segunda-feira, 24 de abril de 2023

Comentário a "Habituámo-nos"

Ao ler uma lista de membros do governo, a fraca qualidade de algumas das muitas afirmações mentirosas que fazem e a ‘estupidez e incompetências visíveis’ do que dizem, aparece-me, logicamente, uma pergunta:

Porquê (‘Meu Deus’)?

A explicação é simplesmente um facto da vida (e com que deparei várias vezes ao longo das minhas quatro décadas de actividade profissional).          

Detalhando:

(De vez em quando) Alguém consegue obter uma posição hierárquica de PODER, que está nitidamente acima da sua capacidade de a desempenhar com o nível de inteligência que essa posição exige e que ‘ele’ não tem.

‘ele’na realidade não consigo lembrar-me de nenhum caso em que o ‘promovido’ nesta situação, tenha sido uma ‘ela’ (certamente existem; mas acho que só são frequentes na política).

Há muitos factores que contribuíram para essa situação. Desde o ‘Princípio de Peter’, em que o ‘promovido está inocente’ pois limitou-se a estar por acaso no local certo à hora certa sem ter feito nada de específico para tal, até outros factores – em que já não são tão inocentes – como uma ambição desmedida, demonstrações públicas de subserviência (fingida ou não), elogiosos comentários defendendo o PODER, esperteza e dinamismo, e até ‘deslealdade e traição’ para conseguir a abertura de uma ‘vaga’ no nível acima do seu.

Em TODOS estes casos há uma característica que se mantém inalterável:

NUNCA os ‘promovidos’ escolhem para assessores/adjuntos, colegas de profissão mais inteligentes que eles. É simplesmente um procedimento básico de auto-defesa.

 Não, não tenho razões para me espantar perante a mediocridade generalizada, a incompetência visível e a estupidez e falta de inteligência que emanam dos membros do governo.

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