ou milhares de euros, mesmo que tenha deixado o carro em casa. É a assistência em viagem.

Mas isso não é só para o reboque do carro? Não. Veja este exemplo. Em 2012, Rui Rodrigues estava de férias numa estância de esqui em Andorra. Ele, a família e uns amigos foram de autocarro. O carro ficou em Portugal. No penúltimo dia de férias, depois do jantar, Rui começou a sentir-se mal. Chamaram o 112 e foi para um hospital particular em Andorra, onde lhe diagnosticaram um tumor na cabeça. Ele era saudável e nunca suspeitou. Podia ter acontecido a qualquer um de nós. Rui esteve internado 2 dias. A situação seria grave em qualquer circunstância, mas neste caso foi pior por estar no estrangeiro. Felizmente, a mulher de Rui percebe de seguros e ligou para a seguradora do carro que, sublinho, ficou em Portugal.

A assistência em viagem do seguro do carro pagou todas as despesas que Rui teve no estrangeiro, incluindo o transporte em ambulância com enfermeiros de Andorra para Portugal. Também pagaria o hotel da mulher de Rui, mas não foi necessário, porque ela dormiu no hospital.

A ASSISTÊNCIA EM VIAGEM É PARA SI E NÃO (SÓ) PARA O CARRO.

Esta cobertura de despesas médicas, alojamento e bilhetes de viagem em caso de acidente ou doença só pode ser usada quando está no estrangeiro. Mas pode acontecer a qualquer um de nós ou a um familiar nosso. Também inclui os filhos ou os pais, se viverem consigo.

Em que situações esta cobertura pode ser acionada? Por exemplo, pode torcer um pé na piscina no hotel em Cabo Verde ou no Brasil. Ou pode apanhar uma gripe em Nova Iorque ou em Paris. Ou pode desmaiar sem razão aparente em Madrid ou Berlim e precisar de ir a um médico ou a uma farmácia. Pode ter de regressar de urgência a Portugal ou, pelo contrário, continuar lá mais uns dias ou semanas. O seguro pode pagar, se acionar a cobertura.

Os portugueses viajam cada vez mais, seja em trabalho seja em férias. É nessas alturas que deve lembrar-se dos papéis que tem na gaveta. E não se esqueça que por vezes pagar mais 1 ou 2 euros de seguro (para ter uma cobertura melhor) pode fazer muita diferença.

CONTRATAR O SEGURO BASE OU O VIP?

Quando contrata um seguro automóvel, ele inclui sempre a assistência em viagem: Para poupar uns cêntimos, pode escolher o mais barato, mas o valor que o seguro pagará no caso de o acionar poderá ser muito baixo, ou nenhum. Por exemplo, quando preparava a reportagem do Contas-poupança que pode ver em vídeo na página da SIC Notícias, verifiquei que um colega tinha na apólice uma assistência em viagem “Light”, ou seja, nas letras miudinhas dizia que era só aplicável em Portugal continental. Ou seja, se tiver um problema no estrangeiro, o seguro não paga NADA. Leia a sua apólice antes de ir de férias este ano.

PODE SER A SUA SALVAÇÃO EM FÉRIAS

Se paga, convém que saiba que o pode utilizar se precisar. Leia o documento que lhe deram quando fez o seguro do carro.Tem esse documento em casa ou no seu e-mail. Cada caso é um caso. Tem de ler o que contratou.

Recebi dezenas de mensagens de espectadores a agradecer a reportagem. Alguns passaram por problemas de saúde (ou familiares) no passado e tiveram de pagar tudo do próprio bolso, porque não faziam ideia de que o seguro pagava essas despesas. Agora já sabem. Mas também recebi mensagens de espectadores que foram ler a apólice e reclamaram que não dizia lá nada disso. Pois. Tem de saber o que contratou. Os seguros mais baratos têm tantas exceções e limites que provavelmente não tem mesmo direito a essa assistência em viagem. Mas aí é simples. Agora que já sabe é só ligar para o seu mediador de seguros e pedir um seguro melhor na próxima anuidade, pelo mesmo dinheiro.

Eu tive curiosidade em ver o que dizia o meu seguro. Fui aos arquivos e verifiquei que tenho afinal muito mais coberturas do que pensava. Sabendo isto, é claro que as vou usar quando precisar. Aliás, vários espectadores disseram-me que falaram com os mediadores quando precisaram e que lhes disseram que não havia nada disso. Descobriram agora que afinal podiam. Nem o mediador se lembrou do seguro de assistência em viagem do carro. Só se lembraram do seguro de viagem propriamente dito.

Peça o documento com as condições particulares do seguro automóvel à sua seguradora. Tem lá os valores que o seguro cobre em cada categoria. Por exemplo, descobri que se me roubarem no estrangeiro, a seguradora manda-me dinheiro (1.000 euros) para eu me desenvencilhar, embora tenha de os devolver quando regressar a Portugal. E que me ajudam a encontrar as malas perdidas, se isso acontecer. Tenho uma lista enorme de serviços que são obrigados a prestar-me para me dar assistência em viagem. E melhor: aplica-se a qualquer pessoa que viva comigo em casa, mesmo que eu não tenha ido com eles (filhos, marido, mulher ou pais, avós). As coisas que descobrimos quando nos dispomos a ler.

Mas há outras situações igualmente graves que podem ser cobertas pelo seguro de assistência em viagem. Se estiver fora do país e morrer um familiar seu, o seu seguro do carro pode pagar a viagem de avião de regresso. Se tiver um incêndio ou inundação em casa enquanto está no estrangeiro, o seguro pode pagar a sua viagem de regresso.

TEM DE LIGAR ANTES DE FAZER QUALQUER DESPESA

Mas há uma regra de que não pode esquecer-se. Tem de ligar logo para o seguro. Não pode apresentar as despesas depois. A exceção é se estiver inconsciente. Deve contactar a seguradora o mais depressa possível, para ser ela a tratar de tudo. Se apresentar as despesas depois, quando chegar a Portugal, a seguradora não vai aceitar.

Faça uma listagem de todos os seus seguros e as respetivas coberturas. E, quando viajar, leve sempre uma foto do número das suas apólices no seu telemóvel ou guardadas no e-mail.

É daquelas coisas que era bom que nunca precisasse delas, mas já que existem e que as paga, se um dia precisar lembre-se que as coberturas da assistência em viagem vão muito além do reboque.

Fiquei extremamente contente com as reações a esta reportagem. De facto, é um gosto sentir que o jornalismo pode ser útil às pessoas. Garante-me que a missão do jornalismo não está perdida — pelo contrário. Parece uma coisa simples, mas acreditem que estas informações podem um dia fazer a diferença na vida das pessoas. Conhecer os nossos direitos enquanto consumidores é o primeiro passo para termos uma vida (um pouco) melhor. Consumidores informados estão mais bem protegidos.

TEXTO PEDRO ANDERSSON

https://leitor.expresso.pt/diario/segunda-20/html/caderno1/lazer/o-seu-seguro-automovel-segura-mais-do-que-voce-pensa

domingo, 21 de abril de 2019

Feira da Foda está de volta a Monção. Aventure-se


É o prato mais emblemático da gastronomia de Monção
Sim, é dado a muitos trocadilhos, mas a questão aqui é meramente gastronómica. A feira da Foda, que decorre este fim-de-semana (de 29 a 31 de março) em Pias, no concelho de Monção, celebra um prato único no Alto Minho e que tem vindo a galgar fronteiras, arrastando todos os anos uma multidão de gulosos para um evento que continua a crescer.
Organizada pela Confraria da Foda e pela Junta de Freguesia de Pias, com o apoio da Câmara Municipal de Monção e várias empresas da região, a feira está centrada na degustação do Cordeiro à Moda de Monção, vinhos, demonstrações de tosquias e muita animação. É ainda o momento para a solene entronização de novos elementos da Confraria da Foda.

Feira da Foda, uma história do Alto Minho



E afinal, o que é a Foda? Nada mais que um prato de cordeiro, feito em fornos a lenha, acompanhado por um arroz, também ele no forno, de sabor inigualável. Há muito tempo que se transformou numa referência absoluta da gastronomia de Monção, que adoptou a designação popular do prato. A Foda à Moda de Monção tem presença garantida em todas as ementas dos restaurantes do concelho
O programa da Feira da Foda não se cinge ao cordeiro. A riqueza da gastronomia do Alto Minho está presente um pouco por toda a parte, com enchidos de qualidade superior ou doces irresistíveis, como as barriguinhas de freira, os papudos ou as roscas.
A edição deste ano decorre no campo de futebol de Pias, num espaço com cerca de 2500 metros quadrados e 550 lugares sentados. Em termos de animação, para além dos tradicionais bombos minhotos, haverá um tributo ao ABBA, que promete não deixar ninguém quieto.

A história da "Foda"

Em tempos de antanho, os habitantes da região que não possuíam rebanhos, iam às feiras para comprarem o animal que haveria de providenciar o seu sustento. Como é óbvio, havia gado de qualidade e outro que, digamos assim, não primava pelas melhores carnes. Mas como o desenrascanço está no ADN dos portugueses, para que os animais parecessem gordos e nutridos, os criadores juntavam sal à forragem , obrigando o gado a beber água em grandes quantidades.
Chegados à feira, apresentavam um aspeto bem nutrido e saudável, fruto, claro está, de terem a barriga cheia de água. Quem não tinha conhecimento da manha, ia no engodo e acabava por comprar verdadeiros pipos de água. Só depois se apercebiam (regra geral já tarde e longe da feira) do logro, exclamando "que grande foda!" No Minho não se faz por menos.
O termo acabou por se tornar cada vez mais comum, com o prato a ganhar mesmo o nome de Foda à Moda de Monção. Mas não se assuste com estas artimanhas. A Foda é agora certificada, com as melhores carnes de cordeiro e uma verdadeira iguaria. Sempre confeccionada em alguidares de barro e forno a lenha.

Onde comer em Monção


Se falhar a feira, não se alarme. Pode comer a Foda à Moda de Monção em qualquer altura do ano num dos inúmeros restaurante do concelho. Tome nota destas sugestões.
·         Restaurante Sete a Sete
·         Restaurante Cabral
·         Restaurante Deu La Deu
·         Taberna da Travessa

Onde dormir em Monção


O concelho de Monção dispõe de uma vasta oferta em termos de alojamento, para todos os públicos e todas as carteiras. Fique aqui com as nossas sugestões.
·         Hotel Termas de Monção
·         Solar de Serrade
·         Hospedaria Muralhas
·         Hotel Fonte da Vila

O que visitar em Monção

Museu do Alvarinho

O vinho Alvarinho é omnipresente um pouco por toda a região. O Museu do Alvarinho, localizado na Casa do Curro, é um espaço que merece uma visita, ajudando a perceber as particularidades de uma casta única. Disponibiliza informação interativa sobre a origem, evolução e empresas ligadas a este vinho. É ainda um espaço onde pode adquirir algumas das melhores garrafas de Alvarinho.

Castelo de Monção

Do outro lado do rio Minho, está Espanha. Como tal, durante muitos séculos foi importante a fortificação do lado português, até para precaver algumas supresas de "nuestros hermanos". Pois bem, o Castelo de Monção remonta aos alvores da nacionalidade, desconhecendo-se a data exacta do início da sua edificação, havendo notícias de um acrescento já no reinado de D. Dinis. A fortaleza abaluartada foi mandada edificar após a Declaração da Independência em 1640. Lá está, os espanhóis…

Os ataques no Sri Lanka.

Interior de la iglesia de San Sebastián, tras el atentado.200 mortos e 450 feridos em ataques em hotéis de quatro e três igrejas no Sri Lanka

NBU - Novos Bimbos Urbanos

São urbanos. São entre os 30 e os 45 anos. Têm cursos superiores. São já tendencialmente dependentes dos smartphones e i-phones e das Redes Sociais. Vivendo num constante vazio, para se sentirem integrados nesta sociedade que se quer global, aderem a modas fáceis, em busca de felicidade efémera que se desfaz como o fumo.

São conhecidos como os NBU ou os Novos Bimbos Urbanos.

10 modas:

Gin, Sushi, SWAG, Selfie sticks, etc.

Vivemos num mundo de modas e de gostos influenciados pelos media. Sempre assim foi, agora é ainda mais devido à velocidade e visibilidade que a Internet veio dar a todas as novas tendências. Vamos lá então falar das modas que andam por aí.


Gin

Sim, aquela bebida que era a dos nossos pais e que era servida com água tónica e, nos sítios mais finos, com uma rodela de limão. Essa bebida que ninguém gostava e que era azeda, está na moda. Nas prateleiras dos hipermercados, onde outrora havia apenas uma marca, a mais rasca,

estão agora uma enormidade de diferentes marcas e estilos. A moda do Gin apareceu do nada, mas planeada, e encostou as caipirinhas e os mojitos a um canto. Sim, é bom, eu bebo e já dei uma vez 14€ por um gin. Sou estúpido. Um palerma, mesmo. Não há bebida que valha esse

dinheiro a não ser pelo marketing, branding e impinging que nos fazem. Fazer um gin não é arte, meus amigos. É misturar cenas lá para dentro e logo se vê. "Ai, o copo tem que estar gelado, tem que se passar as folhinhas de menta nas bordas para aromatizar, meter a tónica numa colher em espiral para não quebrar as bolhinhas frágeis da menina.". Menos, se faz favor. Não estou para estar cinco minutos à espera de um gin, para no fim saber igual aos outros todos, especialmente se for o quinto da noite. Tomem juízo. Assim ainda me fazem perder o engate. O gin conseguiu vencer a barreira da mariquice que muitos homens não se sentem confortáveis em ultrapassar. Antigamente, qualquer bebida doce com fruta lá dentro era para gaja ou designers de interiores. Hoje, uma bebida com bagas e folhinhas é de homem.


Kizomba

A Kizomba sempre esteve na moda onde eu vivo, Buraca. Sempre ouvi Kizomba, à força, nas festas das escola e atráves dos carros que passam na minha rua ao som da sua batida característica. Não tenho nada contra, confesso que não é o meu estilo de música, mas até sou capaz de não trocar de estação e até, na loucura, de ouvir com gosto num carro cheio de amigos a caminho da praia. Mas há limites, caraças! A rubrica da RFM "10 músicas seguidas sem parar", deveria chamar-se "5 músicas seguidas intercaladas por 5 Kizombas". Não há paciência, especialmente, porque a Kizomba que nos chega é, na sua maioria, má. É a comercial, que de africana tem muito pouco e é feita só para vender. É engraçado é que não se pode dizer mal da Kizomba sem se ser acusado de racismo. Eu também digo mal do Pimba e isso não faz de mim xenófobo contra os portugueses. Não gosto, acho que as pessoas papam porque dá na rádio e porque não têm paciência para letras que as façam pensar. Não tenho problemas que um Anselmo Ralph encha um MEO Arena, só tenho é pena que não haja tanto público a querer ouvir um Jorge Palma ou um Sérgio Godinho. Se calhar têm que se adaptar e fazer novas versões: Jorge Palma ao piano, com batida Kizomba por trás, a cantar "Agora não mete mais a mão no queixo...". Ou o Sr. Godinho a cantar "Bo tem um brilhozinho nos olhos...".

Selfie Sticks

Os famosos paus de selfie. Pau de selfie faz lembrar uma espécie de condimento para comida ou um brinquedo sexual para auxiliar a masturbação, mas não! É aquele cabo para as pessoas tirarem fotos a elas próprias. No meu tempo, pedia-se a alguém que fosse a passar para tirar uma fotografia e dizia-se "Carregue aqui neste botão".

Aquele botão igual em todas as máquinas, mas que nós sentimos sempre necessidade de dizer, não vá a pessoa carregar no flash ou no botão que ejecta a bateria. Devo dizer que reconheço a utilidade dos paus de selfie, acho que até criam um efeito giro e são práticos de utilizar em várias situações. Isso não quer dizer que não sejam ridículos. São. Andar com o telemóvel preso na ponta de uma moleta é só estúpido. Mas o pior não é isso, o pior é que as pessoas andam muito obcecadas com elas próprias.

Eu, quando vou a algum lado, estou mais interessado em tirar fotografias às paisagens, aos monumentos, às pessoas na rua e a momentos únicos, do que a mim. Parecem a Cristina Ferreira que tem que aparecer sempre na capa da sua revista. Se querem tirar uma foto do pôr do sol em Belém, para que é que a vão estragar com o vosso focinho?


Sushi

Não gosto. Sim, já experimentei mais que uma vez. Sim, já experimentei diferentes restaurantes. Sim, já me disseram que é uma questão de hábito. Não gosto e não quero experimentar mais, pode ser? Há sempre um amigo que nos tenta convencer que sushi é a melhor comida do mundo! Que nós só não gostamos porque ainda não experimentámos com os planetas alinhados e vestidos todos de ganga. Metam na cabeça que há pessoas que não gostam de peixe cru! Não devia ser assim algo tão estranho, o estranho é gostar. Antes, a norma era não se gostar, mas agora anda tudo maluquinho com o sushi. É uma falta de respeito para com os nossos antepassados que inventaram o fogo. Não percebo como é que se insiste em comer algo que não se gosta. Se não estivesse na moda, ninguém experimentava dez vezes até gostar. Experimentavam uma, ou duas, como eu, e pronto, não gostam, nunca mais lá vão. Mas, como é fixe comer sushi e dá boas fotos para o Instagram, o pessoal obriga-se a comer até gostar.

Dêem lá 50€ por um sushi que eu, com isso, janto a semana toda no Zé Manel, na minha praceta, onde gostei logo à primeira.


Fast-food gourmet

Se a moda do gourmet já é parva que chegue, como já aqui escrevi, então o Fast food gourmet é o pináculo do disparate. No fundo, adicionar a palavra gourmet, não é mais do que dizer que é um hambúrguer na mesma, só que no prato e mais caro. Ele é cachorros gourmet, francesinhas gourmet, alheira com ovo gourmet, é tudo gourmet! Um bitoque é um bitoque e nunca pode ser gourmet!

O mesmo com tantas outras comidas que são boas porque não são sofisticadas. Tasca gourmet? Não faz sentido, são conceitos que não ligam. Aliás, a palavra gourmet está tão na moda que eu aposto que já alguma rapariga disse a um namorado o seguinte: "Oh amor, não é nada pequeno, é gourmet. Se fosses Adão até podias tapar isso só com uma folhinha de rúcula.".


Fotografar comida

O gourmet e o sushi deram origem a outro flagelo, o de fotografar a comida. O Instagram e o Facebook foram invadidos por fotografias daquele prato decorado na perfeição. Tenho a certeza que esta moda levou a que muitos restaurantes dessem mais importância à aparência do prato do que ao seu sabor. As pessoas, por seu lado, passaram a dar mais importância ao filtro que aplicam na foto do que ao tempero. Esta comida está insonsa mas eu compenso com um Nashville. Está uma pessoa a tentar fazer dieta e tem o mural que parece um catálogo de receitas para gordos que querem manter as curvas. As únicas pessoas que deviam tirar fotos à comida são as crianças subnutridas de África, porque seria uma recordação de algo que elas não sabem quando, e se, vão voltar a ver.


Twerking

Abanar o rabo de forma sexual e com os calções mais curtos do mercado, dois números abaixo, com a desculpa que é uma dança. Por mim, venham mais modas destas! O twerk está para os homens, como abanar o saco dos biscoitos está para os cães salivarem. A moda ainda não está muito disseminada por Portugal, que já se sabe que as portuguesas são todas meninas de respeito. Por isso e porque, talvez, não tenham jeito para abanar o pacote, já que o nosso sangue latino anda muito arrefecido pela austeridade. Quando é bem feito, o twerk e as meninas que o fazem, é sem dúvida hipnotizante. Nós, homens, conseguimos estar horas a ver um rabo jeitoso a rebolar-se todo. É genético e diz que faz bem à circulação. No entanto, é uma moda parva, especialmente quando é feito em nome da não objectificação do corpo da mulher. Ridículo, mas continuem a fazê-lo, se faz favor.


SWAG

O SWAG é o que a malta jovem chama ao estilo. Implica ter bonés com autocolantes de origem, camisolas de alças, calções curtos a mostrar a esquina do cu, óculos escuros e fumar para a foto. Cores berrantes, gorros com pompons no pico do Verão e leggins com padrões à Joana Vasconcelos. O que mais me irrita no SWAG é quem adere a esse estilo dizer que tem SWAG. É a palavra em si que me irrita. O estilo, em si, não me faz grande confusão, sempre houve modas parvas e cada um veste o que quer, mesmo que pareça que foi vestido por um estilista autista e daltónico. É lá com eles. Metam a calça no fundo do cu a mostrar os boxers e vistam roupa artística à vontade. Vocês vestem o que quiserem e eu digo o que me apetecer. Digo, por exemplo, que esse cenário que vocês pensam que bate bué, é pausa que vos faz parecer pintassilgos vestidos de palhaços.


Running

Toda a gente corre, mas já ninguém diz que corre. É muito mais fino dizer "Hoje não vou poder ir ao teu jantar, porque tenho que ir fazer running". Aliás, aqui na Buraca, efectuam-se manobras de fuga em running! Muito mais fino que dizer que se fugiu a correr dos bandidos. "Ontem  fiz mais cinco quilómetros em 53 minutos", partilha-se amiúde no Facebook. Mas quem é que quer saber? O que é que a mim me interessa qual a distância que vocês percorreram a pé, enquanto eu estava sentado ao computador a comer donuts?! Correram? Efectuaram um running gostoso? Epá, que bom para vocês! Levaram o iPhone no braço e foram vestidos com roupa de marca que vos custou cem euros? Epá, bom para vocês! Não, não me interessa a marca dos vossos ténis. Eu não vos chateio com os meus feitos, pois não? Aliás, no outro dia também fiz 6km. De carro. Para ir buscar três pizzas. Não me viram a vangloriar-me disso, pois não?


Sumos detox

Nunca experimentei nenhum, mas até sou gajo para o fazer um dia destes. Um sumo detox no fundo é uma sopa fria. Uma espécie de gaspacho mas com "super-alimentos", que são também eles, por si só, uma moda parva. As mulheres acham que beber sumo detox as vai fazer expelir pelo ânus toda a porcaria que comem durante o dia. "Bem, vou comer dois Big Macs, que mais logo bebo um sumo com chia, brócolos e sementes de girassol tresmalhado do Zimbabwe, mando isto tudo cá para fora". Os homens bebem às escondidas, tendo medo de ser rotulados como quem tem um piquinho a azedo, como tem a maioria desses sumos. Mais uma vez, nada contra, bebem à vontade, até fazem bem à saúde. O que mais me irrita é o orgulho com que gritam aos sete ventos que acabaram de beber um sumo.


Estágios não remunerados

Para o fim, a moda mais parva de todas. A moda das empresas que acham que ter trabalho de borla é bom. Aquelas empresas que contratam estagiários e que já sabem que não vão ficar com eles. Que sabem que eles vão dar o máximo e trazer ideias frescas para a empresa, mas que são dispensáveis a partir do momento em que tenham que lhes dar ordenado.

"Procura-se colaborador, recém-licenciado, que saiba falar cinco línguas, saiba fazer mortais encarpados à rectaguarda, saiba cozinhar comida asiática e mediterrânica, tirar cafés, com conhecimentos sólidos das ferramentas office e grande capacidade de sacrifício, de lidar com o stress e que tenha um espírito de equipa fantástico, para se juntar à nossa, já fantástica, equipa. Oportunidade imperdível para aprender e crescer profissionalmente. Salário fixo de 0€. Não é negociável."



Quais

destas

modas

pratica?


sexta-feira, 19 de abril de 2019

Relatório de Mueller incapaz de limpar Trump da obstrução da justiça.

Do tão aguardado relatório de Robert Mueller, ele detalha "múltiplos contactos" entre a campanha de Trump e funcionários do governo russo e estabelece 10 "episódios", em que Donald Trump possivelmente obstruiu a justiça.

Mueller disse que ele não fez um "julgamento da acusação tradicional" sobre se Trump obstruiu a justiça e acrescenta que as provas obtidas sobre "as acções e intenção do Presidente " vomitou "questões difíceis".

terça-feira, 16 de abril de 2019

Alho

Ingerir alho pode prevenir o esquecimento, sobretudo em pacientes com Alzheimer ou Parkinson. O benefício vem do sulfeto alílico.

O consumo de alho ajuda a neutralizar as mudanças relacionadas à idade nas bactérias intestinais associadas a problemas de memória, segundo um estudo recente, realizado em cobaias. O benefício vem do sulfeto alílico, um composto presente no alho e conhecido pelos seus benefícios para a saúde.

“A nossa descoberta sugere que a administração dietética de alho, contendo sulfeto alílico, pode ajudar a manter microrganismos intestinais saudáveis e melhorar a saúde cognitiva em idosos”, afirmou Jyotirmaya Behera, líder da equipa de cientistas da Universidade de Louisville, nos Estados Unidos.

Na prática, este composto restaura triliões de microrganismos, também conhecidos como microbiota, no intestino. Pesquisas anteriores já haviam sublinhado a importância da microbiota intestinal para a saúde humana, mas poucos estudos haviam explorado o bem-estar do intestino e as doenças neurológicas normalmente associadas ao envelhecimento.

“A diversidade da microbiota intestinal é diminuída em pessoas idosas, um estágio da vida em que as doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer e o Parkinson, se desenvolvem, e as habilidades cognitivas e de memória podem diminuir”, disse Neetu Tyagi, cientista que fez parte da equipa responsável e co-autora deste estudo.

“Quisemos entender melhor como as alterações na microbiota intestinal estão relacionadas ao declínio cognitivo associado ao envelhecimento”, acrescentou, citada pelo Science Daily.

ABRUPTA E «À BRUTA»

Não é sobre o «à bruto» AO90. É sobre a mudança da hora-manequim de Verão-Inverno.

Estranho ouvir certas razões contra a manutenção da «mesma hora» (provavelmente a de Verão):ora pelo sacrifício e insegurança das crianças na ida para a escola, ora por o sol ter a desfaçatez de passar a levantar-se apenas às 9h, depois da maioria das pessoas. Quanto a este último problema (e a todos os problemas relacionados), pergunto se será possível que o sol se levante às 9h em Bragança, precisamente quando se levanta em Vigo às 10h. Pois é: parece que esquecemos que nós é que nos regulamos pelo ritmo solar, e não o sol pelos nossos relógios. Outra pergunta: será que os esquimós, lá mesmo no buraquinho polar, dormem 6 meses seguidos para trabalharem «à bruta» nos outros 6 meses? Ou só vão trabalhando à medida que a noite diminui? (Até que seria interessante esta alternativa…)

A meu ver, o problema está em se mudar «à bruta», com toda a força de uma lei, que certos especialistas apelidam de científica. Na verdade é devida a uma experiência pós-guerra com o fim de facilitar «a gestão do tempo-relógio» para rentabilização do trabalho sem a ajuda das actuais lâmpadas LED. Será que acham mais justo que toda a gente seja obrigada a experimentar os efeitos do «jetlag»? Se eu vou a Paris ver os coletes amarelos, aceito facilmente que saiam à rua pelas horas que são convenientes para Paris e não para Lisboa ou Atenas. Mas deitar-me às 23 horas em Aveiro para me levantar às 7h, e acordar na mesma cama e cidade no equivalente às 6h! Como se tivesse mudado de fuso! Não há direito!

Acho preferível tirar partido daquilo que mais nos diferencia dos outros animais: ser racional.

As razões da mudança perderam os seus fundamentos. E durante 24 horas, os transportes trans-fusos baralham os horários. Mas sobretudo aumenta-se a confusão durante vários dias e ocorrem perturbações no campo da saúde e da eficácia no trabalho.

Então que fazer? Os Espanhóis têm vindo a desejar o «nosso fuso» (na prática, confunde-se «fuso horário» com «hora legal»). Racionalmente, ou isso ou o mesmo fuso para Portugal e Galiza… Nós fomos atrás de Inglaterra quando «brexou» do «fuso europeu». Porquê?

Seguindo o parecer de entendidos, seria desejável que praticamente toda a Europa como que tivesse «o mesmo fuso» e mesma «hora legal». Apenas seria preciso achar normal que, por exemplo, as escolas abrissem às 8h em França, às 9h na Península Ibérica e às 7h na Grécia («grosso modo»). Tirava-se igual proveito da luz solar sem deixarmos de seguir a referência horária comum à UE. Aliás, até na mesma região, devia ser possível (se razoável!) que as lojas, escolas e a maioria dos serviços abrissem em horas diferentes, de acordo com as conveniências específicas de cada tipo de trabalho e com o bem-estar da população “em geral” (pensemos nas padarias, recolectores do lixo…). Cada serviço é que sabe o horário que é mais conveniente para todos. Bem basta que padeiros, pilotos, polícias, enfermeiros e médicos, só para dizer alguns, se vejam obrigados a «trocar os fusos» volta e meia …

E as crianças: será mais seguro, mais fácil e mais «afectivo», saírem para a escola com os pais, irmãos ou amigos, mal se faz sentir a aurora (depois de bem dormirem enquanto o sol dorme profundamente), ou terem que regressar já de noite, menos acompanhados e mais cansados?

Pertence às «comunidades no mesmo fuso» estabelecer os horários de modo racional, conjugando bem-estar no lazer e no trabalho – e sem deixar tirar proveito do nosso «irmão sol» (que até tem a coragem de se levantar 8 minutos «antes da hora»…)

O próprio problema do alojamento dos estudantes, que também se faz sentir no ensino secundário, só ganhava com a flexibilidade dos horários sob parecer de cada unidade escolar. É ofensivo impor aulas às 8h da manhã, em locais com deficientes meios de transporte.

Intelligenti pauca. Este latim condensa o nosso «para bom entendedor meia palavra basta» (os «velhos» dicionários traziam uma lista de frases estrangeiras, o que não cansa o cérebro, ao contrário do que escreve Malaca Casteleiro). Não é snobismo, é reconhecer que também devemos admirar, além do sol, o brilho com que se exprime o pensamento de outros povos ou grupos sociais, com um carinho especial pela linguagem-mãe da Europa. Por isso me limito a deixar estas reflexões que até fizeram o Sol cair mais depressa.


MANUEL ALTE DA VEIGA. Aveiro.

segunda-feira, 15 de abril de 2019

RETRATO DO POLITICAMENTE CORRECTO E FAKE NEWS

Retrata bem o "politicamente correcto" dos dias de hoje!. É isto..

Nevou no Rio de Janeiro, pela primeira vez na história!!!

8:00 Eu fiz um boneco de neve.

8:10 Uma feminista passou e me perguntou porque eu não fiz uma boneca de neve.

8:15 Eu fiz uma boneca de neve.

8:17 Minha vizinha feminista reclamou do perfil voluptuoso da boneca e neve dizendo que ela ofende as bonecas da neve em todos os lugares.

8:20 O casal gay que mora nas proximidades teve um ataque de raiva e protestou, porque poderiam ter sido dois bonecos de neve.

8:22 Um transgénero da outra rua me perguntou por que não fazia um boneco com partes removíveis.

8:25 Os veganos no final da rua se queixaram do nariz de cenoura, já que os vegetais são comida e não para decorar bonecos da neve.

8:31 O cavalheiro muçulmano do outro lado da rua exige aos berros que a boneca da neve use uma burca.

8:40 A polícia chega dizendo que há uma denúncia anónima contra mim, de alguém que foi ofendido pelo meu racismo e discriminação, porque os bonecos são brancos.

8:42 A vizinha feminista reclamou novamente que a vassoura da boneca da neve deveria ser removida porque ela representa as mulheres em um papel doméstico de submissão.

8:43 Um promotor chegou e ameaçou me processar se eu não pedisse desculpas públicas pelo maldito boneco de neve.

8:45 A equipe de jornalismo da TV apareceu. Eles me perguntam se eu sei a diferença entre bonecos de neve e bonecas de neve. Eu respondo: as "bolas de neve" e agora elas me chamam de sexista.

9:00 Estou no noticiário como um suspeito, terrorista, racista, delinquente, com tendências homofóbicas, determinado a causar problemas durante o mau tempo. Estou passando por tudo isso por causa dos malditos bonecos de neve!!

9:05 Quem mandou fazer a p… dos bonecos de neve?... Estão me perguntando se eu tenho um cúmplice. Ou se alguma organização me incentivou a fazer os bonecos, nas redes sociais.

9:29 Os manifestantes da extrema esquerda e da extrema direita, ofendidos por tudo, estão marchando pelas ruas exigindo que me decapitem.

9:32 Os neonazistas marcham em frente à minha casa acusando-me de ser comunista.

9:35 As feministas me xingam e pintam a fachada da minha casa com a palavra “machista”.

9:45 Os evangélicos me acusam de querer usurpar o lugar de Deus, por criar um homem e uma mulher de neve, e querem me exorcizar, dizendo que eu realizei um ritual pagão.

9:55 Organizações ambientais me acusam de poluir a neve.


Moral da história: NÃO HÁ.

É apenas o mundo em que vivemos hoje - e vai piorar.

O que foi aqui narrado pode ocorrer, e algumas coisas já estão acontecendo.

De tudo isso, a coisa mais difícil de acontecer é… neve no Rio de Janeiro.


Autor desconhecido

quinta-feira, 11 de abril de 2019

“O Pinhal de Leiria" - A culpa foi de D. Dinis

"Foi uma ideia original de D. Afonso III e de seu filho D. Dinis, plantador de naus a haver. Estúpidos e meio boçais, nunca apresentaram um Plano de Ordenamento e Gestão Florestal. Depois deles, o filho da mãe do D. Afonso IV não mandou fazer estudos topográficos e geodésicos. D. Manuel I, desmiolado, esqueceu-se de estudar os resíduos sólidos e os recursos faunísticos. D. João V, esse palerma, desprezou os avanços da bioclimatologia e da ecofisiologia das árvores.

  A maluca da D. Maria I não percebia nada de biologia vegetal e da diversidade das plantas. No fundo, era uma reaccionária.

O resultado de sete séculos de incúria está à vista: ardeu tudo.

Há-de ali nascer um novo pinhal, após rigorosos estudos académicos e científicos. Em vez do bolorento nome de Pinhal de El-Rei, irá decerto chamar-se Complexo Bio-Florestal 25 de Abril, com árvores de várias espécies para assegurar a pluralidade, esplanadas e bares, passadiços, zonas culturais — e uma ciclovia asfaltada da Marinha Grande a São Pedro de Moel.

Estou certo de que o projecto assentará numa "visão pós-moderna da natureza" e no "conhecimento da dinâmica dos sistemas vivos", além da “capacidade de análise e interpretação da paisagem como meio influenciador do homem”.

Bem vistas as coisas, tivemos muita sorte."


Bruno Santos

NOTA: O que me espanta é como foi possível. Tantas centenas de anos sem aviões para apagar fogos, sem SIRESP, sem carros de bombeiros, sem autoridade (?) da protecção civil e sem diversificação das espécies … e só agora (que já temos essa "merda" toda) é que ardeu !!!