A Campanha Chinesa de Intimidação Mundial
por Soeren Kern • 11 de Maio de 2020
Os enviados chineses têm sido especialmente agressivos no Twitter, usando a plataforma para atacar, intimidar e silenciar jornalistas, legisladores e consagrados think tanks ocidentais, no fundo, qualquer um que entre em contradição com a versão oficial chinesa sobre os acontecimentos.
Sob pressão das autoridades chinesas, Esther Osorio, consultora de comunicações de Josep Borrell, chefe do serviço diplomático da UE, interveio pessoalmente para adiar a divulgação do texto original. Ao que consta a UE esperava obter maior consideração em relação às empresas europeias que se estabeleceram na China. Em 25 de abril, no entanto, o South China Morning Post, que também obteve uma cópia do texto original, revelou que Pequim havia ameaçado não enviar suprimentos médicos para a Europa se aquele parágrafo sobre a China não fosse retirado.
Em 15 de abril, o jornal de maior circulação da Alemanha, Bild, publicou um artigo com o título: "O Que a China Nos Deve Até Agora", indicando que a China deveria pagar à Alemanha €150 bilhões (US$162 bilhões) em indenizações pela pandemia do coronavírus. O artigo continha uma lista detalhada de danos econômicos, incluindo € 50 bilhões em perdas de pequenas empresas e € 24 bilhões em turismo que foi por água abaixo.
"Você governa por meio de monitoramento. Você não seria presidente sem a vigilância. Você monitora tudo, todos os cidadãos, mas se recusa a monitorar as feiras livres enfermas de seu país." — Julian Reichelt, redator-chefe do Bild, "Você Está Pondo em Perigo o Mundo Inteiro," endereçado diretamente ao Presidente Xi Jinping.
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