sábado, 17 de dezembro de 2022

30 Anos PER. Obrigado, Cavaco Silva.

Hoje, se muitos dos mais desfavorecidos ainda têm a possibilidade de viver em Lisboa, Oeiras ou Cascais, muito se deve a este extraordinário legado deixado por Cavaco Silva na liderança do XII Governo

16 dez. 2022

1. PER | UM MARCO NO ESTADO SOCIAL PORTUGUÊS

Em 2023, mais precisamente a 7 de Maio, completam-se 30 anos da publicação do Decreto-Lei 163/93 – diploma que deu origem ao Programa Especial de Realojamento, vulgo PER. O PER, com a missão de erradicar “bairros de barracas” em 28 concelhos das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto foi o maior programa de promoção de habitação pública do Portugal democrático.

2. PORTUGAL ANTES DO PER

Segundo o INE, em 1981 existiam em Portugal 46 391 alojamentos familiares não clássicos, ou seja, habitações que não reuniam todas as condições de habitabilidade e que eram vulgarmente conhecidas como “barracas”. Estimava-se em mais de 100 000 o número total de pessoas a viver nestas circunstâncias.

3. LISBOA ANTES DO PER

Para quem tem memória dos finais da década de 80 e princípios da década de 90, os “bairros de barracas” eram verdadeiras chagas sociais em diversos concelhos das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto. Na AML estamos a falar de bairros como o Casal Ventoso ou Musgueira em Lisboa, Pedreira dos Húngaros e Alto de Santo Catarina em Oeiras, ou as Marianas, no concelho de Cascais.

Bairros de habitações precárias, onde muitas famílias viviam privadas de dignidade pessoal e social, marcados pela má qualidade de construção, ausência de saneamento básico, de rede de água potável ou de rede eléctrica.

A pobreza, a exclusão, a segregação e a estigmatização destes bairros era evidente, assim como as graves carências higiénico-sanitárias que potenciavam a disseminação de doenças, surtos e epidemias. Estes bairros, acrescentavam à exclusão um estigma social e espacial intenso, sendo amiúde associados ao insucesso escolar, analfabetismo, alcoolismo, crime, marginalidade, toxicodependência, tráfico e consumo de droga. Urgia por cobro a esta situação.

4. O PER

“A eliminação dos bairros de barracas, promovendo o realojamento das famílias carecidas, é, neste contexto, um imperativo ético a prosseguir e um objectivo supremo a atingir.” Programa do XII Governo Constitucional.

Cientes desta realidade, a 18 de Março de 1993, em sede de reunião de Conselho de Ministros, o XII Governo Constitucional, liderado por Aníbal Cavaco Silva, aprovou o diploma que tinha como missão acabar com os “bairros de barracas” nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, o PER.

Com a execução do programa foi possível a erradicação de 986 núcleos de barracas, a construção de 34 759 fogos, 290 bairros de realojamento, o realojamento de 32 333 agregados familiares, num total de 132 181 pessoas. Todo o programa foi executado sem recurso a fundos europeus.  O actual governo, com recurso ao PRR, prevê a construção de perto de 26 mil fogos. Longe dos 34 759 de Cavaco Silva…

5. PER EM LISBOA

O PER foi peça fundamental na solução do problema social e urbano que condicionava a qualidade de vida e o bem-estar de milhares lisboetas, tendo possibilitado a demolição de cerca de uma centena de núcleos de habitações precárias. Em 1993, no âmbito do diagnóstico concretizado pelos serviços municipais de Lisboa, com vista à adesão ao PER, foram identificados 97 núcleos de barracas onde se encontravam 10 030 alojamentos precários a que correspondiam 11 129 agregados a realojar, num total de 37 299 pessoas.

No total, em cerca de 10 anos, foram construídas 9 135 habitações municipais ao abrigo do PER, em 40 conjuntos de habitação pública, dando novos horizontes a dezenas de milhares de famílias, num investimento superior a 600 milhões de euros.

6. LISBOA NÃO SERIA A CIDADE QUE É HOJE SEM O PER

Por outro lado, foi uma autêntica revolução urbanística na cidade.  O Casal Ventoso – outrora palco da miséria humana – foi completamente extinto. Onde durante décadas existiu o Bairro do Chinês temos hoje um novo empreendimento habitacional. A antiga Curraleira deu lugar a novas avenidas essenciais para a adequada mobilidade em Lisboa. A antiga Musgueira deu lugar a um dos maiores empreendimentos habitacionais da cidade, a Alta de Lisboa.

Em muitos dos novos bairros PER foram criadas esquadras, centros para a juventude e idosos, centros infantis, escolas, centros de saúde, sedes para associações, espaços comerciais e milhares de lugares de estacionamento em vários empreendimentos. A execução do PER foi acima de tudo a humanização e modernização da cidade, mas também a sua reconciliação com aqueles que durante décadas se viram privados de habitação condigna.

7. DA PATERNALIDADE DO PER

Muito se tem falado sobre a paternalidade do PER. Se por influência da presidência aberta levada a cabo pelo então Presidente da República Mário Soares, ou, se por força de alguns modelos de realojamento já existentes. Nem uma coisa, nem outra. Pois em política estamos habituados a muitas promessas e poucas execuções.

Apenas com a visão, sensibilidade social e enorme vontade política do XII Governo Constitucional foi possível executar o programa que João Soares, presidente da Câmara Municipal de Lisboa entre 1995 e 2002 classificou como um “um feito sem precedentes na história de Lisboa, se exceptuarmos o episódio da reconstrução pombalina da cidade da cidade, em condições bem mais trágicas”.

Sem desconsideração pelos presidentes de Câmara que aderiram ao PER, o mérito é do XII Governo Constitucional, na pessoa de Aníbal Cavaco Silva: na visão, coragem e ambição na eliminação de bairros de barracas, e devolução da dignidade de vida às centenas de milhar de realojados.

Neste contexto, não deixa de ser curioso verificar que os concelhos com menor taxa de execução do PER são aqueles que, na altura liderados pelo Partido Comunista, que por mera questão ideológica, se advogava a responsabilidade exclusiva da Administração Central na eliminação dos bairros de barracas e imperativo constitucional da atribuição de habitação digna às pessoas.   Não é por acaso que 30 anos volvidos da promulgação do PER são estes os concelhos em que persistem bairros de habitações precárias, como Cova da Moura na Amadora, Segundo Torrão em Almada, Bairro do Talude Militar em Loures, ou Santa Marta de Corroios no Seixal, apenas como exemplos. A ideologia comunista apenas manteve na pobreza quem teve a infelicidade de nascer nesses territórios.

8. CAVACO SILVA, EIS O HOMEM!

Considerando o acesso à habitação como condição essencial no combate à pobreza, não deixa de ser injusta o verificar da pouca popularidade que Cavaco Silva goza, justamente junto daqueles que mais beneficiou. Cavaco, no âmbito do PER e outras políticas públicas de habitação, foi dos políticos que mais contribuiu para a melhoria da qualidade de vida de muitos portugueses.

Aos pobres, Cavaco Silva deu casa. Guterres, Primeiro-ministro que lhe sucedeu, através do RSI, deu o dinheiro. O primeiro deu a possibilidade de se libertarem da pobreza, o segundo um conforto para ali se perpetuarem. Cavaco fez mais pelos pobres do que nenhum outro político no Portugal Democrático, em matéria de políticas de habitação e combate à pobreza.

E não foi apenas pelos mais desfavorecidos, foi também pelos 28 concelhos envolvidos no PER, fomentando a harmonização urbanística dos territórios e sua modernização, com a eliminação dos bairros de barracas.

Num momento em que muito se fala da falta de gratidão por quem honra o nome de Portugal seria justo a homenagem do país ao Professor Doutor Aníbal Cavaco Silva sobre este legado ímpar na história da democracia portuguesa, no cumprimento de um imperativo constitucional – o direito à habitação. Hoje, se muitos dos mais desfavorecidos, ainda têm a possibilidade de viver em concelhos como Lisboa, Oeiras ou Cascais, muito se deve a este extraordinário legado deixado por Cavaco Silva na liderança do XII Governo Constitucional.

E sendo hoje o problema do acesso à habitação o maior problema social e sociológico do país é também lamentável que o PSD, maior partido da oposição e ligado ao PER, não saiba erguer este legado em prol dos portugueses.

Obrigado, Cavaco Silva!

José Luís Tavares

Licenciado em Sociologia e Planeamento

terça-feira, 13 de dezembro de 2022

UMA PORCA MISERIA

Três túneis em Lisboa encerrados por prevenção devido ao mau tempo

A madrugada de quinta-feira ficou marcada por fortes chuvadas que provocaram inundações por toda a Grande Lisboa

Três túneis rodoviários na Avenida João XXI, Campo Grande e Entrecampos, em Lisboa, foram encerrados no sábado à noite por prevenção por causa do mau tempo, revelou este sábado à agência Lusa a directora do Serviço Municipal de Protecção Civil.

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‘Todos os anos’ acontece o mesmo… ou pior…várias vezes, e a culpa é das ‘adversas condições atmosféricas’ que assolam Lisboa!

NÃO é dos arquitectos que desenharam os túneis

NÃO é dos engenheiros que dirigiram as obras

NÃO é dos políticos que aceitaram a obra feita

E muito menos dos ‘trabalhadores’, porque só obedecem a ordens

Vivi três anos em Inglaterra onde – ‘como se sabe’ – quase nunca chove. Ah ah ah.

NUNCA vi túneis fechados, nem passeios aos altos e baixos.

A SORTE que os Ingleses têm!

PORCA MISERIA

Votar aos 16 anos?

Comentário Pessoal ao artigo anexo:

É um assunto que me interessa por outras razões.

Cá por mim, até podiam passar a idade do voto para os 14 anos; aliás, no ‘antigamente’, os Reis - e julgo que ‘todo o mundo’ - eram ADULTOS aos 14 anos.

Podendo votar aos 14 anos, toda essa ‘malandragem’ que vive do/no crime, passaria a ser julgada como ADULTOS (andavam menos ‘cá por fora’, e mais, ‘lá por dentro’).

TÁ BÉM?

Nota:

As o October 2022, 24 states in the U.S. have no minimum age for prosecuting children. The U.S. is an outlier throughout the world in the practice of prosecuting young children in court; 14 is the most common minimum age of criminal responsibility internationally.

In the United States the age varies between states, being as low as 6 years in South Carolina and 7 years in 35 states; 11 years is the minimum age for federal crimes.

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Dos jornais

Votar aos 16 anos?

A antecipação da idade para votar está a ganhar adeptos em Portugal depois de ter sido implementada em países como a Bélgica, Grécia ou Malta.

PSD, Iniciativa Liberal, Bloco de Esquerda, Livre e PAN querem que os jovens possam votar a partir dos 16 anos. A Juventude Socialista também apoia uma proposta que permite “criar hábitos de participação cívica e eleitoral”. O Presidente da República defendeu que “esse é um debate a fazer”, mas, nos países onde foi aplicada, esta medida não teve o impacto esperado no combate à abstenção.

Na edição do semanário NOVO desta semana ouvimos os principais argumentos a favor e contra. A possibilidade de antecipar a idade do voto vai ser discutida no âmbito da revisão constitucional e deverá contar com a oposição do PS, PCP e Chega.

COM O RUI PATRICIO NÃO ÉRAMOS ELIMINADOS

Marrocos-Portugal: saída em falso de Diogo Costa e golo de En-Nesyri


E assim, fomos eliminados…

O cruzamento vindo da esquerda do ataque marroquino demorou ‘3 horas’ a chegar à nossa área, mas mesmo assim, Diogo Costa não acertou na bola…

Aceito que Diogo Costa seja um guarda-redes com futuro, mas RUI PATRICIO é actualmente o nosso melhor guarda-redes e só não jogou porque o ‘puto’ Diogo Costa é do PORTO!

Podem (e devem) fazer-se experiências com jogadores em jogos não decisivos, mas não com guarda-redes e NUNCA nuns ¼ de final do campeonato do mundo ? NÃO!!!

Presidente de todos os portugueses? Não, obrigado.

Quando em assuntos de natureza pessoal – como a eutanásia – um indivíduo eleito pelas suas convicções pessoais conhecidas, diz que não agi, (relativamente ao poder de veto que essa função lhe dá), em razão das suas posições pessoais, pergunta-se:

Vale a pena fazer eleições para presidente?

Evidentemente que NÃO. Faça-se um sorteio. É mais barato.

E, assim como assim, o poder que essa função realmente tem, não justifica a soma astronómica que custa ao erário público.

Mas cuidado…não se faça como daquela vez em que, para se escolher um juiz entre dois únicos candidatos (para decidir por que crimes é que um ‘tipo importante’ deveria ir a julgamento), o computador – certamente a dormir – só à 4ª tentativa é que acertou no nome… o problema é que os computadores não dormem

Por essas e por muitas outras é que o regime está podre e eu já há anos que nem sequer me dou ao trabalho de colaborar ‘nessa coisa de eleições.

O ‘rebanho’ que decida – o resultado é, na prática – indiferente

O PODER vai temporariamente para ‘uns’ ou para ‘os outros’… o regime, esse, mantém-se…PORCA MISÉRIA.

Recordando: ‘Les Uns et les Autres’…um grande filme de 1981

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Presidente de todos os portugueses? Não, obrigado

Marcelo jura que, na eutanásia, não agirá por “posições pessoais”. Mas, se um Presidente acha que não tem legitimidade para actuar segundo as suas convicções, é melhor trocar as eleições por um sorteio

10 dez. 2022, Miguel Pinheiro, Director Executivo, ‘Observador’

Lamentavelmente, é uma das frases mais poderosas da política portuguesa — e, mesmo sendo um vazio e uma ficção, apresenta-se como uma evidência irrefutável. Ramalho Eanes já a tinha usado em cartazes, mas foi Mário Soares quem a tornou célebre ao decretar, na noite em que foi eleito, em 1986: “Serei o Presidente de todos os portugueses”.

Era uma afirmação puramente táctica. Naquela altura, o novo Presidente da República precisava rapidamente de ver reconhecida a sua legitimidade. Na primeira volta dessas eleições, Soares tinha derrotado por poucos votos os candidatos da esquerda radical; e, na segunda volta, tinha derrotado por ainda menos votos o candidato da direita. Não por acaso, no dia seguinte, as ruas estavam cheias de eleitores, inconformados com o resultado, que ostentavam orgulhosamente um autocolante com a frase “O meu Presidente é o outro”.

Além disso, que já não era pouco, o novo Presidente da República ia ter que trabalhar com um governo do PSD que ganhara eleições apenas quatro meses antes. Detalhe importante: Aníbal Cavaco Silva chegara a primeiro-ministro depois de ter derrubado, com uma humilhação estrondosa, o governo de Bloco Central liderado precisamente por Mário Soares.

Confrontado com estas dificuldades, Soares precisava urgentemente de enterrar as divergências políticas, assegurando que a “maioria presidencial” que o elegera se dissolvia no minuto a seguir à contagem do último voto. Foi isso que fez naquela noite na praça do Saldanha, em Lisboa, oferecendo-se, generosamente, a “todos os portugueses”.

Quando se sentiu fortalecido, ao candidatar-se a um segundo mandato, Mário Soares produziu outra frase de efeito, declarando-se “socialista, republicano e laico”. Mas a máxima inicial manteve a sua força, que dura até hoje. Portugueses de direita ou de esquerda, altos ou baixos, magros ou gordos, melancólicos ou festivos, repetem, como se estivessem em oração, que qualquer arrendatário do Palácio de Belém deve ser “o Presidente de todos os portugueses”.

Marcelo Rebelo de Sousa, como sempre, levou essa ideia ao paroxismo. Ele quer ser o Presidente de todos os portugueses, o amigo de todos os portugueses, o pai de todos os portugueses. E, para isso, parece estar disponível para eclipsar todas as suas convicções. Já antecipando que um dia a lei da eutanásia iria aterrar na sua secretária, Marcelo disse há anos numa entrevista que, caso optasse pelo veto político, ele “não seria uma afirmação de posições pessoais”.

Esta garantia provoca uma perplexidade; e essa perplexidade leva a uma pergunta: os Presidentes não são eleitos exactamente para atuarem segundo as suas “posições pessoais”? Durante as campanhas, os candidatos apresentam, explicam e defendem essas “posições pessoais”: acreditam numas coisas e não noutras; defendem estes princípios e não aqueles; prometem fazer isto e evitar aquilo. É com as suas “posições pessoais” que pedem o voto dos portugueses e, como consequência, é olhando para as suas “posições pessoais” que os portugueses lhes dão o seu voto. Alguém me explique: como é que um órgão de soberania unipessoal atua sem “posições pessoais”?

Se é suposto que, depois de contadas as urnas, um Presidente deixe de ter “posições pessoais”, então o regime confronta-se com dois problemas. O primeiro é que, sendo assim, o voto popular transforma-se numa inutilidade: em vez de eleições, podemos ter um sorteio, porque a premissa de que um Chefe de Estado deve agradar a “todos os portugueses”, independentemente daquilo em que acredita e da origem dos votos que recebeu, coloca-o ao nível de um bibelô, papel que pode ser cumprido com garbo por qualquer português com mais de 35 anos cujo nome seja colocado numa tômbola. O segundo problema é que, a ser assim, o nosso sistema político assenta numa fantasia: alguém acredita, por exemplo, que é indiferente ter na Presidência Marcelo ou Ana Gomes, Marisa Matias ou André Ventura, João Ferreira ou Tiago Mayan Gonçalves, porque qualquer um deles será “o Presidente de todos os portugueses” e, como consequência, agirá de uma mesma forma, procurando sempre o mínimo denominador comum da nação?

Seria conveniente, portanto, acabar de uma vez por todas com este mantra pernicioso e enganador. Evidentemente, o Presidente da República não pode ser um revanchista em guerra permanente com um Governo ou um Parlamento de maioria oposta à sua. Mas também não pode ser uma mera extensão desse Governo e desse Parlamento, precisamente porque tem uma legitimidade própria que assenta nas suas “posições pessoais”, que são partilhadas pelos seus eleitores — e esses eleitores foram às urnas para serem representados, não para serem ignorados. Se essas “posições pessoais” se esfumam, e se com elas se esfuma também o pressuposto dos votos que recebeu, então o Presidente deixa de ser um político e passa a ser um aspirante a demiurgo, sempre tentando posicionar-se como o mais puro intérprete daquilo que julga serem os verdeiros sentimentos do povo português em determinado momento.

Aqueles que defendem um “Presidente de todos os portugueses” enganaram-se no regime. Vivem numa república, mas, mesmo sem o saberem, sonham com uma monarquia. É certo que estamos a falar de Marcelo, mas, apesar de tudo, ainda não chegámos lá.

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O emplastro de Belém

…As suas intervenções são insultuosamente inúteis…

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Nos momentos que carecem de um chefe de Estado, é garantido que o prof. Marcelo não comparece.

Os detractores que lhe questionam o discernimento não explicam esta habilidade para evitar chatices.

10 dez. 2022, Alberto Gonçalves – Observador

Vocês conhecem-no. Toda a gente o conhece. É aquele sujeito que aparece sempre que há uma câmara de televisão plantada algures. E que diz coisas sem nexo e sem parança. E que em geral ostenta um sorriso esquisito. E que se agarra a quem estiver nas imediações. E que adora tirar retractos. E que se despe à primeira oportunidade. E que suscita a alguns um sentimento entre a compaixão e o embaraço, o divertimento e a impaciência. Falo, deveria ser escusado notar, do popular Emplastro. Não me refiro ao sr. Nando, que é de Vila Nova de Gaia, costuma andar vestido, fala pouquíssimo e, que se saiba, não custa muito ao erário público. O Emplastro em questão mora em Belém, acode pelo nome de “prof. Marcelo” e, acreditem, é presidente da República. Vocês acreditam. A maioria de vocês votou nele. E por duas vezes.

Como é que nós – “nós” a nação, “nós” a sociedade, “nós” o colectivo raio que nos parta – descemos a isto? Como podemos achar isto relativamente “normal”, ou saudavelmente “normal”? Como é que isto é tolerável? Como é que o “presidente implausível”, na definição do Vasco Pulido Valente, é possível? Como é que não estranhamos o Emplastro de Belém, como estranharíamos, suponho, se víssemos o Emplastro de Gaia ser agraciado com o Nobel da Física? Como é que conseguimos desenvolver tamanha apatia? Como é que a realidade mais desvairada nos parece corriqueira e “habitual”? Como é que, repito, descemos a isto?

Parte inferior do formulário

Dei por mim a marinar estes pensamentos pela enésima ocasião quando, após o jogo Portugal – Suíça, o prof. Marcelo surgiu imediatamente nos diversos canais a comentá-lo. À medida que o campeonato avança, o prof. Marcelo avança igualmente na frequência dos comentários, que entretanto já acontecem no fim, no início e no intervalo das partidas (caso a “selecção” atinja a final da competição, imagino que o homem se encarregue do relato completo para a RTP). E não são meras generalizações, estilo “Estou contente porque a equipa jogou bem”. Não senhor: são disparates detalhados, jogador a jogador, táctica a táctica, “incidência” a “incidência”. No pedaço que vi, terça-feira, terminou a esclarecer que iria enviar uma mensagem ao treinador e telefonar-lhe “às tantas da noite”. Depois sorriu. Depois inclinou-se para o centro da imagem até quase abalroar a repórter, talvez mortificado por ter de abandonar momentaneamente as objectivas. Na quinta-feira, regressou, especado ao pé do autarca lisboeta nas cheias da cidade.

O Emplastro de Belém materializa-se na bola, na praia, nas cheias se as cheias forem atribuídas às “alterações climáticas” e, afinal, no que não seja propício a criar polémica e onde a sua intervenção é insultuosamente inútil. Nos lugares e nos momentos que carecem de um chefe de Estado, é garantido que o prof. Marcelo não comparece. Os detractores que lhe questionam o discernimento não explicam esta curiosa habilidade para evitar chatices.

As chatices ficam a nosso cargo. Um sistema de saúde que falece sem dignidade à vista desarmada. Uma corrupção fulgurante. Uma Justiça aleijada. Um ensino em cacos. Uma liberdade condicional. Uma economia de rastos. Uma fiscalidade voraz. Uma miséria imparável. Um destino negro. E, atrás e à frente de tudo, um partido que tomou conta do Estado e um Estado que tomou conta do país. E um governo cuja incompetência, arrogância e endémica desonestidade o prof. Marcelo desculpa, protege e acarinha com apreciável zelo. Esta época de gangsters exigia um líder: saiu-nos uma caricatura, que reduziu o cargo a pó. O prof. Marcelo não preside a Portugal: por omissão preside à ruína de Portugal, ou no mínimo da frágil democracia que andámos meio século a tentar amanhar. Podia fazê-lo com gravidade trágica, mas prefere o destrambelhamento cómico. E continuamos sem perceber se o destrambelhamento é opção ou fatalidade.

O que se percebe é que antes de 2016, carregadinho de livros por abrir e de honras por demonstrar, o prof. Marcelo não passava da típica “sumidade” nacional, um alegado portento que se esvazia ao primeiro alfinete ou contacto com a realidade, e que, num deserto de alternativas, os cidadãos elegeram. Desde então, tem sido uma coisa diferente. O quê? Descontadas as evidências e as suspeitas, o que em suma o prof. Marcelo mostra ser é alguém com um profundo desprezo pela totalidade das pessoas, excepto por uma pessoa em particular: ele próprio. Não há ali frase, gesto ou acção que não padeça de um narcisismo desmesurado. O exagerado fascínio que ele simula sentir pelo mundo não esconde, aliás revela, a clausura daquela cabeça.

Vocês conhecem a cabeça, de resto omnipresente em “selfies”, noticiários e variedades. Mas não querem conhecer o que vai lá dentro.

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segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

Você pode passar no teste de equilíbrio de 10 segundos?

Esta habilidade simples, muitas vezes negligenciada, pode render enormes dividendos mais tarde na vida.

https://www.nytimes.com/

Actividades para melhorar o equilíbrio

O treinamento de equilíbrio anda de mãos dadas com o treinamento de força. Quanto mais fortes forem os músculos das pernas, glúteos, pés e core, melhor será o seu equilíbrio . Você pode melhorar seu equilíbrio fazendo aulas de Tai Chi ou ioga, mas aulas de musculação, dança, escalada ou aeróbica também são excelentes maneiras de trabalhar suas habilidades de equilíbrio.

“Realmente, qualquer tipo de exercício parece ajudar no equilíbrio e no risco de queda”, disse a Dra. Avril Mansfield, cientista sénior do KITE-Toronto Rehabilitation Institute, especializada em ciência do movimento.

Mas algumas formas de exercício são melhores que outras. Se o seu único movimento for caminhar em uma superfície lisa, sem movimentos de um lado para o outro, isso não melhorará significativamente seu equilíbrio, disse a Dra. Rachael Seidler, professora do Departamento de Fisiologia Aplicada e Cinesiologia da Universidade da Flórida .

Se você realmente deseja melhorar seu equilíbrio, disse o Dr. Seidler, obterá o maior benefício concentrando-se em vários exercícios específicos.

Treinando seu equilíbrio em casa

Então, como você começou? Felizmente, a maioria dos treinamentos de equilíbrio não exige nenhum equipamento especial e você pode começar em casa. Como acontece com qualquer novo programa de exercícios, converse primeiro com seu médico e tenha uma cadeira por perto para se agarrar caso se sinta instável.

Experimente estes cinco exercícios de equilíbrio duas a três vezes por semana, aumentando gradualmente a dificuldade à medida que se sentir confortável e começar a melhorar a sua força.



Postura de uma perna

Fique atrás de uma cadeira, segurando-a com as duas mãos. Levante uma perna do chão, dobrando o joelho levantado em direcção ao peito e fique em uma perna por cinco segundos. Repita cinco vezes e faça o mesmo com a outra perna. Muito fácil? Segure-se na cadeira com uma mão, solte as duas mãos ou tente fechar os olhos.


Agachamento com peso corporal

Fique em pé com os pés afastados na distância do quadril, dedos dos pés para a frente. Dobre os joelhos e abaixe-se até que as coxas fiquem paralelas ao chão, mantendo o peso nos calcanhares. Estenda os braços à sua frente se precisar de ajuda para se equilibrar ou agache-se mais baixo se for muito fácil. Repita 10 vezes. Segure um haltere para aumentar a dificuldade.


cão pássaro

Comece em suas mãos e joelhos, costas rectas. Levante uma perna recta atrás de você e levante o braço oposto reto na frente, de modo que você esteja se equilibrando em um joelho e uma mão. Segure por cinco a 10 segundos e repita do outro lado.


Elevações laterais de perna

Fique atrás de uma cadeira, segurando-a com as duas mãos. Levante uma perna para o lado, tentando manter o corpo o mais imóvel possível. Repita com a outra perna, cinco vezes de cada lado. Aumente a intensidade segurando a perna por mais tempo ou soltando a cadeira.


Postura Tandem

Fique em pé e coloque um pé diretamente na frente do outro, com o calcanhar tocando o dedo do pé. Mantenha o peso igual em ambos os pés, joelhos ligeiramente dobrados. Segure por 30 segundos, depois troque os pés, repetindo três vezes. Feche os olhos para dificultar.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

Finlândia: Abono de família será dobrado para Dezembro

O Parlamento aprovou um projecto de lei sobre o pagamento de abono de família com o dobro da taxa normal para Dezembro de 2022. Para famílias que também recebem assistência social, o abono de família extra não conta para a assistência social.

Alterações temporárias serão feitas na Lei de Benefício Infantil e na Lei de Assistência Social. O objectivo das emendas é fortalecer o poder de compra das famílias com filhos num momento de alta de preços.

A alteração está entre as medidas acordadas nas deliberações orçamentais do Governo para 2023 que visam o reforço do poder de compra da população.

Kela pagará o dobro do benefício normal para crianças em Dezembro. Kela paga pensão alimentícia para todas as crianças menores de 17 anos que vivem permanentemente na Finlândia. O montante do abono de família aumenta com o número de filhos. Os beneficiários não precisam entrar em contacto com Kela ou enviar um formulário para receber o benefício infantil dobrado. Consulte o site da Kela para obter os valores do benefício infantil e do suplemento para pais solteiros.

A título de exemplo, o valor total do abono de família a pagar por dois filhos é de 199,72 euros por mês. Nas famílias biparentais, a duplicação do abono de família representa um rendimento extra de 199,72 euros, enquanto nas famílias monoparentais o rendimento adicional ascende a 326,32 euros. As famílias biparentais com dois filhos vão assim receber o abono de família no valor total de 399,44 euros em Dezembro, enquanto o valor total para as famílias monoparentais com dois filhos ascende a 652,64 euros.

O benefício da criança é uma renda isenta de impostos. O montante do abono de família não é afectado pelos rendimentos ou bens do beneficiário. O montante do abono de família não está vinculado ao índice nacional de pensões.

O abono de família é normalmente contabilizado como rendimento para efeitos de assistência social. Em Novembro de 2021, por exemplo, cerca de 15% dos beneficiários da assistência social também recebiam o abono de família. O abono de família extra pago em Dezembro não conta para a assistência social. Isso significa que, se uma família recebe assistência social, o pagamento adicional do abono de família não afecta sua assistência social e ela não precisa tomar nenhuma medida adicional em relação à sua assistência social.

O duplo abono de família será pago na data habitual de pagamento mensal, que este ano cai na sexta-feira, 23 de Dezembro.

Aumento do abono de família em dezembro de 2022 e valor total do abono de família em dezembro de 2022.

A UE impedirá pagamentos em dinheiro de mais de 10.000 euros para impedir a lavagem de dinheiro.

É uma boa medida, mas também dá muito jeito ao sector bancário, pois assim surge mais uma excelente oportunidade de negócio!


Os Estados-Membros podem impor um limite inferior, se assim o desejarem.

A União Europeia (UE) vai reforçar a sua regulamentação e alargar o âmbito do actual quadro de combate ao branqueamento de capitais e ao financiamento do terrorismo com casos como a impossibilidade de pagamentos em numerário superiores a 10.000 euros , embora os Estados-Membros tenham flexibilidade para impor um tecto inferior se eles quiserem.

O Conselho acordou esta quarta-feira a sua posição sobre o Regulamento contra o branqueamento de capitais (AML, na sigla em inglês) e uma nova Directiva (AMLD6), que juntamente com a proposta de reformulação do Regulamento de transferências de fundos, sobre o qual foi acordo já foi alcançado com o Parlamento Europeu, eles formarão o novo código regulador da UE sobre a luta contra a lavagem de dinheiro, uma vez adoptado.

"Terroristas e seus financiadores não são bem-vindos na Europa. Para lavar dinheiro sujo, criminosos e organizações criminosas tiveram que procurar brechas em nossas regras actuais, que já são bastante rígidas, mas nossa intenção é fechá-las e aplicar regras ainda mais rígidas . em todos os Estados-Membros", afirmou o Ministro das Finanças da República Checa, que exerce a presidência rotativa do Conselho, Zbynek Stanjura.

Conforme explicado pelo ministro, os novos regulamentos impossibilitarão grandes pagamentos em dinheiro de mais de 10.000 euros , dificultarão a manutenção do anonimato ao comprar ou vender criptoativos e impedirão que se escondam atrás de várias camadas de propriedade da empresa. "Será até difícil lavar dinheiro sujo por meio de joalheiros ou ourives", acrescentou Stanjura.

As novas regras da UE contra lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo (AML/CFT) serão estendidas a todo o sector de criptomoedas , obrigando todos os provedores de serviços de criptoativos a aplicar a devida diligência em tempo hábil a seus clientes, o que significa que eles terão que verificar fatos e informações sobre seus usuários.

Ficarão igualmente sujeitos às obrigações do Regulamento os intermediários financeiros terceiros, pessoas que negoceiam metais preciosos, pedras preciosas e bens culturais, bem como os joalheiros e ourives.

https://cincodias.elpais.com/cincodias/2022/12/07/economia/1670420288_567651.html

O manual de Geografia do 8.º ano que gerou polémica nas redes sociais

Livro de geografia diz que "legalização do aborto" e "valorização do papel das mulheres" foram algumas das políticas adoptadas que contribuíram para diminuir a natalidade.

As redes sociais são especialistas em originar polémicas em torno de tudo (e nada), mas muitas vezes são também palco de alertas para situações que tinham passado despercebidas. Esta segunda-feira, uma encarregada de educação publicou no Twitter uma imagem de um manual da disciplina de Geografia, do 8º ano, que abordava o tema "política demográfica". O livro definia como "políticas demográficas anti natalistas" um "conjunto de medidas que têm como objectivo diminuir o elevado valor de natalidade".

Depois, através de uma tabela, dava como exemplo: a "valorização do papel social da mulher", a "divulgação do planeamento familiar" através da distribuição gratuita de meios contraceptivos, a "legalização do aborto" e o "aumento do nível de instrução da população, sobretudo da feminina", o "aconselhamento ao casamento tardio" e a introdução de "benefícios fiscais para as famílias com apenas um ou dois filhos".

O conteúdo do manual acabou por ser contestado por uns, aplaudido por outros, mas levantou grande espaço de debate nas redes sociais.

Se há internautas que consideram "inaceitável o que está nesse livro" e que é um "atentado contra as mulheres", há outros que se apressam e garantem que vão "ver o que diz o livro" dos seus filhos. Há quem ironize e afirme ter lido "Educação Moral e Religiosa Católica em vez de Geografia" ou que questione "e onde falam da cozinha e do chão por esfregar?". Mas há também quem levante questões que podem ser consideradas pertinentes como se os exemplos nomeados não deverão ser considerados "causas que contribuíram para a diminuição da natalidade" em vez de "medidas políticas".

"Existe uma grande diferença entre políticas anti natalistas e políticas que a posteriori resultaram na diminuição da natalidade", escreve uma das pessoas na publicação.

A SÁBADO contactou a editora do livro, a Porto Editora, que nos garantiu que o manual escolar "cumpre escrupulosamente as Aprendizagens Essenciais definidas pelo Ministério da Educação para a disciplina de Geografia".

Referem ainda que o tema em causa aborda "as questões demográficas ao nível mundial, onde se inclui a análise das diferenças claras em termos sociais, económicos e demográficos entre países desenvolvidos, no qual se insere Portugal, e países em desenvolvimento e menos desenvolvidos".

Por isso, apesar de reconhecerem que o conteúdo se tornou polémico na Internet, defendem uma análise "contextualizada para uma correcta interpretação" e dão dois exemplos. No caso do casamento tardio referem que esta política surge como uma medida anti natalista pois "nos países menos desenvolvidos o casamento entre menores é uma prática comum e recorrente".
Sobre o papel social da mulher, explicam que "nos países menos desenvolvidos resume-se, muitas vezes, às actividades domésticas e relacionadas com a maternidade, estando a igualdade de género ainda longe de ser alcançada". Considerando que falamos de "sociedades desiguais que não promovem igualdade de oportunidades", neste contexto, "a valorização do papel social da mulher significa potenciar a emancipação e a educação da população feminina, permitindo dar às mulheres liberdade de escolha sobre a sua vida sexual e sobre a maternidade".

Em resposta à SÁBADO, a Porto Editora esclarece ainda que esta informação é veiculada "em todos os manuais escolares de Geografia (não apenas da Porto Editora) em moldes semelhantes e com a mesma linguagem", incluindo no projecto Estudo em Casa, emitido na RTP.

Analisámos o programa em causa e as matérias abordadas são as mesmas mas as palavras usadas, não. Enquanto o livro da Porto Editora fala em "políticas anti natalistas", a informação divulgada na RTP refere "factores explicativos para os diferentes valores de fecundidade no mundo".

"O problema é de semântica. Anti significa contra, medidas significa acções com propósito. Ora quando se lê as ditas medidas verifica-se que a maior parte são só consequências de acções ou situações que não tiveram a natalidade como propósito. É colocar o manual no lixo", assegura um outro internauta.

Apesar da aparente confusão digital, a Porto Editora garante que todos os manuais escolares "são alvo de revisão científica por parte de instituições acreditadas" sendo este revisto pelo Departamento de Geografia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Em resposta à SÁBADO, José Alberto Rio Fernandes, o docente que assegurou esta revisão, também garante que tudo não passa de uma "virose das redes sociais" e apresenta uma contextualização para cada ponto apresentado no livro.

Segundo o docente, o empoderamento feminino é usado, em muitos países, como ferramenta para diminuir a população. A pouca instrução – traduzida muitas vezes no alfabetismo e iliteracia – "está na raiz de taxas muito elevadas de natalidade", pelo que o aumento do nível de instrução da população, sobretudo da feminina, é uma das formas usadas para o combater.

No caso do aconselhamento ao casamento tardio, "em muitos países são muito reduzidos os casos de filho fora do casamento, pelo que resulta estatisticamente verdadeiro que, quando mais tarde o casamento, menor o número de filhos".

Da mesma forma, a valorização do papel social da mulher em algumas comunidades – através do combate à dependência socioeconómica e à fragilidade da mulher perante o marido e a sociedade em geral – é outros dos mecanismos para actuar em países onde se regista grandes taxas de natalidade.

Quanto ao planeamento familiar, José Fernandes, esclarece que "a ausência de informação ou a pobreza são, em muitos casos, a explicação para elevado número de filhos", o que faz com que a distribuição gratuita de meios contraceptivos actue de forma directa neste número. Já na legalização do aborto, "independentemente da posição de cada um", o especialista diz que esta é uma medida que diminui objectivamente o número de nascimentos.

Sábado

Melhores bancos privados do mundo 2023

A Global Finance avalia os melhores bancos de alto contacto nestes tempos de baixo contacto.

Todo o mês de Dezembro, nos últimos oito anos, a Global Finance homenageia os líderes e inovadores do sector de private banking com o prémio World's Best Private Bank.

Essas são as instituições que fornecem serviços financeiros de primeira linha para os ricos do mundo - empreendedores e magnatas da tecnologia, famílias ricas e proprietários de empresas familiares, executivos internacionais abastados e, sim, os mais velhos do dinheiro antigo. Cada vez mais, essas instituições estão utilizando ferramentas digitais para expandir sua capacidade de atender a uma base de clientes existente enquanto se expandem para oferecer serviços a um número maior de indivíduos. O truque é fazer isso sem perder de vista o toque pessoal que torna a assessoria patrimonial tão eficaz.

Ao mesmo tempo, a composição da riqueza global está mudando, e isso também está gerando mudanças nesse nicho. Com o surgimento de uma nova geração de riqueza, ela trouxe não apenas conhecimentos tecnológicos, mas também um foco maior na ameaça das mudanças climáticas e no papel da riqueza privada na construção de um futuro sustentável para a humanidade. Além disso, a riqueza é verdadeiramente global, sem fronteiras; isso traz complexidade adicional aos produtos financeiros e serviços de consultoria.

Para os leitores da Global Finance, nossas avaliações anuais dos melhores bancos privados do mundo fornecem um guia para as instituições mais bem posicionadas para atender às suas necessidades cada vez mais sofisticadas de gerenciamento de património à medida que constroem, crescem e preservam suas fortunas. 

Metodologia: Atrás dos Rankings

A equipe da Global Finance selecciona os vencedores para esses prémios com base em inscrições enviadas por bancos, documentos da empresa e registros públicos. Nenhuma informação proprietária foi solicitada ou compartilhada no processo de premiação. Consideramos o conhecimento do mercado local, presença global e amplitude e sofisticação do investimento. Como as métricas raramente são públicas neste canto sensível das finanças, incorporamos a perspectiva de analistas e consultores. Os dados de desempenho também são extraídos de fontes do sector, incluindo o Global Private Banking Benchmark anual da Scorpio Partnership e as tabelas regionais da revista Asian Private Banker. O tamanho e o crescimento são factores importantes, mas a Global Finance também considera a criatividade, a singularidade da oferta e a dedicação ao private banking como um negócio central, tanto global quanto regionalmente.


MELHOR BANCO PRIVADO DO MUNDO
Banco Privado JP Morgan

Vencedor do prémio Global Finance por vários anos , o JP Morgan, com activos de clientes de US$ 1,9 trilhão, foi novamente seleccionado como o Melhor Banco Privado do Mundo. Em média, a empresa poderosa atrai um novo cliente com mais de US$ 100 milhões em activos para investimento a cada dois dias úteis.

“Os clientes mais sofisticados do mundo recorrem continuamente a nós para resolver suas necessidades financeiras e encontrar um sinal em meio ao ruído, especialmente em mercados voláteis”, observa Mary Callahan Erdoes, CEO do JP Morgan Asset and Wealth Management (AWM). No ano passado, o JP Morgan investiu em talentos com 377 novos analistas, 162 novos consultores de clientes e mais de 280.000 horas de treinamento realizadas em AWM.

MELHOR BANCO PRIVADO PARA CLIENTES MULHERES
SCOTIA WEALTH MANAGEMENT

A Scotiabank Women Initiative é um programa de assinatura projetado para aumentar as oportunidades econômicas e profissionais para todas as mulheres e pessoas não binárias, agora e no futuro. Destina-se a inspirar e capacitar as mulheres a assumir o controle de seu futuro financeiro. O Scotiabank oferece soluções criativas de financiamento adaptadas às prioridades estratégicas das mulheres. As ofertas incluem capital de giro e financiamento de estoque; e financiamento para projetos de capital, expansões, fusões e aquisições e muito mais. A Scotiabank Women Initiative, lançada para o Global Wealth Management, seguiu um programa piloto bem-sucedido. O programa foi desenvolvido com base na oferta do Plano Total de Riqueza da Scotia Wealth Management e transformou a maneira como atende clientes mulheres. O programa oferece aos conselheiros treinamento aprofundado,   

MELHOR BANCO PRIVADO
SOLUÇÕES DIGITAIS PARA CLIENTES
Banco Hana

O Hana Financial Group da Coréia do Sul declarou sua missão de se tornar uma empresa financeira digital líder global, com o objetivo de se transformar em uma “empresa de informações centrada no cliente e orientada por dados” por meio da inovação digital de produtos e serviços. Seus esforços rapidamente ganharam massa crítica.

A Hana ganhou elogios por sua abordagem inovadora à digitalização, com seu aplicativo My Branch se tornando extremamente popular entre os clientes após seu lançamento em abril de 2021, graças aos esforços da equipe de desenvolvimento de TI da Hana. A equipe trabalhou com gerentes de agências – mais familiarizados com o modo de operação tradicional baseado em papel – para criar o aplicativo, que originou US$ 1,6 bilhão em empréstimos pessoais.

Esse aplicativo e sua funcionalidade amigável forneceram um roteiro para a direção da viagem na franquia de private banking. O mesmo talento para a inovação digital foi exibido pelo aplicativo My PB do Hana Private Bank, que foi lançado este ano e também provou ser um grande sucesso entre os clientes de private banking.

My PB — especialmente adaptado às demandas dos usuários milenares — permite aos clientes acesso online a gerentes de relacionamento e vários serviços, como análise profunda de todos os ativos do portfólio. O Hana Private Bank está trabalhando para desenvolver ainda mais o aplicativo e ampliar o uso para diferentes faixas etárias em sua divisão de gerenciamento de ativos.

MELHOR BANCO PRIVADO PARA INVESTIMENTOS SUSTENTÁVEIS
BBVA

No ano passado, o Escritório Global de Sustentabilidade do BBVA, criado em 2020, formou uma área de sustentabilidade global para desenhar uma agenda estratégica de sustentabilidade para o banco, apoiando os esforços de transformação global e desenvolvendo novos produtos sustentáveis. O banco comprometeu-se a alinhar a sua atividade comercial com os objetivos do Acordo de Paris. Os clientes de banca privada com os seus próprios objetivos de sustentabilidade beneficiam agora através de uma variedade de novas formas em que o BBVA integrou valores sustentáveis ​​nos seus processos e atividades, desde a triagem e ponderação de produtos de investimento internos ou fundos de terceiros (incluindo a sustentabilidade de empresas individuais investido) garantindo que todos os seus banqueiros privados tenham treinamento em sustentabilidade - de preferência com uma certificação externa - para continuar aconselhando os clientes.

O BBVA está bem à frente do Regulamento de Divulgação de Finanças Sustentáveis ​​da UE e de outros recentes regulamentos europeus de finanças sustentáveis. Por exemplo, as informações de risco de sustentabilidade são incorporadas à documentação pré-contratual enviada digitalmente aos clientes, com o objetivo de perguntar aos clientes sobre suas preferências de sustentabilidade ao fazer investimentos, para que seja montado um portfólio adequado. Os relatórios do cliente também foram aprimorados para incluir critérios ambientais, sociais e de governança (ESG) com dados enviados digitalmente sobre a sustentabilidade do portfólio do cliente e participações individuais.

A gestão interna de fundos está comprometida com o investimento de impacto, por meio do engajamento com empresas e votação em assembleias de acionistas, ao mesmo tempo em que investe diretamente em empresas alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Os clientes de bancos privados também podem se beneficiar da rápida implementação de financiamento sustentável do BBVA, incluindo empréstimos para hipotecas elétricas ou híbridas e condições favoráveis ​​para residências com melhor certificação energética.

MELHOR USO INTERNO DE TECNOLOGIA POR UM BANCO PRIVADO
BTG Pactual

Gestão de patrimônio

O BTG Pactual entende que investir no aprendizado e no desenvolvimento contínuo dos colaboradores é um valor inegociável. No ano passado, o banco lançou uma plataforma de treinamento interno, o BTG Campus, que, além de sugerir caminhos de desenvolvimento específicos para diferentes funções, oferece temas de treinamento de autoatendimento. Os temas disponíveis vão desde assuntos mais amplos, como comunicação e gramática corporativa, passando por finanças comportamentais, até uma abordagem mais direcionada e focada em propósitos específicos, como programas de onboarding desenvolvidos exclusivamente para a equipe de gestão de patrimônio. Dessa forma, a empresa garante que cada novo integrante da equipe entenda como a área funciona, como ela se relaciona com as áreas parceiras e quais são as principais atividades da nova função.

MELHOR BANCO PRIVADO BOUTIQUE DO MUNDO
Ponto de campo privado

Vencedor novamente como Melhor Private Bank Boutique do Mundo, o Fieldpoint Private se destaca na multidão. Com US$ 5,4 bilhões em ativos sob gestão (AUM) em 2021 e US$ 1,4 bilhão em ativos bancários, está entre os 12% maiores bancos dos EUA.

O banco atende pessoas físicas de alta renda (HNWIs) e pessoas físicas de renda ultraelevada (UHNWIs) e empresas. A empresa também tem investido em tecnologia e especialistas digitais para impulsionar o crescimento. Essa equipe criou um conjunto de ferramentas digitais para gerenciar todas as interações entre o banco privado e os parceiros de consultores de investimentos registrados (RIA). Essas ferramentas permitem que cada consultor dentro de cada parceiro RIA inicie uma transação ou empréstimo em nome de um cliente e acompanhe o progresso ao longo de seu ciclo de vida. Isso fornece aos consultores transparência total e em tempo real sobre o status de todos os negócios bancários e garante que o consultor possa permanecer no centro desses componentes críticos da vida financeira de seus clientes.

BANCO PRIVADO MAIS INOVADOR DO MUNDO
DBS Private Bank

O DBS visa superar a concorrência, transformando-se em um “banco inteligente” por meio da combinação de análise preditiva com inteligência artificial e tecnologia de aprendizado de máquina (AI/ML) usada para transformar dados em insights relevantes, intuitivos e hiperpersonalizados entregues a cada cliente .

O banco abraçou a revolução dos ativos digitais por meio de seu Digital Exchange, ou DDEx, que oferece aos investidores a capacidade de explorar um ecossistema totalmente integrado de tokenização, negociação e custódia para ativos digitais, juntamente com a oportunidade de obter captação alternativa de capital por meio de tokens garantidos por segurança. Estes são garantidos por meio de ativos financeiros, como ações de empresas não listadas, títulos digitais e fundos de private equity.

“Adotamos uma abordagem de alta tecnologia e toque inteligente para trabalhar com nossos clientes, enraizada na crença de que a tecnologia pode aprimorar muito o toque humano na gestão de patrimônio”, diz Joseph Poon, chefe de grupo do DBS Private Bank em Cingapura.

“Pegue, por exemplo, nossos recursos bancários inteligentes para selecionar insights hiperpersonalizados para as necessidades de nossos clientes”, diz ele. “Estamos bem posicionados para estar na vanguarda da entrega de valor no mundo digitalmente interrompido de hoje, onde os principais desafios estão na construção de novas formas de engajamento para atender às crescentes necessidades dos clientes.”

MELHOR BANCO PRIVADO EM RESPONSABILIDADE SOCIAL
Banco J. Safra Sarasin

Um dos objetivos de sustentabilidade do Bank J. Safra Sarasin é obter sucesso comercial enquanto reduz sua pegada ecológica. Procura, assim, aumentar a eficiência energética e dos recursos e reduzir o consumo de energia e as emissões de carbono. A J. Safra Sarasin estende as oportunidades relacionadas a esses objetivos em todas as operações do banco. O banco capta emissões de gases de efeito estufa e participa desde 2013 de um programa de metas de eficiência energética e redução de carbono com a Business Energy Agency na Suíça para reduzir suas emissões de carbono. Como pioneiro na proteção ambiental, o banco instalou seu próprio sistema fotovoltaico suíço no telhado de sua sede em Basileia em 1993. Seu objetivo é contribuir para metas como o ODS da ONU e o Acordo de Paris. Como apoiador engajado da iniciativa Science-Based Targets,

MELHOR BANCO PRIVADO PARA SERVIÇOS FILANTRÓPICOS
Banco da América

O Bank of America (BofA) encerrou seu segundo trimestre com mais de US$ 117 bilhões em ativos de clientes filantrópicos.

Comentando sobre a vitória do banco como Melhor Banco Privado para Serviços Filantrópicos, Jennifer Chandler, chefe de Soluções Filantrópicas para Banco Privado do Bank of America, observa: “No ano passado, tivemos um crescimento recorde em saldos filantrópicos. Estamos a caminho de arrecadar mais US$ 6 bilhões este ano. Continuamos a adicionar profissionais de fundação, doação, confiança e investimento à nossa equipe para garantir que possamos fornecer uma experiência personalizada para ajudar as famílias a realizar mudanças significativas. Duplicamos o número de estrategistas filantrópicos e continuamos investindo em nossa plataforma.”

A equipe de especialistas filantrópicos do Private Bank trabalha com indivíduos e famílias em todo o Private Bank e Merrill para alcançar os objetivos filantrópicos e legados pessoais dos clientes. Os clientes do banco adotaram os serviços do grupo Philanthropic Solutions, resultando em crescimento de 40% nas vendas e 65% em AUM nos últimos cinco anos. O BofA registrou um recorde em 2021 para os negócios de gestão de investimentos de doações e fundações, com entradas e compromissos de US$ 10 bilhões.

MELHOR BANCO PRIVADO PARA GERENCIAMENTO DE PATRIMÔNIOS INTERGERACIONAIS
Bradesco Private Bank

O principal evento do Bradesco Private Bank, intitulado Fórum da Família, visa estreitar o relacionamento com os herdeiros de grandes clientes, compartilhando tendências, visões e ideias por meio de palestras com especialistas que oferecem conteúdo de alto nível e temas que abordam temas relevantes. Junto a isso, o Bradesco Private criou uma frente estratégica voltada para a Próxima Geração, visando atender as faixas etárias Y (millennial), Z e Alpha, entendendo suas diferentes necessidades e contextos, e trazendo soluções cada vez mais inovadoras para a gestão. Um dos pilares desta iniciativa passa por percursos educativos estruturados para promover o desenvolvimento em cada fase da vida e apoiar as famílias em temas como a família, a sociedade, o indivíduo e a empresa.

MELHOR BANCO PRIVADO PARA PROPRIETÁRIOS DE EMPRESAS
MELHOR BANCO PRIVADO PARA NOVOS SEGMENTOS DE CLIENTES
PNC Private Bank

O PNC Private Bank se encontra não em uma, mas em duas categorias vencedoras entre os Melhores Bancos Privados do Mundo em 2023. O banco tinha AUM de $ 103 bilhões em 30 de junho de 2022 e apresentou fluxos brutos totais positivos de $ 62 milhões, um aumento de 185% a partir de 2021.

O banco, que integrou a compra do BBVA USA no ano passado, viu sua base de clientes diversificar em emergentes ($ 1 milhão a $ 3 milhões em ativos para investimento), estabelecido HNW ($ 3 milhões para $ 20 milhões em ativos para investimento) e UHNW multigeracional (mais de $ 20 milhões de ativos para investimento).

“A demografia da riqueza está mudando rapidamente”, observa Don Heberle, chefe do PNC Private Bank. “Clientes sofisticados de origens cada vez mais diversas estão recorrendo ao PNC Private Bank para ajudar a identificar e alcançar os valores, metas e propósito por trás de sua riqueza. Consideramo-nos mais do que apenas conselheiros dos clientes – somos confidentes, reconhecendo que cada cliente é único; e nossa abordagem para atender os clientes reflete isso.”

Quanto à sua vitória como Melhor Banco Privado para Empresários, o modelo de entrega nacional da PNC com foco na comunidade funciona para indivíduos, famílias e proprietários de empresas. “O PNC Private Bank fornece… um conjunto completo de serviços de consultoria pessoal para ajudar a crescer ou fazer a transição de uma empresa familiar. Os clientes proprietários de empresas também têm acesso a serviços especializados que incluem seguros empresariais, gestão de riscos, empréstimos e muito mais”, diz Heberle. “Além disso, como parte da empresa maior do PNC Bank, o PNC Private Bank trabalha em estreita colaboração com nossos parceiros de Corporate and Institutional Banking e Institutional Asset Management em clientes que também podem se beneficiar dos serviços desses negócios.”

MELHOR BANCO PRIVADO PARA EMPREENDEDORES
ICBC

A divisão de private banking e gestão de fortunas do megabanco chinês desfrutou de uma quase duplicação de AUM durante o período em análise e é capaz de invocar o grande peso de seu pai como o núcleo de seu modelo de negócios.

O ICBC Private Banking (ICBC PB) pretende “fornecer vitalidade financeira à economia real e servir o grupo empresarial e a economia real que eles representam”, de acordo com Li Baoquan, gerente geral do Departamento de Private Banking do ICBC. O banco visa construir um ecossistema de serviços focado no empreendedor, fortalecer a economia real com serviços abrangentes e desenvolver força nos serviços de caridade fiduciária para auxiliar na sucessão da riqueza construída pelos negócios.

Em setembro de 2021, o ICBC PB lançou oficialmente o Centro de Atendimento ao Empreendedor, uma plataforma de serviços de compartilhamento para “convidar os empreendedores a entrar”. Até o final deste ano, serão 400 desses centros, abrangendo 140 cidades e regiões da China continental, para fornecer plataformas para que os empreendedores troquem ideias e criem oportunidades de negócios.

O ICBC PB lançou no ano passado o Relatório do ICBC Entrepreneur Wealth Health Index em conjunto com centros de pesquisa de classe mundial, estabelecendo no processo o primeiro sistema quantitativo de pesquisa de riqueza em saúde para empreendedores na China. “Durante os últimos 15 anos, o ICBC PB sempre colocou os clientes em primeiro lugar e aproveitou suas vantagens para apoiar o desenvolvimento da economia da China”, disse Qian Wei, chefe de seção do ICBC PB em Pequim. Olhando para o futuro, o ICBC PB continuará a melhorar seus serviços para empreendedores, para construir uma plataforma de serviços integrados corporativo-privados e para promover o desenvolvimento sustentado de empreendimentos alinhados com ESG.

MELHOR BANCO PRIVADO PARA SERVIÇOS DE FAMILY OFFICE
Northern Trust

Vencedor do prêmio de Melhor Banco Privado para Serviços de Family Office em 2021 e 2020, o Northern Trust conquistou novamente o primeiro lugar nesta categoria.

O banco diz à Global Finance que tem “uma prática dedicada ao Global Family and Private Investment Office (GFO) [que] fornece um conjunto focado de soluções financeiras, bancárias e de consultoria para as famílias mais ricas do mundo e os escritórios familiares que as atendem. Hoje, os clientes da GFO são mais de 500 famílias situadas em mais de 30 países em todo o mundo. Além disso, atendemos 25% do ranking Forbes 400 dos americanos mais ricos. A equipe tem mais de 265 profissionais de serviços dedicados nos EUA, Europa, Oriente Médio, Cingapura e Austrália.”

Além de um conjunto de serviços de gerenciamento de patrimônio e planejamento imobiliário, o Northern Trust GFO também possui tecnologias de family office que fornecem precificação de ativos abrangente, serviços de alocação automatizada para fins contábeis e análise de âncora, fornecendo ferramentas de geração de relatórios e visualização de dados.

MELHOR BANCO PRIVADO EM MERCADOS EMERGENTES
banco OTP

Em comparação com algumas regiões, a Europa Central e Oriental pode ser pequena e fragmentada, mas a crescente riqueza dessa região emergente está gerando um mercado bancário privado cada vez mais atraente. E no OTP, o antigo banco de poupança estatal húngaro estabelecido pela primeira vez em 1949, atualmente administrando mais de € 9 bilhões (mais de US$ 9,3 bilhões) em ativos de clientes, ele produziu um campeão global nascente, um destaque em uma região dominada por grandes bancos da Europa Ocidental. ' subsidiárias locais.

Por meio de uma expansão passo a passo bem-sucedida, o OTP Private Banking (OTP PB) agora tem quase 42.000 clientes em 11 países da região. Detém cerca de 40% do mercado húngaro de PB e 25% do AUM, mas também é líder de mercado em países de mercados emergentes tão diversos como Bulgária (DSK Bank), Montenegro (CKB Banka) e Eslovênia (SKB banka). Sua estratégia na Albânia é característica. O Banka OTP Albania foi criado a partir da operação local do Societe Generale em 2019 e este ano assumiu o Alpha Bank Albania por € 55 milhões. Essa estratégia de aquisição e fusão permitiu que a OTP PB crescesse e prosperasse e parece um modelo para expansão em outros lugares.

MELHOR BANCO PRIVADO OU GERENCIADOR DE PATRIMÔNIOS COM PATRIMÔNIO LÍQUIDO INFERIOR A US$ 1 MILHÃO
UOB

O negócio de gestão de patrimônio do United Overseas Bank (UOB) ganhou uma injeção de adrenalina com a nomeação de Chew Mun Yew, ex-Julius Baer e da Autoridade Monetária de Cingapura, para chefiar a divisão de patrimônio privado do banco a partir de dezembro de 2021. Sua chegada ao o banco marcou a combinação de seu banco privado e reserva de privilégios.

Sob a direção de Chew, a UOB está se concentrando nos países da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean) como prioridade máxima. Para esse fim, em novembro passado, nomeou Lena Tan - uma veterana de 20 anos do UBS - como chefe de mercado regional da Asean para o banco privado do UOB, liderando a expansão do banco na Indonésia, Malásia, Tailândia e Vietnã. Enquanto isso, um novo departamento no banco privado, criado em agosto de 2021, se concentrou em conquistar clientes HNW em potencial, além de desenvolver instrumentos inovadores e serviços de ponta.

Para ajudar a reunir seu esforço, Chew tem quase 90 anos de presença do UOB na região, bem como sua vasta rede regional - composta por 500 escritórios em 19 países - e a capacidade do banco de alavancar a venda cruzada por meio de sua arquitetura aberta certamente tornará o competição se levante e preste atenção.          

MELHOR BANCO PRIVADO POR VALOR LÍQUIDO ENTRE US$ 1 MILHÃO E US$ 24,9 MILHÕES
Scotia Wealth Management

A Scotia Wealth Management oferece soluções estratégicas de empréstimos, suporte bancário personalizado e um serviço de gerenciamento de viagens e concierge de ponta. Isso ajudou o Scotia a se tornar um banco importante para os HNWIs. O Private Banker da Scotia pode configurar um empréstimo que permite ao cliente tomar empréstimos contra uma combinação de classes de ativos, tudo em um só lugar com uma única linha de crédito de investimento e, mais importante, um único ponto de contato. Os clientes podem acessar o gerenciamento prático de transações urgentes em coordenação com seus outros consultores; e eles têm acesso a uma série de benefícios bancários exclusivos, incluindo taxas de câmbio preferenciais e certas isenções de taxas anuais.       

MELHOR BANCO PRIVADO PARA VALOR LÍQUIDO DE US$ 25 MILHÕES OU MAIS
Citi Private Bank

O Citi Private Bank dedica sua estratégia a atender o segmento de alto padrão do mercado UHNW e trabalha exclusivamente com clientes cujo patrimônio líquido é superior a US$ 25 milhões - bem mais, na verdade. A estratégia do banco tem sido focar no atendimento a um número menor de clientes que possuem grande patrimônio (acima de US$ 100 milhões, em média) e alto nível de sofisticação financeira. O patrimônio líquido médio de novos clientes é de até US$ 450 milhões.

Uma das principais características diferenciadoras do Citi Private Bank é sua “globalidade”. Outra é sua capacidade de oferecer um conjunto completo de soluções, desde produtos bancários tradicionais até ofertas mais sofisticadas, como assessoria de arte e financiamento de aeronaves, além de oferecer a seus clientes acesso total às ofertas institucionais do Citi em Mercado de Capitais e Consultoria.

“Fornecer produtos e serviços eficazes e de alta qualidade para nossos clientes depende da compreensão de suas necessidades exclusivas para ajudá-los a atingir suas metas financeiras de curto e longo prazo”, diz um porta-voz. “Como um parceiro confiável e um dos principais bancos privados globais do mundo, estamos bem posicionados para conectar os clientes às redes globais do Citi que os ajudarão a navegar no ambiente complexo e em constante evolução.”

Ensaios sobre a lucidez.

MIGUEL SOUSA TAVARES

Comecemos pelas casas de banho e balneários nas escolas públicas, um tema pertinente e candente que interessa aos alunos que se declaram de sexo indeterminado ou contrário àquele que aparentam ter (peço desculpa por eventual imprecisão, mas isto é de compreensão difícil para leigos). Houve um primeiro despacho do Governo a regulamentar o assunto, em 2019, mas o Tribunal Constitucional declarou-o inconstitucional por ser matéria reservada da AR, sendo então retomado por projectos de lei do PS e do BE. E esses projectos foram agora a parecer do Conselho Nacional de Ética e Ciências da Vida, cujos conselheiros se dividiram: alguns propõem que às casas de banho e balneários já existentes, para rapazes e raparigas, se acrescentem novas construções para sexos indeterminados; outros, mais simplesmente, propõem que as casas de banho já existentes passem a ser “neutras”, servindo todos os sexos — existentes, declarados e a existir ou a declarar no futuro. Sobre isto e as soluções propostas tenho várias dúvidas substanciais e uma terminal.

São dúvidas substanciais as seguintes:

— uma casa de banho é um lugar onde se satisfazem necessidades fisio­lógicas ou é um lugar onde se afirma a identidade sexual perante o mundo?

— se, como pretende o segundo grupo de conselheiros, todas as casas de banho e balneários devem passar a ser de regime livre, como se assegura o apregoado direito à intimidade, por exemplo, de raparigas assumidas como tal que vêem entrar nas suas instalações um rapaz que ali vai satisfazer as suas necessidades a pretexto de que se sente rapariga? E quem garante que está a ser genuíno?

— mas se, pelo contrário, se optar pela solução alternativa de cons­truir um terceiro género de instalações para o terceiro género de orientações se­xuais, calcularam os conselheiros defensores desta solução quanto custaria ao país — em grosso e por aluno interessado — proceder a esse acrescento nos milhares de escolas públicas?

— e, já agora e por força do princípio da igualdade, por que razão se há-de limitar este revolucionário direito a jovens quase todos menores de idade? Não deveria ele ser estendido a todos os portugueses e, por maioria de razão, a adultos com a sexualidade mais bem definida, em todos os edifícios públicos e privados do país?

Quanto à dúvida terminal, é muito simples:

— este importantíssimo passo, a que poderemos com justiça chamar a “Revolução das Casas de Banho”, é mesmo essencial para melhorar a qualidade da democracia e da vida em sociedade? Não seria mais digno darmos casas de banho decentes aos trabalhadores imigrantes da agricultura alentejana?

2 A mando do Chega, prepara-se uma revisão constitucional que temo seja pretexto para infestar a Constituição com mais um elenco de direitos e garantias que mais parecem saídos de um programa de Governo ou de uma aula de catequese do que de um texto fundamental. Quando foi feita, em 1976, os constituintes gabaram-se de ter parido a segunda maior Constituição do mundo, só atrás da da então Jugoslávia, ignorando que a História tinha já ensinado que quanto mais pequena é uma Constituição mais fiável, duradoura e respeitada se torna. Agora, entre outros acrescentos e “aperfeiçoa­mentos” ditados pelas modas do tempo, pretende-se criminalizar constitucionalmente os maus-tratos e abandono de animais. Mas uma Constituição não é um Código Penal, e mesmo um Código Penal não consegue reprimir aquilo que tem que ver com má-educação, maus instintos e má natureza. E, como disse alguém cujo nome infelizmente não retive, como se pode pretender criminalizar o abandono de animais e não o fazer para aqueles que abandonam seres humanos, os seus pais ou avós, em hospitais, lares ou sozinhos em casa? Se eu pudesse, acrescentaria apenas um artigo novo à Constituição: “São proibidas todas as formas de demagogia.”

3 A poucos dias de mais uma tentativa de votar uma lei da eutanásia que há nove anos se arrasta num exaustivo processo legislativo no Parlamento (e tudo menos precipitado, como disse Cavaco Silva), Luís Montenegro veio, a destempo, propor um referendo. É lícito que ele tenha — como eu tenho e tantos têm — dúvidas, porventura insolúveis, sobre a eutanásia. Mas para aqueles que ainda mais licitamente a reclamam para si mesmos não vejo que “outras alternativas” de que ele fala pudessem ser consideradas através de um referendo ou de mais um adiamento.

4 Para um jornal como o “Público”, que, desde o início da guerra na Ucrânia, subscreveu abertamente as posições e a informação da NATO e do Ocidente no conflito, é de saudar a entrevista feita ao historiador russo Yuri Slezkine. Embora Slezkine seja um historiador da nova geração, crítico de Putin e do regime e de há muito a viver nos Estados Unidos, como professor em Berkeley, o seu olhar sobre o conflito não deixa de reflectir uma outra visão das coisas — que a informação dos media ocidentais tem sido comodamente avessa a escutar. Sobretudo quando ele procura na História parte das razões do conflito — mais uma aversão dos comentadores pró-NATO, que acham que a História começou a 24 de Fevereiro: “Como historiador, não consigo imaginar nenhum governante russo, nenhum czar, nenhum secretário-geral do partido comunista a dizer que se a Ucrânia se quer juntar a uma aliança militar hostil está no seu direito... Se a NATO está a aproximar-se e a tornar-se mais hostil, o que faria se estivesse no Kremlin?” Slezkine recorda, aliás, como a Rússia pós-soviética tentou várias vezes aproximar-se do Ocidente — inclusivamente, pedindo a adesão à NATO — e foi sempre repudiada.

Agora, que o Parlamento Europeu declarou a Rússia como um “Estado patrocinador do terrorismo” — uma figura inexistente no direito público internacional — e se fala na criação de um tribunal ad hoc para julgar retroactivamente os crimes de guerra russos na Ucrânia, as subsequentes declarações de Ursula von der Leyen parecem trazer alguma luz ao objectivo pretendido: condenar a Rússia ao pagamento de uma indemnização de guerra, destinada a financiar a reconstrução da Ucrânia e o custo de todo o armamento que lhe foi sendo fornecido para manter a guerra. Custo estimado: 300 mil milhões de euros — equivalente ao montante das reservas russas, públicas e privadas, congeladas em bancos ocidentais. A arquitectura jurídica que teria de ser montada para pôr de pé esta operação não tem precedente algum no direito internacional, nem sequer nos Acordos de Versalhes ou de Nuremberga, subverteria de futuro todo o comércio mundial e as próprias relações entre Estados e, obviamente, equivaleria a uma declaração de guerra formal à Rússia, com consequências permanentes para a paz no mundo e, em especial, na Europa.

É suicidário que seja a própria Europa a escolher este caminho e a recusar qualquer via negocial para o fim da guerra. E é incompreen­sível que o faça no momento em que os Estados Unidos dão sinais crescentes de estarem fartos desta guerra e cada vez mais virados para o Oriente, ao mesmo tempo que a uma Europa que já está a pagar, na energia e nos alimentos, o grosso da factura de guerra se preparam para lhe acrescentar o custo de uma guerra comercial “aliada”, desencadeada pela nova Lei de Redução da Inflação, autêntica machadada nas exportações europeias para os EUA. Já houve tempos em que o secretário de Estado Kissinger, para se justificar de maltratar a Europa, dizia que não sabia o número de telefone da Europa, querendo significar que não sabia quem respondia pela Europa. Esses tempos parecem repetir-se agora, mas com uma diferença: já há um número de telefone na Europa — é o do secretário-geral da NATO. A “ressuscitada” NATO, tão saudada pelos europeus, que deveria ser o braço armado da política externa consensual do Ocidente, é hoje, pela mão do seu secretário-geral, apenas o braço armado da política externa americana — da Ucrânia até à China. Mas Stoltenberg é também, e se repararem, o ministro dos Estrangeiros da Europa. É ele quem viaja pelas várias capitais europeias, quem está presente em todos os fóruns, quem fala antes e acima de todos os dirigentes europeus não sobre a disposição de forças ou sequer sobre a política de defesa europeia mas sobre a política externa europeia — da Ucrânia até à China. Agora, quando os americanos querem falar com a Europa, falar pela Europa ou dar ordens à Europa, telefonam a Jens Stoltenberg.

5 Desde que a selecção de futebol chegou ao Catar, Cristiano Ronaldo fez tudo para chamar sobre si o exclusivo das atenções, e os jornalistas portugueses presentes fizeram-lhe a vontade, massacrando-nos diariamente com as novelas à volta do CR7 como se nada mais existisse de importante do que ele e os seus estados de espírito. E mesmo depois de três jogos de absoluta desilusão e de uma manifestação de mal-educada insubordinação contra o treinador, não ouvi nem li, entre as dezenas de jornalistas e comentadores de futebol que pululam por todos os lados — desde o mais insignificante estagiário até aos mais encartados, como Marcelo Rebelo de Sousa —, um só que se tenha atrevido a defender a sua saída da equipa. Porém, atreveu-se, enfim, o treinador. E, como já se tinha visto no ensaio geral contra a Nigéria, a equipa joga infinitamente melhor sem ele, liberta da escravidão de ter de servir os seus interesses pessoais, os seus recordes, o seu egoísmo, o seu ego. É, de facto, uma tristeza ver terminar assim uma carreira verdadeiramente notável, mas não se pode ajudar eternamente quem não quer e tudo faz para não merecer ser ajudado.

EXPRESSO

Miguel Sousa Tavares escreve de acordo com a antiga ortografia

OSC dizem: Os acordos comerciais da UE não podem minar os direitos democráticos!.

A Comissão Europeia (CE) pretende mudar o processo de votação dos acordos de livre comércio e investimento, de modo a não precisarem de ser ratificados pelos parlamentos nacionais. Isto significa uma machadada nos processos democráticos, pelo que Organizações da Sociedade Civil, (OSC) enviaram uma declaração aos governos e parlamentos nacionais, apelando a que defendam o escrutínio democrático, não abdicando da ratificação a nível nacional dos acordos/tratados que estão presentemente a ser negociados pela própria CE.

Transcrevemos abaixo a declaração que a TROCA subscreveu com mais 9 ONGs  portuguesas.

“Com o objectivo de contornar as críticas de alguns governos e parlamentos da UE, a Comissão Europeia quer mudar o processo de votação dos próximos acordos comerciais, nomeadamente com o México, Chile e os países do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai), e assim facilitar e agilizar os negócios a serem concluídos pela UE. Nós, organizações da sociedade civil, opomos-nos a essa medida, que iria prejudicar os direitos democráticos!

Esta chamada tentativa de “divisão” da Comissão Europeia significaria que os pilares comerciais dos acordos de associação com países terceiros seriam adotados sem exigir o consentimento de todos os Estados-Membros da UE no Conselho da UE e sem exigir qualquer tipo de acordo de ratificação nacional. Isso seria um ataque à democracia e uma forte mudança das actuais regras e práticas de tomada de decisões comerciais, segundo as quais os acordos de associação são aprovados por unanimidade pelos governos da UE, bem como pela maioria no Parlamento Europeu e por todos os parlamentos a nível nacional.

A decisão da Comissão Europeia é uma táctica cínica, uma maneira de garantir que os acordos comerciais que negoceie entrem rapidamente em vigor, apesar de levantarem controvérsias, por exemplo sobre desmatamento, alterações climáticas, violações de direitos humanos e bem-estar animal. Esta manobra deixaria de lado a oposição de alguns governos da UE e parlamentos nacionais e/ou regionais.

Para o acordo UE-Mercosul, por exemplo, essa divisão significaria que seria contornada a oposição dos parlamentos da Áustria, Holanda, Valónia e Bruxelas, já que a sua aprovação deixaria de ser necessária. O mesmo é válido para as actuais posições de governos, como o francês, que afirma que não pode ratificar o acordo UE-Mercosul na sua forma actual por causa dos seus impactos negativos na sustentabilidade e que perderia, assim, o poder de veto no Conselho da UE. Iria também contra as diretrizes para negociação dadas à Comissão Europeia pelo Conselho em 1999 e as Conclusões do Conselho de 2018. Todo o processo de escrutínio do acordo UE-Mercosul baseou-se no entendimento comum de que os Estados-Membros teriam direito de veto, quer no Conselho, quer através da ratificação a nível nacional. A Comissão não pode agora coartar este processo. Isso criaria armadilhas processuais e violaria os Tratados europeus.

Nós, organizações da sociedade civil, opomo-nos veementemente a essa divisão dos acordos comerciais. A divisão dos acordos acima mencionados é agora proposta para dessa forma contornar as preocupações existentes sobre as implicações negativas desses acordos sobre a biodiversidade, as alterações climáticas e questões de direitos humanos. Prioriza os interesses económicos face à sustentabilidade. A aprovação por todos os governos e parlamentos nacionais da UE é um acto de democracia de importância crucial que protege os agricultores, trabalhadores, consumidores e os cidadãos nacionais.

Apelamos aos ministros do comércio da UE, aos governos da UE e aos parlamentares nacionais para que defendam o escrutínio democrático dos acordos comerciais e se oponham às tentativas inaceitáveis da Comissão Europeia para contornar qualquer oposição.”

No dia 24 de Novembro saiu um comunicado de imprensa da Friends of the Earth Europe e do Greenpeace a este respeito, por ocasião do lançamento da declaração “não à divisão de acordos comerciais.

As organizações portuguesas que subscreveram esta declaração para além da TROCA foram:

  • APT Portugal
  • Associação Guardiões da Serra da Estrela
  • Associação Resistir.info
  • BIOPORTO
  • Campo Aberto – associação de defesa do ambiente
  • Climáximo
  • CNA – Confederação Nacional da Agricultura
  • Eco-Cartaxo
  • Ecomood Portugal
  • FERNANDA SILVA
  • GAIA – Grupo de Acção e Intervenção Ambiental
  • MARP
  • Movimento Cívico Ar Puro
  • Palombar – Associação de Conservação da Natureza e do Património Rural
  • Plataforma Transgénicos Fora Portugal
  • ProTejo

TROCA - Plataforma por um Comércio Internacional Justo