sexta-feira, 26 de novembro de 2021

Porque não emigram os socialistas?

Por Pedro Caetano.

Diabo

Fernando Medina – um dos “notáveis” socialistas que nunca geriu nada que tivesse que dar lucro e cuja insistência, em Lisboa, na nomeação por cunha socialista em vez de na contratação por mérito, contribuiu para arruinar Portugal – depois de perder as eleições em Lisboa, voltou a ocupar na AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo) o emprego assegurado para a vida que já lá tinha antes.

Vivemos mesmo numa democracia ocidental plena, quando nem votando contra socialistas nos podemos ver livres deles, que continuam apegados ao Estado? Alguns dos outros inúmeros socialistas derrotados na CML já se estão a mover também para outras câmaras circundantes do PS ou lugares no Governo. 

Perante isto interrogamo-nos, por exemplo, se para o cargo de Medina (tal como para os novos cargos dos outros socialistas derrotados em Lisboa) foi feito algum esforço pelo governo do PS para encontrar profissionais, incluindo economistas internacionais, mais qualificados em investimento e comércio externo, entre milhões de portugueses do sector privado nacional ou entre o mais de um milhão de portugueses emigrados desde que Sócrates arruinou Portugal e que Costa e Pedro Nuno Santos continuaram o seu “trabalho”?

Foi feita pelo governo alguma tentativa de aproveitamento da enorme diáspora lusitana que conhece e pratica “in loco” o comércio internacional para melhorar os recursos humanos, logo a competência e resultados de uma agência nacional para atrair investimento externo?

Que experiência profissional relevante tem Medina para regressar para a AICEP automaticamente, como se o tempo não tivesse passado? Teria possibilidade de voltar à AICEP se houvesse concurso internacional para a sua posição? Teriam tantos outros socialistas cargos no Estado com concursos geridos por recursos humanos a sério, que procurassem talentos e mérito para nos fazer subir na Europa?

No entanto, Medina e tantos outros têm lugar garantido no Estado. Como milhares de outros socialistas, Medina sempre foi um socialista bem-comportado, sempre a olhar para o lado do que interessava, a elogiar fanaticamente chefes como Sócrates, fizessem eles o que fizessem contra Portugal, até isso ser tão óbvio que teve que de se desdizer.

Há milhares de socialistas, muitos deles impreparados e não qualificados para os cargos, a quem se dão empregos por serem subservientes e acéfalos militantes do PS. Nunca têm de enviar currículos, nem procurar emprego a sério nos privados onde tenham de apresentar resultados. Nunca têm de considerar emigrar, como a maioria dos cidadãos no activo é obrigada a pensar ou fazer.

1 comentário:

Mosaicos em Português disse...

sim, penso que tem razão nas questões que suscita. Basta lembrarmo-nos da gestão recente das comemorações da vitória do Sporting e de tantas outras demonstrações daquilo que considero inoperância, insegurança, apatia, falta de competência, desnorte, enfim (https://mosaicosemportugues.blogspot.com/2021/06/direito-de-comemoracao.html).
Mas, será caso único? Uma outrora ministra das finanças de um outro partido parece estar, também, de regresso ao lugar que ocupava no IGCP.
Em si mesmos, não vejo grande mal nestes regressos, porque o são isso mesmo: as pessoas já ocupavam os cargos, neles sendo, também no passado, mais ou menos competentes, o que nada me parece ter a ver com o seu regresso depois da passagem pela política. Competentes ou não, voltaram, simplesmente, ao verdadeiro 'emprego'.
Já bem mais grave penso ser, por exemplo, termos há dias ouvido falar de um certo autarca alentejano que, depois de broncas sucessivas na gestão de um lar de idosos cuja administração integrava, agora se procurava empurrar para a do hospital público de Évora, por onde nunca tinha passado - a não ser. talvez, para tratar de algum dói-dói.
E de tantos, tantos outros...
Bom fim de semana!