quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Bem-vindos ao maior cemitério de automóveis da Europa.

Decorria o ano de '67 quando, após um popular referendo, os suecos decidiram adoptar o estilo de condução europeu, o volante passaria para a esquerda. A mudança não se revelou fácil e provocou, inclusive, um dos maiores engarrafamentos de que há memória.

A maioria dos automóveis com volante à direita deixou de ser utilizada, sendo substituídos por automóveis que seguiam o padrão de condução europeu.

Dois irmãos viram nesta alteração a oportunidade para um negócio, decidiram comprar automóveis com o volante à direita e desmantelá-los para venda de peças. O negócio fixou-se em Bastnäs, no sul da Suécia, numa clareira da floresta. Ao longo dos anos, com a aquisição constante de automóveis, viram-se obrigados a expandir o seu armazenamento para a floresta.

Com o passar dos anos a floresta recuperou o seu espaço e os automóveis foram assimilados pela natureza, criando um cenário único e sugestivo. O local transformou-se num verdadeiro cemitério de automóveis antigos - Saab, Volkswagen, Fiat, Sunbeam, Buick, Trucks, empilhados ou dispostos em filas coloridas, enferrujados e cobertos de musgo.

Com centenas de veículos abandonados, este é o maior cemitério de automóveis da Europa e pode ser visitado por qualquer pessoa. Todavia existem regras impostas pelos dois irmãos: não roubar peças, destruir os automóveis e perturbar a experiência de outros visitantes.

https://www.msn.com/pt-pt/motor/noticias/bem-vindos-ao-maior-cemitério-de-automóveis-da-europa/ar-BBX2KhL?ocid=spartanntp

"Em poucos anos a canábis medicinal vai notar-se no PIB português", diz Ex-presidente do Infarmed Eurico Castro Alves, agora ligado ao sector.

Em entrevista, Eurico Castro Alves, Ex-presidente do Infarmed, agora com interesses em empresas do sector, fala do potencial da canábis medicinal – para a economia e, sobretudo, para os doentes.

Eurico Castro Alves, director do departamento de cirurgia no Centro Hospitalar do Porto e Ex-presidente do Infarmed (entre 2012 e 2015), à medida que se familiarizou com a ultra-promissora indústria mundial da canábis medicinal, constatou que milhares de doentes, incluindo em Portugal, “se abasteciam [de canábis] no mercado negro para se tratarem” ou menorizarem os sintomas das suas doenças, como cancros ou problemas do foro neurológico. Ora, “isso é que eu acho uma vergonha. O Estado tem a obrigação de proporcionar os meios às pessoas para que estas possam ter acesso a todos os tratamentos, o melhor que existe”.
Em entrevista ao Observador, o médico, que foi secretário de Estado da Saúde no (curtíssimo) segundo Governo de Pedro Passos Coelho, defende que esta é uma indústria que pode trazer enormes benefícios para os doentes e para a economia nacional — não só na produção e desenvolvimento de medicamentos à base de canábis mas, também, desde já, porque Portugal pode aproveitar o movimento de ensaios clínicos que serão essenciais para que estes medicamentos sejam testados e cheguem ao mercado (um mercado gigantesco a nível mundial).

O especialista nota que “já temos algumas dezenas de empresas a investir em Portugal, empresas de grande dimensão mundial que estão cá para investir, para crescer e para desenvolver. E as que não estão, estão para chegar”. Em Outubro, Eurico Castro Alves assumiu um cargo não-executivo na Symtomax, uma empresa que já tem 105 hectares para exploração (indoor e outdoor) em Beja. “É como um corolário da minha actividade como médico e, sobretudo, como cidadão que quer desenvolver e criar novas oportunidades para os nossos cidadãos. É algo que farei a tempo muito parcial, mas em que estarei disponível para ajudar com aquilo que tenho para dar”. Porque “Portugal poder ser um hub para o resto da Europa, que é um mercado com 500 milhões de consumidores”, afirma.
Foi presidente do Infarmed entre 2012 e 2015, período em que foi feita boa parte da regulação existente sobre a canábis medicinal em Portugal, cuja lei entrou em vigor no início de 2019. É justo considerá-lo o principal responsável pelo crescimento deste sector em Portugal?
Pode não ser justo dizer dessa forma porque, normalmente, as coisas grandes e boas que acontecem são fruto do trabalho de uma equipa. E, aqui, foi exactamente esse o caso. Houve influência política, influência regulamentar, dos órgãos legislativos. As leis andam sempre atrás dos costumes da sociedade e aqui passou-se isso mesmo: percebeu-se que a comunidade científica começava a notar que havia evidências, algumas evidências — faltam muitas mais –, de que havia interesse terapêutico numa determinada componente da canábis. Isso é que despoletou todo o processo. Eu fui mais um. Colaborei activamente, porque desempenhava funções que eram decisivas, dei um contributo importante mas o resultado — que considero ser uma mais-valia para a nossa sociedade — é um resultado da colaboração de muitos agentes das mais diversas áreas da nossa sociedade.
Mas tem de haver uma visão, de perceber o potencial de algo…
Sim, tem de haver visão e alguma liderança. Comecei a ter um contacto, muito cedo, com as vantagens dos canabinóides em termos médicos. Comecei a perceber a grande utilidade que isso iria ter e, sobretudo, o factor que me tornou mais adepto deste tipo de terapêuticas foi perceber que já havia milhares de doentes que recorriam ao mercado negro para tratar as suas doenças. E isso é que não acho legítimo. Acho que o Estado tem a obrigação de proporcionar os meios às pessoas para que estas possam ter acesso a todos os tratamentos, o melhor que existe.
Como médico, quais são, então, as vantagens da canábis para uso medicinal?
Como médico, e baseado na experiência que tenho tido com a informação científica, acho que estamos perante um grande avanço terapêutico. Mas, como com todas as novidades, temos de olhar para elas com sabedoria, com cautela, e temos, sobretudo, de basearmo-nos em evidências científicas para garantir, sempre, a segurança dos utentes e, ao mesmo tempo, aproveitar o benefício terapêutico.

Observador - Edgar Caetano

FAO discute aumento de preocupações com estado dos oceanos e sector pesqueiro.

Simpósio Internacional sobre Sustentabilidade Pesqueira avalia condições das pescas em níveis global e regional; pescado é particularmente importante em países com déficit alimentar; pesca comercial foi segunda profissão que mais matou no mundo.

A pesca enfrenta um período decisivo e o mundo precisa de uma nova visão sobre o tema para o sector no século 21. Esta foi a principal mensagem do director-geral da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, FAO, Qu Dongyu, na abertura do Simpósio Internacional sobre Sustentabilidade Pesqueira.

Até a próxima quinta-feira, o evento reúne especialistas do sector pesqueiro para analisar as condições globais e regionais da área e explorar formas de tornar os recursos pesqueiros mais sustentáveis.

Sustentabilidade

Entre os tópicos em discussão estão a pesca em tempos da mudança climática, o uso de novas tecnologias e as possibilidades de melhorar a cadeia de valor.

No evento que iniciou na segunda-feira, Dongyu lembrou que a população mundial deve chegar a quase 10 bilhões em 2050. Nessa situação, somente a terra não será suficiente para alimentar todas as pessoas e será preciso investir na “produção de alimentos aquáticos.”

Oceanos e Rios

No entanto, o chefe da FAO destacou que é preciso fazer isso “sem comprometer a saúde dos oceanos e rios”. Ele acrescentou que ao mesmo tempo, é necessário melhorar “as condições sociais dos que dependem da pesca, geralmente os mais pobres da sociedade.”

De acordo com a agência da ONU, globalmente, mais de uma em cada 10 pessoas depende da pesca para ganhar a vida e alimentar a família.

Preocupação

Mas a condição dos oceanos é motivo de grande preocupação devido à poluição plástica, aos impactos das mudanças climáticas, à degradação do habitat e o excesso de pesca.

A FAO observou que a pesca nas regiões desenvolvidas está se tornando cada vez mais sustentável, com a recuperação de estoques e melhora nas condições dos que trabalham no sector. Por outro lado, a pesca nas regiões em desenvolvimento não está melhorando no mesmo ritmo.

Dongyu alertou que a situação “está criando uma perigosa divisão de sustentabilidade” e que é preciso “reverter essa tendência para alcançar os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável."

Soluções

O director-geral da agência apontou três soluções para tornar a pesca mais sustentável. A primeira, é voltar a investir em programas de sustentabilidade marinha e de água doce.

A segunda envolve o investimento no crescimento sustentável do oceano. Ele citou como exemplo a Iniciativa de Crescimento Azul da FAO, que se baseia no equilíbrio de princípios ecológicos, sociais e económicos.

Já a terceira solução está relacionada a garantia de que medidas de protecção adequadas sejam combinadas com um gerenciamento eficaz, incluindo uma melhor abordagem do desperdício de alimentos na indústria pesqueira.

ODSs

O enviado especial do secretário-geral para os oceanos, Peter Thomson, disse que é preciso tratar o oceano “com o respeito que merece”. Para ele, dessa forma, os oceanos perdoarão os erros humanos, se reabastecerão e voltarão a ser o “grande provedor de vida no planeta Terra.”

Thomson enfatizou que o prazo de quatro das 10 metas do Objectivo de Desenvolvimento Sustentável 14 termina em 2020. Para controlar a pesca ilegal e garantir o alcance dessas metas, ele fez um apelo para que os países assinem o Acordo relativo às Medidas do Estado do Porto, Psma.

O enviado também pediu aos consumidores que exijam garantias em restaurantes e supermercados de que não recebem mercadorias roubadas quando compram produtos do mar.

Dados sobre a Pesca
  • De acordo com a FAO, enquanto a população humana cresce 1,5% ao ano desde 1960, o consumo de proteína animal cresce 2,5% e do peixe 3%.
  • Em 2017, a pesca forneceu 173 milhões de toneladas de produtos do sector, 153 milhões para consumo humano directo, um aumento de sete vezes em relação a 1950.
  • Os produtos do mar são uma das commodities alimentares mais comercializadas, excedendo o comércio de alimentos de todos os animais terrestres combinados. Em 2017, as exportações de produtos pesqueiros atingiram o recorde de US$ 156 bilhões.
  • O peixe é particularmente importante em países com déficit alimentar. Das 30 principais nações consumidoras do produto, 17 são países com déficit alimentar de baixa renda, principalmente na África, Ásia e Oceânia.
  • Cerca de 95% das pessoas que dependem da pesca para sua subsistência vivem na África e na Ásia. A grande maioria são operadores de pequena escala, lutando para ganhar a vida com uma das profissões mais difíceis e perigosas. Em 2019, a pesca comercial foi classificada como a segunda profissão mais mortal do mundo.

Nova posição dos EUA sobre assentamentos na Cisjordânia não muda lei internacional, diz escritório da ONU

Chefe da diplomacia americana defendeu que assentamentos israelitas não são mais ilegais;  nota lançada em Genebra destaca que essa alteração não muda interpretação da lei internacional.

Masculinidade tóxica contribui para menor expectativa de vida dos homens nas Américas

Segundo um estudo da ONU, um em cada cinco homens não completará 50 anos, em parte devido a comportamentos associados às expectativas da sociedade; morrem duas vezes mais homens com cirrose hepática causada pelo álcool do que mulheres.

terça-feira, 19 de novembro de 2019

Mais da metade da população global não tem acesso a saneamento seguro.

Esta terça-feira marca o Dia Mundial do Toalete; cerca de 673 milhões de pessoas ainda praticam defecação a céu aberto; Objectivo de Desenvolvimento Sustentável número 6 prevê resolver o problema até 2030.

Mais da metade da população global ainda vive sem saneamento seguro. No total, são  4,2 bilhões de pessoas que estão nessa situação, de acordo com as Nações Unidas.

Esta terça-feira, 19 de Novembro, marca o Dia Mundial do Toalete. Este ano, a ONU escolheu o tema “Não deixar ninguém para trás”.

Importância

A organização diz que o saneamento é um direito humano e lembra o Objectivo de Desenvolvimento Sustentável, ODS, número 6 que promete saneamento para todos até 2030.

As Nações Unidas afirmam que banheiros, ou casas de banho, “salvam vidas porque dejectos humanos espalham doenças fatais.” O objectivo deste dia mundial é inspirar as pessoas para “enfrentar a crise global de saneamento.”

A organização sublinha que com saneamento seguro, uma família não partilha uma toalete com outras, os excrementos são separados do contacto humano e, por fim, são descartados ou tratados com segurança.

Essa meta pode ser alcançada com instalações sanitárias ligadas a sistemas de esgoto canalizados, fossas sépticas, latrinas com ventilação ou banheiros que permitem a compostagem.

Problema

Cerca de 673 milhões de pessoas ainda praticam defecação a céu aberto, destaca a organização.

Em entrevista à ONU News, a directora executiva do Conselho Colaborativo para o Abastecimento de Água e Saneamento, Sue Coates, disse que esta prática “é uma afronta à dignidade, à saúde e ao bem-estar de todos, sobretudo as meninas e mulheres.”

A especialista afirmou que é difícil combater esta realidade por várias razões. Por um lado, “é uma norma cultural de muitas sociedades praticada há séculos”. Por outro “exige um investimento continuo na construção, manutenção e uso de latrinas, bem como outros serviços básicos.”

Saúde pública

A falta de saneamento causa cerca de 432 mil mortes por diarreia todos os anos. A ONU estima que 297 mil crianças com menos de cinco anos morram todos os anos de diarreia devido à falta de água potável, saneamento e higiene das mãos.

Crianças com menos de cinco anos que vivem em países onde existem conflitos prolongados têm, em média, quase 20 vezes maior possibilidade de morrer com doenças relacionadas com este problema do que devido à violência.

A perda de produtividade causada por doenças relacionadas à água e ao saneamento custa até 5% do Produto Interno Bruto, PIB, de muitos países. A ONU também pergunta “como alguém pode sair da pobreza sem saneamento?”

segunda-feira, 18 de novembro de 2019

30 mil Kms pelo mundo, 250 mesas e 1100 relatórios por ano. Falámos com o chefe dos inspectores Michelin

José Vallés é o novo responsável máximo por quem dá e tira as famosas estrelas na Península Ibérica. Numa oportunidade única, o Observador falou com ele sobre critérios, polémicas e o futuro.

O seu nome é José Vallés, é catalão e é o chefe dos inspectores do Guia Michelin que estão destacados para Portugal e Espanha. Não se sabe muito mais que isso, apenas que terá uma série de anos de experiência nas áreas da hotelaria e da restauração.  A sua aparência é desconhecida e são poucos os que o conseguiriam identificar numa sala de refeições cheia de gente — e ainda bem. Um dos pré-requisitos essenciais para se trabalhar para a famosa instituição que todos os anos, há mais de um século, atribui as tão desejadas estrelas Michelin, é o anonimato. Se ninguém deve saber quem são os inspectores, para evitar tratamentos diferenciados, o responsável por todos eles mais discreto ainda tem de ser.

Com poucos dias a faltar para a cerimónia de atribuição das estrelas que vão vigorar durante o ano de 2020 (serão conhecidas dia 20), o Observador conseguiu a oportunidade rara de falar com esta pessoa que conhece bem de perto todos os meandros da gastronomia ibérica, pelo menos, e que é o responsável final pela entrega ou retirada das estrelas que tanto influenciam um negócio ou carreira.
Numa conversa que se dividiu em dois momentos — primeiro por e-mail e depois por telefone –, José Vallés falou sobre um pouco de tudo apesar de diplomaticamente contornar alguns casos mais concretos. Mesmo assim deu para perceber melhor como são escolhidos os inspectores do guia, como funciona o dia a dia de cada um, quais serão as novidades portuguesas para o ano que se aproxima e até foram dadas umas luzes sobre a tão falada (aparente) diferença de critérios na distinção de restaurantes portugueses e espanhóis.

O José ocupa o cargo de chefe dos inspectores Michelin na Península Ibérica há quase um ano. Como tem sido a experiência até agora? Tem sido o esperado ou teve alguma surpresa?
Tudo muito positivo. Após 25 anos de experiência como inspector do guia Michelin, a actividade e o trabalho de criação anual do guia já fazem parte do meu modo de vida. Por outro lado, também é verdade que actualmente existe um dinamismo no sector que nos obriga a enfrentar novos desafios.
Qual é o seu papel, ao certo?
Basicamente é gerir a equipa que temos em Espanha e Portugal  de modo a que consigam executar as diferentes funções de selecção em coordenação com outros países e com os objectivo de fazer evoluir o Guia Michelin (GM). Além de transmitir os valores do GM, comuns em todos os países, claro. Também participo na selecção e classificação dos restaurantes em cada edição.
Como funciona o processo de recrutamento de inspectores para o guia Michelin? Quantos têm a avaliar a Península Ibérica no momento?
Os inspectores que trabalham para o GM são técnicos de turismo ou recebem treino semelhante em escolas de hotelaria, com vários anos de experiência no sector. O novo inspector inicia um período de formação de seis meses, durante o qual será treinado nos diferentes critérios para entregar estrelas, bem como nos critérios para designar categorias de conforto ou avaliar outros serviços. Durante esses seis meses, ele viajará com os inspectores mais veteranos da casa, comendo em mesas diferentes, antes de lhe ser atribuída uma área. O número de inspectores dedicados à avaliação da Península Ibérica varia de acordo com as necessidades e é difícil especificá-lo à medida que mais e mais colaborações com inspectores de outros países vão acontecendo. A nossa última contratação fará, em breve, dois anos de casa.
O que pode explicar sobre como funciona o trabalho de um inspector?
É um trabalho de dedicação e muita paixão. Hotéis, restaurantes, turismos rurais, estabelecimentos novos ou já existentes entram na selecção anual. A cada ano, um inspector que viaja anonimamente, come em restaurantes cerca de 250 vezes e passa cerca de 150 noites em hotéis. Cada um também visita mais de 800 estabelecimentos e escreve 1.100 relatórios. No total cobre cerca de 30.000 quilómetros. Os inspectores têm de ser verdadeiramente apaixonados por este trabalho.
Um restaurante pode pedir para ser inspecionado ou vocês só visitam aqueles que descobrem sozinhos?
Claro que nos podem pedir para visitar um restaurante. É um dos métodos que temos para conhecer novos projectos e restaurantes e é um complemento importante aos nossos próprios métodos de encontrar novidades. Antes, essas novidades chegavam-nos mais através de contactos pessoais com os funcionários da indústria hoteleira, no local, com recomendações e conversas com eles. Hoje em dia essa informação está intimamente ligada a uma pesquisa nas redes sociais, nos média, etc. … É bom saber onde fica uma boa cozinha, embora, obviamente, seja depois da nossa visita que decidimos com total independência se preenche os nossos critérios de selecção e é recomendável para GM.
O que procura um inspector Michelin? Quais são os vossos critérios para atribuir estrelas?
Os critérios de selecção para um restaurante ser distinguido são bem conhecidos e estão resumidos em cinco pontos: qualidade do produto, controle de pontos de cozedura e texturas, equilíbrio e harmonia de sabores, personalidade da cozinha e regularidade.

Diogo Lopes

https://observador.pt/especiais/30-mil-kms-pelo-mundo-250-mesas-e-1100-relatorios-por-ano-falamos-com-o-chefe-dos-inspetores-michelin/

quinta-feira, 14 de novembro de 2019

Combater a corrupção. Como proteger os denunciantes?

Proteger os denunciantes é uma das formas mais eficazes de melhorar o combate à corrupção. O que é feito lá fora e o que podíamos fazer cá?

Ensaio de Nuno Gonçalo Poças

Os Ensaios do Observador juntam artigos de análise sobre as áreas mais importantes da sociedade portuguesa. O objectivo é debater — com factos e com números e sem complexos — qual a melhor forma de resolver alguns dos problemas que ameaçam o nosso desenvolvimento.

A protecção dos denunciantes de crimes tornou-se um assunto essencial e tem merecido destaque isolado, muito por culpa dos fenómenos Julian Assange, Rui Pinto ou Edward Snowden. Contudo, o tema é indissociável do “crime sem vítimas”, que é a corrupção e criminalidade conexa. É portanto preciso voltar a ela, antes de mais.

Os portugueses parecem mais conscientes de que é preciso querer tomar medidas para combater os fenómenos de corrupção: num estudo recente, a corrupção passou para o topo das preocupações dos inquiridos. O primeiro-ministro, António Costa, já anunciou que o combate à corrupção será a grande bandeira da próxima legislatura. Só poderá ser, de facto, da próxima: apesar dos sucessivos anúncios de “pacotes anticorrupção”, desde há mais de uma década, o facto é que Portugal se mantém abaixo da média europeia e completamente estagnado na implementação de medidas de combate à corrupção. A percepção pública, porém, está a mudar. Segundo o Eurobarómetro Especial sobre a Corrupção, 92% dos portugueses acreditam que se trata de um problema geral no país, e 42% já reconhecem que a corrupção tem consequências no seu quotidiano e afecta a sua própria vida. Acresce ainda que, num estudo de 2017 realizado para a Comissão Europeia, estimou-se que, no âmbito da contratação pública, as perdas anuais de potenciais benefícios para os países da União Europeia decorrentes da falta de mecanismos de protecção de denunciantes estariam entre os 5,8 e os 9,6 mil milhões de euros.

“Witness to Disaster”: National Geographic apresenta documentário sobre Pedrógão Grande

O objetivo é revelar, com recurso a análises forenses, “como tudo aconteceu, e como decisões tomadas numa fração de segundo fizeram a diferença entre a vida e a morte”.

A National Geographic apresenta em novembro a série documental “Witness to Disaster” e o primeiro episódio é dedicado a Pedrógão Grande. “A história do maior incêndio na história de Portugal e de como este devastou uma comunidade rural” no verão de 2017 é contada a 20 de novembro, pelas 22h10, avançou o canal.

Às 66 vidas humanas perdidas juntaram-se 254 feridos e uma vasta área florestal totalmente destruída, uma realidade devastadora que será analisada com recurso a análises forenses. O objetivo é revelar “como tudo aconteceu, e como decisões tomadas numa fração de segundo fizeram a diferença entre a vida e a morte”.

Construída ainda com recurso a imagens amadoras e de videovigilância, assim como notícias sobre os desastres naturais mais devastadores da atualidade, “Witness to Disaster” conta também com um conjunto de entrevistas a testemunhas.

De acordo com o canal, “Witness to Disaster” — principal aposta do canal para novembro e dezembro — apresenta “momentos emocionantes de alguns dos mais marcantes desastres naturais do mundo” . A série documental conta com testemunhos reais de pessoas que sobreviveram a desastres e tragédias inimagináveis em todo o mundo, de uma mina que colapsou no Chile aos incêndios florestais em Portugal, passando pelos tornados nos EUA e por um terramoto no Nepal. Depois do episódio dedicado a Pedrógão Grande, a série apresenta “Surto de Tornados”.

Escola

Sem aulas, hoje e amanhã, para professores reunirem…

13, 14 e 15 de Novembro de 2019 ocorrerá a primeira interrupção das actividades lectivas para realização de reuniões intercalares.

Portanto: os pais e restantes familiares que se amanhem, em ficar em casa com os filhos, pois os professores estarão muito ocupados!!!

Operação do SEF encontrou dez atletas sem “papéis”.

O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) constituiu três arguidos e identificou dez futebolistas no âmbito de uma operação de fiscalização a 26 clubes dos distritos de Aveiro, Coimbra, Leiria, Guarda, Viseu e Castelo Branco. Foram fiscalizados 26 clubes de futebol e identificados 502 atletas, dos quais 194 eram estrangeiros. Dez atletas não estavam habilitados para a prática de qualquer actividade profissional em Portugal. Nove desses atletas foram notificados para abandono voluntário do país, no prazo de 20 dias, sob pena de, em caso de incumprimento, virem a ser detidos e objecto de processos de afastamento coercivo.

“Espero revolucionar isto. Afinal, sou o melhor do mundo” Jordan Santos

O jogador lamenta a falta de mediatismo do futebol de praia e quer ter o estatuto de outros melhores do mundo portugueses como Eusébio, Ronaldo, Figo, Ricardinho e Madjer.

“É óbvio que gostaria de ter  esse mediatismo, porque acabo  por ser o melhor jogador do mundo. Penso que está  a chegar o meu momento”.

PSP alerta que estão a aumentar as burlas no MB Way.

A PSP alertou ontem para um aumento de casos de burlas através da modalidade de pagamento MB Way. A autoridade registou 135 ocorrências do género durante o ano de 2019, um aumento face aos 99 casos registados no ano passado. Através de uma publicação do Facebook, a PSP descreveu o principal modus operandi dos burlões, deixando alguns conselhos para que as pessoas se protejam deste tipo de esquema. Grande parte destas burlas tem como ponto de partida os sites de compra e vendas online. Os utilizadores também devem ter cuidado com as mensagens e emails que recebem, com a SIBS a recomendar que não sejam seguidas quaisquer ligações presentes nestas mensagens.