sexta-feira, 28 de outubro de 2022

Ministros nórdicos escrevem à UE sobre nova rotulagem de alimentos

O novo rótulo alimentar europeu deve basear-se em investigação científica e não em interesses comerciais. Foi o que escreveram os ministros nórdicos responsáveis ​​pela política alimentar numa carta conjunta à UE.

Na UE, está em andamento um processo para realizar a rotulagem obrigatória de todos os alimentos, o que orientaria o consumidor a fazer escolhas saudáveis ​​ao comprar alimentos.

Isso pode ser na forma de um rótulo na frente da embalagem dos alimentos, exibindo se o conteúdo é bom ou não tão bom para nossa saúde.  

Pode competir com o Keyhole

Um rótulo obrigatório da UE poderia competir com os rótulos nacionais e regionais existentes, como o rótulo Nordic Keyhole, que é usado na região nórdica há 30 anos.  

O Keyhole, juntamente com o símbolo do coração finlandês, é baseado em recomendações nutricionais nórdicas baseadas em pesquisas.

Os ministros nórdicos responsáveis ​​pela alimentação e saúde esperam agora que o esquema de rotulagem nórdico possa inspirar o europeu. 

Experiência com rotulagem funcional

“Como a Comissão Europeia vai desenvolver um rótulo na frente da embalagem para a qualidade nutricional dos produtos alimentícios, gostaríamos de contribuir. A Região Nórdica tem uma vasta experiência no desenvolvimento e uso de rotulagem nutricional como uma ferramenta para fazer escolhas mais saudáveis”, diz Ingvild Kjerkol, Ministro de Serviços de Saúde e Cuidados da Noruega.

Incentivando o desenvolvimento de produtos

Embora a responsabilidade pelo desenvolvimento do rótulo de alimentos nórdicos seja dos governos, isso ocorre em estreita cooperação entre consumidores, pesquisa e indústria.

Isto produziu um rótulo amplamente reconhecível e credível e, ao mesmo tempo, motivou a indústria alimentar a garantir a evolução contínua dos seus produtos.

Em sua carta à Comissão Europeia, os ministros nórdicos escreveram que esperam um processo semelhante aberto e baseado em conhecimento em que pesquisadores e partes interessadas estejam envolvidos no desenvolvimento dos regulamentos para o novo rótulo da UE. 

Preocupações com a deterioração das exportações de alimentos

É crucial que o rótulo seja baseado em evidências e pesquisas. Os ministros nórdicos acreditam que o foco de qualquer rótulo deve ser o valor nutricional do alimento e quão saudável ele é, não interesses comerciais.

O processo da UE para desenvolver um rótulo alimentar comum suscitou a discussão e a preocupação de muitas partes interessadas que temem que o rótulo resulte em má publicidade para importantes produtos gastronómicos de exportação.

A região nórdica contribui com conselhos dietéticos actualizados

Na região nórdica, os esforços para actualizar as recomendações nutricionais nórdicas estão chegando ao fim. As recomendações actualizadas serão publicadas em Junho de 2023. Pela primeira vez, critérios de sustentabilidade serão incluídos nas directrizes alimentares.

Os ministros esperam que as novas recomendações nutricionais nórdicas sejam úteis para os novos esquemas de rotulagem de alimentos da UE.

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Fotógraf: Johannes Jansson/norden.org

Leia a carta à Comissão Europeia

https://www.norden.org/en/news/nordic-ministers-write-eu-about-new-food-labelling

quinta-feira, 27 de outubro de 2022

Rei Dom Miguel

26 de Outubro de 1802: Nasce no Palácio de Queluz o Rei Dom Miguel I…

Dom Miguel I, Rei de Portugal, de seu nome Miguel Maria do Patrocínio João Carlos Francisco de Assis Xavier de Paula Pedro de Alcântara António Rafael Gabriel Joaquim José Gonzaga Evaristo,

* Sintra, Queluz, Palácio de Queluz, 26.10.1802 -† Áustria, Bronnbach, Schloss Bronnbach, 14.11.1866.

Com o cognome de "o Absolutista" e "o Tradicionalista", foi o Rei de Portugal e Algarves entre 1828 e 1834 e pretendente ao trono português entre 1834 e 1866, tendo sido o terceiro filho varão do rei Dom João VI de Portugal e de Dona Carlota Joaquina de Bourbon e o irmão mais novo do Imperador Dom Pedro I do Brasil.

Títulos:

- Rei de Portugal

- Duque de Bragança

- Marquês de Vila Viçosa

- Conde de Arraiolos

- Conde de Barcelos

- Conde de Neiva

- Conde de Ourém

- Condestável de Portugal

Ordens:

- Cavaleiros da Ordem do Tosão de Ouro-Espanha (1804)

- Grã-cruzes da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa (6.2.1818)

Após a sua derrota nas Guerras Liberais que duraram entre 1828 e 1834, e a sua consequente rendição em Evoramonte, Dom Miguel foi despojado do estatuto de realeza e as Cortes declararam que o, então, já Ex-infante Dom Miguel e todos os seus descendentes ficaram para sempre excluídos da sucessão ao trono português e sob pena de morte caso regressassem a Portugal. Esteve proibido de regressar ao pais através da Lei do Banimento do ramo Miguelista (Carta de Lei de 19 de Dezembro de 1834) e que, 4 anos mais tarde, foi reforçada com a promulgação da Constituição de 1838, que estipulava que "A linha colateral do Ex-infante Dom Miguel e todos os seus descendentes estão perpetuamente excluídos da sucessão". Contudo, em 1842, esta Constituição foi revogada e foi restaurada a Carta Constitucional de 1826, a qual não continha qualquer cláusula de exclusão do ramo Miguelista. Também a Lei da Proscrição da Família Bragança (Decreto de 15 de Outubro de 1910) impediu os seus descendentes de voltarem ao país mas esta foi também revogada, pela Assembleia Nacional, a 27 de Maio de 1950, permitindo o regresso a território português dos seus descendentes .

Faleceu em Wertheim, na Alemanha, a 14 de Novembro de 1866, e foi sepultado no Convento dos Franciscanos de Engelberg, em Grossheubach, tendo o seu corpo chegado a Lisboa, de avião, em 5 de Abril de 1967, para ser transladado para o Panteão da Dinastia de Bragança, na Igreja de São Vicente de Fora, da mesma cidade.

Dom Miguel I, Rei de Portugal:

Dom Miguel foi rei de Portugal entre 1828 e 1834, período no qual se deu a Guerra Civil Portuguesa de 1831-1834.

O seu reinado é altamente controverso na História de Portugal. Segundo o partido constitucionalista, Dom Miguel foi um usurpador do título monárquico de sua sobrinha Dona Maria da Glória e fora apenas regente. Por sua vez, o chamado partido miguelista contrapunha que Dom Pedro I do Brasil perdera o direito à Coroa Portuguesa e por isso, a designar um seu sucessor (no caso, sua filha, Dona Maria da Glória) desde o momento em que erguera armas contra Portugal, declarara a independência do Brasil e se tornara imperador desse novo País. Com efeito, de acordo com as Leis Fundamentais do Reino, um príncipe herdeiro que levantasse armas contra Portugal ou ascendesse ao trono de um estado estrangeiro, perderia o direito ao trono português. De acordo com esta interpretação, Dom Miguel seria assim o legítimo sucessor de Dom João VI, vindo a ser legitimado pelas Cortes, em 11 de Julho de 1828, em conformidade com as Leis tradicionais vigentes antes e após a revolta liberal de 1820. Como resultado desta polémica, para os liberais Dom Miguel passou à história como o Absolutista ou o Usurpador (por alegadamente ter arrebatado o trono que seria da sua sobrinha), enquanto os miguelistas lhe atribuem o cognome de o Tradicionalista (por ter sido aclamado em Cortes, ainda que forçadas pelos acontecimentos, no respeito da tradição legal portuguesa).

Antes de ascender ao trono ― uma vez que o primeiro filho de Dom João VI, o Infante Dom Francisco António, Príncipe da Beira falecera na infância ― Dom Miguel foi Prior do Crato e usou os títulos destinados aos secundogénitos de Senhor do Infantado e Duque de Beja. Na sequência da insurreição de Vilafrancada, foi ainda feito senhor de Samora Correia pelo seu pai. Após o período do seu reinado efectivo, já no exílio, foi pretendente ao título de Duque de Bragança, com os demais subsidiários (Marquês de Vila Viçosa, Conde de Arraiolos, de Barcelos, de Neiva e de Ourém).

Ideologia:

Dom Miguel era um homem de aparentes ideais católicos e tradicionalistas, os quais defendia com frontalidade. Era pouco popular entre a burguesia, mais aberta à influência do ideário liberal, mas gozava de grande popularidade entre o povo, que, caído na miséria após as guerras contra Espanha e França, procurava num rei a figura forte de um salvador. A isto acresce que era a Igreja Católica quem, à época, muitas vezes matava a fome do elevadíssimo número de mendigos e deserdados de mais de 30 anos de guerras, pelo que a aparente inimizade dos liberais face a esta instituição terá levado a que o povo se colocasse ainda mais do lado miguelista.

Dom Miguel era também um admirador do chanceler Metternich da Áustria, embora afirmasse não ser adepto de uma monarquia absoluta, mas apenas pretender libertar Portugal das influências estrangeiras ― principalmente das ideias da Maçonaria, as quais considerava nefastas.

Início da actividade pública:

Em Maio de 1823, no seguimento da instituição do regime parlamentar em Portugal, Dom Miguel liderou um movimento militar contra as forças parlamentares ― a insurreição de Vilafrancada ― que resultou na dissolução das Cortes e no restabelecimento do poder régio absoluto de seu pai, Dom João VI. Este nomeou então o filho Generalíssimo e Chefe do Exército.

A reacção dos parlamentaristas, no entanto, organizou-se e projectou destronar o rei e restabelecer a Constituição de 1822. A isto Dom Miguel respondeu com a revolta política que veio a ficar conhecida pela Abrilada. Em 30 de Abril de 1824, Dom Miguel tentou travar a conspiração, convocando as tropas de todos os quartéis de Lisboa. O corpo diplomático estrangeiro, contudo, interveio, levando Dom João VI para bordo do navio de guerra inglês HMS Windsor Castle, onde pressionou o rei a demitir Dom Miguel do comando do Exército e a ordenar o seu exílio.

Dois anos depois, quando o rei Dom João VI morreu, Dom Miguel estava ainda exilado na corte de Viena de Áustria. Morto o rei, a regência da sua irmã Dom Isabel Maria, em Lisboa, considerou que o imperador do Brasil, Dom Pedro I, deveria herdar o trono de Portugal. No Brasil, o imperador Dom Pedro I foi chamado a assumir o trono português; no entanto, este preferiu abdicar em favor de sua filha mais nova, Dona Maria da Glória (depois rainha Dona Maria II de Portugal) e outorgou uma carta constitucional ao reino de Portugal.

Reinado de Dom Miguel:

A 30 de Janeiro de 1827, é assinado o Auto de Aclamação de Dom Miguel como Rei de Portugal:

Para poder voltar a Portugal, Dom Miguel aceitou, então, ficar noivo da sua sobrinha, Dom Maria da Glória, e para poder ser nomeado regente do reino na menoridade desta, jurou ainda, perante a corte austríaca, a Carta Constitucional de 1826 com "reserva de todos os seus direitos" e a expressa determinação de esta ser previamente aceite pelos três estados do reino, conforme seu decreto de outorga. À sua chegada a Lisboa, Dom Miguel repetiu, nos mesmos termos, o juramento de fidelidade à constituição e à rainha, sua prometida mulher. Pouco depois, convocou a reunião dos referidos três estados do reino em cortes, apesar do desagradado do grupo absolutista (facção apostólica do partido absolutista da sua mãe e do Conde de Basto), para decidir a sucessão no trono de Portugal.

Em 23 de Junho de 1828, fruto da decisão desse encontro foi estabelecida a sua aclamação como rei pelas Cortes Gerais do Reino, que anularam a vigência da Carta Constitucional (a qual ele mesmo havia jurado cumprir) e repuseram as Leis constitucionais tradicionais. Foi reconhecido pelo Papa, por Espanha e pelos Estados Unidos, cujo Presidente, Andrew Jackson, seguia o princípio de reconhecer oficialmente todos os soberanos e governantes de facto, ficando as restantes potências na expectativa, mas aceitando porém tratar com o seu governo enquanto entidade que "de facto" exercia o poder político sobre a quase totalidade do território nacional.

Reinou entre 1828 e 1832. Entre outras iniciativas, fundou em 1828 a Real Casa de Asilo dos Náufragos, em São João da Foz do Douro, destinada a casa abrigo para salva-vidas, predecessora do Instituto de Socorros a Náufragos. Esta instituição constituiu o primeiro embrião de um serviço de salvamento na costa portuguesa. A Real Escola de Veterinária, predecessora da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Lisboa, foi criada pelo Decreto de El-Rei D. Miguel I, publicado a 7 de Abril de 1830 na "Gazeta de Lisboa".

Dom Miguel tentou o reconhecimento internacional para o seu regime, tendo até 1830 a simpatia de França e da Grã-Bretanha e Irlanda. Porém, naquele ano, grandes mudanças ocorreram na conjuntura europeia: em França uma rebelião colocou no trono Luís Felipe I em lugar de Carlos X; enquanto no Reino Unido o Governo de Arthur Wellesley, 1.º Duque de Wellington, caiu antes que fosse concedido o reconhecimento a Dom Miguel como monarca. No meio de tudo isto o seu irmão Dom Pedro havia em sua regência como imperador transformado o Brasil num importante parceiro comercial e militar das grandes potências, devido ao seu tamanho continental e reservas naturais. Além destes factos, a acção diplomática de Metternich ― cujo soberano era sogro de Dom Pedro, e pretendia que a sua neta, Habsburgo por sua mãe, ascendesse ao trono de Portugal ― começou também a desenvolver-se contra Dom Miguel.

Guerra Civil:

Em 1831, o imperador Dom Pedro I abdicou do trono do Brasil em favor do filho, Dom Pedro II, e partiu para a Europa em busca de apoios para a causa de sua filha Dona Maria da Glória. Após obter armas e dinheiro, por intermédio de Juan Álvarez Mendizábal, reuniu na Grã-Bretanha e Irlanda uma força de aproximadamente sete mil soldados britânicos, regressando a Portugal para liderar pessoalmente o partido liberal na guerra contra os miguelistas. O regresso de Dom Pedro e dos liberais desencadeou a Guerra Civil Portuguesa (1828-1834).Logo tomou o arquipélago dos Açores, de onde lançou ataques navais a Portugal Continental.

Na Primavera de 1834 a guerra civil entraria na sua fase decisiva. Em 22 de Abril, em Londres, a Grã-Bretanha e Irlanda e a França decidiram pôr fim ao reinado de Dom Miguel I em Portugal e às pretensões de Carlos María Isidro de Borbón em Espanha.

Nessa altura, em 24 de Abril de 1834, firmou-se o Tratado de Londres, uma Quádrupla Aliança dos quatro mais fortes Estados europeus, que decidiram juntar-se para intervir militarmente contra as forças do rei Dom Miguel.

Como consequência desta aliança, o Almirante inglês Napier desembarcou tropas na Figueira da Foz, avançando por Leiria, Ourém e Torres Novas, enquanto o General espanhol José Ramón Rodil y Campillo entrou em Portugal através da Beira e Alto Alentejo, com uma expedição de 15 mil homens, em apoio do partido de Dom Pedro e de sua filha Dona Maria da Glória. Na batalha de Asseiceira, as forças militares portuguesas (absolutistas) foram definitivamente derrotadas pela conjugação das forças estrangeiras, aliadas às forças liberais do duque da Terceira, e foram obrigadas a depor as armas, sendo o rei Dom Miguel I forçado a abdicar em favor de Dona Maria II através da Convenção de Evoramonte assinada a 26 de Maio de 1834.

No exílio:

A 1 de Junho de 1834, depois da derrota militar, Dom Miguel partiu de Évora para embarcar num navio de guerra britânico em Sines, com destino a Génova, tendo pernoitado pela última vez em solo português na vila alentejana de Alvalade, que sempre se revelara fiel à sua causa.

Viveu no exílio primeiro na Itália, depois na Grã-Bretanha e, finalmente, na Alemanha.

Ainda ao largo da costa portuguesa, Dom Miguel denunciou a Concessão de Evoramonte, redigindo uma carta à chegada em que afirmava que o acordo fora firmado sob coacção. No dia 20 de Junho fez um protesto contra a renúncia que fora obrigado a fazer dos seus direitos à coroa de Portugal. Ao fazê-lo, perdeu voluntariamente o direito à pensão vitalícia que Portugal ficara obrigado a pagar-lhe nos termos do acordo, não lhe restando, a partir de então, qualquer fortuna pessoal, visto que já mandara entregar as suas jóias ao seu irmão Dom Pedro, como contribuição para o esforço de reconstrução do País após a guerra. Passou pois a viver da boa-vontade do Papa e dos seus partidários. A oferta do seu tesouro pessoal para ajudar na reconstrução de Portugal suscitou a Dom Pedro IV o comentário emocionado: "Isto são mesmo coisas do mano Miguel".

Carta de Dom Miguel I (no exílio):

"Em consequência dos acontecimentos que Me obrigaram a sair de Portugal e abandonar temporariamente o exercício do Meu poder, a honra da Minha Pessoa, o interesse dos Meus Vassalos e finalmente todos os motivos de justiça e de decoro exigem que Eu proteste, como por este faço, à face da Europa, a respeito dos sobreditos acontecimentos e contra quaisquer inovações que o governo que ora existe em Lisboa possa ter introduzido, ou para o futuro procurar introduzir contrarias às Leis fundamentais do Reino.

D'esta exposição pode-se concluir que o Meu assentimento a todas as condições que Me foram impostas pelas forças preponderantes, confiadas nos generais dos dois governos de presente existentes em Madrid e Lisboa, de acordo com duas grandes Potências, foi da Minha parte um mero acto provisório, com as vistas de salvar os Meus Vassalos de Portugal das desgraças que a justa resistência que poderia ter feito, lhes não teria poupado, havendo sido surpreendido por um inesperado e indesculpável ataque de uma Potência amiga e aliada.

Por todos estes motivos tinha Eu firmemente resolvido, apenas tivesse liberdade de o praticar, como cumpria à Minha honra e dever, fazer constar a todas as Potências da Europa a injustiça da agressão contra Meus direitos e contra a Minha Pessoa; e protestar e declarar, como por este protesto e declaro, agora que me acho livre de coação, contra a capitulação de 26 de Maio passado, que Me foi imposta pelo governo ora existente em Lisboa; auto que fui obrigado a assinar, a fim de evitar maiores desgraças e poupar o sangue de Meus Fieis Vassalos. Em consequência do que deve considerar-se a dita capitulação como nula e de nenhum valor.

Génova, 20 de Junho de 1834

Dom Miguel"

(in, VERITATIS)

Dom Miguel viveu o resto de sua vida no Castelo de Bronnbach, em Bronnbach no Grão-Ducado de Baden, em Baden-Württemberg, na Alemanha, onde se casou com a Princesa Adelaide de Löwenstein-Wertheim-Rosenberg, que lhe deu seis filhas e um filho varão.

Em 26 de Novembro de 1836, Dom Miguel nomeou simbolicamente Governador do Reino do Algarve e Comandante em Chefe Interino de Todas as Tropas Realistas, Regulares e Irregulares do Exército de Operações do Sul o chamado "Remexido", líder de um grupo de guerrilheiros e Ex-soldados, que se manteve fiel à causa miguelista e fez acesa resistência no território compreendido entre o Algarve e o norte do Alentejo durante mais de quatro anos após a Concessão. O que não foi caso isolado, já que se conhecem vários outros focos de luta de guerrilha ao longo de todo o país nesta época, com especial destaque no Norte de Portugal, apoiados nomeadamente pelo célebre Zé do Telhado, no Douro, e pelo conde de Almada, no Minho.

Entretanto, a 26 de Outubro de 1866, morreu sem nunca ter conseguido regressar a Portugal, e muita da sua luta pela sua legitimação pelo Reino de Portugal esmoreceu, apesar da continuidade que lhe foi dada, posteriormente, pelo seu filho Miguel Januário de Bragança e por alguns apoiantes que sempre o seguiram.

Dom Miguel jaz desde 1967 no Panteão da Dinastia de Bragança, no Mosteiro de São Vicente de Fora em Lisboa, juntamente com sua esposa, para onde foi trasladado do Convento dos Franciscanos de Engelberg, em Großheubach, no distrito de Miltenberg, na Alemanha.

(Fontes: Investigação de António Carlos Janes Monteiro, GeneAll e Wikipédia)

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"Milagre" da redução do défice e da dívida à custa dos portugueses

O alerta é dado por Eugénio Rosa e diz que o resultado está à vista: “redução do poder de compra dos trabalhadores e dos pensionistas, aumento da pobreza, agravamento da situação da escola pública e do SNS”.

Passos Coelho teve de fazer um corte, devido á obrigatoriedade, acordada pelo PS e a CE, mas este corte nas pensões, hoje, é uma opção do  governo do PS, de António Costa!

Redução do poder de compra dos trabalhadores e dos pensionistas, aumento da pobreza, agravamento da situação da escola pública e do SNS, corte drástico no investimento público e aumento enorme das receitas de impostos” é esta a receita do Governo para conseguir o “milagre” da redução do défice e da dívida pública.

O alerta é de Eugénio Rosa, que lembra que o défice orçamental, entre 2021 e 2022, passa de 2,9% Produto Interno Bruto (PIB) para -1,9% do PIB e em 2023 para apenas -0,9% PIB. O cenário de queda repete-se na dívida pública que cai de 125,5% do PIB para 115%, entre 2021 e 2022, até chegar aos 110,8%, no próximo ano. 

Estas reduções são transformadas em grandes feitos, em autênticos “deuses”, a que o país e os portugueses deviam render-se. Querem ser vistos em Bruxelas como os campeões na União Europeia na redução do défice e da dívida”, diz o economista, afirmando que essa queda “tão elevada” é feita “em tempo curto e em plena crise”, o que no seu entender, irá ter consequências para o país e para os portugueses.

Na sua análise, esses números são obtidos à custa do aumento das receitas, nomeadamente impostos, em que a estimativa para este ano ultrapassa os valores estimados para este ano. E dá como exemplo o encaixe dos impostos directos, que, na sua previsão, deveria rondar os 25 mil milhões de euros, quando na verdade irá ultrapassar os 28 mil milhões. O mesmo cenário repete-se com os impostos indirectos. A ideia seria entrar cerca de 29 mil milhões de euros nos cofres do Estado, mas deverá acabar o ano com mais de 30 mil milhões de euros.

Ao contrário do que se verifica ao nível da despesa, em que os valores praticamente se mantém inalterados entre os números inicialmente previstos e os que estão agora estimados. Em contrapartida, assiste-se a uma queda do valor estimado em matéria de investimento que deverá cair dos cerca de nove mil milhões de euros para perto de sete mil milhões de euros.

O Governo estima que já, em 2022, a receita que tem como origem os impostos seja superior em 4456 milhões à inicialmente prevista no Orçamento do Estado de 2022. Apesar da inflação este ano (cerca de 8%) ser o dobro do que aquela que o Governo previa no Orçamento do Estado para 2022”, refere Eugénio Rosa, lembrando que o IRS (+969 milhões), IRC (+2280 milhões) e IVA (+1402 milhões) são os principais impulsionadores deste aumento.

Subidas que “atingem principalmente os trabalhadores e pensionistas, que constituem a esmagadora maioria da população. O aumento significativo do IRC (+2280 milhões), que resulta naturalmente de um crescimento significativo dos lucros de empresas, prova que muitas estão a lucrar com a crise causada pela guerra e pelas sanções”.

E acrescenta: “Se juntarmos a isto a redução do poder de compra dos pensionistas em 2022 (mesmo incluindo a meia pensão recebida em Outubro) e que vão voltar a sofrer em 2023, mais todos os trabalhadores da Função Pública em 2023 que têm vindo a sofrer nos últimos anos, aliado ao corte brutal no investimento público fica-se com uma ideia clara da forma como o Governo está a conseguir reduzir o défice e a dívida e os seus custos para o país e para os portugueses. A pressa como é feita tem consequências mais graves porque é realizada num contexto de grave crise económica e social causada pela guerra e pelas sanções, que estão a ter consequências dramáticas na economia e na vida dos europeus, em que face mais visível é a escalada de preços que vai continuar”.

Fraco investimento dita degradação E os alertas não ficam por aqui. De acordo com o economista, “as despesas com pessoal praticamente não aumentaram em relação à prevista inicialmente (apenas +0,7%), embora a subida das remunerações que serviu no cálculo da despesa com pessoal em 2022 ter sido apenas +0,9% (comparando a inflação de 8% com subida das remunerações 0,9%, a perda de poder de compra dos trabalhadores da Função Pública, só em 2022, atinge -6,4%)”.

Já no investimento público verifica-se um corte significativo de 25,5% (-2.317 milhões) em relação ao previsto inicialmente.

Se limitarmos a análise à administração central, ou seja, ao Estado, cuja responsabilidade é exclusivamente do Governo conclui-se que é nele que se verificam as suas causas. As despesas de pessoal do Estado, que representam 78% de todas as administrações públicas até serão inferiores em -0,7% às inicialmente previstas e o corte no investimento no Estado atinge 36,7% do inicialmente previsto, ou seja, um corte de 2128 milhões, que corresponde a 91,8% do corte do investimento verificado em todas as administrações públicas em 2022”, salienta.

Já o corte no investimento publico, de acordo com o economista, está muito abaixo do verificado na União Europeia – 2,6% do PIB português, enquanto a média europeia ronda os 3,2%, o “que determina uma profunda degradação dos equipamentos públicos (escolas, hospitais, transportes, etc.), o que acaba por desincentivar o investimento privado, contribuindo para fragilidade da economia portuguesa, para a baixa produtividade e para o reduzido crescimento económico que se tem verificado no nosso país, atirando Portugal para um crescente atraso”, denuncia.

https://sol.sapo.pt/artigo/784131/milagre-da-reducao-do-defice-e-da-divida-a-custa-dos-portugueses

terça-feira, 25 de outubro de 2022

A EVOLUÇÃO DA DEMOGRAFIA MUNDIAL


Dois exemplos concretos:

Nos próximos quatro minutos irão nascer mil crianças: 172 na Índia, 103 na China, 57 na Nigéria, 47 no Paquistão, em toda a Europa, no entanto, somente 52.Por volta de 2050, mais da metade do projectado aumento da população global estará concentrado em oito países apenas, principalmente na África, de acordo com o The Economist, são eles: Congo, Egipto, Etiópia, Índia, Nigéria, Paquistão, Filipinas e Tanzânia. A Nigéria terá mais habitantes do que a Europa e os Estados Unidos.

Leiam o artigo anexo …ih ih ih

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Como as Civilizações Serão Identificadas

por Giulio Meotti
23 de Outubro de 2022

Original em inglês: How Civilizations Will Be Decided
Tradução: Joseph Skilnik

Mais da metade do crescimento da população global projetado até 2050 se concentrará em oito países apenas, primordialmente na África, de acordo com a revista The Economist, são eles: Congo, Egito, Etiópia, Índia, Nigéria, Paquistão, Filipinas e Tanzânia. A Nigéria terá mais habitantes do que a Europa e os Estados Unidos. Foto: soldados espanhóis e membros da Guardia Civil patrulham a cerca da fronteira do enclave espanhol de Ceuta, em 18 de maio de 2021, mais adiante do outro lado da cerca, no Marrocos, centenas de migrantes africanos estacionados procuram atravessar a fronteira. (Foto: Antonio Sempere/AFP via Getty Images)

Menos bebês nascerão em toda a Europa do que só na Nigéria.

"Pelo andar da carruagem, na Europa, a população despencará pela metade antes de 2070, o continente correrá o risco de perder 400 milhões de habitantes até 2100", observou James Pomeroy, economista do banco chinês HSBC.

O crescimento da população mundial já atingiu seu índice mais baixo desde 1950 e a população da Europa continuará encolhendo até ao final do século, segundo o Financial Times, ao se referir ao relatório "Projeções da População Mundial das Nações Unidas".

A pergunta que não quer calar é: onde essas discrepâncias irão acontecer?

Nos próximos quatro minutos irão nascer mil crianças: 172 na Índia, 103 na China, 57 na Nigéria, 47 no Paquistão, em toda a Europa, no entanto, somente 52.

No ano que vem, a Índia deverá deixar para trás a China em termos populacionais e se tornará o país mais populoso do planeta. Os muçulmanos da Índia somarão 20% da população, tornando-se assim a maior comunidade islâmica do mundo. De que maneira essa tendência demográfica impactará a frágil convivência entre muçulmanos e hindus?

Em 2021, a população da Europa encolheu cerca de 1,4 milhão de habitantes, o maior declínio se comparado a qualquer outro continente desde 1950, quando esses índices foram registrados pela primeira vez. Dois terços da população mundial vive num país onde a taxa de fertilidade está abaixo da taxa de substituição populacional de 2,1 nascimentos por mulher. A população da China deverá encolher 6 milhões de habitantes por ano até meados da década de 2040 e 12 milhões por ano até o final da década de 2050, a maior queda já registrada na história de um país. A população da China despencará pela metade nos próximos 45 anos e se tornará um país de idosos: O PIB levará um tombo sem precedentes e a sociedade terá que administrar uma população envelhecida sem paralelo no país.

O envelhecimento sem precedentes da população do Japão está causando um assustador impacto nas suas forças armadas. Desde 1994, o número de jovens entre 18 e 26 anos, idade do alistamento, vem despencando. Entre 1994 e 2015, houve uma queda de 11 milhões de jovens, ou seja, 40%. "O Japão já não tem mais gente suficiente para travar uma guerra", escreveu a revista Forbes. Pela primeira vez, os japoneses compraram mais fraldas para adultos do que para bebês. O mesmo vale para a Coreia do Sul. "O declínio nos nascimentos na Coreia do Sul virou um problema de segurança nacional", salientou The Wall Street Journal em 2019.

"Há menos jovens disponíveis para prestar o serviço militar. É por isso que as autoridades de Seul realçaram que o exército da Coreia do Sul encolherá para meio milhão de militares, do total atual de 600 mil até 2022."

"Há muito tempo que Taiwan vive a terrível perspectiva de uma invasão da China, mas uma das maiores ameaças à sua segurança vem de dentro do próprio país: as menores taxas de natalidade do planeta", observou o Telegraph. Hoje Taiwan apresenta a menor taxa de natalidade do mundo, por volta de 2050 a ilha terá apenas 20 milhões de habitantes, com idade média escalando para 57 anos, dos atuais 39. Taiwan poderá se tornar tão irrelevante que posteriormente a China nem precisará mais invadi-la.

A mesma descida ladeira a baixo é esperada na Itália, onde supostamente a população despencará pela metade em 50 anos. No corrente ano, 121 mil alunos a menos ingressarão na escola do que no ano passado e 2.300 turmas desaparecerão na Itália. No ano passado, havia 100 mil alunos a menos e 196 escolas foram fechadas. No ano anterior, 177 escolas foram fechadas e 124 um ano antes. A cada ano a Itália perde de 1% a 2% de alunos. De 7,4 milhões de alunos (últimos dados disponíveis são de 2021), o contingente teoricamente cairá para 6 milhões até 2034 em "ondas" de 110 mil a 120 mil alunos a menos a cada ano. Nos últimos oito anos, de acordo com os dados publicados pelo ministério, 1.301 escolas foram fechadas, o que representa 13,3% das 9.769 escolas que ainda restam em funcionamento.

Esta crise não representa uma projeção, é a realidade, agora. Em 2050, 60% dos italianos não terão irmãos, irmãs, primos, primas, tios nem tias. A família italiana, com o pai que serve o vinho e a mãe que serve a massa na mesa dos avós, netos e bisnetos, já terá desaparecido, extinta a exemplo dos dinossauros.

O Iêmen, por outro lado, um país falido em meio a uma terrível guerra civil, terá um crescimento populacional duas vezes maior do que o da Itália.

Na região centro norte do Sahel da África, a população deverá atingir a casa dos 330 milhões de habitantes, sete vezes a sua população no ano 2000. O Egito chegará a 190 milhões. A Argélia passará dos atuais 42 milhões para 72 milhões (a maioria dos quais provavelmente irá para a Europa). O Marrocos passará de 36 milhões para 43 milhões.

De modo que a "velha Europa" estará diante de um Norte da África com 318 milhões de habitantes, isso sem contar aqueles que residem no imenso planalto subsaariano. Na França de hoje, 29,6% da população de 0 a 4 anos já não é de origem europeia, se comparado com os 17,1% por cento com idades entre 18 e 24 anos. Os não europeus também somam 18,8% na faixa etária entre 40 e 44 anos e 7,6% entre 60 e 64 anos e 3,1% para os acima de 80 anos, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística, Insee. Recentemente, o instituto também examinou as três últimas gerações da França: 16,2% de todas as crianças de 0 a 4 anos são filhos ou netos de origem norte africana, 7,3% são do restante da África e 4% da Ásia.

A Open Society Foundation de George Soros, que dá apoio financeiro para a imigração a países ocidentais, divulgou já em 2011 que em Marselha, a segunda maior cidade da França, "entre 30% e 40% da população é muçulmana". Não é difícil de se imaginar que, a esta altura, o limite simbólico de 50% já tenha sido ultrapassado, mesmo que ainda não haja demonstrativos oficiais. A publicação mensal Causeur afirma sem rodeios: "bem mais de 50% da população de Marselha é do Norte da África e da África Negra".

Ceuta e Melilla, dois enclaves espanhóis situados na costa mediterrânea do Marrocos, formam a única fronteira terrestre entre a União Europeia e a África. Em Ceuta, duas cercas paralelas, de seis metros de altura, com arame farpado no topo, se estende oito quilômetros ao longo da fronteira com o Marrocos. Em Melilha, cercas com características semelhantes percorrem 12 quilômetros ao longo da fronteira. Internet, câmeras, sensores de ruído e de movimento, holofotes e postos de vigilância ajudam a monitorá-las. Todos os anos, dezenas de milhares de migrantes, centenas de cada vez, tentam atravessar as barreiras de Ceuta e Melilla. De acordo com o jornal espanhol El Pais:

"Em 1887 havia apenas um muçulmano registrado em Melilha, ele era originário de Casablanca e trabalhava como empregado, hoje os muçulmanos ultrapassam 40% da população e estão cada vez mais perto de se tornarem maioria".

"Somos os primeiros a observar o que se passa em outras cidades da Europa", salientou Jesús Vivas, presidente da Assembleia de Ceuta. Segundo um jornal local:

"só em Ceuta, entre abril de 1960 e os dias de hoje, 49% da população já é constituída de muçulmanos, ainda que o número verdadeiro seja significativamente mais alto. Milagre? Não, incompetência e estupidez do frenético processo de naturalização que começou entre 1985 e 1990".

Ceuta e Melilla são o que virá a ser a maioria das cidades da Europa daqui a 20 ou 30 anos. Melilha é hoje a primeira cidade espanhola que ultrapassou a casa dos 50% da população de muçulmanos devido a imigração, reunificação familiar e alta taxa de natalidade.

Essa expansão foi prevista por Boutros Boutros-Ghali, ex-secretário-geral da ONU, um copta egípcio que, em 22 de maio de 2007, esboçou sua visão sobre o futuro da Europa:

"o colapso jamais visto da população da Europa além do seu envelhecimento acelerado contrastam com o ainda rapidíssimo crescimento populacional existente no sul e leste do Mediterrâneo. Isso resultará em desequilíbrios extremamente desproporcionais!... A imigração imprudente corre o risco de implodir as sociedades ocidentais às custas de problemas muito graves (choque cultural, estruturas neocoloniais, desemprego, etc.)"

O Paquistão se tornará um jovem caldeirão com 403 milhões de pessoas, quase a população de toda a União Europeia (448 milhões) e a sua juventude irá para os "territórios" que já terão sido criados por toda a Europa. O Afeganistão, que se tornou um dos maiores buracos negros geopolíticos após a retirada dos EUA no verão passado, dobrará de população para 64 milhões.

O que a Polônia irá construir para barrar o massivo ingresso de pessoas que irão pressionar as fronteiras externas da UE? A Europa Oriental entrará em colapso em um cenário aterrorizante. A Romênia perderá 22% de seus habitantes, seguida pela Moldávia (20%), Lituânia (17%), Croácia (16%) e Hungria (16%). O jornal Le Monde brada que a Europa Central e Oriental de hoje "enfrenta a angústia do desaparecimento". Os dados da ONU são impressionantes:

"A Bulgária, que passou da casa dos 9 milhões de habitantes na década de 1990 para 6,8 milhões em 2022, poderá contar com apenas 5,2 milhões em 2050. A Sérvia tinha 8 milhões de habitantes durante o colapso da cortina de ferro. Atualmente tem 7,2 milhões e poderá cair para 5,8 milhões em trinta anos. No mesmo período, a população da Lituânia poderá cair de 3,8 milhões para 2,2 milhões, a da Letônia de 2,7 milhões para 1,4 milhão."

A Alemanha, o que já é de conhecimento de todos, está desaparecendo de acordo com o Die Zeit: "22 milhões de habitantes, (mais de um quarto da população), são nativos de outro país ou os pais nasceram fora da Alemanha". A Alemanha está prestes a virar um "país de imigração legal" após de fato já sê-lo há muito tempo, porém com grandes avanços políticos e legislativos, de acordo com o Neue Zürcher Zeitung. Christian Doleschal da CSU teceu duras críticas ao plano de imigração aberta do governo alemão: "a medida destruirá a Europa no longo prazo", alertou ele.

O badalado escritor alemão Uwe Tellkamp também criticou a política de imigração de seu país. "Respeito outras culturas e concomitantemente gostaria de preservar a minha. Não quero ser igual a Frankfurt", salientou ele ao jornal Süddeutsche Zeitung, ao se referir à cidade alemã onde a maioria da população já não é mais alemã autóctone. Em Frankfurt, a primeira cidade alemã onde os alemães viraram minoria, 15% da população é de origem turca.

O mundo ocidental proporcionou mais prosperidade e comodidade a mais cidadãos do que qualquer outra civilização da história. Estamos praticamente inundados de recursos, mas as pessoas estão desaparecendo, o único recurso verdadeiramente indispensável.

A Rússia é o exemplo mais claro: é o maior país do mundo, repleto de recursos naturais, mas está definhando: a população está encolhendo desastrosamente. Vladimir Putin não será mais o presidente da Rússia quando o país tiver perdido cerca de 15 milhões de habitantes e, de um terço à metade dos restantes será constituída por muçulmanos.

"A Rússia tem medo de desaparecer?" Esta foi a pergunta feita no semanário Le Point por Bruno Tertrais, o estudioso autor do livro Le choc demographique e vice-presidente da Fundação para Pesquisa Estratégica em Paris. "Por trás do conflito com a Ucrânia pairam as ansiedades demográficas russas em relação ao crescimento da imigração muçulmana".

Kamil Galeev, pesquisador do Wilson Center, de Washington DC, publicou recentemente um mapa da Rússia:

"vamos conversar sobre a demografia russa. Como se pode observar, as populações nas enormes extensões territoriais da Sibéria e da Rússia europeia estão encolhendo. Há dois fatores por trás disto. Primeiro, baixa fertilidade. Os únicos focos onde há crescimento natural são os núcleos muçulmanos..."

Pravda, veículo oficial da mídia russa, fez a mesma pergunta: "o Islã se tornará a religião predominante da Rússia por volta de 2050?"

Janis Garisons, secretário de Defesa da Letônia, acaba de sustentar no Politico os possíveis cenários em potencial após a provável queda de Putin, "uma guerra interna... a desintegração e fragmentação da Rússia, com bolsões controlados por milícias e senhores da guerra".

Caso isto aconteça, o Islã terá uma oportunidade única de realizar seu sonho de califado, criar uma cadeia ininterrupta de entidades muçulmanas do Paquistão e Afeganistão ao norte do Cáucaso e do Volga. Na pior das hipóteses, a situação poderá ficar fora de controle. Após o colapso da União Soviética, as armas de destruição em massa começaram a se espalhar pelo mundo, representando uma ameaça à própria existência humana. Ninguém sabe o que acontecerá se mísseis russos e armas de alta tecnologia caírem nas mãos dos "califas" ou "emires" dos novos estados islâmicos russos.

Por volta de 2050, mais da metade do projetado aumento da população global estará concentrado em oito países apenas, principalmente na África, de acordo com o The Economist, são eles: Congo, Egito, Etiópia, Índia, Nigéria, Paquistão, Filipinas e Tanzânia. A Nigéria terá mais habitantes do que a Europa e os Estados Unidos.

Além disso, o Islã já terá ultrapassado o cristianismo em número de fieis tornando-se assim a maior religião do planeta. A população islâmica da União Europeia, dependendo dos fluxos migratórios, poderá chegar a 75 milhões em uma geração, por exemplo, como se toda a Alemanha fosse muçulmana ou então a Dinamarca, Áustria, Hungria, Grécia, Bélgica, Holanda, Portugal e Suécia juntas. Melhor assim?

"Eles não conseguiram nos mudar. Nós é que vamos mudá-los", salientou o imã norueguês "Mullah Krekar" ao jornal Dagbladet.

"Veja como a população na Europa está se reproduzindo, o número de muçulmanos se multiplica feito mosquitos. Na UE a mulher ocidental gera, em média, 1,4 filhos. A mulher muçulmana nesses mesmos países gera 3,5 filhos. Em 2050, 30% da população europeia será muçulmana... O modo de pensar no Islã bate de frente com o modo de pensar ocidental. Hoje é o nosso modo de pensar que se apresenta e se mostra mais forte do que o modo deles..."

Já hoje, o Islã é a religião líder em Bruxelas.

O escritor argelino Boualem Sansal ressaltou recentemente em uma rádio francesa:

"A França fez acordos com os islamistas: já foi o dia em que havia 10 mesquitas na França, hoje são 3 mil, a Arábia e o Catar financiam a islamização dos subúrbios. O governo francês está sufocado".

"O Islã é uma crescente força social na segunda maior cidade da Grã-Bretanha", na manchete do The Economist, ao se referir à segunda maior cidade da Inglaterra atrás de Londres, Birmingham, onde o muezim chama os fiéis à oração. Um pequeno retrato de uma cidade conquistada:

"nas 200 mesquitas da cidade, os muçulmanos se aglomeram não só para rezar, como também para comprar livros, receber instruções, casar, divorciar e enterrar os mortos. Todos os anos, centenas de pessoas estão cada vez mais perto do 'conselho da sharia', que administra o direito da família."

O Festival Eid anual de Birmingham que começou em 2012, contou com a participação de 20 mil fiéis. Em 2014 o número de fiéis saltou para 40 mil. Em 2015 para 70 mil. Em 2016, 90 mil. Em 2017, 100 mil. Em 2018, 140 mil. Na sequência a Covid coibiu as grandes aglomerações. Agora já estão voltando.

Logo, logo metade da população de Birmingham será muçulmana. "Em 2018 os muçulmanos representavam 27% da população de Birmingham", observou o Birmingham Mail . "O número de muçulmanos aumentou se comparado com os 21% de 2011". O Business Live revelou que o número de crianças muçulmanas na cidade ultrapassou o número de crianças cristãs:

"além de Birmingham, o Islã já é a religião predominante entre as crianças em Leicester, Bradford, Luton, Slough e nos bairros londrinos de Newham, Redbridge e Tower Hamlets".

Os recentes confrontos entre muçulmanos e hindus em Leicester já se espalharam para outras cidades britânicas, entre elas Birmingham, onde um templo hindu foi atacado aos berros de "Allahu Akbar" ("Alá é o maior"). Ódio sectário e religioso "poderá se espalhar por toda a Inglaterra". Os confrontos entre muçulmanos e hindus quando do nascimento da Índia e da partilha com o Paquistão já chegaram aos enclaves multiculturais da Europa.

O jornalista húngaro Károly Lorán do jornal Magyar Hirlap escreveu:

"as Nações Unidas estimam que a população mundial atingirá um pico de 11 bilhões de pessoas em 2100, três bilhões a mais do que a atual. O crescimento virá da região subsaariana. A população asiática não mudará muito. A população da América do Norte acrescerá 120 milhões de habitantes e a da União Europeia encolherá 60 milhões, por conta da Polônia, Alemanha, Itália e Espanha. Se a taxa de natalidade permanecer em 1,5 o que caracteriza a União Europeia e ao mesmo tempo a atual imigração de 1 milhão de pessoas por ano continuar inalterada, até o final do século a parcela da população muçulmana chegará em média a 40%. Alguns países da Europa Ocidental já contarão com a maioria muçulmana. Se quisermos substituir a população em declínio por imigrantes, necessitaremos de 1,5 milhão de imigrantes por ano, o que resultará em 60% de muçulmanos no final do século na União Europeia".

Será que estamos delirando que a imigração a este ritmo terá condições de integrar facilmente os imigrantes nas sociedades que os acolheram, que eles se tornarão como nós? Estamos alimentando a esperança que em breve os europeus voltem a ter mais filhos? E se estivermos errados e as projeções se tornarem realidade? Estamos resignados ao desaparecimento de nossa civilização?

Em 1996, Samuel Huntington escreveu no O choque de civilizações:

"o equilíbrio de poder entre as diferentes civilizações está mudando: a influência do Ocidente está encolhendo, as civilizações asiáticas estão multiplicando a pujança econômica, militar e política, o mundo islâmico está experimentando uma explosão demográfica com consequências desestabilizadoras para os países muçulmanos e seus vizinhos, as civilizações não ocidentais em geral reiteram o valor de suas próprias culturas"

"O que estamos deixando para trás?", perguntou o primeiro-ministro britânico Tony Blair.

É a demografia cabeça de vento.

"Extenso contingente demográfico, extenso poder", resumiu Nicholas Eberstadt, economista político americano na revista Foreign Affairs. Demografia em ruínas, poder em ruínas...

Giulio Meotti, Editor Cultural do diário Il Foglio, é jornalista e escritor italiano.

sexta-feira, 21 de outubro de 2022

A Reforma de Francisca Van Dunem

No passado mês de Abril, fez manchetes nos jornais a pensão de reforma da Ex-ministra da Justiça, Francisca van Dunem: 6 750 euros por mês.

Só que nos últimos seis anos da sua vida activa, Francisca van Dunem foi ministra de dois governos de António Costa, onde ganhava 4750 euros ao mês.

Para a esmagadora maioria dos portugueses, a passagem à reforma implica uma quebra de rendimentos. Para a Ex-ministra, foi ao contrário, os seus rendimentos aumentaram mais de 40% a partir do momento em que deixou de trabalhar.
Como explicar este milagre, em que a Ex-ministra tem uma pensão de reforma substancialmente superior ao seu último vencimento, cinco vezes maior do que o salário médio que um cidadão ganha a trabalhar e 15 vezes mais que a pensão média de reforma do português comum?

É um processo de corrupção na Justiça que começa no momento em que Francisca van Dunem, magistrada do Ministério Público com a categoria mais elevada na carreira (Procuradora-geral Adjunta), aceita ser ministra do governo de António Costa, trespassando a linha vermelha de um dos mais importantes princípios da democracia – a separação entre o poder judicial e o poder político.

Quando, em democracia, um magistrado se torna político, servindo um governo partidário, ficam comprometidos os dois atributos mais importantes da justiça em regime democrático – a sua independência e a sua imparcialidade – e a justiça resulta corrompida.

Francisca van Dunem iniciou funções como ministra da Justiça em Novembro de 2015. Em Março de 2016, estando ela a desempenhar funções de ministra, o Conselho Superior da Magistratura (CSM) que é o órgão de governação dos juízes, promoveu-a a juíza conselheira do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), que é o lugar mais alto da carreira judicial.

A promoção foi tanto mais surpreendente quanto é certo que ela, estando a desempenhar funções de ministra, não podia exercer a função de juíza conselheira do STJ, e por isso o CSM teve que promover outro juiz para preencher o lugar que ela não podia ocupar, e que nunca viria a ocupar.

Mas a promoção tinha a sua lógica, julgando pelo que viria a seguir.

Em Agosto de 2019, pela calada do Verão, a ministra Francisca van Dunem conseguiu aprovar em Conselho de Ministros um novo estatuto dos magistrados judiciais em que os juízes conselheiros recebiam, de uma assentada, um aumento salarial de 700 euros, passando a receber mais de oito mil euros ao mês (despesas de representação incluídas).
A ministra utilizava a sua posição no governo para se aumentar substancialmente a si própria e aos seus pares e pagava, assim, o favor da sua própria promoção aos membros do CSM, todos eles possuindo a categoria de juízes conselheiros.
Em Março de 2022, ainda como ministra da Justiça de António Costa, o Supremo Tribunal de Justiça deferiu o pedido de passagem à reforma de Francisca van Dunem que, assim, se reformou do STJ sem nunca lá ter posto os pés ou feito um único julgamento.

A ministra Francisca van Dunem terminou o seu mandato no Governo no final desse mesmo mês de Março quando tomou posse o novo Governo constitucional e, aos 66 anos e meio de idade, seguiu directamente para a reforma.

Ela reformou-se na categoria de juíza conselheira que nunca exerceu. E a sua pensão de reforma foi calculada com base no vencimento de juíza-conselheira, que nunca lhe foi devido. Nos últimos anos da sua vida activa, ela foi paga como ministra, a que corresponde um vencimento bastante inferior ao de juíza-conselheira do STJ.

Imagine-se um funcionário do escalão médio de uma empresa, que ganha 1500 euros por mês, e que se conluia com a administração da empresa do seguinte modo: nos últimos anos de actividade, o funcionário é promovido ficticiamente a administrador e o seu vencimento é ficticiamente fixado em 10 mil euros ao mês a fim de poder vir a auferir da Segurança Social uma pensão de reforma superior àquela a que teria direito.
Este homem cometeu o crime de burla, sendo a Segurança Social a vítima, e tendo como cúmplices os administradores da empresa.
Francisca van Dunem fez exactamente o mesmo. Tendo como cúmplices os membros do Conselho Superior da Magistratura, simularam uma categoria profissional (juíza conselheira) que ela nunca desempenhou e um vencimento que ela nunca auferiu (o de juíza conselheira) para receber uma pensão de reforma (6 750 euros por mês) da Caixa Geral de Aposentações, calculada com base nesse vencimento, e que é superior àquela a que legitimamente teria direito.
Existe apenas uma diferença entre os dois casos citados. Aquele homem iria directo para a prisão, bem como os seus cúmplices. Ao passo que Francisca van Dunem vai gozar uma reforma dourada.
E os seus cúmplices também, quando chegar a sua vez.

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Desconheço o autor do texto.

Considero no entanto que é ‘provável’ que tudo tenha sido legal.

(NÃO É CRIME usar como ‘norma de vida’ o ditado…Quem parte e reparte e não escolhe a melhor parte…)

Pode não ser ‘ético’ ou ‘moral’, mas isso não interessa à lei…

O GOVERNO SUCIALISTA SILENCIOU A MAIORIA DOS JORNAIS E TVs

Terá sido através de ‘subsídios anuais’ e ‘ameaças de retaliação’ (o conjunto ‘cenoura-chicote’ é quase sempre eficaz, quer seja utilizado nos burros, quer nos humanos).

Restam poucos exemplos de independência nos ‘jornais’(para além de muitos ‘blogs’ que não são perigosos para o PODER porque – assim como assim – a enorme maioria dos que lêem ‘blogs’ – e são numericamente poucos e sem reflexos nos resultados eleitorais – não votarão ‘neles’).

Já as TVs têem de ser mais amordaçadas porque alcançam um número elevadíssimo de ‘eleitores’. Nelas, certamente existem political comissars’ (normalmente em posições bastante acima das suas capacidades …como agora se diz…) responsáveis pelo silêncio relativamente a certos assuntos e que serão responsabilizados e punidos se não o conseguirem…

O SILÊNCIO relativo à incapacidade das vacinas da PFIZER contra a COVID protegerem as populações do contágio (elas nem sequer foram – durante o seu desenvolvimento – testadas nessa área fundamental para qualquer vacina deste tipo) permitiu que as populações – com um MEDO compreensível – aceitassem mais facilmente a obrigatoriedade das vacinas, os ‘lockdowns’ e a ostracização social e profissional dos não-vacinados (‘apresentados’ pelo PODER e seus apaniguados, como ‘inimigos do povo’).

O título do artigo anexo é infelizmente uma ‘pergunta de retórica’ pois o pacto do silêncio só acabará se e quando o regime anedótico instalado neste ‘Sítio’ onde vivemos for derrubado por algo não identificado (o que não é previsível, pelo menos no ‘meu tempo’).

E ‘todos os dias’ vão aparecendo novos exemplos de coações que o PODER impõe aos residentes na sua esfera de acção. Agora foi na CALIFÓRNIA – esse ‘antro da democracia norte-americana’ – onde os médicos serão punidos se não concordarem com as políticas oficiais de saúde relativas à COVID (impostas por ‘sabedores e honestos’ políticos).

PORCA MISERIA

autor AFP

Nota: no Facebook existem agentes sucialistas que vão espiolhando o que muitos – como eu, mas melhores - escrevem e, depois se o texto é forte contra o governo, queixam-se dele/a aos inspectores do Facebook - e com as regras apertadas que os responsáveis do Facebook tem - as páginas, ou os postais, são censurados com argumentações de que infringem qualquer coisa ou que não é verdade verificada por analistas… e cerceiam assim também nestes sítios a liberdade de expressão. Por exemplo: no meu caso já fui penalizado por varias vezes do modo que afirmei acima e bloqueiam-me durante uns dias e até um mês sem poder aceder á pagina. O Facebook informam-me que posso reclamar, e eu faço-o, mas nunca temos êxito. A ultima que me fizeram, foi informaram-me que me tinham baixado o (se não era ranking, era similar) e portanto seria visto tipo quando calhasse alguém ver. Eu sou seguido por 12 434 pessoas, e neste momento quem vê a minha página são meia dúzia de pessoas… os meus seguidores não vêem o que eu escrevo nos últimos meses, tem de ir á procura da minha página, enquanto que anteriormente, normalmente a viam sem qualquer acto de especial.

*25 MANEIRAS PARA ENVELHECER BEM*

*01-* Não se meta na vida dos filhos.

*02-* Não interfira na educação dos netos.

*03-* Tolere o seu genro e Nora, foi seu filho(a) quem fez a escolha.

*04-* Nunca tome partido ou opine no casamento deles.

*05-* Não fique um idoso rezingão.

*06-* Não seja um idoso com pena de si mesmo.

*07-* Não fique falando *NO MEU TEMPO*, ele já passou.

*08-* Tenha planos pro futuro.

*09-* Não fique falando de doenças. Tenha a certeza de que ninguém quer saber.

*10-* Não importa quanto ganhe, poupe todo mês uma quantia.

*11-* Não tenha prestações, idoso não deve ter dividas.

*12-* Tenha um plano de saúde ou guarde dinheiro  para despesas médicas.

*13-* Guarde dinheiro pro funeral ou tenha um plano.

*14-* Não deixe "problemas" para os filhos.

*15-* Não fique ligado em noticiário ou política, afinal você não resolverá nada mesmo.

*16-* Só veja TV para se divertir, não pra ficar nervoso.

*17-* Se gostar tenha um bichinho de estimação para te ocupar.

*18-* Ao se levantar, invente: caminhe, cozinhe, costure, faça horta, mas não fique parado esperando a morte.

*19-* Seja um idoso limpinho e cheiroso. Idoso sim, jamais mal cheiroso.

*20-* Tenha alegria por ter ficado idoso, muitos já ficaram pelo caminho.

*21-* Tenha uma casa e um modo de vida onde todos queiram ir e não evitar. Isso só depende de  você.

*22-* Use a idade como uma ponte para o futuro e, jamais, uma escada para o passado.

         Para a ponte do futuro sempre terá companhia.

*23-* Lembre-se: é melhor ir deixando saudades do que deixando alívio.

Finalmente,

*24-* Não deixe "aquele bom vinho" (idosos não devem beber vinho ruim) e nem a cerveja para amanhã, pode ser tarde!.

*25-* SEJA FELIZ!

O QUE FAZER SE DE REPENTE NÃO conseguir URINAR…

Alguém quer experimentar?

Esta é a experiência de um médico famoso de alopatia por conta de um artigo médico. Ele tem 70 anos e é otorrinolaringologista. Foi surpreendente ouvir uma de suas experiências que ele compartilhou.

Naquela manhã, um dia, ele teve um problema ao acordar. Ele tinha vontade de urinar, mas, por algum motivo, não conseguiu. Numa idade avançada, algumas pessoas enfrentam algumas vezes este problema e, se tentarem duas ou três vezes, poderão ter sucesso. Ele tentou repetidamente, mas nada aconteceu. Os seus esforços contínuos não deram resultado. Então ele percebeu que tinha um problema. Embora ele fosse médico, ele não é excepção a problemas físicos, pois ele também é feito de carne e osso como todo mundo. Agora o seu abdómen ficou pesado e ele não conseguia sentar-se ou ficar de pé e sofria com o aumento da pressão. Imediatamente, ele telefonou para um urologista conhecido e explicou a sua situação. O urologista respondeu: "Estou actualmente num hospital nos arredores e estarei numa clínica da sua área dentro de uma hora e meia. Você será capaz de suportar isso por quanto tempo?" Ele respondeu: "Vou tentar ”.

Nesse instante, ele recebeu uma ligação de outro médico de alopatia, um amigo de infância. Com grande dificuldade, o velho médico explicou a situação ao amigo.

Este respondeu-lhe: “Oh, a sua bexiga está cheia e você não consegue urinar. Não se preocupe, faça o que eu sugiro e será capaz de superá-lo ”.

E ele deu a instrução:

Levante-se e pule vigorosamente… ao pular, levante as duas mãos como se estivesse arrancando mangas de uma árvore. Faça isso de 15 a 20 vezes

O quê?

Com a bexiga cheia, ele ainda quer que eu pule?

Embora um pouco céptico, o velho médico tentou. Que alívio para ele quando após 5 a 6 saltos a urina começou a passar. Ele sentiu-se muito feliz e agradecido ao seu amigo de infância por resolver o problema com um método tão simples que, de outra forma, exigiria uma admissão num hospital onde eles teriam inserido um cateter dentro da bexiga, injecções, antibióticos etc. e facturar milhares de dólares, além do estresse físico e mental para ele e seus entes próximos e queridos.

COMPARTILHE  COM  OS  CIDADÃOS  SENIORES  E  COM  TODOS  QUE   PRECISAM DESTE  REMÉDIO  MUITO  SIMPLES  PARA  O  QUE  PODE  SER  UMA  EXPERIÊNCIA   INDESEJÁVEL! 

Medina, Duarte Cordeiro, Siza Vieira e Graça Fonseca investigados por ajustes directos

As investigações a elementos do PS, no governo, no parlamento, nas administrações de empresas publicas e nas camaras municipais, são sempre difíceis de evoluir, vá-se lá saber porquê. Será porque não encontram as pessoas em causa?

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Fernando Medina, Siza Vieira, Duarte Cordeiro e Graça Fonseca estão entre os actuais e antigos responsáveis políticos que estão sob investigação por ajustes directos à sociedade de advogados Linklaters.

Fernando Medina, actual ministro das Finanças; Pedro Siza Vieira, Ex-ministro da Economia; Duarte Cordeiro, actual ministro do Ambiente; e Graça Fonseca, Ex-ministra da Cultura. Todos estes actuais ou antigos responsáveis políticos estão, segundo o Correio da Manhã, a ser investigados por ajustes directos que terão lesado o erário público em milhares de euros, em situações onde a lei da contratação pública poderá ter sido violada.

De acordo com o jornal, o que está em causa é uma série de contractos (assinados entre 2014 e 2018) pela Câmara de Lisboa com a sociedade de advogados Linklaters, que foi fundada em Portugal por Pedro Siza Vieira em 2006 – que mais tarde se tornaria ministro da Economia. Os contractos sob investigação foram assinados por Fernando Medina – no tempo em que era vereador – e, também, por Duarte Cordeiro e Graça Fonseca, também vereadores, na fase em que Medina já era presidente da autarquia.

A sociedade de advogados terá recebido mais de 800 mil euros em contractos de serviços jurídicos, até ao momento em que Pedro Siza Vieira sai da firma para integrar o governo de António Costa. Desse valor total, contractos no equivalente a mais de meio milhão de euros estão agora sob investigação do Ministério Público.

A maioria dos contractos sob investigação diz respeito aos litígios do Parque Mayer e da Empresa Pública de Urbanização de Lisboa (EPUL). O escritório de Siza Vieira foi contratado para ajudar no trabalho jurídico e cobrava 180 euros à hora, mais IVA. A investigação está a cargo do DIAP desde 2016, ainda não tem arguidos, mas tem causado algum desconforto no sistema judicial pelo facto de se arrastar há mais de cinco anos e não ter levado a diligências no âmbito do processo – não havendo notícia, até ao momento, de que tenha havido buscas ou outras iniciativas.

O Correio da Manhã contactou a PLMJ, firma onde trabalha actualmente Siza Vieira, para obter uma reacção, mas o advogado indicou, através de assessores, que não ia comentar a investigação. Duarte Cordeiro comentou que “todos os processos de contratação relacionados com os serviços jurídicos eram instruídos pelos serviços da câmara”. A Ex-ministra da Cultura viu a mensagem enviada pelo jornal mas não respondeu e quanto a Fernando Medina, ministro das Finanças, disse não ter “conhecimento de qualquer investigação”.

quinta-feira, 20 de outubro de 2022

Restrições de fornecimento podem frear lançamentos de veículos eléctricos.

“Será impossível que muitas metas de veículos eléctricos sejam alcançadas” no caminho actual, diz o director de pesquisa da Wood Mackenzie, Gavin Montgomery.

JASON DEIGN 25 DE JULHO DE 2019

Os investimentos em projectos de mineração para apoiar os principais materiais para baterias podem chegar tarde demais para atender à crescente demanda, diz uma nova pesquisa, alimentando temores de uma crise de materiais de bateria.

As restrições da cadeia de suprimentos podem começar a afectar em meados da década de 2020, de acordo com o mais recente  Global Battery Raw Materials Long-Term Outlook da Wood Mackenzie .

Parte do motivo é que os preços de muitos materiais importantes caíram nos últimos meses, tirando o incentivo para as mineradoras investirem em novos projectos.

Os preços spot do carbonato de lítio, por exemplo, caíram quase US$ 7.000 por tonelada desde Junho de 2018, ou cerca de 40%.

E o preço do cobalto, que vem principalmente da problemática República Democrática do Congo (RDC), caiu “mais com uma queda do que com um declínio constante” no primeiro semestre de 2019, disse Gavin Montgomery, director de pesquisa de matérias-primas para baterias. na WoodMac.

Os baixos preços do cobalto podem adiar alguns projectos de minas e provavelmente resultarão na redução da produção artesanal da RDC, disse Montgomery. O preço mais forte necessário para incentivar novos projectos pode demorar algum tempo, já que o sector está enfrentando um excesso de oferta de intermediários de cobalto que pode durar pelo menos até 2024.

As baterias continuam a ficar maiores e, portanto, exigem mais materiais. É possível que uma potencial escassez futura possa ser evitada com novas tecnologias de bateria que usam menos metais em risco. Caso contrário, as metas em vigor em muitos países para expandir os veículos eléctricos e reduzir os motores de combustão interna podem estar ameaçadas, disse Montgomery.

As vendas totais de veículos eléctricos para passageiros, incluindo veículos eléctricos híbridos, aumentaram mais de 24% no ano passado, diz WoodMac. A empresa de pesquisa de mercado espera que os veículos eléctricos representem 7% de todas as vendas de carros de passeio em todo o mundo até 2025, subindo para 14% até 2030 e 38% até 2040.

A pesquisa da WoodMac reforça preocupações de longa data sobre como o sector de mineração lidará com a demanda sem precedentes por materiais de bateria, alguns dos quais tiveram uso limitado até agora.

Uma análise recente de John Petersen, director não executivo da empresa de mineração de manganês Giyani Metals, apontou o cobalto, em particular, como estando em risco porque a China controla a maior parte do fornecimento que vai para as baterias.

“Em algum ponto da segunda metade da próxima década, não haverá uma cadeia de fornecimento de cobalto confiável para nenhuma empresa não chinesa que fabrique baterias para transporte e aplicações estacionárias”, previu Petersen.

Simplesmente muita demanda?

Além das preocupações com a oferta de curto prazo, que está amplamente relacionada à taxa em que novas minas podem entrar em operação, alguns especialistas expressam preocupação de que o crescimento maciço na demanda de baterias possa superar as reservas disponíveis comercialmente.

No mês passado, por exemplo, um grupo de cientistas no Reino Unido liderado pelo chefe de ciências da terra do Museu de História Natural, professor Richard Herrington, alertou que atingir a meta de EV de 2050 do país exigiria uma quantidade de metais muito além do escopo da mineração global de hoje. operações.

“Nós precisaríamos produzir pouco menos de duas vezes a actual produção mundial anual total de cobalto, quase toda a produção mundial de neodímio, três quartos da produção mundial de lítio e pelo menos metade da produção mundial de cobre”, disseram os pesquisadores .

Outras fontes descartaram tais preocupações, no entanto, e chamaram a análise de enganosa.

“O que muitos estudos e previsões não levam em conta é o uso de tecnologia e processos inovadores que estarão em vigor bem antes de 2050”, disse Jayson Dong, director de políticas da Associação Europeia de Eletromobilidade.

As reservas existentes e potenciais de metais “serão capazes de atender a demanda”, afirmou. No entanto, ele pediu investimento e regulamentação para apoiar a reciclagem de baterias e aplicações de segunda vida.

Logan Goldie-Scot, chefe de armazenamento de energia da Bloomberg New Energy Finance, disse que a análise do Museu de História Natural “é bastante enganosa porque está olhando para uma meta de demanda futura de longo prazo e não assumindo nenhuma mudança na oferta”.

Não é assim que qualquer indústria de recursos já evoluiu, disse ele. “Há uma enorme quantidade de investimento e expansão acontecendo para lítio, níquel [e] cobalto no momento”, comentou ele.

A estimativa de oferta de lítio sem risco da Bloomberg New Energy Finance “é suficiente para suprir confortavelmente a demanda global de baterias até meados da década de 2020, pelo menos”, disse Goldie-Scot.

“Além disso, você não tende a ver novos anúncios de fornecimento daqui a alguns anos, e é por isso que você não consegue prever qual mina fornecerá lítio em 2035.”

https://www.greentechmedia.com/articles/read/supply-constraints-could-put-the-brake-on-electric-vehicle-rollouts#gs.sgwzez

quarta-feira, 19 de outubro de 2022

UM PAÍS ESTAGNADO E DEPRIMENTE – É O ‘SÚCIALISMO’

É pelos exemplos concretos que eu avalio a qualidade do governo (e do regime).

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Dois idosos, cansados, a subir um dos lances de escadas da estação do Chiado por avaria das escadas rolantes. O retracto perfeito de um país estagnado. Deprimente.


Escadas rolantes avariadas há anos dificultam mobilidade no metro de Lisboa

A estação Baixa-Chiado é a mais profunda da rede do Metropolitano de Lisboa, uma das mais movimentadas e onde escadas rolantes estão avariadas. Mas, já há data para a retoma de serviço (dizem que lá para o fim do mês…).

Nas 56 estações do metro há 234 escadas rolantes, sendo que 28 estão actualmente fora de serviço.

15% DOS ELEVADORES ESTÃO FORA DE SERVIÇO

O metro prevê que todas as estações tenham plena acessibilidade até 2025

Ah ah ah

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Oh, Costa – nomeia outros para a administração…não arranjas melhores? Menos ‘medíocres’?

PORCA MISERIA

OS ENCANTADORES DE BURROS.





Uma jovem bonita chamada Lolita, foi para o campo e comprou um burro a um velho fazendeiro por 500 euros.

O fazendeiro concordou em entregar-lhe o burro no dia seguinte. Mas aconteceu um imprevisto e, nessa noite o animal morreu.

Quando a Lolita voltou para levar o burro, o velho disse-lhe:

- Desculpe Lolita, mas tenho más notícias para lhe dar. É que o burro morreu.

- Bem, disse a Lolita, então devolva-me o meu dinheiro.

- Não posso. Já o gastei Lolita.

- Bem, não importa, me dê o burro.

- E para quê? Perguntou o velho, o que é que você vai fazer com ele?

- “Vou sortear”, respondeu a Lolita.

- Você está louca? Como vai sortear um burro morto?

- É, eu não vou contar para ninguém que o ele está morto, é claro.

Um mês depois desse evento, o fazendeiro encontrou a Lolita e perguntou-lhe:

- Então o que é que aconteceu ao burro?

- Como lhe disse, sorteei-o. Vendi 500 números a 20 euros cada e ganhei 10.000 euros

- E ninguém reclamou? – perguntou o velho.

- Apenas o vencedor – disse a Lolita. Mas eu devolvi os 20 euros para ele.

Lolita cresceu e virou política. Chegou a deputada, depois foi ministra e voltou a ser deputada, e da mesma forma, usava o dinheiro público e, esse dinheiro foi parar aos seus bolsos!!! E todos sabemos como…!!!

Uma mulher que durante a vida nunca trabalhou nem fez nada de produtivo, agora está muito rica… porque encontrou muitos “burros mortos” pelo caminho, e os sorteou para muitos ingénuos.

Mas o melhor desta história é que ela continua a encontrar muitos burros para continuar a ser deputada.


George Orwel, escreveu:

- “ Um povo que escolhe corruptos, inúteis, cínicos e traidores, não é vítima, É CUMPLICE”.

terça-feira, 18 de outubro de 2022

O culto da Covid

Ainda vejo alguns a conduzir, com as janelas fechadas e … ‘mascarilha’ posta!

Irão/virão para/de algum acto criminoso?

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Para muitos, a Covid não é uma doença, e sim um culto que deu sentido a vidas que careciam dele. Esses devotos não têm medo: têm fé. E têm saudade.

15 out 2022, Alberto Gonçalves, ‘Observador’

Há dias, numa comissão do Parlamento Europeu sobre Covid, um eurodeputado holandês perguntou à representante da Pfizer se a empresa havia testado a eficácia da vacina na prevenção da transmissão do vírus. Após umas voltinhas, a senhora lá acabou por responder: não.

Não sendo exactamente uma surpresa, é a prova de que nos mentiram ao longo de meses. E essa mentira, produzida pelas farmacêuticas e repetida para efeitos de legitimação pelas entidades de saúde, permitiu aos governos uma violação sem precedentes dos direitos individuais em sociedades que tínhamos por democráticas. Por um tempo, medonho e ridículo, o “certificado de vacinação”, que distinguia os homens puros da sujidade restante, foi condição indispensável para viajar, fazer desporto, frequentar restaurantes, tomar um café no “shopping”. Nada, excepto a propensão de uns para a opressão e a propensão de outros para a obediência, justificaria isto. Porém, dentro do cenário alucinado em que nos vimos metidos, o “argumento” empoleirava-se num único critério: a vacina, ou a falta dela. Os vacinados, lindos meninos, não contaminariam ninguém, ou praticamente ninguém. Os não vacinados confundiam-se com o próprio Belzebu, e, salvo nos países em que literalmente os prenderam, andavam por aí a infectar inocentes. Entre parêntesis, não convinha notar que os inocentes estavam, juravam-nos, protegidos pela Pfizer ou pela Janssen, logo a questão da infecção não se punha. Mas, na famosa “pandemia”, não pôr questões era a regra número um, a número dois e a número três. Adiante.

No mundo real, muito antes da confirmação da senhora da Pfizer, os factos depressa mostraram que, infelizmente, a vacina não impedia a transmissão do vírus. E depressa os poderes vigentes adaptaram o discurso – sem admitir a adaptação. Como mentiram antes, continuaram a mentir: toda a gente, do sr. Fauci aos “especialistas” que por cá animavam “telejornais”, surgiu a explicar que a vacina apenas serve para diminuir a probabilidade de doença grave ou de morte. Quando inquiridos a propósito, o que aliás era raríssimo, todos juraram que nunca, nunca, nunca tinham dito que a vacina evitava, total ou largamente, a transmissão e a infecção. Eles fossem ceguinhos, embora no fundo apostassem na cegueira alheia. O descaramento é uma coisa extraordinária.

E o mais extraordinário é que o descaramento funciona. Na quinta-feira, dediquei o Ideias Feitas, na Rádio Observador, à confissão da senhora da Pfizer. E partilhei o programa no Twitter. Em minutos, dezenas de sujeitos irromperam a esclarecer-me que ninguém, Pfizer incluída, alguma vez dissera que a vacina impedia a transmissão. Mesmo não as conhecendo, vi que se tratava de criaturas sofisticadas na medida em que rematavam o esclarecimento com o epíteto de “chalupa”, dirigido à minha rudimentar pessoa. O que aconteceu depois teve piada. Dezenas de sujeitos diferentes, que também desconheço, encheram as “caixas” de comentários com vídeos e artigos de finais de 2020 e inícios de 2021, nos quais incontáveis protagonistas da novela “pandémica” garantiam que a vacina – vejam lá – impedia, sempre ou quase sempre, a transmissão.

O processo, mecânico e recorrente, merecia estudo académico. Num momento, o indivíduo X acusava-me de espalhar falsidades: “Ó sua besta, então a Pfizer disse que a vacina impedia a transmissão e a infecção? Chalupa!” No momento seguinte, o indivíduo Y publicava um filmezinho em que o CEO da companhia, o sr. Bourla (com “o”), prometia o êxito da vacina na prevenção da transmissão e da infecção. Imune às evidências, X retorquia a Y: “Não falo com terraplanistas. Chalupa!” Agora troquem o sr. Bourla pelo sr. Biden, o sr. Fauci, a responsável do CDC, o tiranete do Canadá, a doutora da DGS e cinco punhados de “autoridades” sortidas e ficam com uma ideia do que sucedeu no meu Twitter durante umas horas bem passadas: acusação e insulto; desmentido cabal; insulto e fuga. Ou tese furada, antítese e palermice, a dialéctica hegeliana ao alcance de caipiras. Caipiras rijos, dos que se lançam contra a parede às cabeçadas necessárias até a parede se render.

O problema aqui não é mera teimosia, a incapacidade de reconhecer um erro e mudar de opinião em conformidade. O problema, constante desde o início da Covid, não é a tendência para personagens simples adquirirem um certificado instantâneo de erudição através da desvalorização de terceiros, naturalmente reduzidos a “trogloditas”, “terraplanistas” e, claro, “chalupas”. O que impressiona é o fervor dos simples na defesa da exacta prepotência que os oprimiu a eles tanto quanto aos demais. Genuína e fervorosamente, desprezaram a liberdade, perseguiram incréus, abençoaram sacrifícios e entregaram-se a dogmas, que pelos vistos não largam. Para muitos, a Covid não é uma doença, e sim um culto que deu sentido a vidas que careciam dele. Esses devotos não têm medo: têm fé. E têm saudade.

E têm graça em invocar a “ciência”. Se a ciência dependesse de tamanhos adversários da dúvida, da crítica e da realidade, nenhuma vacina a salvaria de uma morte terrível.