O que os médicos recomendavam para tratar a pneumónica
«Cama, dieta, tisanas e médico», disse Ricardo Jorge
Caldo de galinha, água com açúcar, sumo de laranja (em Espanha, os médicos recomendavam infusões de limão e o fruto desapareceria dos mercados madrilenos)
O doente devia cumprir isolamento rigoroso no quarto (ou num espaço dividido por panos e lençóis, em áreas grandes), que devia ser arejado permanentemente.
A roupa de cama devia ser substituída com regularidade
Banho, aspersão dos lençóis com água ou colocação de panos encharcados na cabeça para fazer baixar a febre
Uso de máscara, para os funcionários sanitários e voluntários
Lavagem frequente das mãos, com sabonete ou desinfectante químico
Desinfecção dos quartos dos doentes com creolina ou cal e, quando não podiam ser ventilados, fumigações de eucalipto
Para desinfectar as vias áreas superiores, gargarejos regulares com soluções salinas, mentoladas, de fabrico caseiro ou vendidas nas farmácias, ou ainda com pasta dentífrica diluída em água
Protecção das fossas nasais com óleos, vaselina, glicerina ou pasta dentífrica
Na tentativa de diminuir a febre, o emprego de procedimentos caseiros tais como a fricção do corpo, as cataplasmas de farinha de mostarda ou ainda os clisteres com água e sabão e a aplicação de ventosas, secas ou escarificadas, foram recomendados com frequência.
Aspirina (em comprimido ou em injecção, diluída em soro) ou quinino para baixar a febre (em Portugal usou-se mais o quinino)
Cataplasmas de farinha de mostarda e clisters com água e sabão eram remédios caseiros para tentar diminuir a temperatura
Fonte: Helena Rebelo de Andrade e David Felismino, «A Pandemia da Gripe 1918-1919», in Ler História 73
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