terça-feira, 2 de junho de 2020
Como seria a Revolução Russa nas redes sociais.
A história é escrita pelos vencedores, como diz o ditado, mas como seria se fosse escrito por todos? O jornalista e colega do TED Mikhail Zygar está numa missão para nos mostrar o Projeto1917, uma "rede social para pessoas mortas" que posta os diários reais e cartas de mais de 3.000 pessoas que viveram durante a Revolução Russa. Ao mostrar os pensamentos diários de gente como Lénin, Trotsky e muitas figuras menos célebres, o projeto lança uma nova luz sobre a história como antes era - e como poderia ter sido. Saiba mais sobre essa releitura digital do passado, bem como o mais recente projeto da Zygar sobre o ano transformador de 1968.
Esta palestra foi apresentada numa conferência oficial ted, e foi apresentada por seus editores na página inicial.
Quem é Mikhail Zygar?
É o fundador do Future History, o estúdio digital criativo por trás do Project1917 e 1968.digital.
Mikhail Zygar é um jornalista, escritor, cineasta e editor-chefe fundador do canal de notícias independente russo Dozhd (2010 - 2015). Antes de Dozhd, Zygar trabalhou para a Newsweek Rússia e o diário de negócios Kommersant,onde cobriu os conflitos na Palestina, Líbano, Iraque, Sérvia e Kosovo. Seu best-seller All the Kremlin's Men é baseado em uma série sem precedentes de entrevistas com o círculo íntimo de Vladimir Putin, apresentando uma visão radicalmente diferente do poder e da política na Rússia. Seu recente livro The Empire Must Die foi lançado em russo e inglês em 2017. Retrata os anos que antecederam a revolução russa e o drama vívido da breve e exótica experiência da Rússia com a sociedade civil antes de ser varrida pela Revolução Comunista.
segunda-feira, 1 de junho de 2020
Construindo juntos o novo jornalismo europeu
por Catherine, Gian-Paolo, Paul e Equipe Voxeurop
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Sobre Voxeurop
Jornalismo para todos os europeus
Informe em escala europeia, dissemine análises e ideias além das fronteiras físicas e linguísticas, construa juntos um espaço público europeu – esta é a aventura do povo que estamos convidando vocês!
Desde 2014, a Voxeurop é liderada por uma equipe editorial profundamente comprometida com a Europa e seus valores de abertura e progresso. Nosso objectivo principal é fornecer informações confiáveis, independentes e de alta qualidade sobre os desafios enfrentados pelo nosso continente e que nos dizem respeito a todos.
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Com o apoio de nossos membros – com seu apoio – queremos decifrar os grandes desafios de nosso tempo: crise climática e protecção ambiental, igualdade e justiça social, democracia e liberdades individuais. Estamos comprometidos em promover uma melhor compreensão da Europa e de uma maior harmonia entre os europeus, bem como identificar possíveis soluções para grandes desafios.
Queremos conseguir isso com análises fornecidas por verdadeiros especialistas e jovens talentos, com a clareza do jornalismo informativo,com o rigor da reportagem investigativa,com artigos que dão voz à sociedade civil, bem como com humor e o imediatismo das ilustrações editoriais. Para conseguir tudo isso, nos esforçamos para superar barreiras linguísticas através da tradução em dez línguas europeias.
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quarta-feira, 27 de maio de 2020
5 pratos soviéticos com milho enlatado perfeitos para a quarentena
MARIA AFÓNINA
Até o final da década de 1950, a União Soviética mal conhecia o milho. Mas a situação mudou drasticamente após Nikita Khruschov visitar uma fazenda de milho nos EUA em 1959 e conhecer o fazendeiro Roswell Garst.
Depois disso, o milho foi parar em todas as mesas da União Soviética, mesmo no norte do país. Sucrilhos, pão de milho, palitos de milho, espigas de milho cozidas e milho enlatado passaram a fazer parte do cardápio dos cidadãos soviéticos.
Quando Khruschov foi afastado do poder por seus ímpetos reformistas, a "propaganda do milho" foi reduzida, mas o produto permaneceu parte da dieta nacional. Veja algumas das receitas soviéticas mais famosas com milho enlatado:
1. Milho enlatado com maçãs e grenki (croutons)
O famoso “Livro das Comidas Saborosas e Saudáveis”, publicado na União Soviética em 1952, continha apenas três receitas com o milho enlatado. A melhor era para a seguinte:
Modo de preparo: Frite levemente uma cebola picada em óleo vegetal, adicione milho (1 lata), purê de tomate (2 colheres de sopa), sal e açúcar. Misture tudo e cozinhe por cinco minutos. Enquanto isso, lave e corte algumas maçãs, tire as sementes e asse as maçãs no forno. Faça os “grenki” (croutons) de pão branco. Ao servir, coloque o milho no prato intercalado com o “grenki”. Acrescente as maçãs e polvilhe com ervas frescas.
2. Sopa de milho enlatado
Depois da propaganda ativa de Khruschov, surgiram muito mais pratos com milho na URSS, como a sopa de milho.
Modo de preparo: Passe o milho (1 lata) no moedor ou liquidificador, coloque em uma panela, acrescente 3 xícaras de água e deixe ferver. Separadamente, frite levemente a farinha (2 xícaras) em óleo vegetal (2 colheres de sopa), dilua com leite quente (3 xícaras), ferva, misture o milho e cozinhe por 15 a 20 minutos. Passe a sopa na peneira, aqueça, adicione sal e tempere com mais óleo vegetal (2 colheres de sopa). Sirva com “grenki” ou flocos de milho.
3. Bolinhos de milho
Esta receita era algo relativamente novo na União Soviética, mas combinava perfeitamente com a tradição culinária russa, com seu gosto por croquetes, bolinhos de legumes e panquecas de batata.
Modo de preparo: Coloque milho enlatado (120 g.) em uma panela, acrescente leite (50 ml.) e deixe ferver. Em seguida, adicione farinha de semolina (10 g.) e manteiga (25 g.) e cozinhe por 5 a 10 minutos. Em seguida, retire o milho do fogo e misture com 1 ovo, uma pitada de açúcar, sal e salsinha picada. Molde os bolinhos, passe na farinha de rosca e frite dos dois lados. Sirva com smetana (creme de leite azedo ou “sour cream”).
4. Zapekanka de batata com carne, cogumelos e milho
A zapekanka é um prato muito maleável quanto aos ingredientes e facil de fazer com sobras – algo muito útil nos tempos soviéticos. Ela goza de popularidade até hoje.
Modo de preparo: Pique em fatias finas 1 cebola e cogumelos brancos/champignon (100 g.) em uma frigideira grande e frite-os por 2 minutos. Quando a cebola ficar transparente, acrescente carne picada (700 g.) e misture bem. Adicione 2 cenouras cozidas, ervilhas enlatadas (100 g.), milho enlatado (100 g.) e molho de tomate (1 colher de sopa) à carne picada. Tempere com sal e pimenta, misture e deixe descansar por 3 minutos.
Cozinhe 10 batatas e bata no mixer com leite (100 ml), “smetana” (100 g.), manteiga (100 g.), sal e pimenta a gosto. Coloque metade do purê em uma forma untada com óleo e espalhe. Coloque a carne picada com legumes por cima e depois uma segunda camada de purê. Leve a forma ao forno por 30 minutos a 180 graus Celsius.
5. Salada de kani-kama
No final da era soviética, surgiram diversas saladas feitas com peixe enlatado, peixe “sprat” ou kani-kama. Elas levavam também ovos, pepinos e milho. A mais popular delas era a salada de kani-kama.
Modo de preparo: Ferva o arroz (100 g.) em água com um pouco de sal. Pique o kani-kama (200 g.) em pedaços pequenos e 1 pepino, fresco ou em conserva. Cozinhe 3 ovos, descasque e amasse com um garfo. Misture os kani-kama, pepino, ovos, arroz e 100 g. de milho. Tempere a salada com maionese, sal e pimenta.
https://br.rbth.com/receitas/83680-pratos-com-milho-enlatado
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Anita Fica em Casa e Costa e Marcelo Vão à Praia
Com tantas praias, como terão descoberto o primeiro-ministro? Só se, agora que acabaram com o programa da Ana Leal, a TVI pôs os jornalistas de investigação à cata de líderes de governo no areal.
É a minha sugestão para título de um novo volume da colecção de histórias da pequena Anita, a famosa personagem dos livros infantis que vive mil aventuras. Agora que o calor chegou, não só a catraia é obrigada a permanecer em casa para evitar a Covid-19, como ainda tem de ver António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa a apanharem sol na praia. O que, por si só, merecia queixa à Protecção de Menores. Afinal, quantas vezes mais teremos de ser brindados com as panças e os seios do primeiro-ministro e do Presidente da República, em canal aberto, até a ERC tomar medidas? É que, neste momento, temo poder afirmar que os seios de Marcelo Rebelo de Sousa estarão, de entre todos os existentes na Terra, no Top 3 dos seios com os quais estou mais familiarizado. Já contando com os meus próprios seios.
Tudo isto escassos dias após Marcelo ter sido fotografado no supermercado, de calções. Ui, o êxtase que a acessibilidade e a descontracção do nosso Presidente da República provocaram por essa imprensa e redes sociais fora — de Portugal ao Brasil, passando por Espanha –, com comentários como “Ele é tão próximo, simples e educado que parece um político de outro planeta” e “Quando os políticos são pessoas e não personagens” a inundarem o Twitter. É de aquecer o coração. Mas nada que se compare com o que seria a minha notícia de sonho. Imaginem, publicada, por exemplo, num New York Times:
«Presidente português volta a chocar o mundo! Desta vez, o energúmeno líder lusitano apresentou-se num supermercado envergando apenas uma gabardine, que escancarou enquanto gritava: “Tumba! Quarto ano consecutivo com a economia a crescer acima dos 5%! Ora com licença Eslovénia, Estónia, Lituânia e Eslováquia, tá a sair da frente, seus p%?%&#%& da m*$^%, que já temos os primeiros 10 lugares da Zona Euro na mira!”»
Isto sim, seria bonito. Mas íamos lá nós votar em políticos com ideias para o futuro do país. Nós não ambicionamos um político competente. Queremos mesmo é um amigo. Portanto, não é de estranhar que os nossos políticos sejam uma referência internacional, sim, mas pela forma como ocupam o seu tempo livre. Nunca pela forma como ocupam o seu tempo de trabalho.
Tempo livre que António Costa aproveitou, então, para ir à Caparica. Onde foi surpreendido pela TVI, naquele que era suposto ser um momento privado com a esposa. Com tantas praias, como terão descoberto o primeiro-ministro? Só se, agora que acabaram com o programa da Ana Leal, a TVI pôs os jornalistas de investigação que trabalhavam com ela à cata de líderes de governo no areal. Ou então deram logo uso ao subsídio de mais de 3 milhões de euros concedido pelo estado, adquirindo uma frota de drones e uma chusma de repórteres só para escoltarem António Costa para todo o lado.
Certo é que ficou na memória aquela imagem de Costa, qual Adão no paraíso socialista, a mordiscar uma maçã ao sol. A única diferença é que a árvore da qual proveio a maçã do Adão bíblico era do conhecimento do bem e do mal. Ao passo que a árvore de onde veio a maçã de Costa, estando plantada no paraíso socialista, seria certamente de um familiar de algum dirigente do PS a quem o Ministério da Agricultura adjudicou, por ajuste directo, a exploração do pomar.
A verdade é que, depois de Isaac Newton e a sua maçã, este terá sido um daqueles raros momentos da história da humanidade em que um grande pensador e o fruto de uma macieira se cruzam, criando a oportunidade para uma grande revolução no saber. Reza a lenda que, ao ser atingido na cabeça por uma maçã, Newton mudou o mundo, deslindando a teoria da gravidade. Não fica tão claro que, só por Costa papar uma maçã, a gravidade das práticas do seu governo mudará no nosso país.
Tiago Dores
Observador
Entre dois terrorismos.
P. Vasco Pinto de Magalhães
Esta esquerda doente, que não tem os pés na terra nem a atenção nos mais frágeis, ergue a bandeira de um modernismo burguês, pseudo-intelectual, mas de cultura rápida e sem história nem dialética.
A Europa está entalada entre dois terrorismos. Está entre dois fogos, que parecem de sinal contrário mas que se excitam um ao outro. Ciclicamente, na história do Ocidente, esses ataques marcam tempos de crise sociocultural e política.
Que ataques são esses? Há um terrorismo que vem de fora e actualmente aparece sob a bandeira do “Estado Islâmico”. Surge como força ideológica (“religiosa”) violenta pretendendo dominar (e eliminar) uma europa que acusa de estar doente, vendida à democracia, sem valores, opressora e imoral, tradicionalmente seguidora de uma cultura religiosa adulterada, a cristã. O Ocidente é um mundo de infiéis – mas ricos! – que os puros, os verdadeiros islâmicos, não podem suportar, em nome da sua crença num islão original (radical e primitivo). Ameaças, ataques suicidas, destruição à bomba (até de outros muçulmanos que assim não pensem), são meios justificados pela sua “nobre” causa. A história ensina que um fanatismo cego, radical, fechado a qualquer diálogo, orgulhoso e ressentido, tem os dias contados; mas, entretanto vai seguindo, embriagado e iludido pelo sangue que vai deixando pelo caminho. Por outro lado, paradoxalmente, enquanto os próprios islâmicos críticos e lúcidos não forem capazes de se afirmar, este terrorismo vai vivendo, também, à custa do próprio Ocidente que, nas suas cegueiras economicistas, não desiste de lhes comprar o petróleo e, depois, lhes vender as armas.
Há um outro terrorismo que vem de dentro. É também uma doença social e cultural apoiada em políticas ditas “libertadoras”, que se assumem como radicais e modernas mas resvalam orgulhosamente para um fanatismo cego, pronto, por todos os meios, a erradicar aquilo que pensam ser o grande mal do ocidente: a sua matriz cristã e a cultura e valores éticos personalistas, que vêem como inimigos de um admirável futuro: o das liberdades individuais sem restrição. O atraso e o inimigo a abater está consubstanciado na Igreja católica. A bandeira deste terrorismo não é a laicidade; é o laicismo anticlerical. E o seu paradigma de felicidade é uma justiça burguesa, consumista, ao sabor de um liberalismo “emotivista”, endeusando o indivíduo, que já não é homem e mulher, mas um género à escolha. Aliás, apresenta-se como sendo uma ideologia de esquerda, quando, dos ideais sociais da Esquerda, quase nada tem.
Este terrorismo também mata e é guerrilheiro, sobretudo quando conquista algum poder. Assim foi acontecendo nos vários países europeus, submetidos ao terror nas épocas em que esses movimentos chegaram ao poder. É uma realidade actual na Europa. Em Portugal também. E não precisamos de ir mais longe para aprender e apreender o que representam esses fanatismos, bastando trazer à memória Joaquim António de Aguiar (o Mata Frades), presidente do Conselho de Ministros, com a sua Lei de extinção das ordens religiosas em 1834; e, numa segunda onda, com a revolução republicana de 1910, onde a carbonária, apoiada na franco-maçonaria, levou ao poder Afonso Costa (o grande paladino da luta anticlerical), que prometia erradicar o catolicismo de Portugal em duas gerações.
Hoje a situação é bastante semelhante no seguidismo do laicismo francês. Não afirma a nossa “esquerda burguesa” que é preciso “descristianizar” a nossa cultura e erradicar das consciências “a culpa católica”? Em nome da liberdade e do progresso, claro! A história ensina o suficiente: em nome da “Liberté” os génios da Revolução Francesa chegaram até ao genocídio de Vendeia, por exemplo, a pequena região católica que se lhes opunha. “Gloriosamente” assassinaram algumas centenas de milhares de pessoas: “Vendeia morreu sob os sabres da nossa liberdade!”. Foi em 1793. Mas de novo, em 1902, o governo de Émile Combes, apoiando os ideais radicais do Bloco das Esquerdas (onde terão ido os nossos bloquistas buscar o nome?) e com o auxílio da Loja maçónica do Grande Oriente de França, lança a grande ofensiva anti-católica: fecha 3.000 escolas, rompe as relações com Roma, expulsa os católicos dos cargos públicos, confisca os bens das ordens religiosas. Numa palavra, promove o Terror fraturante de tudo o que lhe parecesse cultura do passado e, “evidentemente” católica.
O laicismo francês, tal como o belga e o holandês, está de novo em alta e aparece como novo paradigma da modernidade a imitar. Começa por atacar nas questões éticas a fim de eliminar tudo o que possa ser resquício da moral cristã que “se opõe ao futuro” e que, em nome da “liberdade” e da “igualdade”, o individualismo e o pragmatismo tecnocrático não suportam. Primeiro é preciso erradicar os sinais sagrados, quer seja a cruz na sala de aula, quer seja aquela que se traz ao peito. Depois, vem a fúria da legalização das mais variadas fantasias sobre a vida humana desde a eutanásia às barrigas de aluguer. E apoiando-se em ideologias sem base na realidade e ignorando (e rejeitando) qualquer antropologia, pretende-se construir a sociedade moderna, livre e sem limites. O caso mais típico é o da chamada “ideologia de género” que haverá de impor, desde o início da escola, com actos e textos de verdadeiro terrorismo. Essa luta assumida como libertária, contra a cultura e a religião, serve-se de todos os meios, em especial das redes sociais e da publicidade, usando, sobretudo contra a religião, a humilhação e o sarcasmo, sob a bandeira do dogma Liberdade de expressão sem limites, tal como o fazia, exemplarmente, a Revista Charlie Hebdo.
Nem sempre nos damos logo conta de que o fracturante é facturante!
Por cá vai-se tentando seguir a cartilha. Faz impressão ver que o movimento ideológico do Bloco de Esquerda, nem se deu ao trabalho de branquear o nome. Assim é mais claro em que águas se move. Não é fácil encontrar nas suas figuras e pensamento os ideais sociais da esquerda. Mas a pressa em se lançar no terrorismo laicista é bem visível. Salta à vista a fúria de legalizar (sem escuta dos outros, com publicidade de mau gosto e fracturando culturalmente o povo) todas as liberdades, não como escolhas de bens respeitadores da consciência ética personalizante desse povo, mas como exaltação do orgulho individualista que se arroga o direito de fazer à vida o que lhe parecer e o que for mais rápido e eficaz, mesmo passando por cima do sereno debate sobre os valores humanos, considerados “pobres dogmas da consciência antiquada e clerical”. Assim se tenta impor (a votos de maiorias instaladas e sem discussão ponderada e generalizada) as barrigas de aluguer, a eutanásia, a igualdade dos pares homossexuais ao casal homem-mulher, etc.
Esta esquerda doente, que não tem os pés na terra nem a atenção nos mais frágeis, ergue a bandeira de um modernismo burguês, pseudo-intelectual, mas de cultura rápida e sem história nem dialética, afirmando-se como luz (ingénua) portadora de um mundo novo. Apresenta-se com algum fascínio nos vários países europeus cansados e tristemente desgastados pela corrupção, como uma alternativa pós moderna. Mas… sem base nem pensamento credível, arrebanha os desiludidos da vida. É o fogo-fátuo do “Podemos” espanhol, por exemplo, que ostenta nos seus programas acabar com tudo o que sejam manifestações religiosas. Em nome da “liberdade”, da “autonomia” e da “dignidade”, termos que entendem de modo infantil, dogmático e subjectivo. E assim oferecem o seu paraíso, o seu século das luzes: descartando tudo o que é velho, doente, deficiente, não rentável, tudo o que exige gastos “inúteis”, tudo o que, além disso, pode vir a pedir-nos responsabilidades.
Não deveria esta pequena burguesia olhar para a história, desenvolver algum pensamento crítico e tornar-se realmente “de esquerda”? “De esquerda” no sentido de: ocupada com o bem comum, com a justiça social e fraterna, integradora dos que estão nas margens da sociedade de consumo, promotora de uma educação realista, mais atenta aos frutos de humanização que aos resultados de cursos feitos à pressa, capaz de dar tempo a uma reflexão antropológica… Capaz de abrir os olhos para a realidade e para a história das culturas que mostram bem como só o amor (respeito pela verdade) é fonte de futuro, enquanto as ideologias (como a de género) são suicidas!
A mentira existencial em que estes radicalismos encalharam só se aguenta com a violência. E a violência, arma dos fracos e de quem não tem argumentos, instala-se à sombra do terrorismo. Estarão à espera que se lhes responda com uma violência igual que possa desculpar. Mas, como disse Gandhi: “com a lei do olho por olho ficamos todos cegos”. E a história já mostrou, repetidamente, que o ataque à verdade não compensa, pois acaba por a fazer vir ao de cima; e mais: a Igreja saiu sempre renovada e fortalecida de todas as perseguições.
musica italiana
Excelente!!!
Impressionante este site…É rápido e tem cantores e cantoras de quem nunca ouvimos falar. Som stéreo, com traduções de todas as músicas para o português… Este é imperdível para todos os que viveram o apogeu da música italiana na sua adolescência. Melodias que não ouvimos na rádio há décadas e são espantosamente belas. Para os apreciadores, aqui ficam horas e horas de boa companhia musical e muitas recordações garantidas.
http://italiasempre.com/verpor/mp32.htm
segunda-feira, 25 de maio de 2020
Associação Portuguesa de Crianças Desaparecidas.
Associação meritória, que se deve apoiar, pois presta vários serviços á comunidade.
Tem na sua página documentos, que se podem baixar, muito interessantes de apoio aos pais, como prevenção para o desaparecimento dos filhos.
Da sua página:
“
Aconselhamento
1 – Em caso de desaparecimento: Não espere para participar o desaparecimento. É errada a informação de que tem que esperar 48 horas para fazer a participação.
A comunicação do desaparecimento às autoridades deve ser feita imediatamente após se terem frustrado as tentativas de localização baseadas nas rotinas pessoais, quer de locais frequentados, quer de horários habituais.
2 – Uma relação próxima com os seus filhos é importante e, falar com eles sobre os perigos de uma má utilização da internet, também.
Para ensinar às Crianças
Nome, número de telefone e morada;
Saber usar o telefone;
Quem podem visitar quando você não está ( Ex: vizinhos, casa dos avós, primos);
Onde podem ir na vizinhança;
Não abrir a porta a ninguém, salvo se os pais lhe disserem para o fazer num determinado momento;
Não dizer a ninguém que estão sozinhos em casa;
Ensinar o que fazer numa emergência, como contactá-lo a si, a vizinhos ou familiares ( telefone do trabalho e telemóvel);
Ensinar a detectar uma situação de perigo: a) Sempre que se sintam ameaçados ou receosos com a presença de alguém ensine-os a dizer NÃO e a gritarem algo como “ Socorro, este não é o meu pai”; b) A fugirem de imediato da situação; c) A denunciarem-lhe imediatamente o ocorrido.
Ensinar que não podem aproximar-se de veículos ocupados ou não, salvo acompanhados pelos pais ou por outros adultos de confiança.
Ensinar a criança a não se aproximar de piscinas, rios, lagos ou poços sem que esteja acompanhada por um adulto de confiança;
Assegure-se de impor regras para os seus filhos brincarem na rua. Não os deixe sem vigilância. Se por exemplo brincam no quintal, tenha a janela aberta para os ouvir e feche o portão á chave.2
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