terça-feira, 3 de setembro de 2019

António Costa, o da memória má

A questão não é os portugueses terem má memória da maioria absoluta do PS, antes é os portugueses não se lembrarem bem do que aconteceu nesse tempo. Se se lembrassem, não votariam nos mesmos marotos.

Depois de António Costa ter dito que “os portugueses têm má memória das maiorias absolutas, quer as do PSD, quer a do PS”, José Sócrates reagiu, em artigo no Expresso, confirmando que quem não se sente, não é filho de boa gente – e não há razão para achar que a gente de Sócrates não é boa, mesmo que não seja rica como na altura ele dizia para enganar os colegas, jornalistas, namoradas e papalvos em geral, que se embasbacavam com o dinheiro que um político esbanjava por Lisboa.

Sócrates entendeu as palavras de Costa como uma crítica pessoal. Mas, convenhamos, aquilo que o PM disse não é bem uma crítica a Sócrates. Criticar José Sócrates por causa da maioria absoluta é como criticar Jack, o Estripador, por ter mau hálito. Não é bem uma crítica, é um mero reparo a juntar ao rol de patifarias. Se Costa quisesse realmente criticar Sócrates, teria dito qualquer coisa como “os portugueses têm má memória do Eng. Sócrates – que, aproveito para referir, não é engenheiro – porque gamou e gamou bem”. Isso, sim, seria uma crítica digna de resposta. Mas, para isso, Costa teria de acrescentar “e eu sei bem do que falo, estava lá e vi”….

https://observador.pt/opiniao/antonio-costa-o-da-memoria-ma/

José Diogo Quintela

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