sábado, 9 de maio de 2020

AJUSTES DIRETOS.

Nós vamos ter em breve novos milionários em Portugal. Adivinhem de onde esses milionários vêm?

Já se perguntaram porque razão os partidos e políticos portugueses não parecem ter um pingo de ética?

É porque não precisam! Não há nada no sistema político português que permita aos cidadãos penalizá-los.Isto começa logo no sistema eleitoral para o parlamento. Os portugueses julgam que “vivem em democracia” porque “têm o voto”, mas é um logro. O sistema eleitoral não lhes permite escolher quem os “representa” no parlamento, nem sequer IMPEDIR que os candidatos em “lugares elegíveis” sejam “eleitos”, duma maneira que nada tem a ver com as preferências do eleitorado.

Um representante tem de ser escolhido pelos representados. Se não, não é representante. É por isso que é essencial que o voto seja em nome.Na prática, quem está representado no parlamento são os grupos de interesse, não os cidadãos.

Não encontramos este voto neutralizado na maioria dos países europeus. Na maioria dos países da nossa dimensão, também há listas eleitorais em vez de círculos de um só lugar, mas essas listas são ABERTAS à ordenação pelos votantes, por meio de votos em nome (também chamados preferenciais).

O sistema alemão é mais complexo, mas é uma excelente alternativa às listas abertas.

Concluindo: podemos ter voto em nome e ao mesmo tempo uma proporcionalidade superior ao sistema eleitoral actual. Só vai para o parlamento quem tem mais votos – e desse modo os cidadãos têm meios de escovar os piores elementos, que tendem a sair de cena. Dá um poder de escrutínio completamente diferente.

Portugal só deixará de afundar economicamente e socialmente, quando os portugueses forem governados por uma classe política NORMAL. O primeiro passo para isso é terem um sistema eleitoral NORMAL. Notem, é só o primeiro passo – mas talvez o mais importante – ou seja, passarem a eleger os seus representantes no parlamento.

Jorge Tavares

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