terça-feira, 2 de junho de 2020

G7, adiado ou renovado.

O Presidente norte-americano adiantou que tinha “a sensação de que o G7 não representa correctamente o que está a acontecer no mundo” e que acredita que o actual formato (Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e Estados Unidos) já está “ultrapassado”.

Trump disse ainda que gostaria de convidar a Rússia, a Coreia do Sul, a Austrália e a Índia a juntarem-se a uma cimeira alargada no Outono.

A Rússia foi excluída do que era o G8 em 2014, após a anexação da Crimeia ucraniana, considerada “ilegal” pelo Ocidente, mas Trump disse, em várias ocasiões, que apoia a reintegração da Rússia.

Como seria a Revolução Russa nas redes sociais.

A história é escrita pelos vencedores, como diz o ditado, mas como seria se fosse escrito por todos? O jornalista e colega do TED Mikhail Zygar está numa missão para nos mostrar o Projeto1917, uma "rede social para pessoas mortas" que posta os diários reais e cartas de mais de 3.000 pessoas que viveram durante a Revolução Russa. Ao mostrar os pensamentos diários de gente como Lénin, Trotsky e muitas figuras menos célebres, o projeto lança uma nova luz sobre a história como antes era - e como poderia ter sido. Saiba mais sobre essa releitura digital do passado, bem como o mais recente projeto da Zygar sobre o ano transformador de 1968.

Esta palestra foi apresentada numa conferência oficial ted, e foi apresentada por seus editores na página inicial.

https://www.ted.com/talks/mikhail_zygar_what_the_russian_revolution_would_have_looked_like_on_social_media

Quem é Mikhail Zygar?

É o fundador do Future History, o estúdio digital criativo por trás do Project1917 e 1968.digital.

Mikhail Zygar é um jornalista, escritor, cineasta e editor-chefe fundador do canal de notícias independente russo Dozhd (2010 - 2015). Antes de Dozhd, Zygar trabalhou para a Newsweek Rússia e o diário de negócios Kommersant,onde cobriu os conflitos na Palestina, Líbano, Iraque, Sérvia e Kosovo. Seu best-seller All the Kremlin's Men é baseado em uma série sem precedentes de entrevistas com o círculo íntimo de Vladimir Putin, apresentando uma visão radicalmente diferente do poder e da política na Rússia. Seu recente livro The Empire Must Die foi lançado em russo e inglês em 2017. Retrata os anos que antecederam a revolução russa e o drama vívido da breve e exótica experiência da Rússia com a sociedade civil antes de ser varrida pela Revolução Comunista.

segunda-feira, 1 de junho de 2020

Construindo juntos o novo jornalismo europeu

por Catherine, Gian-Paolo, Paul e Equipe Voxeurop

Apoie uma aventura editorial única através de fronteiras e idiomas.


Sobre Voxeurop

Jornalismo para todos os europeus

Informe em escala europeia, dissemine análises e ideias além das fronteiras físicas e linguísticas, construa juntos um espaço público europeu – esta é a aventura do povo que estamos convidando vocês!

Desde 2014, a Voxeurop é liderada por uma equipe editorial profundamente comprometida com a Europa e seus valores de abertura e progresso. Nosso objectivo principal é fornecer informações confiáveis, independentes e de alta qualidade sobre os desafios enfrentados pelo nosso continente e que nos dizem respeito a todos.

A democracia europeia precisa de média independente. Voxeurop precisa de você.

A ascensão do populismo e da extrema direita, tendências nacionalistas e xenófobas, que são encorajadas e exacerbadas pela desinformação, ameaçam o tecido social de nossas democracias.

Com o apoio de nossos membros – com seu apoio – queremos decifrar os grandes desafios de nosso tempo: crise climática e protecção ambiental, igualdade e justiça social, democracia e liberdades individuais. Estamos comprometidos em promover uma melhor compreensão da Europa e de uma maior harmonia entre os europeus, bem como identificar possíveis soluções para grandes desafios.

Queremos conseguir isso com análises fornecidas por verdadeiros especialistas e jovens talentos, com a clareza do jornalismo informativo,com o rigor da reportagem investigativa,com artigos que dão voz à sociedade civil, bem como com humor e o imediatismo das ilustrações editoriais. Para conseguir tudo isso, nos esforçamos para superar barreiras linguísticas através da tradução em dez línguas europeias.

Tornar-se membro agora significa:

Apoiar um jornalismo pan-europeu independente e de alta qualidade, livremente acessível a todos,

Unindo uma comunidade verdadeiramente europeia de leitores, jornalistas, tradutores, média e organizações da sociedade civil de todo o continente,

Participando da aventura da primeira cooperativa de média europeia e contribuindo para o surgimento de um espaço público comum que é indispensável para a Europa.

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https://steadyhq.com/en/voxeurop

quarta-feira, 27 de maio de 2020

Musica italiana.

Musica de sempre, na versão para o Brasil


http://italiasempre.com/

5 pratos soviéticos com milho enlatado perfeitos para a quarentena

MARIA AFÓNINA

Até o final da década de 1950, a União Soviética mal conhecia o milho. Mas a situação mudou drasticamente após Nikita Khruschov visitar uma fazenda de milho nos EUA em 1959 e conhecer o fazendeiro Roswell Garst.

Depois disso, o milho foi parar em todas as mesas da União Soviética, mesmo no norte do país. Sucrilhos, pão de milho, palitos de milho, espigas de milho cozidas e milho enlatado passaram a fazer parte do cardápio dos cidadãos soviéticos.

Quando Khruschov foi afastado do poder por seus ímpetos reformistas, a "propaganda do milho" foi reduzida, mas o produto permaneceu parte da dieta nacional. Veja algumas das receitas soviéticas mais famosas com milho enlatado:

1. Milho enlatado com maçãs e grenki (croutons)

O famoso “Livro das Comidas Saborosas e Saudáveis”, publicado na União Soviética em 1952, continha apenas três receitas com o milho enlatado. A melhor era para a seguinte:


Modo de preparo: Frite levemente uma cebola picada em óleo vegetal, adicione milho (1 lata), purê de tomate (2 colheres de sopa), sal e açúcar. Misture tudo e cozinhe por cinco minutos. Enquanto isso, lave e corte algumas maçãs, tire as sementes e asse as maçãs no forno. Faça os “grenki” (croutons) de pão branco. Ao servir, coloque o milho no prato intercalado com o “grenki”. Acrescente as maçãs e polvilhe com ervas frescas.

2. Sopa de milho enlatado

Depois da propaganda ativa de Khruschov, surgiram muito mais pratos com milho na URSS, como a sopa de milho.


Modo de preparo: Passe o milho (1 lata) no moedor ou liquidificador, coloque em uma panela, acrescente 3 xícaras de água e deixe ferver. Separadamente, frite levemente a farinha (2 xícaras) em óleo vegetal (2 colheres de sopa), dilua com leite quente (3 xícaras), ferva, misture o milho e cozinhe por 15 a 20 minutos. Passe a sopa na peneira, aqueça, adicione sal e tempere com mais óleo vegetal (2 colheres de sopa). Sirva com “grenki” ou flocos de milho.

3. Bolinhos de milho

Esta receita era algo relativamente novo na União Soviética, mas combinava perfeitamente com a tradição culinária russa, com seu gosto por croquetes, bolinhos de legumes e panquecas de batata.


Modo de preparo: Coloque milho enlatado (120 g.) em uma panela, acrescente leite (50 ml.) e deixe ferver. Em seguida, adicione farinha de semolina (10 g.) e manteiga (25 g.) e cozinhe por 5 a 10 minutos. Em seguida, retire o milho do fogo e misture com 1 ovo, uma pitada de açúcar, sal e salsinha picada. Molde os bolinhos, passe na farinha de rosca e frite dos dois lados. Sirva com smetana (creme de leite azedo ou “sour cream”).

4. Zapekanka de batata com carne, cogumelos e milho

A zapekanka é um prato muito maleável quanto aos ingredientes e facil de fazer com sobras – algo muito útil nos tempos soviéticos. Ela goza de popularidade até hoje.


Modo de preparo: Pique em fatias finas 1 cebola e cogumelos brancos/champignon (100 g.) em uma frigideira grande e frite-os por 2 minutos. Quando a cebola ficar transparente, acrescente carne picada (700 g.) e misture bem. Adicione 2 cenouras cozidas, ervilhas enlatadas (100 g.), milho enlatado (100 g.) e molho de tomate (1 colher de sopa) à carne picada. Tempere com sal e pimenta, misture e deixe descansar por 3 minutos.

Cozinhe 10 batatas e bata no mixer com leite (100 ml), “smetana” (100 g.), manteiga (100 g.), sal e pimenta a gosto. Coloque metade do purê em uma forma untada com óleo e espalhe. Coloque a carne picada com legumes por cima e depois uma segunda camada de purê. Leve a forma ao forno por 30 minutos a 180 graus Celsius.

5. Salada de kani-kama

No final da era soviética, surgiram diversas saladas feitas com peixe enlatado, peixe “sprat” ou kani-kama. Elas levavam também ovos, pepinos e milho. A mais popular delas era a salada de kani-kama.


Modo de preparo: Ferva o arroz (100 g.) em água com um pouco de sal. Pique o kani-kama (200 g.) em pedaços pequenos e 1 pepino, fresco ou em conserva. Cozinhe 3 ovos, descasque e amasse com um garfo. Misture os kani-kama, pepino, ovos, arroz e 100 g. de milho. Tempere a salada com maionese, sal e pimenta.

https://br.rbth.com/receitas/83680-pratos-com-milho-enlatado


Autorizamos a reprodução de todos os nossos textos sob a condição de que se publique juntamente o link ativo para o original do Russia Beyond.

Anita Fica em Casa e Costa e Marcelo Vão à Praia

Com tantas praias, como terão descoberto o primeiro-ministro? Só se, agora que acabaram com o programa da Ana Leal, a TVI pôs os jornalistas de investigação à cata de líderes de governo no areal.

É a minha sugestão para título de um novo volume da colecção de histórias da pequena Anita, a famosa personagem dos livros infantis que vive mil aventuras. Agora que o calor chegou, não só a catraia é obrigada a permanecer em casa para evitar a Covid-19, como ainda tem de ver António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa a apanharem sol na praia. O que, por si só, merecia queixa à Protecção de Menores. Afinal, quantas vezes mais teremos de ser brindados com as panças e os seios do primeiro-ministro e do Presidente da República, em canal aberto, até a ERC tomar medidas? É que, neste momento, temo poder afirmar que os seios de Marcelo Rebelo de Sousa estarão, de entre todos os existentes na Terra, no Top 3 dos seios com os quais estou mais familiarizado. Já contando com os meus próprios seios.

Tudo isto escassos dias após Marcelo ter sido fotografado no supermercado, de calções. Ui, o êxtase que a acessibilidade e a descontracção do nosso Presidente da República provocaram por essa imprensa e redes sociais fora — de Portugal ao Brasil, passando por Espanha –, com comentários como “Ele é tão próximo, simples e educado que parece um político de outro planeta” e “Quando os políticos são pessoas e não personagens” a inundarem o Twitter. É de aquecer o coração. Mas nada que se compare com o que seria a minha notícia de sonho. Imaginem, publicada, por exemplo, num New York Times:

«Presidente português volta a chocar o mundo! Desta vez, o energúmeno líder lusitano apresentou-se num supermercado envergando apenas uma gabardine, que escancarou enquanto gritava: “Tumba! Quarto ano consecutivo com a economia a crescer acima dos 5%! Ora com licença Eslovénia, Estónia, Lituânia e Eslováquia, tá a sair da frente, seus p%?%&#%& da m*$^%, que já temos os primeiros 10 lugares da Zona Euro na mira!”»

Isto sim, seria bonito. Mas íamos lá nós votar em políticos com ideias para o futuro do país. Nós não ambicionamos um político competente. Queremos mesmo é um amigo. Portanto, não é de estranhar que os nossos políticos sejam uma referência internacional, sim, mas pela forma como ocupam o seu tempo livre. Nunca pela forma como ocupam o seu tempo de trabalho.

Tempo livre que António Costa aproveitou, então, para ir à Caparica. Onde foi surpreendido pela TVI, naquele que era suposto ser um momento privado com a esposa. Com tantas praias, como terão descoberto o primeiro-ministro? Só se, agora que acabaram com o programa da Ana Leal, a TVI pôs os jornalistas de investigação que trabalhavam com ela à cata de líderes de governo no areal. Ou então deram logo uso ao subsídio de mais de 3 milhões de euros concedido pelo estado, adquirindo uma frota de drones e uma chusma de repórteres só para escoltarem António Costa para todo o lado.

Certo é que ficou na memória aquela imagem de Costa, qual Adão no paraíso socialista, a mordiscar uma maçã ao sol. A única diferença é que a árvore da qual proveio a maçã do Adão bíblico era do conhecimento do bem e do mal. Ao passo que a árvore de onde veio a maçã de Costa, estando plantada no paraíso socialista, seria certamente de um familiar de algum dirigente do PS a quem o Ministério da Agricultura adjudicou, por ajuste directo, a exploração do pomar.

A verdade é que, depois de Isaac Newton e a sua maçã, este terá sido um daqueles raros momentos da história da humanidade em que um grande pensador e o fruto de uma macieira se cruzam, criando a oportunidade para uma grande revolução no saber. Reza a lenda que, ao ser atingido na cabeça por uma maçã, Newton mudou o mundo, deslindando a teoria da gravidade. Não fica tão claro que, só por Costa papar uma maçã, a gravidade das práticas do seu governo mudará no nosso país.

Tiago Dores

Observador

Entre dois terrorismos.

P. Vasco Pinto de Magalhães

Esta esquerda doente, que não tem os pés na terra nem a atenção nos mais frágeis, ergue a bandeira de um modernismo burguês, pseudo-intelectual, mas de cultura rápida e sem história nem dialética.

A Europa está entalada entre dois terrorismos. Está entre dois fogos, que parecem de sinal contrário mas que se excitam um ao outro. Ciclicamente, na história do Ocidente, esses ataques marcam tempos de crise sociocultural e política.

Que ataques são esses? Há um terrorismo que vem de fora e actualmente aparece sob a bandeira do “Estado Islâmico”. Surge como força ideológica (“religiosa”) violenta pretendendo dominar (e eliminar) uma europa que acusa de estar doente, vendida à democracia, sem valores, opressora e imoral, tradicionalmente seguidora de uma cultura religiosa adulterada, a cristã. O Ocidente é um mundo de infiéis – mas ricos! – que os puros, os verdadeiros islâmicos, não podem suportar, em nome da sua crença num islão original (radical e primitivo). Ameaças, ataques suicidas, destruição à bomba (até de outros muçulmanos que assim não pensem), são meios justificados pela sua “nobre” causa. A história ensina que um fanatismo cego, radical, fechado a qualquer diálogo, orgulhoso e ressentido, tem os dias contados; mas, entretanto vai seguindo, embriagado e iludido pelo sangue que vai deixando pelo caminho. Por outro lado, paradoxalmente, enquanto os próprios islâmicos críticos e lúcidos não forem capazes de se afirmar, este terrorismo vai vivendo, também, à custa do próprio Ocidente que, nas suas cegueiras economicistas, não desiste de lhes comprar o petróleo e, depois, lhes vender as armas.

Há um outro terrorismo que vem de dentro. É também uma doença social e cultural apoiada em políticas ditas “libertadoras”, que se assumem como radicais e modernas mas resvalam orgulhosamente para um fanatismo cego, pronto, por todos os meios, a erradicar aquilo que pensam ser o grande mal do ocidente: a sua matriz cristã e a cultura e valores éticos personalistas, que vêem como inimigos de um admirável futuro: o das liberdades individuais sem restrição. O atraso e o inimigo a abater está consubstanciado na Igreja católica. A bandeira deste terrorismo não é a laicidade; é o laicismo anticlerical. E o seu paradigma de felicidade é uma justiça burguesa, consumista, ao sabor de um liberalismo “emotivista”, endeusando o indivíduo, que já não é homem e mulher, mas um género à escolha. Aliás, apresenta-se como sendo uma ideologia de esquerda, quando, dos ideais sociais da Esquerda, quase nada tem.

Este terrorismo também mata e é guerrilheiro, sobretudo quando conquista algum poder. Assim foi acontecendo nos vários países europeus, submetidos ao terror nas épocas em que esses movimentos chegaram ao poder. É uma realidade actual na Europa. Em Portugal também. E não precisamos de ir mais longe para aprender e apreender o que representam esses fanatismos, bastando trazer à memória Joaquim António de Aguiar (o Mata Frades), presidente do Conselho de Ministros, com a sua Lei de extinção das ordens religiosas em 1834; e, numa segunda onda, com a revolução republicana de 1910, onde a carbonária, apoiada na franco-maçonaria, levou ao poder Afonso Costa (o grande paladino da luta anticlerical), que prometia erradicar o catolicismo de Portugal em duas gerações.

Hoje a situação é bastante semelhante no seguidismo do laicismo francês. Não afirma a nossa “esquerda burguesa” que é preciso “descristianizar” a nossa cultura e erradicar das consciências “a culpa católica”? Em nome da liberdade e do progresso, claro! A história ensina o suficiente: em nome da “Liberté” os génios da Revolução Francesa chegaram até ao genocídio de Vendeia, por exemplo, a pequena região católica que se lhes opunha. “Gloriosamente” assassinaram algumas centenas de milhares de pessoas: “Vendeia morreu sob os sabres da nossa liberdade!”. Foi em 1793. Mas de novo, em 1902, o governo de Émile Combes, apoiando os ideais radicais do Bloco das Esquerdas (onde terão ido os nossos bloquistas buscar o nome?) e com o auxílio da Loja maçónica do Grande Oriente de França, lança a grande ofensiva anti-católica: fecha 3.000 escolas, rompe as relações com Roma, expulsa os católicos dos cargos públicos, confisca os bens das ordens religiosas. Numa palavra, promove o Terror fraturante de tudo o que lhe parecesse cultura do passado e, “evidentemente” católica.

O laicismo francês, tal como o belga e o holandês, está de novo em alta e aparece como novo paradigma da modernidade a imitar. Começa por atacar nas questões éticas a fim de eliminar tudo o que possa ser resquício da moral cristã que “se opõe ao futuro” e que, em nome da “liberdade” e da “igualdade”, o individualismo e o pragmatismo tecnocrático não suportam. Primeiro é preciso erradicar os sinais sagrados, quer seja a cruz na sala de aula, quer seja aquela que se traz ao peito. Depois, vem a fúria da legalização das mais variadas fantasias sobre a vida humana desde a eutanásia às barrigas de aluguer. E apoiando-se em ideologias sem base na realidade e ignorando (e rejeitando) qualquer antropologia, pretende-se construir a sociedade moderna, livre e sem limites. O caso mais típico é o da chamada “ideologia de género” que haverá de impor, desde o início da escola, com actos e textos de verdadeiro terrorismo. Essa luta assumida como libertária, contra a cultura e a religião, serve-se de todos os meios, em especial das redes sociais e da publicidade, usando, sobretudo contra a religião, a humilhação e o sarcasmo, sob a bandeira do dogma Liberdade de expressão sem limites, tal como o fazia, exemplarmente, a Revista Charlie Hebdo.

Nem sempre nos damos logo conta de que o fracturante é facturante!

Por cá vai-se tentando seguir a cartilha. Faz impressão ver que o movimento ideológico do Bloco de Esquerda, nem se deu ao trabalho de branquear o nome. Assim é mais claro em que águas se move. Não é fácil encontrar nas suas figuras e pensamento os ideais sociais da esquerda. Mas a pressa em se lançar no terrorismo laicista é bem visível. Salta à vista a fúria de legalizar (sem escuta dos outros, com publicidade de mau gosto e fracturando culturalmente o povo) todas as liberdades, não como escolhas de bens respeitadores da consciência ética personalizante desse povo, mas como exaltação do orgulho individualista que se arroga o direito de fazer à vida o que lhe parecer e o que for mais rápido e eficaz, mesmo passando por cima do sereno debate sobre os valores humanos, considerados “pobres dogmas da consciência antiquada e clerical”. Assim se tenta impor (a votos de maiorias instaladas e sem discussão ponderada e generalizada) as barrigas de aluguer, a eutanásia, a igualdade dos pares homossexuais ao casal homem-mulher, etc.

Esta esquerda doente, que não tem os pés na terra nem a atenção nos mais frágeis, ergue a bandeira de um modernismo burguês, pseudo-intelectual, mas de cultura rápida e sem história nem dialética, afirmando-se como luz (ingénua) portadora de um mundo novo. Apresenta-se com algum fascínio nos vários países europeus cansados e tristemente desgastados pela corrupção, como uma alternativa pós moderna. Mas… sem base nem pensamento credível, arrebanha os desiludidos da vida. É o fogo-fátuo do “Podemos” espanhol, por exemplo, que ostenta nos seus programas acabar com tudo o que sejam manifestações religiosas. Em nome da “liberdade”, da “autonomia” e da “dignidade”, termos que entendem de modo infantil, dogmático e subjectivo. E assim oferecem o seu paraíso, o seu século das luzes: descartando tudo o que é velho, doente, deficiente, não rentável, tudo o que exige gastos “inúteis”, tudo o que, além disso, pode vir a pedir-nos responsabilidades.

Não deveria esta pequena burguesia olhar para a história, desenvolver algum pensamento crítico e tornar-se realmente “de esquerda”? “De esquerda” no sentido de: ocupada com o bem comum, com a justiça social e fraterna, integradora dos que estão nas margens da sociedade de consumo, promotora de uma educação realista, mais atenta aos frutos de humanização que aos resultados de cursos feitos à pressa, capaz de dar tempo a uma reflexão antropológica… Capaz de abrir os olhos para a realidade e para a história das culturas que mostram bem como só o amor (respeito pela verdade) é fonte de futuro, enquanto as ideologias (como a de género) são suicidas!

A mentira existencial em que estes radicalismos encalharam só se aguenta com a violência. E a violência, arma dos fracos e de quem não tem argumentos, instala-se à sombra do terrorismo. Estarão à espera que se lhes responda com uma violência igual que possa desculpar. Mas, como disse Gandhi: “com a lei do olho por olho ficamos todos cegos”. E a história já mostrou, repetidamente, que o ataque à verdade não compensa, pois acaba por a fazer vir ao de cima; e mais: a Igreja saiu sempre renovada e fortalecida de todas as perseguições.

musica italiana

Excelente!!!

Impressionante este site…É rápido e tem cantores e cantoras de quem nunca ouvimos falar. Som   stéreo, com traduções de todas as músicas para o português… Este é imperdível para todos os que viveram o apogeu da música italiana na sua adolescência. Melodias que não ouvimos na rádio há décadas e são espantosamente belas. Para os apreciadores, aqui ficam horas e horas de boa companhia musical e muitas recordações garantidas.
http://italiasempre.com/verpor/mp32.htm

segunda-feira, 25 de maio de 2020

Associação Portuguesa de Crianças Desaparecidas.

Associação meritória, que se deve apoiar, pois presta vários serviços á comunidade.

Tem na sua página documentos, que se podem baixar, muito  interessantes de apoio aos pais, como prevenção para o desaparecimento dos filhos.

Da sua página:

Aconselhamento

1 – Em caso de desaparecimento: Não espere para participar o desaparecimento. É errada a informação de que tem que esperar 48 horas para fazer a participação.

A comunicação do desaparecimento às autoridades deve ser feita imediatamente após se terem frustrado as tentativas de localização baseadas nas rotinas pessoais, quer de locais frequentados, quer de horários habituais.

2 – Uma relação próxima com os seus filhos é importante e, falar com eles sobre os perigos de uma má utilização da internet, também.

Para ensinar às Crianças

Nome, número de telefone e morada;

Saber usar o telefone;

Quem podem visitar quando você não está ( Ex: vizinhos, casa dos avós, primos);

Onde podem ir na vizinhança;

Não abrir a porta a ninguém, salvo se os pais lhe disserem para o fazer num determinado momento;

Não dizer a ninguém que estão sozinhos em casa;

Ensinar o que fazer numa emergência, como contactá-lo a si, a vizinhos ou familiares ( telefone do trabalho e telemóvel);

Ensinar a detectar uma situação de perigo: a) Sempre que se sintam ameaçados ou receosos com a presença de alguém ensine-os a dizer NÃO e a gritarem algo como “ Socorro, este não é o meu pai”; b) A fugirem de imediato da situação; c) A denunciarem-lhe imediatamente o ocorrido.

Ensinar que não podem aproximar-se de veículos ocupados ou não, salvo acompanhados pelos pais ou por outros adultos de confiança.

Ensinar a criança a não se aproximar de piscinas, rios, lagos ou poços sem que esteja acompanhada por um adulto de confiança;

Assegure-se de impor regras para os seus filhos brincarem na rua. Não os deixe sem vigilância. Se por exemplo brincam no quintal, tenha a janela aberta para os ouvir e feche o portão á chave.2


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Guia de Pais e EducadoresDescarregar

Conselhos Úteis em Férias para CriançasDescarregar

Conselhos Úteis em Férias para PaisDescarregar

https://apcd.pt/web/aconselhamento/

domingo, 24 de maio de 2020

Seis passos para recuperar os documentos extraviados.

1. Participe o desaparecimento Participe, numa esquadra da GNR ou da PSP, o desaparecimento da carteira e do seu conteúdo, sejam documentos de identificação ou dinheiro. Telefone para o banco ou para a SIBS (808 201 251 ou 217 918 780) e peça o cancelamento dos cartões de débito e crédito. Ao realizar a chamada, tenha presente o número do cartão extraviado, o NIB ou o número da conta à ordem referente ao cartão.

2. Pesquise online Nos dias seguintes, aceda ao portal do sistema integrado de informação sobre perdidos e achados da polícia em https://perdidoseachados.mai.gov.pt e faça uma busca para verificar se o bem perdido entrou no sistema.

3. Cancele os documentos perdidos Se ao fim de uma semana, não conseguir reaver os documentos, cancele-os, por exemplo, numa loja do cidadão. No caso do cartão de cidadão, tem um prazo máximo de 10 dias para o fazer; caso contrário, sujeita-se a uma coima de 100 a 500 euros. Se perdeu, por exemplo, o livrete ou licença de porte de arma ou o cartão de profissional de vigilância privada, comunique o desaparecimento à autoridade emissora ou reguladora.

4. Aceda ao portal do cliente bancário Utilize ainda o serviço online disponibilizado pelo Banco de Portugal para comunicar a perda dos seus documentos de identificação, como o cartão de cidadão, de contribuinte, o passaporte ou título de residência e os cartões bancários. Para isso, aceda ao Portal do Cliente Bancário (http://clientebancario.bportugal.pt), seleccione a opção "serviços ao público" e, dentro desta, "documentos de identificação pessoal" e siga as instruções.

5. Substitua os documentos Substitua os documentos perdidos. Tem um prazo de seis meses para o fazer.

6. Dirija-se ao balcão "Perdi a Carteira" Se reside na área da grande Lisboa, dirija-se ao Balcão "Perdi a Carteira", nas Lojas do Cidadão de Odivelas e das Laranjeiras. Funciona por agendamento prévio (portaldocidadao@ama.pt ou pelo 707 241 107) e permite fazer ou substituir, num único local, o cartão de cidadão, a carta de condução, o documento único automóvel, o cartão de pensionista, o cartão do Automóvel Club de Portugal e o cartão de beneficiário da ADSE. *

Notícia publicada a 12 de Junho de 2015 no suplemento Finanças Pessoais

sábado, 23 de maio de 2020

EM QUE DIA É QUE PORTUGAL FAZ ANOS?


Esta pergunta parece pertinente poisse consultarmos vários livros, historiadores e políticosobtemos várias datas!

A título de exemplo, enumeramos as seguintes (não referindo o dia e mês, mas somente o ano):

1128 – Revolta de Afonso Henriques e conquista do governo do Condado Portucalense.

1137 – O tratado de paz de Tui (Tuy).

1139 – Há livros de História que referem que o reinado de D. Afonso Henriques se iniciou neste ano.

1140 - O mais antigo documento existente conhecido com a menção da realeza de D. Afonso Henriques encontra-se na Torre do Tombo e data precisamente de 1140. Nele aparece a designação Portugalensium Rex.

1143A conferência de Samora (Zamora).

1157 – Desaparecimento do título de Imperador por morte de Afonso VII de Leão (reino a que pertencia o território conhecido como Condado Portucalense).


A confusão não é portanto de pequena monta!

Sinto-me assim totalmente à vontade - na minha qualidade e com a liberdade de historiador amador (e investigador) - para adicionar mais uma data às já referidas, dando a minha opinião:

PORTUGAL só existe oficialmente desde o dia 23 de Maio de 1179! (já perto do final do longo ‘reinado’ de D. Afonso Henriques).


A minha lógica é simples, clara e factual:

Na Europa Ocidental de então, só existia uma Autoridade reconhecida por todos os Reis e a quem todos eles prestavam vassalagem, reconhecendo as suas decisões como leis indiscutíveis (acima do poder que eles próprios possuíam):

O PAPA


Só o seu reconhecimento formal de que PORTUGAL era de facto um Reino independente, estabelece a existência legal de PORTUGAL como País, reconhecido por todos os restantes reinos Europeus e que, como tal, abandonavam quaisquer eventuais ideias de (re)conquista, face à tremenda ameaça do Papa (afirmada no 5º parágrafo da bula papal que reconhecia a existência de PORTUGAL como país independente) de os excomungar e de nem sequer lhes permitir o direito a um enterro com a presença de qualquer membro do clero (o que era uma arma ainda mais poderosa que a bomba atómica em 1945).

Isso aconteceu precisamente no dia 23 de Maio de 1179.

O Papa Alexandre III emitiu nesse dia a bula Manifestis Probatum Est Argumentis em que reconheceu o Condado Portucalense como reino independente do reino de Leão e Afonso Henriques como seu Rei[1].

Com essa bula, Afonso Henriques deixou de ser um ‘Senhor da guerra’ com sucesso e passou a ser um Rei.

Note-se que o Papa Alexandre III exercia de facto uma influência incontestável na Europa do seu tempo.

Exemplos:

O rei de França Luís VII tinha-o como director de consciência e seguia docilmente os seus conselhos.

Henrique II de Inglaterra, depois de se manifestar arrependido pelo assassínio de Thomas Becket, reconheceu ter recebido o seu reino do poder papal.


Por ser um documento histórico da maior importância encontra-se ‘fechado a 7 chaves’ na Biblioteca Nacional. O original é maravilhoso (principalmente para aqueles que já não se lembram de como é escrever à mão).

Esta foi a melhor cópia que consegui arranjar.

Igualmente adiciono ‘cópias’ dactilografadas em Latim e em Português.

Em resumo:


Que extraordinário País este que não se preocupa nem comemora o dia desde o qual existe!


Tal data – qualquer que ela seja – não será muito mais importante que datas em que são comemorados acontecimentos políticos (como por exemplo 5 de Outubro ou 25 de Abril)?


É que na realidade, os regimes políticos daí resultantes estão – pela sua própria natureza – sujeitos a desaparecer.


Mas o dia em que um País nasce, ficará para sempre!


Fixemos pois esta data: 23 de Maio de 1179!


Note-se que não tenho nenhum objectivo político ou religioso com este artigo de opinião (e aceitaria - e comemoraria - qualquer outra, referente a qualquer um dos acontecimentos enumerados no ínicio deste artigo de opinião).


Mas - qual de nós - não sabe nem comemora o dia em que faz anos?


A Bula papal «MANIFESTIS PROBATUM EST ARGUMENTIS»


(Datada de 23 de Maio de 1179)

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ALEXANDER EPISCOPUS, SERVUS SERVORUM DEI, KARISSIMO IN CHRISTO FILIO ALFONSO ILLUSTRI PORTUGALENSIUM REGI EIUSQUE HEREDIBUS, in perpetuum.


Manifestis probatum est argumentis quod per sudores bellicos et certamina militaria inimicorum christiani nominis intrepidus extirpator et propagator diligens fidei christiani sicut bónus filius et princeps catholicus multimoda obsequia matri tua Sacrosancte Ecclesie impendisti, dignum memoria nomen et exemplum imitabile posteris derelinquens. Equum est autem ut quos ad regímen at salutem populi ab alto dispensatio celestis elegit Apostolica Sedes affectione sincera diligat pro iustis postulationibus studeat efficaciter exaudire.


Proinde nos attendentes personam tuam prudentia ornatam, iusticia preditam atque ad populi regímen idoneam, eam sub Petri et nostra protectione suscipimus et regnum Portugalense cum integritate honoris regni et dignitate que ad reges pertinet necnon et omnia loca que cum auxilio celestis gratie de sarracenorum manibus eripueris in quibusi ius sibi non possunt christiani príncipes circumpositi vendicare excellentie tue concedimus et auctoritate apostólica confirmamus.


Ut autem ad devotionem et obsequium beati Petri apostolorum principis et sacrosancte Romane Ecclesie vehementius accendaris, hec ipsa prefatis heredibus tuis duximus concedendi eosque super his que concessa sunt, Deo propitio, pro iniuncti nobis appostolatus officio defendemus. Tua itaque intererit, fili karissime, ita circa honorem et obsequium matris tue sacrosancte Romane Ecclesie humilem et adevotum existeres et sic te ipsum in eius oportunitatibus et dilatandis christiane fidei finibus exercere ut de tam devoto et glorioso filio Sedes Apostolica gratuletur et in eius amore quiescat. Ad indicium autem quod prscriptum regnum beati Petri iuris existat pro amplioris reverentie argumento statuisti duas marcas auri annis singulis nobis nostrisque successoribus persolvendas. Quem utique censum ad utilitatem nostram et successorum nostrorum Bracarensi archiespiscopo, qui pro tempore fuerit, tu et sucessores tui curabitis assignare.


Decernimus ergout nulli omnino hominum liceat personam tuam aut heredum tuorum vel etiam prefatum regnum temere partubare aut eius possessiones auferre vel ablatas retinere, minuere aut aliquibus vexationibus fatigare.


Si qua igitur in futurum ecclesiastica secularisve persona hanc nostre Constitutionis paginam sciens contra eam temere venire temptaverit, secundo terciove commonita nisi reatum suum digna satisfactione correxerit, potestatis honorisque sui dignitate careat reamque se divino iudicio existere de perpetrata iniquitate cognoscatet a sacratissimo Corpore ac Sanguine Dei et Domini Redemptoris nostri Ihesu Christi aliena fiat atque in extremo examine districte ultioni subiaceat.


Cunctis autem eidem regno et regi sua iura servantibus, sit pax Domini Ihesu Christi quatinus et hic fructum bone actionis percipiant et apud districtum iudicem premia eterne pacis eiveniant. AMEN. AMEN.


Petrus + Paulus

Alexander PP. III. BENE VALETE

Vias tuas, Domine,

demonstra mihi.


Ego Alexander catholice Ecclesie episcopus SS


+ Ego Hubaldus Hostiensis episcopus SS

+ Ego Theodinus Portuensis et Sancte Rufine episcopus SS

+ Ego Petrus Tusculanus episcopus SS

+ Ego Henricus Albanensis episcopus SS

+ Ego Bernerus Prenestinus episcopus SS


+ Ego Johannes presbiter Cardinalis sanctorum Joannis et Pauli tituli Pamachii SS

+ Ego Johannes presbiter Cardinalis tituli Sanctae Anastasie SS

+ Ego Johannes presbiter Cardinalis tituli Sancti Marci SS

+ Ego Petrus presbiter Cardinalis tituli Sancti Susane SS

+ Ego Vivianus presbiter Cardinalis tituli Sancti Stephani in Celio Monte SS

+ Ego Cinathyus presbiter Cardinalis tituli Sancte Cecilie SS

+ Ego Hugo presbiter Cardinalis tituli Sancti Clementis SS

+ Ego Arduinus presbiter Cardinalis tituli Sancte Crucis in Jerusalem SS

+ Ego Matheus presbiter Cardinalis tituli Sancte Marcelli SS


+ Ego Iacinctus diaconus Carduinalis Sancte Marie in Cosmydyn SS

+ Ego Ardicio diaconus Cardinalis Sancti Theodori SS

+ Ego Laborans diaconus Cardinalis Sancte Marie in Porticu SS

+ Ego Rainerius diaconus Cardinalis Sancti Geiargii ad Velum Aureum SS

+ Ego Gratianus diaconus Cardinalis Sanctorum Cosme et Damiani SS

+ Ego Joannes diaconus Cardinalis Sancti Angeli SS

+ Ego Rainerius diaconus Cardinalis Sancti Adriani SS

+ Ego Matheus Sancte Marie Nove diaconus Cardinalis SS

+ Ego Bernardus Sancti Nicholai in Carcere Tulliano diaconus Cardinalis SS


Datum Laterani per manum Alberti Sancte Romane Ecclesie Presbiteri Cardinalis et Cancellarii, X kalendas Iunii, indictione XI, Incarnationis Dominice anno Mº Cº LXXº VIIIIº, pontificatus vero domini ALEXANDRI pape III anno XX.


TRADUÇÃO para a língua Portuguesa


ALEXANDRE, BISPO, SERVO DOS SERVOS DE DEUS, AO CARÍSSIMO FILHO EM CRISTO, AFONSO, ILUSTRE REI DOS PORTUGUESES, E A SEUS HERDEIROS, in perpetuum.


Está claramente demonstrado que, como bom filho e príncipe católico, prestaste inumeráveis serviços a tua mãe, a Santa Igreja, exterminando intrepidamente em porfiados trabalhos e proezas militares os inimigos do nome cristão e propagando diligentemente a fé cristã, assim deixaste aos vindouros nome digno de memória e exemplo merecedor de imitação. Deve a Sé Apostólica amar com sincero afecto e procurar atender eficazmente, em suas justas súplicas, os que a Providência divina escolheu para governo e salvação do povo.


Por isso, Nós, atendendo às qualidades de prudência, justiça e idoneidade de governo que ilustram a tua pessoa, tomamo-la sob a protecção de São Pedro e nossa, e concedemos e confirmamos por autoridade apostólica ao teu excelso domínio o reino de Portugal com inteiras honras de reino e a dignidade que aos reis pertence, bem como todos os lugares que com o auxílio da graça celeste conquistaste das mãos dos sarracenos e nos quais não podem reivindicar direitos os vizinhos príncipes cristãos.


E para que mais te afervores em devoção em devoção e serviço ao príncipe dos apóstolos S. Pedro e à Santa Igreja de Roma, decidimos fazer a mesma concessão a teus herdeiros e, com a ajuda de Deus, prometemos defender-lha, quanto caiba em nosso apostólico ministério. Continua, pois, a mostrar-te, filho caríssimo, tão humilde e devotado à honra e serviço de tua mãe, a Santa Igreja Romana, e a ocupar-te em defender os seus interesses e dilatar a fé cristã de tal modo que esta Sé Apostólica possa alegrar-se de tão devoto e glorioso filho e não duvide da sua afeição. Para significar que o referido reino pertence a São Pedro, determinaste como testemunho de maior reverência pagar anualmente dois marcos de oiro a Nós e aos nossos sucessores. Cuidarás, por isso, de entregar, tu e os teus sucessores, ao Arcebispo de Braga «pro tempore», o censo que a Nós e a nossos sucessores pertence.


Determinamos, portanto, que a nenhum homem seja lícito perturbar temerariamente a tua pessoa ou as dos teus herdeiros e bem assim o referido reino, nem tirar o que a este pertence ou, tirado, retê-lo, diminuí-lo ou fazer-lhe quaisquer imposições.


Se de futuro qualquer pessoa eclesiástica ou secular intentar cientemente contra o que dispomos nesta nossa Constituição, e não apresentar satisfação condigna depois de segunda ou terceira advertência, seja privada da dignidade da sua honra e poder, saiba que tem de prestar contas a Deus por ter cometido uma iniquidade, não comungue do Santíssimo Corpo e sangue de Jesus Cristo nosso divino Senhor e Redentor, e nem na hora da morte se lhe levante a pena.


Com todos, porém, que respeitarem os direitos do mesmo reino e do seu rei, seja a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo, para que neste mundo recolham o fruto das boas obras e junto do soberano juiz encontrem o prémio da eterna paz. Amen. Amen.


Pedro + Paulo

Alexandre Papa III BENE VALETE

Senhor, ensina-me os

teus caminhos.


Eu Alexandre Bispo da Igreja Católica, subscrevi


+ Eu Ubaldo Bispo de Óstia SS

+ Eu Teodino Bispo de Porto e Santa Rufina SS

+ Eu Pedro Bispo de Frascati SS

+ Eu Henrique Bispo de Albano SS

+ Eu Bernardo Bispo de Palestrina SS


+ Eu João Cardeal presbítero dos Santos João e Paulo, do título de Pamáquio SS

+ Eu João Cardeal presbítero do título de Santa Anastásia SS

+ Eu João Cardeal presbítero do título de S. Marcos SS

+ Eu Pedro Cardeal presbítero do título de Santa Susana SS

+ Eu Viviano Cardeal presbítero do título de Santo Estêvão no Monte Celio SS

+ Eu Cíntio Cardeal presbítero do título de Santa Cecília SS

+ Eu Hugo Cardeal presbítero do título de S. Clemente SS

+Eu Arduino Cardeal presbítero do título de Santa Cruz em Jerusalém SS

+ Eu Mateus Cardeal presbítero do título de S. Marcelo SS


+ Eu Jacinto Cardeal diácono do título de Santa Maria em Cosmedin SS

+ Eu Ardício Cardeal diácono do título de S. Teodoro SS

+ Eu Laborans Cardeal diácono do título de Santa Maria em Porticu SS

+ Eu Rainério Cardeal diácono do título de S. Jorge em Velabro SS

+ Eu Graciano Cardeal diácono do título de Santos Cosme e Damião SS

+ Eu João Cardeal diácono do título de Santo Ângelo SS

+ Eu Rainério Cardeal diácono do título de Santo Adriano SS

+ Eu Mateus Cardeal diácono do título de Santa Maria-a-Nova SS

+ Eu Bernardo Cardeal diácono do título de S. Nicolau in Cárcere

Tulliano SS


Dada em Latrão, por mão de Alberto, Cardeal presbítero e Chanceler da Santa Igreja Romana, a 10 das kalendas de Junho (23 de Maio), indicção XI, ano M.C.LXX.VIIII da Encarnação do Senhor e XX do Pontificado do Papa Alexandre III [2].


É interessante notar o 5º e penúltimo parágrafo da versão dactilografada da bula papal.


O Papa ameaça com a excomunhão (incluindo a proibição de um funeral católico) todo e qualquer Rei que ameace a integridade física e/ou inicie alguma guerra contra o nosso Rei ou algum dos futuros Reis de Portugal. Os Reis de Portugal estavam – enquanto se ‘portassem bem’ – sob a sua protecção!


Sabendo quão católica era a Europa Ocidental daqueles tempos, era de facto uma ameaça muito pior que a da ‘bomba atómica’!


Igualmente é interessante referir que o título de Bispo era – no século XII – hierarquicamente mais importante que o de Cardeal.

Repare-se nas assinaturas das 24 personalidades da Igreja Católica que subscrevem a bula (e que se encontram agrupadas): a do Papa (ele próprio, um Bispo), as de 5 Bispos, as de 9 Cardeais presbíteros e as de 9 Cardeais diáconos.


Permito-me concluir este artigo com um comentário final (de natureza genérica e ‘politicamente incorrecto’): Acreditar na existência de Deus não obriga à concordância (total ou parcial) com os que d’ Ele se dizem mandatários.


EM QUE DIA É QUE PORTUGAL FAZ ANOS?


(ADITAMENTO)


Terminei o artigo com o título acima indicado com a seguinte frase:


Acreditar na existência de Deus não obriga à concordância (total ou parcial) com os que d’ Ele se dizem mandatários.


Penso que faz todo o sentido, acrescentar o seguinte:


Anselmo Borges, Professor de Filosofia (e padre católico), terminou um artigo que escreveu durante em Agosto de 2007 no ‘Diário de Notícias’, da seguinte maneira[3]:

O escritor israelita Amos Oz, na sua obra Contra o Fanatismo conta a seguinte história.

Alguém encontra Deus, e tem uma pergunta a fazer-lhe (crucial, sem dúvida):

Deus, por favor, diz-me de uma vez por todas:


Qual é a religião verdadeira? A católica romana, a protestante, talvez a judaica, acaso a muçulmana? Qual fé é a verdadeira?

E, nesta história, Deus responde:

'Para te dizer a verdade, meu filho, não sou religioso, nunca o fui e nem sequer estou interessado na religião'."

Realmente, o Homem é que é religioso (ao interrogar-se no seu íntimo).

A experiência da vida traz-nos uma dualidade: o mundo/existência física e a esperança de uma resposta sobre o sentido final da vida, que nos permita alcançar a certeza da nossa identidade e com ela, a paz de espírito.

Deus não põe essa questão[4].


António Franco Preto Setembro de 2007


[1] A partir de 23 de Maio de 1179, D. Afonso Henriques, que pagava um censo anual de 120 gramas de ouro, passou a pagar 480 gramas (com uma parte dessa quantia paga adiantadamente). Poderemos pois dizer que para a Igreja Católica também não havia ‘almoços grátis’...

No ano seguinte (1180) foi cunhada a 1ª moeda portuguesa – o símbolo mais visível dum Rei – que foi denominada de ‘dinheiro’.

D. Afonso Henriques tinha deixado de ser um ‘Senhor da Guerra’ para ser um Rei (e – consequentemente – Portugal, um país).

Na HISTÓRIA não há ‘coincidências’ inexplicáveis...Só um Rei emite moeda!

[2] Não obstante ter tido no Colégio Militar a disciplina de Latim (língua maravilhosa, que punha em evidência a qualidade do raciocínio matemático de cada um!) durante 3 anos, esta tradução – podia ser – mas não é minha; é da autoria do Professor Doutor Rebelo Gonçalves e é datada de 1940. Os dois ‘SS’ que se mantém à frente das assinaturas dos Bispos e dos Cardeais significam: Subscrevi.

[3] O título Contra o Fanatismo está correctíssimo! Basta ler a obra em questão.

[4] Só não esperava é que quem tem esta posição sobre as religiões (que, no essencial, não difere da minha) fosse – para além de Professor de Filosofia – padre católico!

Se eu concordasse com a estratégia e metodologias da Igreja Católica, diria como hoje em dia se diz em determinada ocasião durante uma missa:

Mistério da Fé!

sexta-feira, 22 de maio de 2020

O saber não ocupa lugar.

O vidro demora um milhão de anos para se decompor, o que significa que nunca se desgasta e pode ser reciclado um número infinito de vezes!

- O ouro é o único metal que não enferruja, mesmo estando enterrado no solo por milhares de anos.- A língua é o único músculo do corpo que está ligado apenas a uma extremidade.

- Se  parar de ficar com sede, precisa beber mais água. Quando o corpo humano está desidratado, o mecanismo de sede é desligado.

 - Em cada ano, dois milhões de fumadores param de fumar ou morrem de doenças relacionadas com o tabaco.

- Zero é o único algarismo que não pode ser representado por algarismos romanos.

- Pipas foram utilizadas na Guerra Civil Americana para entregar cartas e jornais.

- A canção, Auld Lang Syne, é cantada à meia-noite, em quase todos os países de língua Inglesa para celebrar o novo ano.  Em Portugal, no Brasil, França, Espanha, Grécia, Polónia e Alemanha, é uma canção de despedida. (Adeus amor eu vou partir…)

- Beber água depois de comer reduz 61 por cento do ácido na boca.

- O óleo de amendoim é usado para cozinhar em submarinos, porque não deita fumo a menos que seja aquecido acima de 450 F ou 232 C.

- O barulho que ouvimos quando colocamos uma concha junto ao nosso ouvido não é o oceano, mas sim o som do sangue correndo nas veias da orelha.

- Nove em cada 10 seres vivos vivem no oceano.

- A banana não se pode reproduzir por si só. Ela só pode ser reproduzida pela mão do homem.

- Aeroportos em altitudes mais elevadas requerem uma pista mais longa, devido à menor densidade do ar.

- A Universidade do Alaska abrange quatro fusos horários.

- O dente é a única parte do corpo humano que não se  pode  curar ou regenerar.

- Na Grécia antiga, atirar uma maçã a uma mulher era uma proposta de casamento. Pegá-la significava aceitar

- Warner Communications pagou 28.000 mil dólares para os direitos de autoria  da canção Parabéns pra Você.

- As pessoas inteligentes têm mais zinco e cobre no seu cabelo.

- A cauda de um cometa aponta sempre para longe do sol.

- A vacina contra a gripe suína em 1976 causou mais mortes e doenças do que a doença pretendia evitar.

-A cafeína aumenta o poder da aspirina e outros analgésicos, é por isso que é encontrada em alguns medicamentos.

- A saudação militar é um gesto que evoluiu desde os tempos medievais, quando os cavaleiros de armadura levantavam suas máscaras para revelar sua identidade.

- Se  estiver no fundo de um poço ou embaixo de uma chaminé alta e olhar para cima,  verá as estrelas, mesmo estando no meio do dia.

- Quando uma pessoa morre, a audição é o último sentido a desaparecer. O primeiro sentido perdido é a visão.

- Nos tempos antigos estranhos apertavam as mãos para mostrar que estavam desarmados.

- Morangos são os únicos frutos cujas sementes crescem na parte exterior. O caju também.

- Abacates têm calorias mais altas do que qualquer outra fruta: 167 calorias para cada cem gramas.A Lua afasta-se da Terra cerca de dois centímetros por ano.

- A Terra fica 100 toneladas mais pesada a cada dia devido à queda de poeira espacial.

- Devido à gravidade da Terra é impossível montanhas serem mais altas do que 15 mil metros.

- Mickey Mouse é conhecido como "Topolino", na Itália…

- Soldados em formação não podem marchar quando atravessam pontes, porque poderiam criar vibração suficiente para derrubar a ponte.

- Tudo pesa um por cento menos no equador.

- Para cada kg adicional de carga num voo espacial, 530 kg adicionais de combustível são necessários para descolagem.

- A letra J não aparece em qualquer lugar da tabela periódica dos elementos.

E por último:

Baseado na crença Chinesa Feng Shui, aquele que não repassar terá problemas de dinheiro para o resto do ano.

Supersticioso ou não, repassei porque as informações são interessantes e curiosas. …..E já agora,comprar ouro no Equador e vendê-lo nos Polos…!!!!!!!!!

Calendário de uma só página.