quarta-feira, 26 de novembro de 2025

Bruxelas alerta os Países Baixos para que controlem os gastos após aumento de 7,3%.

A Comissão Europeia informou ao governo holandês que este precisa tomar medidas para cortar os gastos públicos ou corre o risco de ultrapassar os limites acordados.

As projeções mais recentes indicam que os gastos devem aumentar 7,3% este ano, mais que o dobro do teto de 3,5% para 2025.

Prevê-se também que os Países Baixos ultrapassem o limite em 2026, aumentando as suas despesas em 4,5%, enquanto o máximo permitido pela UE é de 3,3%.

Prevê-se que o défice orçamental aumente de 1,9% este ano para 2,7% em 2026, aproximando-se do limite de 3% estabelecido por Bruxelas. Os Estados-Membros da UE que ultrapassarem este limite deverão aumentar os impostos ou reduzir as despesas para colmatar o défice.

O D66 e o ​​CDA, os dois partidos que estão atualmente a elaborar o quadro para um acordo de coligação, afirmaram na quarta-feira que têm uma margem orçamental limitada para mais despesas.

Fundo de nitrogénio

Ambos os partidos estão empenhados em investir mais em defesa e habitação, enquanto o D66 também pretende fazer investimentos significativos em educação e tecnologia. O CDA quer restaurar o fundo de transição para o nitrogénio, que subsidiaria reformas na agricultura e em outros setores para reduzir as emissões de compostos nitrogenados.

Pieter Hasekamp, ​​diretor da agência de planeamento económico CPB, reuniu-se com as partes para aconselhá-las de que "mais de tudo não vai funcionar" e que elas precisariam fazer escolhas difíceis.

"A economia holandesa só consegue suportar um certo aumento nos gastos", disse ele. "Chega um momento em que a receita e a despesa deixam de estar em equilíbrio."

O líder do distrito 66, Rob Jetten, disse: "Fomos alertados de que houve uma ênfase muito forte no último ano em gastar dinheiro aqui e agora, enquanto não se pensou o suficiente em investir em nossa capacidade de geração de receita futura."




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